O restaurante estava cheio, a luz suave das velas criando um ambiente acolhedor e intimista. Sarah e Robert sentaram-se em uma mesa perto da janela, ambos animados com a nova fase que estavam prestes a iniciar. Entre risos e conversas sobre destinos exóticos, Sarah se sentia mais leve do que nunca, como se finalmente estivesse começando a se libertar das correntes que a prendiam.Enquanto isso, na escuridão de um canto do restaurante, Amanda observava tudo. A ex-namorada de Robert estava sentada sozinha em uma mesa, um copo de vinho tinto à sua frente, seu olhar fixo no casal. O coração dela estava apertado. Amanda sempre soubera que Robert era um bom homem, mas a maneira como ele olhava para Sarah, o brilho em seus olhos, a deixava inquieta. Ela se sentia impotente, como se estivesse assistindo a um filme no qual já conhecia o final, e a cena que se desenrolava diante dela não era a que ela desejava.Amanda lembrava-se de como tudo havia mudado entre eles. Quando estavam juntos, Rober
Entre Sonhos e DilemasSarah fechou o laptop com um suspiro longo e pesado, deixando-o ao lado na cama. Havia passado as últimas duas horas navegando em fóruns de casamento, lendo sobre temas, cores, decorações e dicas de organização. As páginas estavam repletas de imagens de casais sorridentes, vestidos impecáveis e cerimônias dignas de contos de fadas. Tudo parecia tão bonito, tão perfeito – tão distante do que ela realmente sentia.Com os olhos fixos no teto, Sarah deixou os pensamentos fluírem. Nos últimos meses, sua vida havia mudado radicalmente. Tudo o que antes era previsível e controlado agora parecia estar em constante transformação. No papel, seu futuro parecia brilhante. Roberth, com sua presença firme e confiável, era o tipo de homem que qualquer mulher deveria desejar. Ele não só a amava, como também compartilhava da visão de futuro que seus pais tanto valorizavam. Mas havia algo que ela não conseguia ignorar: a sensação de que, ao caminhar rumo ao altar, estava deixando
Sarah encarava seu reflexo no espelho, tentando reconhecer a mulher que via ali. Como, em poucos meses, ela passara de uma forasteira sem nome para a noiva do homem mais rico de Nova York? O destino tinha um senso de humor irônico. Se alguém tivesse lhe contado um ano atrás que sua vida tomaria esse rumo, ela teria rido. Mas ali estava ela, cercada por vestidos luxuosos, joias cintilantes e planos para um casamento que parecia um evento social mais do que uma celebração de amor.As coisas mudam muito.A transformação de sua vida parecia um sonho – ou talvez um pesadelo do qual ela ainda não conseguira acordar. Tudo aconteceu tão rápido que mal teve tempo de processar. Antes, sua preocupação era terminar os estudos e construir uma carreira longe das sombras da influência de sua família. Agora, sua vida estava estampada em colunas sociais, e cada movimento seu era analisado. De estudante independente, tornara-se um ícone da elite.A princípio, tudo parecia empolgante. O deslumbre das fes
momentos de reflexão.Sarah respirou fundo, decidida a enfrentar a tempestade que se formava dentro dela. Levantou-se da cama e caminhou até a mesa onde estava o convite para o seu próprio casamento. As letras douradas brilhavam sob a luz suave do abajur, mas, para ela, não eram mais do que um lembrete de um futuro que parecia cada vez mais incerto.Resolveu que precisava de respostas, e essas respostas não viriam de festas extravagantes ou reuniões sociais. Elas viriam de dentro dela mesma. Se havia algo que aprendeu com a vida até aquele momento, era que o silêncio e a reflexão eram muitas vezes mais poderosos do que as vozes externas.Pegou seu celular e, hesitante, decidiu enviar uma mensagem para Roberth. Não era como se ela tivesse que se justificar, mas precisava de um momento a sós com ele, longe das aparências que cercavam o seu relacionamento. "Podemos conversar mais tarde? Preciso de um tempo para mim", escreveu. O simples ato de se abrir para ele, mesmo que de forma discre
