Nova York, 8 anos antes
Anthony olhava para o relógio na sala de estar. Seu filho Roberth estava custoso demais! A universidade ameaçava suspendê-lo por falta de compromisso. Isso o incomodava muito e o deixava sem paz. No entanto, ele decidiu tomar uma atitude, não poderia mais tolerar os desrespeitos de Roberth.
Roberth acordou tarde, com a cabeça latejando. Estava atrasado para sua aula do dia e sabia estar muito encrencado, mas já era costumeiro esse tipo de situação, pois ele era o tipo de cara que costuma tocar o terror aonde chega. E isso todo mundo da cidade já sabia. Não havia nada que pudessem fazer devido ao prestígio da família de Roberth.Dinheiro e poder caminhavam lado a lado.Roberth chegou atrasado na aula, mais uma vez. O professor Clark suspirou ao ver seu aluno favorito chegar com uma cara de nojo parecendo estar adoentado, porém era ressaca. Como sempre os alunos colegas de classe riam e cochichavam suas teorias da conspiração sobre Roberth que se senta ao fundo da sala de aula e coloca seus óculos escuros como sempre. Clark bateu palmas interrompendo os gracejos e piadas de mau gosto de todos.Um, dois três, quatro. Ainda faltava algumas dezenas para comprar o notebook seminovo visto em promoção. Sim, Sarah estava contando moedas e depositando no banco local para passar o notebook no cartão. Era essencial para completar seus estudos, e isso era algo que a deixava muito nervosa. Sempre era algo de piadas e humilhação na universidade por causa do seu estilo quase sempre modesto. Mas isso era melhor que aguentar seus pais controladores e narcisistas. Fugida do extremo norte do país, Sarah sobrevivia com um salário mínimo comercial de seu emprego partime na cafeteria próxima à universidade, era o suficiente para moradia e despesas básicas, mas não sobrava para luxos pequenos. Ainda era zoada por suas roupas simples, não tão na moda e o combo fechava por ser aluna bolsista.Ela era motivo de chacota de qualquer forma, mas isso não a desanimava nem um pouco, seria jornalista e bailarina e ainda seria uma autora de romances best-seller! Ao passar pelo corredor ouve cochichos sobre ser cafona e feia e não liga para isso.Roberth faz careta para o café que Lucas seu amigo oferece a ele.-credo, esse café tem gosto de enxofre! - disse Roberth ao experimentar o café que Lucas lhe entrega- oh se fosse um capuccino pelo menos, RS- a essa hora foi o único onde achei. Hoje seu pai resolveu bancar o durão com você? O que será que ele quer questionar? - disse Lucas.- me vejo enrolado isso sim. Preciso ir, te ligo mais tarde.Roberth sai cantando uma música qualquer, enquanto dirigia a toda velocidade para sua casa. Tudo conspirava contra seus gostos e suas vontades, estando tão transtornado que nem notou a garota atravessando a rua com pressa, sem observar a vida dirigia a toda velocidade sem olhar para trás. e continuou seguindo como nada estivesse acontecendo. quando viu estava em cima de Sarah que gritou e derrubou seus livros no chão. Ela bufa e dá o retorno para pegar seus livros e manuscritos. Roberth sai do carro e diz:- ah se não é a nerd chata bolsista. Você quase sujou meu carro!-oh não, é o garoto mais enjoado da universidade. você quase me atropelou!-você não atravessou rápido.-Ah é? a culpa não é minha se você não possui boa visão. Eu fiz o meu melhor e você acaba perturbando-me com suas especulações fantasiosas.-Não mesmo!!!!
Sarah sai bufando e pisando forte. Como esse cara ousava trata-la daquele jeito?
Após alguns dias passando por algumas situações difíceis, ela conseguiu o dinheiro que precisava para comprar seu notebook usado. Não era de última geração, mas era decente o suficiente para não passar mais vergonha nas aulas. Poderia assistir e escrever seus livros para vender com paz e alegria. Ninguém deveria se meter em seus assuntos ou rasgar suas folhas de caderno mais. Especialmente a chatíssima e infeliz Amanda.
Ela era praticamente uma oferecida. Combava sua inteligência com uma aparência sedutora que fazia as pessoas se questionarem ou se apaixonarem por ela. É claro. Sempre roubando oportunidades que pessoas competentes poderiam exercer.
Roberth passou um bom tempo intrigado. Amanda dormia ao seu lado. Classicamente o caso popular do garoto mais bonito com a menina mais atraente da universidade ficavam juntos. seu pai logo o chamaria em uma ligação muito irritada, e ele não queria isso... tratou de sair do quarto de Amanda deixando um bilhetinho com recado de sempre...
E saiu para ir ao escritório fazer seus trabalhos como herdeiro do seu pai.
