Jordan chega ao hospital infantil chamando Tereza para uma conversa. Eles se dirigem até a lanchonete, Fabíola fica com a sobrinha. Jordan não mede palavras entrando direto no assunto deixando Tereza perplexa, porém ela não demostra medo.— Pode me acompanhar num café? -Tereza assenti e o segue.—Na verdade, preciso conversar sobre o que ouvi na copa, confesso que preferia não ter escutado.-Eles saem do elevador entrando na lanchonete.—Eu sei do que você está falando, Jordan. —Então é verdade? Você é a mãe biológica da Beatrice? — Sim. Eu fiz a inseminação com o sêmen de um doador anônimo, não sabia que era você, tão pouco que não havia os óvulos da mãe, no caso da sua Clarice. Portanto, eu sou a mãe da Beatrice. —Eu não posso acreditar que você escondeu isso de mim por tanto tempo!! —Eu sei que foi um erro. Mas eu estava com medo de como você reagiria. Depois veio a doença da espinafre e tudo mudou pra mim preferindo calar. — Você mentiu para mim Tereza. Você ocultou
Jordan chega às pressas ao hospital, ele observa Tereza ser levada em uma maca para o centro cirúrgico, seu coração se aperta de preocupação. Ela estava consciente de apenas levemente sedada para não sentir desconforto durante a extração do líquido espinhal na medula, um procedimento que certamente causaria desconforto. Ele não entendia por que ela estaria ali, seria ela a doara para a filha dele? Jordan correu até Fabíola, sua irmã, em busca de explicações. Ele ouve da Fabíola que Tereza revelara ser a mãe biológica de Beatrice, Jordan sentiu como se o mundo desabasse ao seu redor. Sua irmã sentia algo diferente no tratamento de Tereza com a sobrinha, como poderia não ter percebido a verdade? Jordan há mais de dois anos havia insistido em usar os óvulos congelados da falecida esposa em outra mulher para gerar um filho, sem saber que a mãe biológica de Beatrice estava tão próxima o tempo todo. Fabíola estava chocada por ter sido enganada por Tereza a princípio mas mesmo assi
Jordan foi chamado até a clínica de fertilização juntamente com sua advogada para tratar de um assunto delicado referente ao Nick. A situação era complexa e envolvia Tereza também, que havia engravidado sem a fertilização dos óvulos de Clarice, a esposa falecida de Jordan. Sr. Tanure, o pai de Kira, convidou Jordan para esclarecer o problema que seu geneticista e genro, Nick, havia criado na clínica, colocando em risco a reputação da empresa, afetando um pai que acreditava estar com sua filha legítima do acordado nas cláusulas. Jordan ouviu tudo o proprietário da clinica dizia estando calado, seguindo as instruções de sua advogada para não disesse nada. Enquanto ouvia as acusações e explicações na reunião, Jordan ponderava sobre o que fazer a respeito da situação. Tereza não estava presente naquela conversa, mas ficou claro que ela era inocente e apenas buscava ser mãe de aluguel para custear seus estudos. No entanto, a situação havia se tornado um problema legal que precisava ser
Jordan e Tereza despertaram juntos, mas desta vez ao abrir os olhos, estavam agarrados na cama. Ela sorri ao vê-lo com o olhar fixo em seu rosto desejando bom dia, elogiando sua beleza. Tereza dá um selinho, mas Jordan a beija intensamente, mostrando todo seu amor e paixão por ela. Nesse momento, Beatrice, a filha do casal, aparece no quarto pulando na cama e chamando Terê de mamãe. Tereza se comove ao ouvir pela primeira vez sua filha chama-la deste modo, sentindo um amor tão grande por aquela pequena que mudou completamente sua vida. Bom- Bom, a baba, chega para ajudar a arrumar Beatrice, que voltará para a escola depois de um bom tempo afastada. A menina usará máscara por um período devido a uma condição de saúde, mas isso não diminui em nada sua alegria . Enquanto se preparam para um novo dia, Jordan e Tereza se olham com cumplicidade, sabendo que têm um ao outro agora de modo diferente. O amor que sentem um pelo outro e pela pequena Beatrice é a força que os manterá unidos,
