Nelson, o velho advogado e padrinho de Daniella, ficou surpreso ao ver os dois amigos da afilhada em sua sala. — Eu preciso da assinatura do Yago, mas veio os dois e agora como eu vou saber quem é quem? — perguntou rindo com seu jeito matreiro. — O senhor nos chamou, e dois de nós é meio difícil de lidar, eu entendo. — Alex brincou de volta — mas me diga, por que mandou chamar a nós dois? — Na verdade, eu não chamei nenhum dos dois, eu disse para avisar a vocês que eu estava indo levar o recibo e o documento de compra do jazigo para o Yago assinar, mas eu não pedi para viessem aqui, eu já ia de qualquer jeito para ver se Daniella estava bem. — Filho da puta! — gritou Yago já correndo para a porta, com Alex em seu encalço indo em direção ao carro de Daniella parado na porta. — Venham comigo, esse carro não é rápido o suficiente — gritou o homem de dentro de uma 4×4 — eu vou matar aquele desgraçado se ele se atrever a tocar na minha menina novamente. Alex quis gritar para o velho i
A volta para casa foi marcada por intensa discussão entre Alex e Daniella, durante todo o trajeto ele tentou convencê-la a ir com eles para a Espanha, afinal era a segurança dela que estava em jogo. Yago era jogado de um lado para outro como bola de ping-pong, Alex sabia que o irmão concordava que não podiam deixá-la sozinha, principalmente agora que seu tio e seu primo tinham jurado vingança contra ela. No entanto, ele tinha planos de transar naquela noite, e discutir com a sua namorada não era uma boa maneira de conseguir isso. — Yago diga alguma coisa, — Daniella exigiu — você não pode estar de acordo com esse absurdo! — ela estava vermelha e seus olhos feridos, com hematomas causados pelo ataque de seu primo, eram a maior arma de Alex para justificar sua insistência em levá-la com eles. — Amor, podemos discutir esse assunto depois? Eu penso que já tivemos emoções demais por agora. — Yago soou diplomático — o Alex só está preocupado com você e não pode negar que seja justificada
Daniella se aproximou devagar, observando, estudando as reações de Alex. Experimentando a pequenos golpes em sua mão o efeito das tiras em sua palma. A expressão dele não era de medo, era de expectativa, de desejo. — Diga o que quer fazer comigo, querida, sou seu, estou a sua mercê — diga Ella, o que quer fazer com meu corpo, você quer marcá-lo como seu? Como eu fiz em sua bunda branquinha e sedosa em nossa primeira vez? Quanto mais ele falava, mais quente ela ficava, então as cenas de um homem sendo golpeado na barriga, nas coxas e até em seu pênis veio a memória dela, e ela experimentou o primeiro golpe em sua barriga. — Você foi um menino muito mau hoje, Alex! — ela estalou as tiras sobre o abdome rígido dele — você não me deu o direito de opinar sobre o meu próprio destino. — ela bateu de novo e desta vez se abaixou fazendo com a língua, o caminho de um fino vergão vermelho em sua pele bronzeada. Alex gemeu quando ela usou as unhas para traçar as linhas dos gomos bem definidos
Alex e Yago estavam de volta a casa deles, mas não para a normalidade, que para fins de registro, era algo que eles aboliram de suas vidas. Os irmãos Sanz D'Alba jamais seriam os mesmos. A maior responsável por toda esta benéfica mudança estava dormindo no quarto ao lado, sim, ela era temperamental às vezes, e quando um deles a tiravam do sério, os dois pagavam o preço. Eles amavam provocá-la e fazer as pazes depois, sempre tinham uma forma criativa de resolver tudo entre eles. Ella teve alguma dificuldade de habituar a nova vida, mas nada tão dramático quanto ao estardalhaço criado pela gatinha de estimação de Daniella, e que era parte da vida deles também. Primeiro foi o stress da viagem — ela precisou ser dopada — depois se recusava a usar a caixa de areia, precisou ir ao veterinário para fazer uma lavagem intestinal. E como se não bastasse a pequena fera se recusou a deixar a cama de Daniella, os gêmeos recebiam sibilos e garras afiadas sempre que se aproximavam do quarto. Fora Y