Um investigador civil seguia Sarah ao longo do seu trajeto de saída do serviço pra o beco onde morava, e tirava fotos e fazia anotações. Ela nem desconfiava do que estava por vir a respeito do futuro. O incidente com Roberth a fazia suspirar. Como tudo tinha que girar em torno do que o senhor popular queria?
No escritório havia um senhor misterioso e muito elegante, que queria falar com Roberth e seu pai. Era um alto figurão da Itália, muito rico e desejava expandir negócios.
Roberth sentiu um frio percorrer a espinha. Havia muito passado pela Europa e machucou corações...
Ele percebeu que algo muito sério estava para acontecer.
Anthony pegou um memorando quando a secretária trouxe as xicaras de café. Roberth imaginava se era o pai de alguma ex -namoradinha que engravidou supostamente.
Tudo fazia Roberth suspirar. Sua vida não estava fácil.
O figurão começou a explicar seus objetivos e suas pretensões ali. E disse estar em busca também de uma filha perdida, que não sabia por onde andava, e havia descoberto sua existência recentemente e por isso ele iria ficar por um bom empo ali no país sendo assim, a pista levava até ali.
Anthony estava interessado na história esse propôs a ajudar com um plano sinistro em mente. A influência desse italiano abriria muitas portas para ele, e poria sua vida em ordem.
Depois da reunião, Roberth saiu exausto após analisar todos os dados que Anthony pediu. Mal poderia espera para ver sua ficante premium/namorada Amanda ... seu pai estava cada vez mais cobrando responsabilidades e rigoroso com o ritmo dos estudos.E Roberth temia ser deserdado, em parte reconhecia que seu pai tinha razão. Tudo era uma questão de saber equilibrar as coisas, mas seu pai não sabia administrar o próprio tempo e queria colocar a mesma pressão em Roberth. Ele ficou olhando pela janela do carro quando viu Sarah passando. Por causa de pessoas como ela o mundo andava tão frenético! E seu pai achava que ser frenético era a resposta.Ele bufou. E continuou com sua mini refeição...Sarah estava respirando em um raro momento de folga era uma terça feira preguiçosa...Ela sentou no banco. Enquanto isso o mesmo investigador que a havia seguido a fotografava discretamente e falava com seu cliente.- Ela se parece muito com a descrição dada pelo senhor.-ótimo. Quero que todas as pro
A situação não estava nada calma quando Amanda recebe o sms com uma foto nada legal. E depois recebe a mesma em seu Snapchat fake. ela derruba seus cremes e seus produtos de skin care no chão tamanho ao se nervosismo e raiva da situação.Roberth aparece de surpresa, e ela quer bater nele. Ele a faz sentar e se acalmar. Ela berra demandando explicações.- Amanda, já te disse. Fiz um favor para a garota. E outra, preciso mostrar ao meu pai que sou capaz de ser “bonzinho” se não eu perco meu futuro. Por favor, sem histeria.- Tantas pessoas, instituições e você ajuda essa pobretona?- Foi a melhor opção. Acredite! Tudo vai conspirar ao meu favor...Amanda ainda estava emburrada era menos setenta mil dólares em joias nas mãos dela. Mas logo sabia que teria mais. Ela desejava muito mais.Sarah acordou no dia seguinte animada. Ao olhar no espelho não reconhecia- se a tanto tempo. Ela estava parecida com a garota brilhante que costumava ser antes de seus pais desperdiçarem a fortuna do avô c
Anthony achava que estava por cima da situação quando o italiano assinou o contrato. Logo a seguir começou a pensar. o Email que pediu ao seu filho chegou logo. estava admirado analisando os gastos. para um bilionário como ele, setenta mil dólares era dinheiro para brincar, mas ele sempre agia com cautela. tudo em sua vida era investimento. Paulo Carsini liga pedindo uma reunião surpresa, e não diz o que era. Carsini chega com uma seriedade que Anthony nunca havia visto antes. ele havia decidido conversar algo especial que precisaria da ajuda de seu novo e "confiável "amigo.Anthony pede para a governanta trazer um café e meia hora depois é servida uma bandeja para ambos.Carsini suspira e toma seu café. Anthony então toma a dianteira. -Então meu amigo, que bons ventos o trazem tão cedo para minha casa?-Se você soubesse... iria ficar triste. ou talvez até decepcionado comigo.-O que quer dizer?-Uma das razões para eu vir até os Estados Unidos não é somente os negócios estrangeiros
