— Você chegou! Está melhor? Fiquei preocupado quando sumiu ontem.— Sim, só foi uma indisposição, estou melhor.— Preciso dos relatórios e de um café.— Os relatórios estão no seu e-mail, já trago o café. O dia no trabalho segue tranquilo, às 16:30 Laís sai do trabalho, passa na creche, pega as crianças e vai direto pra casa. Mari está limpando o apartamento.— Oi!— Oi! Estou terminando a limpeza, o jantar está quase pronto.Os pequenos correm, pulando em cima de Mari.— Mali!!!!!— Oi, meus amores! Venham, vamos logo tomar banho fiz bolo de chocolate. — Ela tira o uniforme dos gêmeos e os coloca na banheira.Laís a acompanha, encostada no parapeito da porta.— Você pensou no que eu te disse? — a amiga pergunta sorridente.— Sobre o quê?— De eu vir morar aqui com vocês. Na verdade, já moro aqui. E agora com o início da residência no hospital, vou parar menos em casa. Além disso, também preciso economizar.— Sei... Ok, mas você vai ter que limpar e arrumar o quartinho lá de trás.—
Arthur acorda com um dedinho pequeno e fino abrindo sua pálpebra.Ao abrir os olhos, Enzo está com o avião na mão.— Tio, codaaaa. Vião... vooooooooonnnnnn.— Deixa o tio dormir mais um pouquinho?— Não! VIÃOOOOO, tio. VIÃÃÃOOOOOO. — Ok. — Ele olha pro lado, e a cama está vazia. — Cadê a sua mãe?— Coginha papando — o garotinho sai correndo, fazendo barulho de avião com a boca.Ele vai atrás, despenteado, sem camisa e com um grande chupão no pescoço, dando de cara com Mari no corredor.— Bom dia, bonitão — Mari olha para o tanquinho de Arthur, que tenta amarrar melhor seu rabo de cavalo. — Nossa, Laís, como você conseguiu estar de pé depois disso tudo? Eu ficaria de cama uma semana. — A garota morde os lábios, enquanto ele se sente violado pelos olhares pecaminosos.Laís aparece no corredor.— Mari, você não estava atrasada pra faculdade? SOME! E você — diz olhando pra Arthur —, põe uma camisa! Não posso bater em toda mulher que quiser te atacar se você fica exibindo por aí.— Nossa,
As decisões que tomamos na vida trazem consequências. Laís havia ido embora para não separar dois irmãos, e agora eles iriam tirar seus filhos. Mariana tenta consolar a amiga, que só sabia chorar, enquanto explicava toda a situação. — Amiga, não podemos fazer absolutamente nada agora, você precisa dormir. Amanhã você conversa com Luiz sobre tutela e essas coisas, nada melhor que uma boa noite de sono. — Eles podem alegar alienação parental. — Amanhã fala com ele. Você trabalha pra um dos melhores advogados de Minas Gerais, fica calma! — Mari dá um calmante à amiga e a coloca na cama. * Quando Laís acorda, seu chefe está em sua sala junto com Pedro Souza, advogado da Vara de Família do mesmo escritório. — Mari ligou pra mim mais cedo, ela estava muito preocupada. — Onde ela está? — Foi levar as crianças para creche, mas explica o que houve com o pai das crianças! — Preciso de um café, a história é longa! Laís vai à cozinha e volta com três xícaras e uma garrafa gigante de c
Ela abre a garrafa, despeja um pouco de vinho na taça e entrega Arthur. Coloca os óculos, pega uma agenda e uma caneta e se senta com ele.— Bom, da última vez que tomamos vinho, era algo bem caro.— Foi um Château La Fleur-Pétrus A.O.C. Pomerol 2006.— Você lembra?— Eu me lembro de tudo daquela noite, tudo! — ele sorri triste.Ela muda de assunto.— Você e seu irmão pediram o DNA e acesso às crianças.O advogado está vidrado nas coxas da mulher e não entende o que sai da boca dela.— Então, quando podemos marcar o exame? Só não quero nada que fure as crianças. Ouvi dizer que a saliva ou cabelo podem ser usados... Arthur... Arthur!— Oi!— Sua cabeça tá onde? Ouviu o que eu disse?— Eu concordo.— Com o quê?— Com o que você disse.Ela olha pra ele desconfiada.— Vou pôr as crianças pra dormir e já volto.Arthur pensa: “A filha da puta fica linda de óculos! Cacete! Se segura, Arthur, se segura! Ela fugiu, não pensou em como você ia se sentir, escondeu que teve dois filhos que podem s