Sarah sentou-se na beira da cama, o convite do casamento ainda exposto na mesa, como um lembrete constante de que a vida seguia em frente, mesmo que dentro dela houvesse uma tempestade de dúvidas. A mensagem para Roberth havia sido um primeiro passo, mas agora ela necessitava de um plano. Um plano que não envolvesse a expectativa de agradar a todos, mas que priorizasse seu próprio bem-estar.As horas se passaram lentamente, e enquanto a cidade continuava a vibrar lá fora, Sarah se sentiu cada vez mais isolada em seus pensamentos. O celular vibrou, trazendo a resposta de Roberth: "Claro, vamos conversar. Quando você quiser." Uma parte dela se sentiu aliviada, mas outra estava tomada pelo receio. O que ela diria? Como explicaria a confusão que estava sentindo?Ela precisava de clareza antes de se abrir para ele. Decidiu que um passeio seria a melhor forma de se libertar das amarras que a prendiam. Vestiu uma roupa confortável e saiu de casa, sentindo a brisa fresca do final da tarde aca
3 meses antes...Sarah fechou os olhos por um instante, tentando organizar os pensamentos que a invadiam como uma enxurrada. A imagem de sua mãe, com o olhar cansado e os sorrisos tímidos, se sobrepunha às memórias felizes da infância. Havia tantas perguntas não respondidas, tantas lacunas que precisavam ser preenchidas.Levou o diário até a mesa e o abriu com cuidado. As páginas amareladas estavam repletas de anotações, reflexões e fragmentos de uma vida que ela ainda estava aprendendo a entender. Enquanto lia, as palavras de sua mãe ecoaram em sua mente, lembranças de conversas que, na época, pareciam triviais, mas que agora tinham um peso completamente diferente."Eu sempre quis que você soubesse a verdade, Sarah", uma frase que ela repetia em várias de suas cartas. Mas que verdade? O que tinha sua mãe escondido? E por que parecia que seu pai biológico ainda estava envolvido em um jogo de sombras, se esquivando de perguntas que Sarah nem sabia que deveria fazer?Determinada a desco
Nova York, presente momento em um tribunal de divórcio.O som agudo dos saltos vermelhos ecoou no corredor que levava da cafeteria ao tribunal e seu som fizera todos olharem para a loira elegante de óculos escuros Prada que chegou com muita seriedade no rosto. Sarah Cárdenas precisava apressar seus passos até a sala onde todos se encontravam. o maldito divórcio que Roberth exigia: precisava deixar o caminho livre para Amanda Garcia entrar triunfante, afinal todos os esforços de Sarah para salvar seu casamento não poderiam ser em vão. bem, não totalmente, pelo fato de Sarah amar mais que tudo. Ela respirou fundo antes de entrar, quando uma mão fria de homem pousou em seu ombro. ao se virar, ela deu meio sorriso, afinal, seu melhor amigo e advogado de divórcio estava lá.- Querida, não se desespere, afinal é ele quem quer assim-Ah Gregory...não sei o que dizer, são 6 anos com ele de muita luta e tensão. Ainda o amo e isso é muito duro para mim - disse Sarah entre lágrimas com os papéis
Nova York, 8 anos antesAnthony olhava para o relógio na sala de estar. Seu filho Roberth estava custoso demais! A universidade ameaçava suspendê-lo por falta de compromisso. Isso o incomodava muito e o deixava sem paz. No entanto, ele decidiu tomar uma atitude, não poderia mais tolerar os desrespeitos de Roberth.Roberth acordou tarde, com a cabeça latejando. Estava atrasado para sua aula do dia e sabia estar muito encrencado, mas já era costumeiro esse tipo de situação, pois ele era o tipo de cara que costuma tocar o terror aonde chega. E isso todo mundo da cidade já sabia. Não havia nada que pudessem fazer devido ao prestígio da família de Roberth.Dinheiro e poder caminhavam lado a lado.Roberth chegou atrasado na aula, mais uma vez. O professor Clark suspirou ao ver seu aluno favorito chegar com uma cara de nojo parecendo estar adoentado, porém era ressaca. Como sempre os alunos colegas de classe riam e cochichavam suas teorias da conspiração sobre Roberth que se senta ao fundo d