Laysla AlbuquerqueEle não pode saber a verdade. Não estou pronta para isso. — Como você…De modo assustado, ele enfiou seus dedos por entre os cabelos escuros e disse. — Eu assisti o jornal, Laysla. Vocês… A gente está em todas as notícias e isso é muito assustador.Franzindo a testa, eu perguntei e logo me arrependi porque realmente temi a resposta. — O que você quer, Roland?Engoli em seco quando a atenção dele se voltou para mim e com os olhos vermelhos de pura agonia, ele respondeu. — Aquela criança… Ela é minha filha?Eu trinquei o maxilar à medida que o medo foi subindo pela minha espinha. Ele havia descoberto tudo através daquela exposição que eu tanto evitei. Ele vai acabar com tudo. — Estou com medo, Laysla. Eu não sei o que fazer.Ele enfiou os dedos por entre seus cabelos mais uma vez e prosseguiu como se estivesse prestes a ter um ataque dos nervos. Seu medo era visível. Ele não queria aquilo. E realmente estava sendo sincero. — Eu não sei ser pai e nem sei se quero
Nollan HoffmannEstava respondendo alguns e-mails importantes quando ouço algumas batidas na porta, e direcionando a atenção, Marques entrou, seguido de meu pai e Laysla com aquele vestido preto colado em seu corpo e a partir disso, eu não funcionei mais. — Senhor, já estão todos na sala de reunião.Ouço Marques falar de modo profissional e assentindo, enviei o e-mail que estava redigindo e respondi ao soltar um longo suspiro para recuperar meu próprio controle, pois a causadora dos meus desequilíbrios estava olhando para mim com um sorrisinho provocante, enquanto os dois homens estavam alheios a tudo. — Não estão todos na sala de reunião.Minha voz saiu carregada de seriedade e engolindo em seco, Marques coçou a nuca um pouco confuso e pareceu procurar uma resposta quando eu o interrompi e disse. — Você e meu pai ainda estão aqui.Arregalando os olhos, ele gaguejou. — Eu… só vim avisá-lo, Senhor.Assentindo, eu respondi. — Eu sei, podem ir na frente.Apontei para a porta, dando
Nollan Hoffmann— Você é minha prioridade e está na minha mesa do jeito que eu queria. Erguendo a mão, atravessei meus dedos por entre os cabelos da sua nuca e murmurei baixo.— Não consigo resistir.Ela pareceu estremecer quando estendeu as mãos para trás, e me pegando de surpresa, disse enquanto se afastava devagar. — Que sorte a minha por eu ter vindo sem calcinha hoje, dessa forma, não iremos perder tempo.Foi rápido quando eu acabei com o espaço entre eu e ela. Envolvi Laysla em meus braços e a apertei contra mim como se dependesse daquilo. Nossas bocas sugaram uma à outra à medida que nossas línguas se enrolavam. Minhas mãos estavam descendo do seu corpo, indo em direção as suas coxas quando eu falei entre suspiros. Sentindo meu peito queimar por desejo. — Você sabe bem como me provocar, não é?Ela sorriu quando levantei o tecido do seu vestido e ela respondeu. — Era só questão de tempo para eu vir e exigir que você terminasse o que começou ontem.Soltei um rosnado quando en
Nollan HoffmannNão sei dizer quando aconteceu, mas algo mudou depois que Laysla entrou na minha vida. Eu era um homem que priorizava minha vida profissional e nada além. Talvez isso tenha sido motivado através do meu péssimo relacionamento com meu pai, e por isso, não existia nada que prendesse a minha atenção que não se relacionasse ao trabalho, e por coincidência ou não do destino, acabei voltando para a cidade onde eu nasci e cresci e através de uma mentira deslavada, acabei encontrando a pessoa que iria mudar todos os meus conceitos a respeito de prioridades. Laysla Albuquerque se tornou tão importante para mim quando o ar que eu respiro. É como se eu nem me lembrasse de como eu vivia antes de ter conhecido ela e sinceramente, prefiro a vida que tenho hoje. Depois de me apaixonar perdidamente, acabei entrando em uma zona onde eu desconhecia por completo, e que hoje, só me faz agradecer por ter tido o privilégio.Estamos na casa de campo da família Albuquerque, almoçando todos j
