Capítulo 13
— Aurora, para com isso! Não vamos arrumar confusão, né? — Interrompei.

Não era dó do Rafael que me consumia, mas o medo das tretas que minha irmã podia se enfiar.

Ia me meter no meio quando o Breno me puxou com força pro colo dele.

— Deixa rolar, Bolinha foi adestrada para não acabar com ninguém. — Aurora respondeu, fazendo pouco caso.

— E outra, um lixo desse nem merece a baba da cadela. — Completou o Breno com meio sorriso.

Os berros do Rafael ecoavam pelo lugar, e o desgraçado não parava de gritar meu nome:

— Natália, a gente não acabou! Eu não aceitei! Está fazendo isso só para me provocar, eu sei...

Aurora deu uma risada sem graça e mandou:

— Bolinha, pega a boca dele!

Num piscar de olhos, o sangue escorria pelo rosto do Rafael todo.

Meu peito apertou, com medo da merda que ia dar, e disse:

— Aurora, para com essa palhaçada, pelo amor de Deus!

Bolinha olhou para mim, na dúvida.

Rafael se retorcia no chão feito minhoca.

— Aurora, chega! Se der merda de verdade... — Insisti.

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