"Não, deixe crescer, querida, quero ver quanto tempo você resiste" (Três porque Ella Ama Eles)
Yago foi acordado por Miah, que não deu à mínima se eles tiveram uma noite daquelas. Ela queria comer e passear e não estava disposta a ser ignorada. — Ok milady, pode me dar um segundo? — sussurrou tentando não acordar sua família. Ele riu e seu coração se aqueceu por pensar neles assim. Yago se vestiu com um moletom, calçou seus tênis e vestiu um t-shirt branca. Pegou a guia de Miah e se certificou de estar com as chaves e a carteira. Na volta ele traria algo para o café da manhã. Ele passeou com a gata, sorriu para as mulheres que o parava com a desculpa de acariciar o felino mal-humorado. Comprou frutas e pães para o café da manhã e então retornou para o apartamento sob os protestos de Miah, que pretendia lanchar o pobre cãozinho novamente. — Não, garota, você é uma lady e deve ser comportar como tal — ralhou com a gata que sibilava para o cãozinho no colo da dona. — Segure esse monstro, meu pobre conde não suporta mais tanto estresse! Yago sorriu indulgente e caminhou com a
Os irmãos pareciam preocupados com a reação de Daniella, e não estava sendo fácil para eles esperar ela estar pronta para contar a eles. Yago se sentou no sofá, mantendo-a ainda em seu colo. — Daniella, querida, o que houve quem era no telefone? — implorou assustado. Alex deu a ela um copo com água, mas pensou que talvez devesse ter optado por um pouco de álcool. Eles não sabiam muitos detalhes sobre a vida dela, e nunca cobraram dela também. Pelo menos até agora, mas esta conversa acabara de se tornar inevitável. Eles sabiam que ela era do interior, que morava com os avós e os tios e dois primos, sabia que ela tinha um padrinho que cuidava dela mesmo à distância. No entanto, Ella nunca revelava detalhes da sua vida, exceto aqueles bonitinhos, como quando aprendeu a tocar violoncelo, suas lembranças com a avó, uma ou outra coisa sobre a sua mãe. No entanto, ela jamais disse a eles ou a qualquer outra pessoa sobre as humilhações que sofreu desde a morte da avó, ou sobre o momento em
Eles não chegaram a um acordo sobre como os apresentaria aos seus padrinhos, eles eram pessoas idosas e do interior. Ella não queria nem imaginar em como eles reagiriam se soubessem no que ela havia se tornado. — Seremos seus amigos Daniella e vamos manter nossas mãos longe de você — Yago garantiu tranquilizando-a — Fale por você, porque eu vou me apresentar como seu namorado que é o que sou. Este não é um ponto discutível. — Tudo bem, irmão, você será o namorado e eu só o cunhado, mas não estranhe se eu te amarrar no quarto e tomar o seu lugar — Yago piscou para ela e ela pensou que isso não iria acabar bem. Ella ligou para a prima e pediu para que ela preparasse dois quartos na casa, pois levaria duas pessoas com ela. Eles decidiram viajar bem cedo, assim aproveitariam toda a luz do dia. Yago detestava o campo, mas Alex se sentia vivo em meio à natureza, ela observava como ele olhava apaixonado para a vegetação, as montanhas e as várias cachoeiras que encontraram pelo caminho. —
Quando Ella entrou na sala, a reação dos dois foi instintiva. Alex e Yago correram em sua direção no intuito de protegê-la de todos os seus monstros, e parecia haver muitos deles naquele lugar. Ella estava pálida e seus olhos vazios, ela trazia algo em suas mãos em um aperto protetor, como se fosse um tesouro inestimável. Todos os olhos na sala se voltaram para cena, desconfiança, preocupação e repulsa eram alguns dos sentimentos expressos nos olhares, mas eles não davam a mínima importância para qualquer um deles. Daniella precisava do Alex e do Yago, e era a única coisa que importava. — Sofia o vovô quer se despedir de vocês, ele me pediu para chamá-los. — o tio carrancudo passou por ela e a teria derrubado se Yago não a tivesse puxado para ele. — Onde está Gero? Onde está aquele imprestável? — ele berrou para a mulher que se encolheu se protegendo de um ataque invisível. Alex fechou as mãos em punho, ele estava em seu limite, e cada segundo naquela a casa colocava seu autocontro
Enquanto Yago e o padrinho de Ella cuidavam dos trâmites legais para o velório e enterro, Alex fazia o possível para ajudar sua namorada a lidar com a situação. E como se já não fosse difícil o bastante lidar com a culpa, a morte do avô e as novas descobertas a respeito do seu passado, ainda tinham as provocações de Gero. — Qual deles é o seu macho guarázinha? Como você sabe quem está pegando se os dois são tão parecidos? — provocou cercando Ella na cozinha — Não tenha medo, priminha, eu só quero terminar o que a gente começou no celeiro, ou você acreditou que eu iria deixar barato aquele tiro? — Vá se foder Gero, sai da minha frente ou eu juro… — E vai fazer o quê? Chamar os seus cães para te proteger? — Gero se aproximou forçando toda a sua altura sobre ela até estar a um centímetro de seu rosto, então tomou o copo de suco da mão dela e tomou até a última gota e saiu rindo debochado. Ella se deixou cair sobre os seus joelhos, ela tremia enquanto um nó se formava em sua garganta.
