Laysla Albuquerque
De volta a minha rotina atarefada, resolvi deixar meus problemas pessoais de lado por um momento e me concnetrar na sobrevivencia do dia, o que tem já tem sido uma prova e tanto.
Assim que o elevador parou no último andar, depositei a minha bolsa, e pastas em cima da mesa, e logo me direcionei até a sala do meu chefe para averiguar se tudo esta em ordem. Todos os dias, eu chego 15 minutos antes do horário para garantir que está tudo impecável como deixei no dia anterior. Mesmo que Mavis não venha até a empresa, eu tomo os devidos cuidados, só não contava que no momento em que eu acionasse a maçaneta, a porta seria aberta para dentro, me puxando abruptamente para frente, me fazendo cair de joelhos no chão com força e desengonçadamente e em seguida um som estalado me arrancar do meu próprio susto e torpor.
Esse som foi da minha saia rasgando?
Droga…
Nem percebi quando fui puxada para cima segundos depois. Mãos firmes, quentes e okay... bem grandes me fizeram engolir o ar devido a surpresa.
Engoli em seco, quando o homem com quase o dobro do meu tamanho me depositou no chão com facilidade.
— Peço perdão pelo incidente…
Eu ergui meus olhos em sua direção, me preparando para dar uma bronca nesse brutamontes mas perdi o fôlego quando encontrei olhos azuis fixos em meu rosto. Ele estava me analisando com um brilho nos olhos, um brilho afiado e analitico.
— O que pensa que está fazendo aqui?
Foi a única frase que consegui falar, considerando minha atual situação.
Ajustei minha postura, tentando demonstrar meu desagrado por ter esse homem numa sala presidencial.
O que na verdade não existe, já que não estou tão irritada por te-lo aqui.
Desnecessário essa sensação toda.
— Esta sala é do presidente e só pessoas autorizadas podem ter acesso a ela.
Nesse momento a cabeça do homem pendeu para o lado lentamente, e enfiando as mãos no bolso de um jeito despreocupado ele esboçou um sorriso de lado que me pareceu confiante demais, e nesse momento os seus olhos azuis ganharam um brilho de diversão.
— E como eu iria saber? Não tinha nenhuma placa informando.
Eu arqueei a sobrancelha e cruzei meus braços acima do peito e respondi não gostando do atrevimento desse homem.
— Bom, a porta está fechada e isso já é um bom motivo para não abri-la, certo?
Ele fez um gesto em concordância e franziu os lábios quando respondeu.
— Um ponto, mas ainda assim, sou novo nesse lugar, então sou isento de qualquer coisa que você venha me culpar.
Nesse momento arregalei meus olhos ao ouvir o deboche em seu tom de voz e me aproximei um passo adiante enquanto apontava meu dedo em sua direção, e recuando alguns passos, ele foi se afastando enquanto um sorriso brincava em seus lábios.
O cretino estava se divertindo as minhas custas.
— Não me venha com respostas engraçadinhas…
Desviando os olhos de mim, o homem desceu o rosto e franziu a testa quando respondeu ao me interromper.
Sua lingua passou preguiçosamente pelos labios. Um gesto que não consegui desviar a atenção.
— Acho que você tem um probleminha para resolver.
Ele apontou o dedo para baixo e ao acompanhar o movimento, encontrei a fenda que antes era discreta, mostrando muito mais da minha coxa. Estava mostrando o elástico da minha meia três quartos.
Inferno.
Ele fez um gesto com a cabeça enquanto ajeitava a gravata em seu pescoço e se afastava. Me deixando em estado de choque por tudo o que acabou de acontecer aqui.
— Ei, quem é você?
Ele parou de andar e respondeu fazendo um sutil movimento para baixo, deixando claro que estava tirando uma casquinha da visão da minha coxa.
— Logo você descobrirá.
Observei aquele homem arrogante virando suas costas largas para mim. Um armário daquele tamanho deveria ser proibido de sair andando por aí.
Santo Deus.
Que irritante.
Olhei para baixo e mais uma vez lembrei do estrago da minha saia, e soltei o ar com força pelas narinas, enquanto andava em direção a minha mesa desejando que ele sumisse daqui e que levasse o meu lado desastrado junto com ele.
