Nova York, presente momento em um tribunal de divórcio.
O som agudo dos saltos vermelhos ecoou no corredor que levava da cafeteria ao tribunal e seu som fizera todos olharem para a loira elegante de óculos escuros Prada que chegou com muita seriedade no rosto. Sarah Cárdenas precisava apressar seus passos até a sala onde todos se encontravam. o maldito divórcio que Roberth exigia: precisava deixar o caminho livre para Amanda Garcia entrar triunfante, afinal todos os esforços de Sarah para salvar seu casamento não poderiam ser em vão. bem, não totalmente, pelo fato de Sarah amar mais que tudo. Ela respirou fundo antes de entrar, quando uma mão fria de homem pousou em seu ombro. ao se virar, ela deu meio sorriso, afinal, seu melhor amigo e advogado de divórcio estava lá.
- Querida, não se desespere, afinal é ele quem quer assim
-Ah Gregory...não sei o que dizer, são 6 anos com ele de muita luta e tensão. Ainda o amo e isso é muito duro para mim - disse Sarah entre lágrimas com os papéis nas mãos.
-Não se culpe, afinal seu casamento estava fadado ao fracasso desde o retorno dessa mulher..., mas -Gregory conduz Sarah para o saguão principal - recupere sua aura e vamos terminar com isso...
tudo parecia conspirar para se tornar dificultoso e triste naquele dia. o que poderia ser pior?
Roberth estava muito nervoso quando ouviu o barulho dos saltos vermelhos que ele conhecia tão bem: era sua ex Sarah, com toda a calma do mundo vindo para a sala acompanhada de seu advogado, enquanto Amanda não fazia questão de esconder seu imenso sorriso de satisfação ao ver a ex esposa do seu amante com um ar de derrota.
a garota pensou em como Roberth poderia fazer isso com ela? Como? sempre foi tudo tão perfeito entre ambos até Amanda retornar. Sarah engoliu em seco e espantou as lagrimas, não, não poderia dar esse gosto a eles. Não após tudo isso. seus saltos precisavam fazer barulho caso ela quisesse destacar esse dia contra Roberth. Não dessa vez, ela deveria lembrar-se da humilhação ao pegar os dois fazendo amor dentro do carro dele, ou quando Amanda passou a enviar selfies e mensagens anônimas para ela de números aleatórios, fazendo transtorno afim de enlouquecer Sarah. sempre tratando-a como uma mulher inferior.
Amanda começou a tomar seu capuccino de maneira que irritasse Sarah e fizesse a situação se tornar a mais chata e dolorosa possível se esquecendo de seu lugar na relação que por enquanto exercia na vida de Roberth, que lia os papeeis do divórcio determinado. Todas as exigências legais estavam sendo cumpridas.6 anos de casamento com Sarah custaram-lhe desejos, dinheiro e sua saúde em uma escolha infeliz, que naquela hora parecia-lhe a decisão correta, enquanto o juiz de divórcio prosseguia com a leitura dos acordos pedidos a parte pelo advogado e amigo de Sarah, Gregory Martinez, Sarah apenas pediu compensação financeira e alguns bens simples, etc. etc.
o tempo todo Roberth olhava para sua ex esposa enquanto ela lia os documentos do acordo judicial, atenta a qualquer detalhe que pudesse passar despercebido. Ele observava a postura séria em busca de qualquer coisa que denunciasse a tristeza em seu rosto, em vez disso, havia uma seriedade e uma serenidade que ele nunca havia visto antes. Sarah olhava os documentos cheios de clausulas minimamente satisfatórias.
o tempo parecia passar lentamente para todos os presentes no saguão enquanto o silêncio predominava, interrompido por suspiros e batidas nas teclas do computador e Macbooks na sala e impressão de documentos. O advogado de Sarah colocava sua mão de maneira muto intima na vista de Roberth, que começa a se perguntar se estava fazendo o certo realmente.
...
-... Senhor Roberth Smith, concorda com os termos propostos pela postulante, concordando amigavelmente em fornecer o montante pedido pela requerente?...