Nelson, o velho advogado e padrinho de Daniella, ficou surpreso ao ver os dois amigos da afilhada em sua sala. — Eu preciso da assinatura do Yago, mas veio os dois e agora como eu vou saber quem é quem? — perguntou rindo com seu jeito matreiro. — O senhor nos chamou, e dois de nós é meio difícil de lidar, eu entendo. — Alex brincou de volta — mas me diga, por que mandou chamar a nós dois? — Na verdade, eu não chamei nenhum dos dois, eu disse para avisar a vocês que eu estava indo levar o recibo e o documento de compra do jazigo para o Yago assinar, mas eu não pedi para viessem aqui, eu já ia de qualquer jeito para ver se Daniella estava bem. — Filho da puta! — gritou Yago já correndo para a porta, com Alex em seu encalço indo em direção ao carro de Daniella parado na porta. — Venham comigo, esse carro não é rápido o suficiente — gritou o homem de dentro de uma 4×4 — eu vou matar aquele desgraçado se ele se atrever a tocar na minha menina novamente. Alex quis gritar para o velho i
A volta para casa foi marcada por intensa discussão entre Alex e Daniella, durante todo o trajeto ele tentou convencê-la a ir com eles para a Espanha, afinal era a segurança dela que estava em jogo. Yago era jogado de um lado para outro como bola de ping-pong, Alex sabia que o irmão concordava que não podiam deixá-la sozinha, principalmente agora que seu tio e seu primo tinham jurado vingança contra ela. No entanto, ele tinha planos de transar naquela noite, e discutir com a sua namorada não era uma boa maneira de conseguir isso. — Yago diga alguma coisa, — Daniella exigiu — você não pode estar de acordo com esse absurdo! — ela estava vermelha e seus olhos feridos, com hematomas causados pelo ataque de seu primo, eram a maior arma de Alex para justificar sua insistência em levá-la com eles. — Amor, podemos discutir esse assunto depois? Eu penso que já tivemos emoções demais por agora. — Yago soou diplomático — o Alex só está preocupado com você e não pode negar que seja justificada
Daniella se aproximou devagar, observando, estudando as reações de Alex. Experimentando a pequenos golpes em sua mão o efeito das tiras em sua palma. A expressão dele não era de medo, era de expectativa, de desejo. — Diga o que quer fazer comigo, querida, sou seu, estou a sua mercê — diga Ella, o que quer fazer com meu corpo, você quer marcá-lo como seu? Como eu fiz em sua bunda branquinha e sedosa em nossa primeira vez? Quanto mais ele falava, mais quente ela ficava, então as cenas de um homem sendo golpeado na barriga, nas coxas e até em seu pênis veio a memória dela, e ela experimentou o primeiro golpe em sua barriga. — Você foi um menino muito mau hoje, Alex! — ela estalou as tiras sobre o abdome rígido dele — você não me deu o direito de opinar sobre o meu próprio destino. — ela bateu de novo e desta vez se abaixou fazendo com a língua, o caminho de um fino vergão vermelho em sua pele bronzeada. Alex gemeu quando ela usou as unhas para traçar as linhas dos gomos bem definidos