Nollan HoffmannNada tira da minha cabeça que meu pai está inventando esse problema cardíaco somente para me trazer de volta para Nova York.Sei que já faz mais de 10 anos desde que fui embora para Londres, mas aqui estou eu mais uma vez. Sendo obrigado a cuidar de uma empresa que não queria para mim.Em meus 36 anos de vida, nunca pensei que seria trazido de volta à realidade americana. Dias caóticos, e cheios de gente correndo atrás dos seus próprios propósitos. Eu estava habituado a um outro ritmo de vida. Trabalhava e ia direto para minha cobertura onde ninguém mais tinha acesso a mim até o dia seguinte, e agora, estou aqui, em uma sala que dá acesso a uma das mais importantes empresas do país.Sei que sou bom o suficiente para fazer essa empresa prosperar ainda mais, porém, não me sinto satisfeito com isso. Ter que largar meus deveres em Londres e ter que me adaptar com uma nova rotina, novas pessoas e novos hábitos só me faz ter uma sensação assombrosa de irritação.Olhando a pol
Nollan HoffmannNada tira da minha cabeça que meu pai está inventando esse problema cardíaco somente para me trazer de volta para Nova York.Sei que já faz mais de 10 anos desde que fui embora para Londres, mas aqui estou eu mais uma vez. Sendo obrigado a cuidar de uma empresa que não queria para mim.Em meus 36 anos de vida, nunca pensei que seria trazido de volta à realidade americana. Dias caóticos, e cheios de gente correndo atrás dos seus próprios propósitos. Eu estava habituado a um outro ritmo de vida. Trabalhava e ia direto para minha cobertura onde ninguém mais tinha acesso a mim até o dia seguinte, e agora, estou aqui, em uma sala que dá acesso a uma das mais importantes empresas do país.Sei que sou bom o suficiente para fazer essa empresa prosperar ainda mais, porém, não me sinto satisfeito com isso. Ter que largar meus deveres em Londres e ter que me adaptar com uma nova rotina, novas pessoas e novos hábitos só me faz ter uma sensação assombrosa de irritação.Olhando a pol
Laysla AlbuquerqueSoltando um suspiro cansado, me direcionei pelo corredor da minha pequena casa desejando muito um banho e a minha cama.O dia de hoje teve inúmeros incidentes nos quais eu não estava preparada psicologicamente para resolver.Teve um cano quebrado na cozinha da empresa, duas mulheres saíram nos t***s no setor de cobrança e teve um gerente que foi demitido por ter sido pego em flagrante enquanto estava aos amassos com sua secretária e isso tudo sem contar meu encontro desastroso que resultou em uma saia rasgada, uma mão esmagada pelo vidro do carro e uma cena nada sensual em que paguei calcinha no estacionamento.Fechando meus olhos, me joguei no sofá não acreditando que o dia finalmente chegou ao fim.Sentando no meu sofá, joguei a cabeça para trás e comecei a lembrar das guloseimas que tenho na geladeira e rapidamente me animei.Me direcionando até a cozinha, abri a geladeira e encontrei a sobremesa que eu havia feito ontem a noite. Se chama bombom na travessa e é um
Puxando o ar com força, atravessei o hall de entrada da empresa e vi que o ritmo estava frenético, o que não indicava coisa boa. Andando diretamente para o elevador, segurei minha bolsa pela alça enquanto apertava no botão do 20° andar.Assim que as portas metálicas se abriram, me surpreendi com a quantidade de homens vestidos de preto espalhados em pontos estratégicos pelo corredor.A gerente de recursos humanos que parecia se sentir pressionada, ergueu a cabeça e logo pude ver o alívio em sua expressão assim que me encontrou. — Laysla, que bom que você chegou.Sua voz parecia carregada de nervosismo e ajustando a postura, eu franzi a testa ao responder. — O que houve, Marcela?Olhei a nossa volta enquanto encarava os brutamontes e ela se aproximou com algumas pastas em mãos e disse. — O assistente do novo Ceo está aqui, e está a pedindo para falar com você.Sua expressão estava séria, e me entregando as pastas, ela continuou. — Ele disse que precisa resolver essas pend
