—Oi.— Ela se aproxima da minha mesa, seus olhos revistando tudo ao meu redor inclusive eu.
— Tudo bem muito obrigada, onde Gabrielle estar?
— Ela está dormindo deixei tudo pronto, se ela acorda a mamadeira está ...— Ela continuou a falar e eu sentia o pânico me dominar como eu iria cuidar da menina se ei nem ao menos suportava segurar em meus braços.
— Você não pode levar ela só por hoje?
— Eu bem que queria, mas não a levarei não se esqueça o que o juiz determinou.
— Que ele vá para o inferno com suas decisões.
— Sei que queria que funcionasse assim. Porém não é, voltarei amanhã a tarde para conhecer a nova babá.
Fui até o quarto de Gabrielle e ela continuava dormir, então jantei e continue a trabalhar, já era quase uma hora da manhã, tomei um banho e me deitei, essa era minha rotina, trabalhar até a exaustão para que o pior dia da minha vida não voltasse a se repetir em meus sonhos.
Acordo com o choro estridente de Gabrielle, saio correndo para ver o que estava acontecendo, assim que entro no quarto da garota a vejo de pé no berço, seu rosto estava uma bagunça, as lágrimas misturadas com catarro e baba, ela estava muito vermelha, mordinha a pontinha do dedo indicador. Estendeu os braços para que eu a pegasse no colo, mas eu não fiz, fiquei olhando para menina que chorava tão alto que fiquei com medo dos seus pulmões explodirem.
—Papai. —Ela continuava a pedir colo sei que os Montenegro's a mimava eu vi isso no primeiro dia que a vi e sabia que seria assim no dia em que Felipe a levou do hospital.
Tirei a do berço a colocando no chão, segurei em sua mão e descemos. Leane havia deixando um aviso na geladeira, deixei Gabrielle sobre a cadeirinha ela não parava de chorar. O leite estava gelado, cogitei esquentar no micro-ondas, a dúvida me matava ,peguei o celular e busquei no G****e.
— Pare de chorar. — Ela olhou com aqueles imensos olhos azuis para mim, pensei ter funcionando antes que eu pudesse sorri a menina gritou de novo.
—Eu quero meu vovô. —Ela chamava por Felipe.
Tirei a mamadeira da água quente e fiz como indicado no vídeo, não estava quente.
Gabrielle parecia hipnotizada pela mamadeira, Leane havia mencionado que ainda não tinha conseguido fazer com que ela deixasse a mamadeira. Tirei a novamente da cadeira a colocando no chão e subimos, ela resmungava por todo o caminho até o quarto chamou por todos os Montenegro's até pelos novos integrantes, coloquei ela no berço e para meu alívio ela segurou a mamadeira sozinha, percebi que ela passava a maior parte do tempo calada tão diferente da garota de ontem de manhã. Ontem Leane ficou aqui e eu não precisei fazer nada. Só observá-la.
Fiquei observando ela tomar o leite, ela é uma menina linda, e eu odiava não conseguir segurar em meus braços, odiava ser essa pessoa miserável que culpava uma criança por minha desgraça.
— Você me deixou no pior momento Isabelle, você prometeu que ficaria tudo bem.— Limpei as lágrimas que molhava meu rosto, e tudo o que eu desejei era que alguém me golpeasse tão forte que me roubasse a consciência, que a dor física fosse maior que a emocional, estava pronto para eu mesma me machucar ,quando vi que Gabrielle me entregava a mamadeira, a menina colocou o polegar na boca e não desviou os olhos dos meus e eu não fui capaz de fraquejar na sua frente.
Acordei com o barulho ensurdecedor da campanhia, pelo que eu me lembrava pagava muito bem as pessoas que trabalhava para mim para fazer tais serviços. Olho no relógio seis e quarenta da manhã, mas que merda.
Só poderia ser a Martins , esperei por mais alguns minutos para ver se alguém abria a porta só que ninguém fez, já que tocou mais duas vezes ,percebi que estava com o corpo doendo e logo depois vi onde eu havia dormido, a cadeira era muito desconfortável e eu sentia cada ponto do meu corpo doer.
Olhei no berço, Gabrielle ainda dormia.