Alex entrou no consultório médico e franziu a testa ao ver a expressão no rosto do Doutor Richards. A viagem a Londres era a oportunidade perfeita para fazer um check-up sem preocupar a sua família. Alex sabia que não estava bem, e estava piorando nas últimas semanas. Dores intensas na cabeça, náuseas, perda de peso, e não dava mais para atribuir os sintomas ao stress, até por que ele não estava estressado, sua vida profissional nunca esteve tão bem, estava feliz com a sua nova vida e total e irremediavelmente apaixonado por Daniella Guido. O que mais poderia querer? No entanto, as dores o acompanhavam 24 horas por dia, e em alguns momentos eram tão intensas que ele vomitava tudo de seu estômago. E esconder do seu o irmão e de sua Ella, estava se tornando um problema. O jeito era acatar o pedido da sua família e ir ao médico, Alex havia prometido ao irmão que iria ver o Doutor Richards em sua viagem a Londres, e ali estava ele. — Você tem um tumor — o médico disse com cuidado — é um
Alex não podia evitar o pânico que sentia, embora não pudesse deixar sair por sua pele. Na última vez que vira seu irmão tão fora de controle, ele sofreu um acidente e Alex quase o perdeu. Mais uma vez o seu pai estava interferindo na escolha deles, na primeira vez ele colocou Anne em sua cama e eles a perderam.Como se não fosse suficiente a dor que o pai havia causado neles no passado, ele agora ameaçou, ofendeu e pior ainda agrediu a mulher que eles amavam. Se já não havia chance de conciliação antes, agora era impossível, pois ele estava perdendo definitivamente os dois filhos. Yago jamais o perdoaria, e a sequência dos fatos garantiria isso.Alex não tinha muito que dizer a respeito, ele não estaria mais entre eles para que o pai tivesse alguma chance.— M****a! M****a, M****a! — Alex gritou esmurrando o volante até que seus dedos começaram a sangrar — essa porra toda não é justa. Não-é-justo! — ele gritou enquanto dirigia a toda velocidade para a casa do pai em Madri.***Yago ag
Daniella pulou sobre Yago no momento em que ele entrou pela porta, foi necessário um grande esforço da parte dele para não cair com ela em seus braços. Com os pés trançados em suas costas e os braços num aperto mortal em torno do seu pescoço, Daniella chorava copiosamente com a cabeça escondida na curva do pescoço de Yago.— Está tudo bem, minha menina, eu já estou aqui, se acalme agora. — Yago repetia palavras doces e acariciava os cabelos dela com a mão livre. — estou bem meu amor, está tudo bem agora.— Fiquei com tanto medo, você parecia transtornado e saiu de carro daquele jeito — ela choramingava atropelando as palavras — você não atendeu ao telefone e o Alex não voltou.— Desculpa, minha pequena, não foi minha intensão te assustar, mas não acontecerá de novo. — Yago foi com ela ainda agarrada ao seu corpo até o banheiro do quarto dele.Ele não pode fazer com que ela o soltasse, então pôs a banheira para encher com muita dificuldade.— Baby, me ajude aqui, eu preciso tirar a suas
Tears In Heaven/ Lágrimas no Paraíso (Eric Clapton) Would you know my name Será que você saberia o meu nome If I saw you in Heaven? Se eu te visse no Paraíso? Would it be the same Será que as coisas seriam iguais If I saw you in Heaven? Se eu te visse no Paraíso? I must be strong Eu preciso ser forte And carry on E seguir em frente 'Cause I know I don't belong Porque eu sei que não pertenço Here in Heaven Aqui no Paraíso Would you hold my hand Será que você seguraria na minha mão If I saw you in Heaven? Se eu te visse no Paraíso? Would you help me stand Será que você me ajudaria a levantar If I saw you in Heaven? Se eu te visse no Paraíso? I'll find my way Eu encontrarei o meu caminho Through night and day Através da noite e do dia 'Cause I know I just can't stay Porque eu sei que não posso ficar Here in Heaven Aqui no Paraíso Time can bring you down O tempo pode te deixar deprimido Time can bend your knees O tempo pode te deixar de joelhos Time ca