Laysla AlbuquerqueQuase não acreditei quando Nollan falou que iríamos viajar juntos pela primeira vez.Agora estou aqui, com a minha mala pronta, lavando meu cabelo após uma umectação noturna, sentindo a ansiedade crescer a cada segundo que passa.Já faz dois dias que não o vejo, pois ele precisou ir para Londres com urgência devido a algumas reuniões gerenciais das suas empresas e pediu para que eu adiantasse o máximo todo o trabalho que tínhamos aqui e apesar de o senhor Mavis ter voltado para a empresa, ele ainda não está apar de todos os assuntos e parece que está muito mais feliz dessa forma então precisei tomar as rédeas da maioria das situações.Ao som de Justin Timberlake, retirei o excesso de água antes de aplicar um protetor térmico e após isso, peguei minha escova modeladora e comecei o trabalho. Me olhando no espelho, aprovei a escolha de roupa que fiz para a viagem e sorridente, vi o exato momento em que meu celular indicou uma notificação de mensagem e com um sorriso, v
Nollan HoffmannA aterrissagem nas Maldivas começa com uma vista impressionante. Conforme o avião se aproxima, o azul profundo do oceano começa a se mesclar com o azul turquesa da água cristalina, criando um contraste vibrante com as ilhas de areia branca que surgem no horizonte. Os atóis parecem manchas verdes rodeadas por águas cristalinas, com pequenas cabanas sobre o mar, conectadas por passarelas que dão a sensação de terem sido feitas especialmente para nos receber.Enquanto o avião desce suavemente, conseguimos ver os recifes de corais brilhando sob a luz do sol, com o mar calmo refletindo o céu claro e as nuvens dispersas. As ilhas parecem pequenos oásis no meio de um vasto paraíso azul, dando a impressão de que estamos no paraíso.Entrelaçando nossos dedos, sorri ao ver que Laysla está ressonando ao meu lado, alheia ao fato de que estamos em Maldivas, e só em pensar no que me motivou a trazê-la aqui, já sinto meu peito queimar por antecipação. Essa noite eu farei um pedido que
Vinte e poucos anos antes… — Será que isso vai ser o suficiente?Ouço Melinda Hoffmann perguntar enquanto eu e Mavis organizamos as crianças na sala compartilhada, tentando manter a animação sob controle. O clima deveria ser de festa, afinal, era o aniversário de Nollan, e ele tinha convidado seus amigos mais próximos da escola para comemorar. No entanto, a tensão entre ele e Laysla ficou visível. Desde o incidente com o copo de café gelado na semana passada, os dois, inseparáveis desde sempre, não trocaram uma palavra.Soa estranho.Laysla estava emburrada num canto, claramente se recusando a participar das brincadeiras. Nollan, embora tentasse se distrair com os outros amigos, conseguia lançar olhares na direção dela de tempos em tempos, uma mistura de culpa e teimosia em seu rosto. A história que circulou era de que eles tinham brigado feio na escola depois do café derramado, resultando em uma guerra de água e areia no recreio. Parecia algo bobo, mas para eles estava sendo levado
Laysla Albuquerque.Estendendo minha mão, solto um suspiro sonolento quando tento pegar meu celular ao lado da mesa de cabeceira. O som do despertador é quase como uma sirene ensurdecedora todos os dias às 5:30 da manhã.Abrindo meu olhos lentamente, vejo que tudo está escuro, exceto pelo maldito celular que vai tocar mais uma vez.Chutando minha coberta, franzi a testa com pena de mim mesma após desativar o despertador do dia, e joguei meu celular sobre o colchão, fazendo força o suficiente para me levantar após um rápido alongamento que durou poucos segundos. Meu corpo todo dói. Ainda sou jovem mas a lombar insiste em dizer que tenho 80 anos.Me direcionando até o banheiro, me despi e entrei embaixo do chuveiro para um banho rápido, na tentativa de espantar aquela preguiça do corpo, pois confesso, não tem sido fácil. Todo o trabalho duro, longas horas de trabalho e pouco tempo para dormir tem consumido muita energia.Estou exausta até para respirar.Já faz duas semanas que estamos