Saio do quarto e desço o mais rápido possível, já que a garota continuava a aperta insistentemente a campainha e se não fosse ela. O que eu iria fazer com Gabrielle.
— Já vai !— Grito, abro a porta e encontro ela, o cabelo parecia mais azul do que eu me lembrava.
— Desculpa...
— Entra .— Mantenho a porta aberta e ela entra, carregando apenas uma bolsa.
— Ainda é muito cedo...
— Levo à sério meus horários. — Ela falava com superioridade e nunca abaixava a cabeça era petulante e isso era um defeito, tudo o que eu queria era que ela ficasse calada e fizesse seu trabalho.
— Bom já que me acordou tão cedo, vou te explicar seus horários .
Ela concordou com a cabeça e colocou a bolsa no chão ao seu lado.
— Você já conhece Gabrielle, ela tem um horário que deve ser seguido para não atrapalhar sua rotina, não quero que a exponha a risco, e também evite que ela venha a ficar doente.
Entrego uma folha com os medicamentos e comidas que ela é alérgica, uma lista das pessoas que são da família e que pode ter acesso a visitas.
— O contrato dura apenas seis meses, você ficará uma semana na experiência e se sair bem o trabalho será seu. Sobre passeios quero que me avise com antecedência sobre qualquer um que venha a fazer. A minha ex-sogra costuma fazer vistas a Gabrielle, quando ela estiver ela da as ordens.
— Tudo bem, senhor Gabriel.—Indico o andar de cima por um momento vejo a confusão em seus olhos , porém ela soube, a garota era a única estranha ali e sua desconfiança me irritava.
A levei até o quarto de Gabrielle o quarto que ela ficaria seria o anexado ao de Gabrielle, o quarto que seria nosso quando Gabi nascesse o quarto que nunca mais seria visto como um dia foi. Deixei ela sozinha e desci a casa estava vazia então eu mesma comecei a preparar meu café, estava pensando seriamente em contratar novos empregados.
— Me desculpe ,senhor.— a empregada entra ela deveria ter no máximo quarenta anos. Dona Maria já está pronta e com agilidade começa a preparar o café.
— Isso não vai voltar a se repetir, tive um incidente...
— Não importa, como você sabe quero que siga os horários e avise se voltar a se atrasar.
— Sim senhor. Deixe que termino isso para o senhor.
Tomei meu café, e cogitei ir até o quarto ver como Júlia estava indo. Porém resolvi apenas observar. Deixei o notebook sobre a cama enquanto terminava de me vestir, ela cantava junto com Gabrielle e deixou a menina escolher sua própria roupa. Logo depois desceu com ela, ela estava indo bem porém ainda não se tinha passado nem duas horas .
Júlia
Deixei que Gabrielle se sentisse a vontade fui impondo regras lentamente quase não houve necessidade já que a menina se comportava muito bem. Brinquei com ela, a levei para o jardim e depois ela quis assistir um pouco.
— Querida hora de comer.
— Só mais um pouco, Jú .— Fazia quase uma hora que ela estava assistindo.
— Não querida , seu almoço irá esfriar .
Ela se levantou indo na frente para a cozinha, Dona Maria tinha preparado salada de brócolis e frango grelhado, servi o almoço para Gabrielle o prato ficou muito colorido e o cheiro estava delicioso.
Gabrielle que inicialmente não fez uma cara muito boa, a garota pegou um garfo e espeto um pedaço de fango junto com uma arvorezinha de brócolis. E comeu sem fazer cara feia nem nada.
— Você tem um ótimo apetite. Parabéns, Gabrielle. — A garota sorriu e continuou a comer.
Me sentei a seu lado começamos a comer.
—Coloque um prato para mim.—Olhei espantada em direção a porta o senhor Gabriel estava parado, me levantei e ele se sentou ao lado de Gabrielle e esperou que a senhora Maria o servisse.
— Sente-se Martins . —Ele apontou a cadeira que eu havia me levantado.
— Não quero incomodar já havia terminado se me der licença.
— Sente-se Martins ! — Ele nem olhou para mim quando ordenou.
— Não, Senhor. Tenho algumas coisas para fazer—Antes que ele pudesse ordenar mais uma vez que eu ficasse, saí da cozinha.