Roberth parecia não ouvir nada, apenas assinando e acenando querendo acabar com tudo aquilo, e algo estranho crescendo dentro do seu coração e mente enquanto Amanda deslizava a mão dela para dentro da sua.
-... vai ser melhor assim querido, afinal em 8 anos vocês não tiveram sucesso em nada...ela não lhe deu um herdeiro como eu...
o choque no rosto de Sarah era evidente. não, o sonho dela...Amanda roubou tudo de sua rival. Sarah é amparada por Gregory.
Roberth olhou atônito para sua agora ex-esposa sem compreender o que significava sua "serenidade" e falta de ação. Ele esperava que ela chorasse, ou empurrasse o advogado atrevido, ou se humilhasse para ele. Mas ela não esboçava nenhuma reação, só o ar derrotado de que tudo havia chegado ao fim. Tudo havia virado poeira ao vento em questão de minutos. Sarah havia assinado todas as folhas, enquanto Roberth tinha muitas perguntas não respondidas em seu coração e em sua mente. Como Sarah e ele podiam permanecer tão distantes? O que havia de errado nisso tudo?
ele não entendia. Uma mistura de nojo, raiva e ciúmes dominava seu raciocínio.
para Sarah a gravidez de Amanda era uma traição gigantesca, e isso abriria muito mais o abismo entre ela e seu ex-marido bilionário. Sarah amava loucamente Roberth, mas não poderia tirar daquele bebê o direito de ter um pai, significando um rompimento eterno com ele...ela assinou os documentos e entregou ao seu advogado enquanto encarava Amanda que se jogava em cima de Roberth. Essa gravidez de Amanda era uma traição sem fim por parte de seu marido bilionário. Ambos se entreolharam antes de Roberth cuspir:
- 72 horas para desocupar a casa e retirar seus pertences pessoais. O restante, conforme acordado pelo juiz será enviado em breve, adeus, Sarah.
-...- Sarah não conseguiu dizer uma palavra, tamanha dor havia em seu coração.
Roberth acenou com a cabeça e sorriu, seguido de uma sombria expressão no rosto no qual Amanda não conseguiu entender. Ação e reação são coisas completamente diferentes.
Enquanto Sarah tentava juntar os pedaços em seu coração, muitas coisas passavam por sua mente. A principal era uma verdade absurda para ela na hora: Roberth não a amava, pois o amor não deveria ser assim. Tudo não fazia sentido para ela.
Um bip de sms de Amanda dizendo para ela ir para casa recolher seus pertences pessoais só a irritara. Essa infeliz já queria se apossar de tudo?
Já que então era assim, ela dirigiu até a mansão. Os portões se abriram automaticamente enquanto ela ia passando pelo saguão principal sendo parada por Roberth. Ele já estava um tanto embriagado pela dor e pelo uísque caríssimo. o aperto na mão de Sarah era forte, mostrando o quão descontente Roberth estava.
-Não esperou o divórcio sair para se jogar nos braços do seu advogado vagabundo.
- Não é da sua conta. Estamos separados.
- é assim agora? Você destilando ódio e veneno Sarah? - disse Roberth, já enfraquecido pelo uísque.
-Sim é assim desde o dia que você e essa garota voltaram a ser amigos. E o que farei daqui em diante não lhe diz respeito.
Sarah se desvencilhou de Roberth e subiu para o quarto. Arrumou todas as suas coisas e saiu apressadamente.
-Sarah! Espere!
Ela não o ouviu.
Em lagrimas Sarah sabia que o amava, mas o faria pagar por isso!
Ela logo começou a repensar em tudo que havia vivido em anos com seu ex-marido... onde que nesses oito anos ela havia errado?
