Capítulo 6
Rafael travou ao ouvir o nome da minha irmã. Seus dedos afundaram nos ombros da moça enquanto a envolvia no próprio casaco com movimentos mecânicos. O tecido ainda guardava o calor do corpo dele quando encostou nela.

— Eu e a Aurora somos amigos de infância. — Ele disse como se recitasse um mantra. A mão esbranquiçada de Mariana subiu até seu antebraço num gesto de lagarta. — É minha obrigação proteger a irmã dela.

Meus dedos encontraram sangue morno escorrendo da orelha. A ferroada aguda me fez rir com amargura.

— Proteger de quem? De mim? Até bandido tem direito a defesa. Você me esmurrou sem perguntar nada. Aurora nunca levantou a mão para mim. Quem é você para fazer isso?

A intervenção veio em sussurros melífluos:

— Rafa, não precisa brigar. Não culpe a Natália. Eu só acho que ela não deveria ter postado minhas fotos na internet. Eu... Eu...

— Fotos? — O grito ecoou nas paredes de azulejo. Seu empurrão me arremessou contra o reboco áspero. O tornozelo estalou sob meu peso. — Nojent
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