Está um dia quente e ensolarado. Luiz, Arthur e Augusto tiram as blusas e vão brincar próximo ao lago com as crianças, deixando as mulheres do parque de boca aberta. E os homens, com ódio!Laís, Allana e Mari observavam os três, babando.— Misericórdia, meu Jesus! Benza Deus, Laís! Que harém você tem! Delícia!!!! — Mari diz, limpando a baba no canto da boca.— Sério que você tem os três? — Allana pergunta curiosa.— Allana! — Mari a repreende. — Os três não! Só os irmãos tanquinho, mas não tem o Luiz porque não quer, essa raba é abençoada — fala, soltando uma gargalhada.— Mariana! — Laís fala rindo — Não, Allana, nunca tive nada com Luiz.— Mas Luiz queria — Mari sorri.— Isso eu não sei, estou com Arthur agora.— Sim, mas o outro irmão não tira os olhos de você.— Augusto é muito um idiota, instável e ciumento, não aguentaria me dividir, e eu prometi nunca mais largar Arthur. Acho melhor assim... — Laís solta um sorriso triste. — Não vou pensar nisso agora... Mari, por que Pedro não
Na segunda de manhã, Laís arruma as crianças. Augusto espera na sala, e Arthur ainda dorme. A mulher veste as crianças, coloca-as nos seus assentos junto à mesa e vai até a cozinha. — Quer café? — Aceito. — Ela lhe entrega a caneca de café. Os dedos se encostam, e Laís puxa a mão rapidamente. — Nervosa com o exame? — Um pouco... — Hum... — Fiquei feliz de ver você se dando bem com Mari ontem, ela é uma boa pessoa. Augusto abre os olhos e sorri. — Isso é ciúme? — Não! Só estou dizendo que ela é uma boa pessoa, meio doidinha, mas uma boa pessoa — ela se vira para a pia, ficando de costas pra ele. — Sua amiga é bem legal, interessante... Ela me fez falar coisas que nunca havia falado com ninguém antes. Aquela frase faz o estômago de Laís revirar. — E... Ela tem esse dom... Boa sorte... Desejo que você seja feliz! Laís sai às pressas, e ele sorri. O irmão sai do quarto de mau humor. — Odeio acordar cedo nas férias — Se arruma logo, Tuko, temos horário marcado — Guto resmun
Capítulo 27Arthur chega com os gêmeos na hora combinada. Os pequenos desmaiaram depois de tanto pular no restaurante temático. O quarto dos meninos fica no sentido contrário do seu. Anda até lá, colocando os bebês na cama calmamente. O chalé está em total silêncio.Ele vai até o quarto e pensa duas vezes antes de abrir a porta. E se Guto não conseguiu? E se eles ainda estivessem transando? Laís é escandalosa demais, se fosse isso, o mundo saberia.Ao abrir a porta, vê a cama desarrumada e o irmão na varanda, olhando fora.— Onde ela está?— Ali — aponta.Arthur olha e fica totalmente encantado com a imagem. A morena está completamente nua, dançando com a água na piscina térmica. A luz da lua cheia reflete na água, deixando-a prateada. A silhueta dela é curvilínea, com carne nos lugares certos.Era um costume das mulheres de sua família dançarem pra lua quando estavam felizes. De olhos fechados, Laís faz movimentos leves com suas mãos, tronco e quadril. Os homens estão hipnotizados co
Allana abre os olhos, pega o celular e vê que são 6h da manhã. Não reconhece absolutamente nada ao seu redor. Sua cabeça dói, seu corpo dói. Como foi parar ali? Só se lembrava de ter saído pra beber com Mari e o pessoal do escritório. Levanta-se em pânico, graças a Deus está sozinha!Veste suas roupas e sai correndo, antes de ter que encarar o dono da casa luxuosa. Fugir daquela situação era preciso!Ela nunca mais iria beber... Tequila e suas amnésias alcoólicas!Ao entrar no táxi, ainda tentando entender o que havia acontecido, imagens de doses de tequila correm por sua mente... Beijos afobados, roupas voando, gemidos e... menos uma coisa...— Com quem eu dormi?Chegando à casa da irmã, vai direto para o quarto de Mari, que abre a porta enrolada em um lençol.— Desculpa eu te acordar, mas com quem você me deixou ontem?— Ué, com o pessoal da equipe. Eu saí antes, não lembra? Tentei te trazer comigo, mas você quis ficar— Com quem eu fiquei? Eu não lembro, acho que bebi tequila demai