Nova York, 8 anos antesAnthony olhava para o relógio na sala de estar. Seu filho Roberth estava custoso demais! A universidade ameaçava suspendê-lo por falta de compromisso. Isso o incomodava muito e o deixava sem paz. No entanto, ele decidiu tomar uma atitude, não poderia mais tolerar os desrespeitos de Roberth.Roberth acordou tarde, com a cabeça latejando. Estava atrasado para sua aula do dia e sabia estar muito encrencado, mas já era costumeiro esse tipo de situação, pois ele era o tipo de cara que costuma tocar o terror aonde chega. E isso todo mundo da cidade já sabia. Não havia nada que pudessem fazer devido ao prestígio da família de Roberth.Dinheiro e poder caminhavam lado a lado.Roberth chegou atrasado na aula, mais uma vez. O professor Clark suspirou ao ver seu aluno favorito chegar com uma cara de nojo parecendo estar adoentado, porém era ressaca. Como sempre os alunos colegas de classe riam e cochichavam suas teorias da conspiração sobre Roberth que se senta ao fundo d
Depois da reunião, Roberth saiu exausto após analisar todos os dados que Anthony pediu. Mal poderia espera para ver sua ficante premium/namorada Amanda ... seu pai estava cada vez mais cobrando responsabilidades e rigoroso com o ritmo dos estudos.E Roberth temia ser deserdado, em parte reconhecia que seu pai tinha razão. Tudo era uma questão de saber equilibrar as coisas, mas seu pai não sabia administrar o próprio tempo e queria colocar a mesma pressão em Roberth. Ele ficou olhando pela janela do carro quando viu Sarah passando. Por causa de pessoas como ela o mundo andava tão frenético! E seu pai achava que ser frenético era a resposta.Ele bufou. E continuou com sua mini refeição...Sarah estava respirando em um raro momento de folga era uma terça feira preguiçosa...Ela sentou no banco. Enquanto isso o mesmo investigador que a havia seguido a fotografava discretamente e falava com seu cliente.- Ela se parece muito com a descrição dada pelo senhor.-ótimo. Quero que todas as pro
A situação não estava nada calma quando Amanda recebe o sms com uma foto nada legal. E depois recebe a mesma em seu Snapchat fake. ela derruba seus cremes e seus produtos de skin care no chão tamanho ao se nervosismo e raiva da situação.Roberth aparece de surpresa, e ela quer bater nele. Ele a faz sentar e se acalmar. Ela berra demandando explicações.- Amanda, já te disse. Fiz um favor para a garota. E outra, preciso mostrar ao meu pai que sou capaz de ser “bonzinho” se não eu perco meu futuro. Por favor, sem histeria.- Tantas pessoas, instituições e você ajuda essa pobretona?- Foi a melhor opção. Acredite! Tudo vai conspirar ao meu favor...Amanda ainda estava emburrada era menos setenta mil dólares em joias nas mãos dela. Mas logo sabia que teria mais. Ela desejava muito mais.Sarah acordou no dia seguinte animada. Ao olhar no espelho não reconhecia- se a tanto tempo. Ela estava parecida com a garota brilhante que costumava ser antes de seus pais desperdiçarem a fortuna do avô c
Anthony achava que estava por cima da situação quando o italiano assinou o contrato. Logo a seguir começou a pensar. o Email que pediu ao seu filho chegou logo. estava admirado analisando os gastos. para um bilionário como ele, setenta mil dólares era dinheiro para brincar, mas ele sempre agia com cautela. tudo em sua vida era investimento. Paulo Carsini liga pedindo uma reunião surpresa, e não diz o que era. Carsini chega com uma seriedade que Anthony nunca havia visto antes. ele havia decidido conversar algo especial que precisaria da ajuda de seu novo e "confiável "amigo.Anthony pede para a governanta trazer um café e meia hora depois é servida uma bandeja para ambos.Carsini suspira e toma seu café. Anthony então toma a dianteira. -Então meu amigo, que bons ventos o trazem tão cedo para minha casa?-Se você soubesse... iria ficar triste. ou talvez até decepcionado comigo.-O que quer dizer?-Uma das razões para eu vir até os Estados Unidos não é somente os negócios estrangeiros