Subi para o quarto, arrumei as poucas coisas que havia trazido, o quarto era muito lindo e grande, suspeitei que fosse o maior da casa. As paredes era de um tom de dourado, com pequenas flores de lótus estampadas no papel de parede. Estava me sentido entusiasmada, sentia que isso poderia da certo.
Pelo que pude perceber, o senhor Gabriel só trabalhava até o horário do almoço ou seria apenas hoje?
Gabriel
Abri a carta do juizado de menor.
E comecei a ler um monte de coisas que eu não entendia que teria que perguntar para Felipe, porém ficou bem claro a parte que eu teria que passar pelo menos quatro horas por dia com a garota, durante o tempo que o processo de transferência de guarda corresse. Só estava me surpreendendo que merda eles estavam achando, eu tinha um trabalho e muitas outras coisas para fazer.
Quando cheguei em casa já passava das vinte e duas horas, a casa estava em completo silêncio. Era isso que eu esperava ao chegar em casa nada de barulho apenas o silêncio. Retirei meu blasé, desfaço o nó da gravata e devagar começo a subir as escadas devagar, ainda não estava tão cansado para não lembrar do passado.
Entro no quarto de Gabrielle ela está dormindo. As quatro horas que o juiz tinha determinado iria começar, eu teria que sair do trabalho e vir para casa, pelo que Leane falou Gabi dormia as vinte horas e eu saia do escritório as cinco, o horário de almoço teria que ser em casa. Olho novamente para ela que estava grande demais para continuar no berço, não achava que seria apropriado deixar que ela dormisse em uma cama e se ela caísse? Quando ia sair do quarto escuto uns sussurros.
Martins não podia ter trazido alguém para minha casa. Me aproximei da porta e só pude escutar a voz dela.
Abro a porta lentamente e para minha surpresa eu encontro Julia de joelhos ao pé da cama, ela estava orando eu não sabia que ela era cristã mas não devotada.
—Ai meu Deus!.— Ela grita foi impossível não me assustar também.
—Fica calma.— Continuei na porta não me movo um centímetro.
—O que o senhor deseja.— Ela pegou o roube, e o colocou meio sem jeito percebi, ela estava usando uma camisola branca com alças finas e o decote em V, ia ate o meio das suas coxas não era justo e nem atraente porém a deixou diferente, parecia brilhar, mesmo usando uma roupa tão simples ainda podia estampar capas de revistas.
—Nunca imaginei que uma garota como você pudesse ser tão devotada.
— Uma garota como eu?
— Você não parece uma garota cristã...
— Deus não olha para...
— Deus não olha para aparência e sim para o que somos por dentro. Venho de uma família religiosa acho que até mais do que a sua. No domingo irei te apresentar a algumas pessoas.
— No domingo eu tenho outras coisas...
— Ir a igreja, talvez seja lá que todas as pessoas que irei apresentá—la estará. Gabriele será apresentada a essas pessoas e muitas delas não a conhece também.
— Sim senhor.
— Boa noite, Martins .
— Só Júlia por favor. — Ele sorri, nunca um sorriso por inteiro era sempre meio vago, e quando ele sorria de lado eu podia ver uma das covinhas em sua bochecha.
—Tenha uma boa noite , Martins .
— Boa noite senhor Gabriel.
♡♡♡
Mais rápido do que eu esperava tinha chegado o domingo. Gabi estava eufórica para sair de casa nos últimos três dias ela ficou em casa, saiu apenas para o jardim.
—Fique quieta, você não quer que se sujar.
—Vamos para a casa da minha avó?
—Não sei querida, acho que não.
— Para onde vamos então, Jú? — Gabrielle se levanta do sofá, andando de um lado para o outro não pude conter a risada.
— Você está me enganando?— Ela colocou uma mão na cintura e com a outra tirou os cabelos que caia sobre os olhos.
—Claro que não.
—Vamos? — Gabriel entra na sala, estava tão ele ate quanto nos outros dias que ia para o trabalho, estava vestido um terno azul escuro com uma blusa branca e uma gravata vermelha. Ele tinha penteado os cabelos, não tinha feito a barba mas parecia um homem diferente. Estava animado.
— Sim senhor.
