Meses depois ao desaparecimento de Laís.Arthur estava deitado na cama de bruços, a cabeça doía, a privação do sono para ele era terrível, e há anos não tinha uma boa noite de sono. Há meses ele acordava no meio da noite e não conseguia dormir novamente, mesmo com remédios.Para ser mais exato, isso começou no dia em que ele saiu correndo do apartamento atrás de Laís, procurando-a em todos os lugares possíveis, mesmo sentindo raiva, angústia e dor de ser abandonado sem nenhuma palavra, sem que Laís lhe tivesse dado uma chance.E esse sentimento corroía seu peito, tirando-lhe o sono, a vida, a paz..., mas aquela manhã havia um motivo mais irritante: Augusto!O irmão dera uma big festa no andar de cima, à qual ele se negou a aparecer.Isso havia virado hábito de uns tempos pra cá. Tinha começado com noitadas regada a bebidas em boates, e agora ele fazia da sua casa a boate.Arthur subiu no elevadorNa sala do irmão, algumas pessoas que ele nunca tinha visto antes estão deitadas pelo chã
Os irmãos aparecem no Salão a tempo de ver o vestido vermelho sumindo entre as rosas vermelhas. — O que faremos agora? — Augusto pergunta. — Agora, eu realmente estou puto. Fica aqui e fecha o negócio! — Arthur corre, pega outro táxi, e pede pra seguir Laís.Trinta minutos depois, o carro para em frente a um prédio simples de 3 andares. A mulher não demora a sair de dentro dele e entra no prédio.Arthur fica alguns minutos parado, olhando-a subir as escadas e sumir. Seu instinto quer bater em todos apartamentos até achá-la e a levar pra casa nem que seja à força, mas seu coração dói. Ele tem medo de aparecer e ela fugir novamente.Seu telefone vibra.— Oi!— E aí?— Estou de frente pra casa dela.— Traz ele pra cá agora.— Não, tenho uma ideia melhor. Conseguiu o contrato?— Lógico!— Ótimo, estou indo pra aí e te conto tudo.Laís sobe as escadas correndo, entra no apartamento, vai direto pro quarto das crianças e os abraça, beijando a testa de Valentina e Enzo, chorando descontrola
— Você chegou! Está melhor? Fiquei preocupado quando sumiu ontem.— Sim, só foi uma indisposição, estou melhor.— Preciso dos relatórios e de um café.— Os relatórios estão no seu e-mail, já trago o café. O dia no trabalho segue tranquilo, às 16:30 Laís sai do trabalho, passa na creche, pega as crianças e vai direto pra casa. Mari está limpando o apartamento.— Oi!— Oi! Estou terminando a limpeza, o jantar está quase pronto.Os pequenos correm, pulando em cima de Mari.— Mali!!!!!— Oi, meus amores! Venham, vamos logo tomar banho fiz bolo de chocolate. — Ela tira o uniforme dos gêmeos e os coloca na banheira.Laís a acompanha, encostada no parapeito da porta.— Você pensou no que eu te disse? — a amiga pergunta sorridente.— Sobre o quê?— De eu vir morar aqui com vocês. Na verdade, já moro aqui. E agora com o início da residência no hospital, vou parar menos em casa. Além disso, também preciso economizar.— Sei... Ok, mas você vai ter que limpar e arrumar o quartinho lá de trás.—
— Você chegou! Está melhor? Fiquei preocupado quando sumiu ontem.— Sim, só foi uma indisposição, estou melhor.— Preciso dos relatórios e de um café.— Os relatórios estão no seu e-mail, já trago o café. O dia no trabalho segue tranquilo, às 16:30 Laís sai do trabalho, passa na creche, pega as crianças e vai direto pra casa. Mari está limpando o apartamento.— Oi!— Oi! Estou terminando a limpeza, o jantar está quase pronto.Os pequenos correm, pulando em cima de Mari.— Mali!!!!!— Oi, meus amores! Venham, vamos logo tomar banho fiz bolo de chocolate. — Ela tira o uniforme dos gêmeos e os coloca na banheira.Laís a acompanha, encostada no parapeito da porta.— Você pensou no que eu te disse? — a amiga pergunta sorridente.— Sobre o quê?— De eu vir morar aqui com vocês. Na verdade, já moro aqui. E agora com o início da residência no hospital, vou parar menos em casa. Além disso, também preciso economizar.— Sei... Ok, mas você vai ter que limpar e arrumar o quartinho lá de trás.—