Para Sarah a situação era um beco sem saída, escuro muito provavelmente ela havia se metido com a máfia ou por engano algum cliente maluco a havia sequestrado...hiperventilando ou algo do gênero. Ainda não sabia direito onde estava e não seria sábio fazer nenhum movimento brusco a respeito do que estava por vir.Cochichos a parte, Sarah começou a levemente tomar o café da manhã. Esperava não ser envenenada ou similar, cheia dos medos por causa do que via nos jornais ou na TV. O café era divino e os pães eram macios... se fosse alguma brincadeira de mal gosto, ao menos eles sabiam fazer alguns lanches e café da manhã.Uma mulher vestida de social clássico apareceu e começou a trazer papeis e colocar ao lado da mesa onde Sarah estava acomodada. Ela observa a menina e seus modos delicados, se espantando com a educação e fineza da jovem.Paulo estava ansioso ao ver a menina. Após respirar fundo, ele toca a campainha e uma porta se abre. Um corredor e meio separava o escritório da sala ond
Ao cair sentada, com o dossiê nas mãos, Sarah não pode deixar de chorar. Ela se sentia enojada, usada, maltratada...sua pobre mãe, morreu sem saber que a filha estava viva, seu pai estava ali diante dela...- Me responda, por que você não foi atrás de mim então? Poderia ter conseguido minha guarda.- Foi muito difícil, Sarah, acredite. Os médicos foram pagos para manter o silencio, e seus pais adotivos viviam se mudando de um lado para o outro. Ficaria muito difícil te achar. Até que meu pai me aconselhou a reunir provas e esperar. Achei que nunca teria chance de ver você. Mas como toda Carsini, você tem um espírito forte. Igual Margareth, sua avó. Ela vai adorar você. Sei que nunca vai compensar odo o sofrimento que você teve, mas eu estou aqui e agora, e você terá meu apoio para fazer justiça contra quem te maltratou a vida toda...Sarah estava tentando entender o que aquilo significava. Nunca foi amada por eles, sempre era usada e maltratada, e ela atribuía isso ao fato de ser filh
Paulo retorna a mansão e é informado que sua filha havia acordado e adormecido de novo. Ele se senta em casa e começa a avaliar as opções que tem. Sarah estava sentada na sala já vestida e preparada, ela queria conversar com Paulo sobre sua situação e como ficariam as coisas. Ela queria retornar à faculdade e para seu trabalho. Porém Paulo havia decido outras coisas. Ele iria propor e mudar coisas na vida de Sarah que ela nem mesmo imaginaria. E dessa forma, se redimir em memória de sua amada Isabella. Sarah imaginava que teria um preço te seu pai ali a financiando. Conhecia muito de negócios e seu avô a ensinara muito bem. Premios assim não vinham de graça. Ela imaginou. Paulo olhou muitas coisas ao longo desses vintes anos e havia ensaiado palavras, mas não conseguia dizer nada. Ela decidiu falar primeiro devido ao silencio estranho na sala, e então perguntou. - Paulo, ainda não me sinto à vontade com você. - Eu sei filha, e isso eu entendo perfeitamente. Sua vida de um lado
Para Sarah era hora de fazer o melhor no mundo tanto por si quanto pelos outros. Era hora de colorir tudo, mostrar que a verdadeira Sarah Cárdenas era desconhecida de todo mundo.Escolheu um vestido vermelho sereia, e sapatos elegantes. Não era das roupas que comprara com Roberth, era de sua própria coleção pessoal que não se desfez quando era mais jovem. Fez um elegante penteado e uma maquiagem suave, apenas destacando pelo batom vermelho num tom mais escuro que seu vestido.Estava vestida de uma maneira elegante porem u pouco mais atrevida. Ela iria se divertir às custas de Amanda e sua gangue de acéfalas. Era uma rival à altura, senão mais bonita. Ela sorriu confiante. Levou apenas o notebook em seu fichário padrão e chamou o motorista. Pôs um casaco de cor similar e adentrou confiante o recinto.Com um sorriso atrevido, ela calculava que em menos de meia hora Amanda já estaria sabendo da loira misteriosa na ala de jornalismo. Os meninos sorriam e as meninas olhavam de solsaio ten