Sentir a água quente do chuveiro era relaxante. Há anos que Laís não sentia seu coração em paz. Seus dois amores estavam ali com ela e seus filhos.Fecha os olhos, deixando a água quente percorrer seu corpo. Ouve as gotas fazendo barulho em meio ao silêncio... Um tempo depois, ela sai do chuveiro e se seca, passa hidratante, coloca uma calcinha vermelha, roupão e calça as pantufas cedidas pelo Resort.Já é hora do almoço, Augusto está preparando a comida, enquanto Tuko vê “A pequena Sereia” com Enzo e Valentina.A morena vai até Guto e o beija, abraçando-o pelas costas.— O que você está cozinhando?— Sopa de missô, camarão, arroz, acelga e carne vermelha.— Estou com fome.— Imagino, você não comeu ontem.— Por que será que eu não comi?— Manhe, pega eu.— Vem cá, amor! — Enzo, com os bracinhos erguidos, pede colo à mãe.— Caninha, manhe — ela pega um pedaço de carne vermelha, assopra e coloca na boca do filho, beijando-o na bochecha.Ele pede pra descer e grita:— Lentina, mamanhe d
Luiz finalmente volta pro hotelCansado, mastigado, verdadeiramente exausto. Ele olha pro relógio, são onze da noite em Londres, duas da manhã em Minas Gerais.Ele liga o celular pela primeira vez naquele dia: cem ligações de Pedro.Pensa em ligar pra Allana primeiro, ele tentou falar em cada vez que trocava de avião, mas não conseguiu.Era estranho, sentia saudade, vontade de voltar pros braços da sua menina. Acaba ligando pra Pedro.Vai que a empresa pegou fogo!— Oi, o que houve?— Você é maluco?— O que houve?— Você dormiu com a Allana?— Eu não resisti... Ela parecia um rolo compressor em cima de mim, eu precisava fazer aquilo ou iria enlouquecer.— Ok, pode até ser. O problema é que ela não se lembra de nada.— Como?— Isso mesmo que te falei, ela teve amnésia alcoólica, e, como dizem por aí, “se eu não lembro, eu não fiz”.Luiz sente como se ganhasse um soco no pulmão. Ele se encontrava apaixonado, louco pra ter aquela mulher de novo em seus braços e ela simplesmente se esquec
Pedro estava praticamente morando com Mariana nos últimos dez dias. A tal política de SOLTEIRO convicto estava indo por água abaixo. Ela o tirava do sério, parecia um cio constante, que nunca era saciado, mas não era só o sexo.Além de inteligente, ela era independente emocionalmente, o que o deixava, ao mesmo tempo, fascinado e inseguro.Durante todos esses dias, nenhuma única cobrança ou pedidos para ficar com ela. O fato de não ter voltado pra casa esses dias partiu dele, não da jovem, chegando ao cúmulo de agendar seus compromissos no escritório pra não bater com os horários de folga dela.Nesse dia, em específico Mari, sairá do plantão às 19h. Então, o advogado sai apressado do escritório, indo em direção ao hospital. Estaciona o carro e logo a avista tomando um café pra viagem, bem na porta principal.Segundos depois, aparecem outras três pessoas com o mesmo jaleco, o grupo ria animadamente. Mari tira o jaleco e o coloca na mochila em seu ombro. Um cara do grupo a ajuda, ela res
Arthur tirava a sonequinha da tarde com Enzo.Quer dizer, ele dormiu, enquanto o pequeno fazia bagunça em cima de si.— Tio, tio, tio, tio — o pequeno o chama, segurando o rosto do advogado com as mãozinhas. — Qué mamá, tio, tio, tio!Ele abre os olhos e diz:— Papai, repete comigo, Pa pa i — diz pausadamente.— Ti ti o! — o pequeno responde também pausadamente — Enzo qué mamá! — Se você não me chamar de papai, não tem mamá.O pequeno monstrinho pensa por alguns segundos.— Tá! Papai, dá mamá, tio.Augusto dá uma gargalhada com Valentina nos braços.— Não é bonito chantagear uma criança.— Não é chantagem é um... Um...— Suborno?— Não, incentivo!!!!!— Vem amor, eu fiz seu mamá.Augusto se abaixa, pegando a criança com o outro braço.— Onde Laís foi?— Ao mercado, fiquei pra tomar conta de vocês — Guto dá a mamadeira pra Enzo.— Bigado, tio — o garotinho responde sorridente.— De nada, pequeno.— Guto... Você acha que eles se parecem mais com quem: comigo ou com você?O outro dá uma