Arthur acorda com um dedinho pequeno e fino abrindo sua pálpebra.Ao abrir os olhos, Enzo está com o avião na mão.— Tio, codaaaa. Vião... vooooooooonnnnnn.— Deixa o tio dormir mais um pouquinho?— Não! VIÃOOOOO, tio. VIÃÃÃOOOOOO. — Ok. — Ele olha pro lado, e a cama está vazia. — Cadê a sua mãe?— Coginha papando — o garotinho sai correndo, fazendo barulho de avião com a boca.Ele vai atrás, despenteado, sem camisa e com um grande chupão no pescoço, dando de cara com Mari no corredor.— Bom dia, bonitão — Mari olha para o tanquinho de Arthur, que tenta amarrar melhor seu rabo de cavalo. — Nossa, Laís, como você conseguiu estar de pé depois disso tudo? Eu ficaria de cama uma semana. — A garota morde os lábios, enquanto ele se sente violado pelos olhares pecaminosos.Laís aparece no corredor.— Mari, você não estava atrasada pra faculdade? SOME! E você — diz olhando pra Arthur —, põe uma camisa! Não posso bater em toda mulher que quiser te atacar se você fica exibindo por aí.— Nossa,
As decisões que tomamos na vida trazem consequências. Laís havia ido embora para não separar dois irmãos, e agora eles iriam tirar seus filhos. Mariana tenta consolar a amiga, que só sabia chorar, enquanto explicava toda a situação. — Amiga, não podemos fazer absolutamente nada agora, você precisa dormir. Amanhã você conversa com Luiz sobre tutela e essas coisas, nada melhor que uma boa noite de sono. — Eles podem alegar alienação parental. — Amanhã fala com ele. Você trabalha pra um dos melhores advogados de Minas Gerais, fica calma! — Mari dá um calmante à amiga e a coloca na cama. * Quando Laís acorda, seu chefe está em sua sala junto com Pedro Souza, advogado da Vara de Família do mesmo escritório. — Mari ligou pra mim mais cedo, ela estava muito preocupada. — Onde ela está? — Foi levar as crianças para creche, mas explica o que houve com o pai das crianças! — Preciso de um café, a história é longa! Laís vai à cozinha e volta com três xícaras e uma garrafa gigante de c
Ela abre a garrafa, despeja um pouco de vinho na taça e entrega Arthur. Coloca os óculos, pega uma agenda e uma caneta e se senta com ele.— Bom, da última vez que tomamos vinho, era algo bem caro.— Foi um Château La Fleur-Pétrus A.O.C. Pomerol 2006.— Você lembra?— Eu me lembro de tudo daquela noite, tudo! — ele sorri triste.Ela muda de assunto.— Você e seu irmão pediram o DNA e acesso às crianças.O advogado está vidrado nas coxas da mulher e não entende o que sai da boca dela.— Então, quando podemos marcar o exame? Só não quero nada que fure as crianças. Ouvi dizer que a saliva ou cabelo podem ser usados... Arthur... Arthur!— Oi!— Sua cabeça tá onde? Ouviu o que eu disse?— Eu concordo.— Com o quê?— Com o que você disse.Ela olha pra ele desconfiada.— Vou pôr as crianças pra dormir e já volto.Arthur pensa: “A filha da puta fica linda de óculos! Cacete! Se segura, Arthur, se segura! Ela fugiu, não pensou em como você ia se sentir, escondeu que teve dois filhos que podem s
Arthur acorda com um dedinho pequeno e fino abrindo sua pálpebra.Ao abrir os olhos, Enzo está com o avião na mão.— Tio, codaaaa. Vião... vooooooooonnnnnn.— Deixa o tio dormir mais um pouquinho?— Não! VIÃOOOOO, tio. VIÃÃÃOOOOOO. — Ok. — Ele olha pro lado, e a cama está vazia. — Cadê a sua mãe?— Coginha papando — o garotinho sai correndo, fazendo barulho de avião com a boca.Ele vai atrás, despenteado, sem camisa e com um grande chupão no pescoço, dando de cara com Mari no corredor.— Bom dia, bonitão — Mari olha para o tanquinho de Arthur, que tenta amarrar melhor seu rabo de cavalo. — Nossa, Laís, como você conseguiu estar de pé depois disso tudo? Eu ficaria de cama uma semana. — A garota morde os lábios, enquanto ele se sente violado pelos olhares pecaminosos.Laís aparece no corredor.— Mari, você não estava atrasada pra faculdade? SOME! E você — diz olhando pra Arthur —, põe uma camisa! Não posso bater em toda mulher que quiser te atacar se você fica exibindo por aí.— Nossa,