— Há quanto tempo ele está assim mamãe?- Pergunta Fabíola.—Sei lá, acho que desde que chegou do crematório.—E você não faz nada? Sequer pergunta se ele quer algo... acho que não comeu nada hoje!—Eu não. Vai você que já está acostumada com as manias do seu irmão. Eu vou relaxar na banheira, esse dia parecia interminável!—Ele acaba de perder a esposa, seja menos egoísta.—Lembra quando seu pai morreu? – Eleonora fala irônica.— Ele ficou do mesmo jeito que está; depois de algumas horas já estava na academia como se nada tivesse acontecido.—Ah mamãe, cada um tem seu modo de aliviar sua dor. Agora foi a esposa dele.—Faz-me rir! Qual a diferença; ele não gosta de ninguém. Fique aí se quiser, vou para meu quarto.Eleonora sai da sala ; Fabíola tenta uma conversa com seu irmão.—Oi Jordan, como está se sentindo?- ele parece não escutar.—Jordan? Sou eu, - Ele vira-se arqueando uma sobrancelha.—Qual é o seu problema Fabíola? Eu sei que é você.- Jordan balança a cabeça num gesto de reprov
Dias depois...Espera aí, o que..o que você está fazendo na minha casa??-Jordan se depara com sua secretária de pijama, bem na sua cozinha.—Desculpe senhor Jordan, não lhe vi entrar!!- Tereza quase derrama a papinha que preparava.— Éh...é que a babá se demitiu ontem cedo; sua mãe ficou com a Beatrice até eu chegar.-Maria Tereza enrola os longos cachos negros em suas mãos fazendo um coque, ela está nervosa.—Continue, Tereza! —É que sua irmã me ligou pedindo para vir até o senhor voltar de viagem..—E desde quando você obedece a tonta da Fabíola? Devia ter me comunicado.- Jordan pega uma xícara no armário, servindo-se de café.—É que ela ...ah, senhor Jordan; sua irmã me disse que lhe avisaria. Me perdoe!- Ouve-se um choro vindo do quarto, a babá eletrônica é acionada.—É sua filha, vou vê-la. Tereza sai correndo levando consigo uma tijela com a papinha para Beatrice. Jordan continua na cozinha tomando seu café, ele ri ao lembrar do estampado na pijama cheio de abelhinhas.—Ao men
—Bom dia, Maria Tereza .—Bom dia, Sr., eu fiz café.—Salvou o dia, quase não preguei os olhos esta noite.-Ele passa as mãos entre os cabelos bocejando em seguida.—Alguma preocupação??-Ela arrisca perguntar.—Ainda pergunta o porquê? – Ele agarra a xícara de café como se fosse dissolver suas questões.—Onde está Beatrice? Não há vi gritando hoje!—Gritando? Mas por qual motivo?—Sei lá! Só sei que as seis da manhã essa menina corre pelos corredores aos berros como um búfalo.—Não entendo; mas pode ter sido só uma fase que já passou. Por enquanto Ela está na sala de brinquedos desenhando. —Você por acaso trouxe de sua cidade alguma poção magica? -Ele a olha surpreso.—Pois, manter essa pirralha quieta logo cedo deve haver um mistério.—O mistério é deixar o ambiente propício para uma garotinha enérgica escolher como deseja ficar.—Então devo deixá-la tocar fogo enquanto observo. Tudo em prol do seu bem estar.-Ele aguarda uma resposta sensata.—Não foi o que disse! Apenas não dar comando
—Foi um dia incrível não acha Sr. Jordan? A Beatrice adormeceu de tão cansada.-Tereza a toma dos braços do pai. —Sim, ao menos divertiu-se . —Acredito que sua presença fez toda diferença, vou levá-la ao quarto. Jordan entendeu o recado da sua secretária. Por mais que ele comprasse brinquedos caros, a criança demostrou alegria com tão pouco: andando de pés descalços pelo parque, correndo pela grama sem fazer birras, sem desobediência. Qual a magia Tereza trazia consigo desde que entrou na sua casa? Ela não só era inteligente, mas tinha personalidade, destreza e beleza, aliás, muita beleza! Jordan admirava seu corpo cheio de curvas a cada movimento; seus cabelos eram como cascatas ao balançar do vento onde Jordan queria se envolver. Seus lábios, aah seus lábios ! Nunca havia visto boca tão convidativa que o fazia perder- se em pensamentos. Era uma mulher natural, cheirosa e simples; tinha mãos e pés delicados, ele gostava disso. O que jordan não entendia era o porquê desse sentimen