Capitulo 23

Ela abre a garrafa, despeja um pouco de vinho na taça e entrega Arthur. Coloca os óculos, pega uma agenda e uma caneta e se senta com ele.

— Bom, da última vez que tomamos vinho, era algo bem caro.

— Foi um Château La Fleur-Pétrus A.O.C. Pomerol 2006.

— Você lembra?

— Eu me lembro de tudo daquela noite, tudo! — ele sorri triste.

Ela muda de assunto.

— Você e seu irmão pediram o DNA e acesso às crianças.

O advogado está vidrado nas coxas da mulher e não entende o que sai da boca dela.

— Então, quando podemos marcar o exame? Só não quero nada que fure as crianças. Ouvi dizer que a saliva ou cabelo podem ser usados... Arthur... Arthur!

— Oi!

— Sua cabeça tá onde? Ouviu o que eu disse?

— Eu concordo.

— Com o quê?

— Com o que você disse.

Ela olha pra ele desconfiada.

— Vou pôr as crianças pra dormir e já volto.

Arthur pensa: “A filha da puta fica linda de óculos! Cacete! Se segura, Arthur, se segura! Ela fugiu, não pensou em como você ia se sentir, escondeu que teve dois filhos que podem s
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