Nollan HoffmannMeus olhos estavam fixos na expressão desapontada de Laysla. Estava com uma aparência tão cansada que por um momento me senti culpado por estar causando essa bagunça toda. — Eu ainda não sabia qual seria minha função até hoje de manhã.Respondi sendo verdadeiro, e segurando a troca de olhares, Laysla soltou o ar ao se levantar e disse. — Desculpe pela minha explosão, eu só… Assentindo, me afastei dela e me acomodei em minha própria mesa e respondi. — Está tudo bem. Estou aqui para ajudar.Ela assentiu com a cabeça e murmurou. — Vou buscar café para nós e depois disso, começaremos a trabalhar, okay?Confirmando com um gesto, sorri e enviei uma piscadela em sua direção e sorrindo, ela se levantou e saiu andando rumo ao elevador.A verdade é que fui até a casa do meu pai ontem e pude ver com meus próprios olhos que ele não está doente. Ele estava com uma ótima aparência, e na verdade parecia bastante entediado. Em um momento de descuido, ele se levantou e me d
Laysla AlbuquerqueNão sei o que está acontecendo comigo mas já faz 5 minutos que estou parada na cozinha e meu café já esfriou nesse meio tempo, ainda sinto meu corpo estremecer por inteiro depois daquela sensação tão estranha logo que Lann apertou minha mão.A verdade é que tudo está soando estranho demais e só piora quando eu paro para analisar a seguinte situação. Como um homem igual ao Lann se tornou um assistente?Não estou menosprezando a função, é que o homem tem um porte atlético, boa postura e uma dicção perfeita na qual só me faz pensar no que o levou a escolher essa profissão. É muito nítido que ele poderia exercer qualquer profissão com o visual e porte que tem.Absolutamente nada está encaixando nessa história.Agora, aqui sentada de frente para meu computador, tento manter minha atenção focada apenas na tela do meu notebook, mas algo me fez olhar o homem que está a alguns metros de distância de mim.De relance, vejo um sorriso surgir em seu rosto e o silêncio logo se que
Laysla AlbuquerqueEu passei a língua devagar pelos lábios sensíveis e assenti com um gesto, e sorrindo, ele se levantou e me guiou para a mesa mais uma vez, e pegando seu copo de café, ele se direcionou para sua mesa enquanto eu fiquei o analisando em silêncio, tentando entender o motivo de eu ter ficado desse jeito com a aproximação dele.— Então, quais são os planos para o fim de semana?Ouço Lann perguntar enquanto eu ainda estou na mesma posição em que ele me deixou e tentando voltar a raciocinar, eu respondi.— Sexta-feira à noite estarei indo para a Flórida. Vou passar o fim de semana com meus pais.Arqueando a sobrancelha, ele assentiu e sorriu ao dizer.— Bom, dessa forma você vai recarregar as energias após uma semana agitada.Ao pensar na possibilidade de descansar com minha família, soltei o ar com força e sorri ao responder.— Agitada é apelido, mas sim, preciso vê-los. Estou com saudade de casa.Nesse momento ele pareceu fixar sua atenção em mim, e por alguns segundos, vi
Nollan HoffmannEssa brincadeira está sendo diferente do que eu imaginava. Provocar a Laysla Albuquerque não está sendo exatamente o que eu imaginei.A mulher tem o dom de amolecer meu coração a medida que parece se desesperar quando o pé no saco, que no caso sou eu, manda um e-mail pedindo coisas sem noção, e apesar de saber que só pedi coisas sem noção até momento, aqui estou eu, ajudando-a a organizar um evento no qual eu mesmo havia exigido para me apresentar como o novo Ceo.Depois que ela falou sobre seus planos para o fim de semana, senti vontade de estragar até o último segundo de felicidade dela mas quando a vi chorando, parece que algo mudou em mim, como se eu me sentisse culpado por ter causado isso e tudo se tornou pior quando ela pulou nos meus braços e senti meu corpo tensionar pelo nosso contato mais uma vez.A porra daquele calor estava de volta e pude perceber que só acontece com ela. Um lembrete claro que não devo fazer nada além do meu plano.Droga, eu tenho um plano