—Vamos ver minha vovó, papai?—Ele olhou para mim achei muito estranho parecia está me perguntando alguma coisa que eu não pude responder porque ele abaixou os olhos olhando para Gabi.
— Vamos conhecer minha família.
— Onde está meu presente?— Fazia dois dias que estava aqui e nos dois dias ela tinha me feito a mesma pergunta.
—Eu... vou comprar quando voltamos.— Ele se virou e saiu andando, peguei na mão de Gabi e o segui
JúliaEle parou o carro em frente a uma igreja, abri a porta e retirei Gabi da cadeirinha, passei a mão pelos cabelos dela e arrumei o vestido.—Você está linda. — Ela sorriu e segurou minha mão, me sentia fora do lugar ali, estava vestida com uma calça jeans preta e uma blusa branca, sentia falta dos saltos, mas o Star que estava usando era muito confortável.Chegamos alguns minutos atrasados e então nos sentamos no último banco, estava atenta a tudo o que o reverendo falava, olhei para o lado e vi algumas mulheres me olhando, olhei para o outro e o ato se repetia, os mesmo olhares algumas mulheres ate sussurram um "Ave Maria" fechei meus olhos apenas absorvendo toda a paz que aquele lugar me proporcionava.—Vamos, Martins .—Abri os olhos e encontrei poucas pessoas dentro da igreja, Gabriel me olhando como se realmente fosse louca. Quanto tempo tinha se passado?Ele nós guiou até o estacionamento passou pelo seu car
Júlia— O que acha de ir até minha casa? Claro se você não tiver outros planos.— Eu não sei se o senhor Gabriel irá precisar de mim.— Ele não vai querida. — Eu não tinha nada para fazer.— Tudo bem.Uma hora depois o senhor Felipe parou em frente a um imenso portão entramos a casa era linda e muito grande, fomos recebido por um garoto dos cabelos encaracolados e olhos castanhos claros, deveria ter nove anos. E tinha um sorriso encantador.— Gabi.—Ele pegou Gabrielle no colo e começou a roda—lá Gabi era um pouco menor que ele e um pouco gordinha para que ele conseguisse segurá-la por muito tempo. Para o meu alívio ele a colocou no chão.— Bibi.—Dois garotos idênticos abraçaram e eles eram uns dez centímetros mais baixo do que Gabi. Os dois eram lindos. Eles correm na frente e então Felipe se virou para mim e sorriu meio sem jeito.— Minha esposa gosta de estar com os netos no fim de semana. Bom ela gostaria
JúliaA diferença entre os Montenegro's e os Mesquitas era gritante, enquanto a família Montenegro se divertia sorrindo e contando histórias ou correndo atrás dos pequenos a família Mesquita se sentava todos em uma mesa muito elegante, todos muito controlados e falava o mínimo possível.Eu não quis me sentar a mesa com eles então fiquei na cozinha junto ao outros empregados.— A senhora Ana tem uma neta muito bonita. — A cozinheira se sentou a minha frente. Tinha outro rapaz acho que era o jardineiro e uma jovem que era a empregada. — Qual o nome dela, Júlia?— Gabrielle. Aconteceu algum problema? Eles estão muito quietos.— Eles são assim mesmo. Uma família tranquila.— Posso?.— Todos os outros três empregados que estava na cozinha se levantou assim que o senhor Caim entrou na cozinha. Ele puxou a cadeira se sentado a minha frente.— Pode me servir aqui, Merlin. — Ele ficou me olhando direto nos olhos e eu já estava m
GabrielEu já não tinha mais dúvida eu a queria, queria sentir seu corpo eu precisava disso. Observa-la virou rotina eu me acalmava apenas a olhando, ela brincava com Gabi, mimava a garota em quase todas as suas brincadeiras ela se machucava.— Mano .— Caim jogou uma bolinha de papel que acertou minha cabeça. — Cara, essa mulher está fodendo sua cabeça.— Que mulher?— Eu ainda estou tentando descobrir. Me ajuda eu a conheço?— Não existe uma mulher...—Meu Deus. Você mudou de time... Bem que eu desconfiava...— "Portanto qualquer um que matar Caim, sete vezes será castigado..." — Eu disse baixinho isso sempre o irritava.— Você fica de graça com o meu nome, mas antes de matar seu irmão Caim, foi um homem bom, e eu vou fazer o mesmo que Caim se você continuar com essas graças.— Está bem, cara. — Era minha vez de sorri da cara dele, peguei minha pasta colocando os documentos que ir