Para Sarah a situação era um beco sem saída, escuro muito provavelmente ela havia se metido com a máfia ou por engano algum cliente maluco a havia sequestrado...hiperventilando ou algo do gênero. Ainda não sabia direito onde estava e não seria sábio fazer nenhum movimento brusco a respeito do que estava por vir.Cochichos a parte, Sarah começou a levemente tomar o café da manhã. Esperava não ser envenenada ou similar, cheia dos medos por causa do que via nos jornais ou na TV. O café era divino e os pães eram macios... se fosse alguma brincadeira de mal gosto, ao menos eles sabiam fazer alguns lanches e café da manhã.Uma mulher vestida de social clássico apareceu e começou a trazer papeis e colocar ao lado da mesa onde Sarah estava acomodada. Ela observa a menina e seus modos delicados, se espantando com a educação e fineza da jovem.Paulo estava ansioso ao ver a menina. Após respirar fundo, ele toca a campainha e uma porta se abre. Um corredor e meio separava o escritório da sala ond
Ao cair sentada, com o dossiê nas mãos, Sarah não pode deixar de chorar. Ela se sentia enojada, usada, maltratada...sua pobre mãe, morreu sem saber que a filha estava viva, seu pai estava ali diante dela...- Me responda, por que você não foi atrás de mim então? Poderia ter conseguido minha guarda.- Foi muito difícil, Sarah, acredite. Os médicos foram pagos para manter o silencio, e seus pais adotivos viviam se mudando de um lado para o outro. Ficaria muito difícil te achar. Até que meu pai me aconselhou a reunir provas e esperar. Achei que nunca teria chance de ver você. Mas como toda Carsini, você tem um espírito forte. Igual Margareth, sua avó. Ela vai adorar você. Sei que nunca vai compensar odo o sofrimento que você teve, mas eu estou aqui e agora, e você terá meu apoio para fazer justiça contra quem te maltratou a vida toda...Sarah estava tentando entender o que aquilo significava. Nunca foi amada por eles, sempre era usada e maltratada, e ela atribuía isso ao fato de ser filh
Paulo retorna a mansão e é informado que sua filha havia acordado e adormecido de novo. Ele se senta em casa e começa a avaliar as opções que tem. Sarah estava sentada na sala já vestida e preparada, ela queria conversar com Paulo sobre sua situação e como ficariam as coisas. Ela queria retornar à faculdade e para seu trabalho. Porém Paulo havia decido outras coisas. Ele iria propor e mudar coisas na vida de Sarah que ela nem mesmo imaginaria. E dessa forma, se redimir em memória de sua amada Isabella. Sarah imaginava que teria um preço te seu pai ali a financiando. Conhecia muito de negócios e seu avô a ensinara muito bem. Premios assim não vinham de graça. Ela imaginou. Paulo olhou muitas coisas ao longo desses vintes anos e havia ensaiado palavras, mas não conseguia dizer nada. Ela decidiu falar primeiro devido ao silencio estranho na sala, e então perguntou. - Paulo, ainda não me sinto à vontade com você. - Eu sei filha, e isso eu entendo perfeitamente. Sua vida de um lado
Para Sarah era hora de fazer o melhor no mundo tanto por si quanto pelos outros. Era hora de colorir tudo, mostrar que a verdadeira Sarah Cárdenas era desconhecida de todo mundo.Escolheu um vestido vermelho sereia, e sapatos elegantes. Não era das roupas que comprara com Roberth, era de sua própria coleção pessoal que não se desfez quando era mais jovem. Fez um elegante penteado e uma maquiagem suave, apenas destacando pelo batom vermelho num tom mais escuro que seu vestido.Estava vestida de uma maneira elegante porem u pouco mais atrevida. Ela iria se divertir às custas de Amanda e sua gangue de acéfalas. Era uma rival à altura, senão mais bonita. Ela sorriu confiante. Levou apenas o notebook em seu fichário padrão e chamou o motorista. Pôs um casaco de cor similar e adentrou confiante o recinto.Com um sorriso atrevido, ela calculava que em menos de meia hora Amanda já estaria sabendo da loira misteriosa na ala de jornalismo. Os meninos sorriam e as meninas olhavam de solsaio ten
O sorriso de Sarah estava alargado e brilhante desde que voltara do almoço e chegara em sua casa. Se pôs a pensar em como tudo havia mudado tão repente, e se viu com novas pessoas em sua vida em menos de quinze dias, e até o cara que quase a atropelou começou a sair com ela em passeios amigáveis. As coisas agora eram mais próximas do tempo que seu avô era vivo.O almoço com Roberth havia sido incrível. Aparentemente, ele ao era o babaca que aparentava ser, era uma pessoa que precisava aprender como se divertir realmente. Isso era engraçado para ela.Sábado amanhecia, e mais um almoço estava marcado. Roberth despachou Amanda dizendo que iria almoçar com um amigo, e então iria ver Sarah. Seu coração começou a bater forte por ela, imaginando que estaria bem se ficasse mais tempo. E conseguiria se desenvolver.Sarah chegou com minutos de atraso ao local combinado estava deslumbrante, com uma pequena bolsa de mão. E cabelos soltos.Ela pediu desculpas e se sentou, envergonhada.- Oi- Oi S