Arthur acorda com um dedinho pequeno e fino abrindo sua pálpebra.Ao abrir os olhos, Enzo está com o avião na mão.— Tio, codaaaa. Vião... vooooooooonnnnnn.— Deixa o tio dormir mais um pouquinho?— Não! VIÃOOOOO, tio. VIÃÃÃOOOOOO. — Ok. — Ele olha pro lado, e a cama está vazia. — Cadê a sua mãe?— Coginha papando — o garotinho sai correndo, fazendo barulho de avião com a boca.Ele vai atrás, despenteado, sem camisa e com um grande chupão no pescoço, dando de cara com Mari no corredor.— Bom dia, bonitão — Mari olha para o tanquinho de Arthur, que tenta amarrar melhor seu rabo de cavalo. — Nossa, Laís, como você conseguiu estar de pé depois disso tudo? Eu ficaria de cama uma semana. — A garota morde os lábios, enquanto ele se sente violado pelos olhares pecaminosos.Laís aparece no corredor.— Mari, você não estava atrasada pra faculdade? SOME! E você — diz olhando pra Arthur —, põe uma camisa! Não posso bater em toda mulher que quiser te atacar se você fica exibindo por aí.— Nossa,
Arthur abre os olhos sonolento, ele se levanta devagar, arrastando-se pela cama sem acordar Laís, olha ao redor e pensa: Acho que, se derrubar essa parede que vai para o meu apartamento, cabe uma cama maior. Observa mais uma vez a parede e vai arrastando até a porta e a abre.Augusto se espanta ao ver a cara amassada do irmão sonolento.— O que você está fazendo aqui? — pergunta Guto, já sabendo a resposta.— Estava tirando minha sonequinha da tarde, oras! Sem ela fico de mau humor o dia todo! — esclarece, esfregando os olhos.— Engraçadinho — solta um rosnado.— Onde está Laís e meus filhos?— Bom, Laís está na NOSSA cama, e meus filhos, no quarto deles.— NOSSA CAMA? Nossa! Fico dois dias longe e você corre pra ela como um cachorrinho? Isso é doença, sabia? Não tem amor próprio?Arthur franze o cenho.— Não vou brigar com você, tô muito cansado pra isso e outra, não permito que você se intrometa na minha vida com ela. Eu e Laís é diferente de você e Laís. Da última vez que misturamo
O almoço transcorre tranquilamente, na volta passam nas lojas de móveis, mas nenhuma cama era grande o bastante para Arthur.No início, Laís se sentiu desconfortável com a presença de Augusto, mas, aos poucos, Tuko consegue deixar as coisas calmas e, por alguns instantes, parece que nada havia mudado.As crianças estavam encantados com o pequeno cachorro. Arthur segurava a mão de Laís como um adolescente apaixonado, enquanto Augusto os observava calado.Ao chegar à entrada do apartamento, alguém os aguardava. Ao ver, de longe, quem era, a morena solta um alto e sonoro: Wow, merda! Allana está de pé. Sua irmã aparenta uma cara péssima.— Quem contou onde me encontrar? — pergunta, olhando para Augusto.— Eu não fui — Arthur se defende.— Fui eu. Pensei que sua família soubesse onde você estava e mentiu pra nós esse tempo todo.Laís respira fundo e fica em pé, olhando pra irmã, sem saber o que fazer.Ao avistá-los, Allana corre e pula no pescoço do irmã, abraçando-a fortemente, as duas
Está um dia quente e ensolarado. Luiz, Arthur e Augusto tiram as blusas e vão brincar próximo ao lago com as crianças, deixando as mulheres do parque de boca aberta. E os homens, com ódio!Laís, Allana e Mari observavam os três, babando.— Misericórdia, meu Jesus! Benza Deus, Laís! Que harém você tem! Delícia!!!! — Mari diz, limpando a baba no canto da boca.— Sério que você tem os três? — Allana pergunta curiosa.— Allana! — Mari a repreende. — Os três não! Só os irmãos tanquinho, mas não tem o Luiz porque não quer, essa raba é abençoada — fala, soltando uma gargalhada.— Mariana! — Laís fala rindo — Não, Allana, nunca tive nada com Luiz.— Mas Luiz queria — Mari sorri.— Isso eu não sei, estou com Arthur agora.— Sim, mas o outro irmão não tira os olhos de você.— Augusto é muito um idiota, instável e ciumento, não aguentaria me dividir, e eu prometi nunca mais largar Arthur. Acho melhor assim... — Laís solta um sorriso triste. — Não vou pensar nisso agora... Mari, por que Pedro não