GabrielCheguei mais cedo em casa para poder enfim por em prática meu plano, eu iria seduzi—la, matar minha vontade, mas deixar claro minhas reais intenções.— Gabriel. — Ela estava aqui. Enfim tinha voltado. Minha vida.— Belle.— Quando entrei na sala ela estava lá, naquele maldito filme. Uma lembrança, linda e feliz como eu me lembrava.Meu amor... Eu estou sendo fraco, eu nunca vou te deixar.— Não volte a mexer nisso. — Minhas mãos tremia enquanto guardava de volta o dvd, doía tanto e de costas onde Martins não podia me ver eu chorei.JúliaEle estava sendo gentil não só comigo, estava sendo um excelente pai para Gabrielle.— O que você quer fazer ?— Filme. — Ela disse pulando e se sentou no sofá. Abri o gaveta para encontrar uma fileira de DVDs todos caseiros. Estavam rotulados como primeiro mês...segundo... terceiro. Oito meses, tinha outro " Casamento<
JúliaEle estava tão perto, seu cheiro me embriagava, eu o queria mais perto queria sentir seus lábios nos meus, queria que ele me beijasse como tinha beijado sua esposa naquele vídeo. Abri meus olhos e encontrei os deles olhando para minha boca, parado no mesmo lugar e sentir meu rosto esquentar ele não iria me beijar. Meu Deus, eu queria que ele me beijasse, queria tanto.— Com licença. — Ele saiu quase que correndo. Eu estava agindo mal, meu corpo inteiro estava em chamas e só agora eu percebi o quanto eu o desejava.— Eu não posso. — Falei em voz alta para poder me convencer e nem isso adiantou.— Eu estou com fome, Jú. — E ouvir Gabi foi como um grande golpe eu não poderia me envolver com o senhor Gabriel, eu queria poder ficar com eles, mas não queria me machucar, eu não queria ter meu coração destruído e eu havia aprendido que eu não podia colocar novamente tudo em risco.— Vou preparar sua comida. — Enquant
Júlia— Mas eu já aceitei o que o senhor me propôs.— Isso não te livrar, me conta dos seus relacionamentos.— Só tive um. — O que eu poderia falar que não ia me comprometer. — Era muito jovem...— Você nunca esteve com outro homem.— Fui criada para ser devotada apenas a um homem. Tudo o que eu tive foi um único relacionamento.— Você o amava ?Era uma pergunta tão simples e sabia que minha resposta só aumentaria sua curiosidade. Tudo o que eu queria dizer era que Arthur era a única pessoa no mundo que eu odiava. A única que eu desejava a morte.— Eu era jovem e por muito tempo eu pensei que o amava. Com o tempo a ilusão foi passando.— Qual o nome dele. — Ele perguntou tomando um pouco do seu vinho, ele perguntou como se não significasse nada, mas o brilho nos seus olhos dizia o contrário.— Ele é passado, me conta sobre você. Como se sentia quando estava com sua esposa.Ele sorriu e sabi
JúliaUma semana, sem que ele falasse comigo, ele me evitava e eu queria gritar para que ele olhasse para mim, para que falasse comigo.Nessa semana, ele ficou ainda mais frio de quando cheguei nessa casa, ele não falava com Gabi e acho que isso era o que mais doía, ver a forma como ele a tratava, Gabi era apaixonada por seu pai.Na noite passada eu sonhei com ele, com a noite em que ficamos juntos e eu quis ir até seu quarto e reviver tudo. E eu fui, mas quando cheguei lá encontrei o mesmo vazio.Ele pediu para dona Maria avisar que precisava de silêncio, e então eu quis ficar em casa, quis gritar, só para ter sua atenção. Mas tudo o que fiz foi pegar Gabi e sair de casa. E sentada nesse Banco eu tento reprimir o choro. Olho para as crianças no parque e imagino como séria meu bebê, como séria seus olhos ,seu cabelo se seria uma m