Um ceo para não chamar de meu
Um ceo para não chamar de meu
Por: Candy Boss
Capítulo 1

Laysla Albuquerque.

Estendendo minha mão, solto um suspiro sonolento quando tento pegar meu celular ao lado da mesa de cabeceira. O som do despertador é quase como uma sirene ensurdecedora todos os dias às 5:30 da manhã.

Abrindo meu olhos lentamente, vejo que tudo está escuro, exceto pelo maldito celular que vai tocar mais uma vez.

Chutando minha coberta, franzi a testa com pena de mim mesma após desativar o despertador do dia, e joguei meu celular sobre o colchão, fazendo força o suficiente para me levantar após um rápido alongamento que durou poucos segundos.

 Meu corpo todo dói. Ainda sou jovem mas a lombar insiste em dizer que tenho 80 anos.

Me direcionando até o banheiro, me despi e entrei embaixo do chuveiro para um banho rápido, na tentativa de espantar aquela preguiça do corpo, pois confesso, não tem sido fácil.

 Todo o trabalho duro, longas horas de trabalho e pouco tempo para dormir tem consumido muita energia.

Estou exausta até para respirar.

Já faz duas semanas que estamos trabalhando sem parar para recepcionar o novo diretor geral da empresa. O senhor Mavis Hoffmann, atual Ceo, está com a saúde muito delicada, e desde então tem me pedido para trabalhar em dobro e preparar tudo para o novo Ceo que por incrível que pareça, ainda não deu as caras.

Tanto trabalho e dedicação para receber uma pessoa que nem se deu o trabalho de nos ver com antecedência.

Esse homem que irá tomar o lugar do meu chefinho deve ser um pé no saco.

Um arrogante prepotente que não pensa no próprio pai. Tenho mantido contato com ele estritamente pelo trabalho, nada além de e-mails formais, e o homem parece ter um iceberg no lugar do coração, pois está do outro lado do mundo e em nenhum momento demonstrou insegurança ou medo de preencher o lugar do seu próprio pai em um momento tão delicado.

Engulo em seco o aperto que tomou meu peito só em pensar na possibilidade da saude do senhor Mavis piorar. Eu tenho muita gratidão pelo senhor Mavis, sem ele, eu não teria suportado a perda da minha irmã mais velha. Sem ele, eu teria sucumbido a uma tristeza extrema. Aquele homem, me manteve ocupada em meio a trabalhos produtivos, estudos e com conexões com pessoas boas e por isso amenizou um pouco o meu sofrimento.

Em meu coração só pesa o medo de ele não aguentar os sintomas da sua doença cardíaca.

Sacudindo a cabeça, peguei uma toalha seca e me enrolei enquanto caminhava em direção ao meu guarda-roupas, desejando afastar qualquer pensamento intrusivo ou pessimista em relação a saúde do senhor Mavis.

A verdade é que tenho medo de que o filho dele não seja nem metade do bom homem que o senhor Mavis é. Olhando do ponto de vista de funcionária, sei que ele foi um grande chefe, sempre justo e honesto e como pessoa, só tenho a agradecer pela bondade do senhor que só me fez progredir.

Olhando a silenciosa cidade que se estende abaixo de mim, comecei a correr devagar, enquanto sentia o impacto dos meus pés sobre a esteira já em movimento. Sentindo meus pensamentos se fragmentarem a cada metro corrido. Correr sempre foi algo que me fazia desligar de todo e qualquer problema que eu estivesse passando, e por isso tenho me dedicado nos últimos dias. Tudo tem sido irritante e muito cansativo para mim.

Estou considerando recarregar as energias nesse fim de semana.

Ir passar dois dias inteiros com a minha família na Flórida sem dúvidas vai me ajudar muito a desacelerar.

É o melhor a se fazer.

(...)

 Assim que passei a mão pelo tecido da minha saia lápis, apertei a bolsa em meu ombro enquanto segurava algumas pastas em meu braço com um sorrisinho no rosto. Gosto muito de trabalhar nessa empresa. Já faz 5 anos desde que comecei a trabalhar como assistente do grande executivo Mavis Hoffmann, um homem gentil e de visão. Uma pessoa honesta e íntegra que apoia a todos quando enxerga esforço e proatividade.

Foi assim que consegui alcançar meus objetivos profissionais. Mavis sempre me apoiou nos estudos, sempre soube de todas as minhas situações financeiras e quando soube que minha irmã havia falecido no parto após complicações, me ajudou financeiramente e hoje consigo manter minha sobrinha com a ajuda dos meus pais.

Amabíli é uma doce menina que acabou de completar 4 anos de muita saúde e inteligência, graças a Deus. Temos conseguido suprir todas as necessidades dela desde que nasceu, o que não significa ter feito ela esquecer da minha irmã, na verdade nunca desejamos isso. Sempre que falamos a respeito dela, seus olhinhos brilham e é naquele momento que meu coração se parte, pois eu vejo a minha irmã através da minha sobrinha. Em muito as duas se parecem e isso sempre me quebra por dentro. Por saber que Liah não vai ter a chance de ver nossa pequena crescer e se desenvolver. 

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