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Os dias seguintes foram normais. Alex, sempre vinha para minha casa depois do expediente. Como era época de prova, ele trazia o material e eu o ajudava nas questões.

Na verdade, eu fazia uma garrafa de café e alguma coisa para comer e ficava do seu lado, observando-o estudar, todo concentrado.

Lindo, Alex era lindo!

Me senti mal pela farsa que eu e Clara criamos, sobre ele ser meu namorado e tal. Mas tudo ficaria bem, eu sabia.

Alex tinha o coração de ouro, se porventura descobrisse tudo, ele me perdoaria. Ele tinha que me perdoar, pois eu já não sabia bem como era ter a vida sem ele.

Então chegou sábado, Alex tinha ido para o asilo, até me convidou, mas era o dia da promoção no salão de beleza de sua irmã, e hoje, pela manhã, eu já tinha marcado com minha mãe.

Metida à rica do jeito que era, obviamente me perguntou se o bairro onde iríamos era seguro e se a cabeleireira usava produtos bons.

Soltei um: “Mãe, por favor!”, e ela me deixou em paz e concordou me acompanhar.
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