"Quando Ella entrou na sala, a reação dos dois foi instintiva. Alex e Yago correram em sua direção no intuito de protegê-la de todos os seus monstros, e parecia haver muitos deles naquele lugar. Ella estava pálida e seus olhos vazios, ela trazia algo em suas mãos em um aperto protetor, como se fosse um tesouro inestimável." (Três Porque Ella Ama Eles)
Quando Ella entrou na sala, a reação dos dois foi instintiva. Alex e Yago correram em sua direção no intuito de protegê-la de todos os seus monstros, e parecia haver muitos deles naquele lugar. Ella estava pálida e seus olhos vazios, ela trazia algo em suas mãos em um aperto protetor, como se fosse um tesouro inestimável. Todos os olhos na sala se voltaram para cena, desconfiança, preocupação e repulsa eram alguns dos sentimentos expressos nos olhares, mas eles não davam a mínima importância para qualquer um deles. Daniella precisava do Alex e do Yago, e era a única coisa que importava. — Sofia o vovô quer se despedir de vocês, ele me pediu para chamá-los. — o tio carrancudo passou por ela e a teria derrubado se Yago não a tivesse puxado para ele. — Onde está Gero? Onde está aquele imprestável? — ele berrou para a mulher que se encolheu se protegendo de um ataque invisível. Alex fechou as mãos em punho, ele estava em seu limite, e cada segundo naquela a casa colocava seu autocontro
Enquanto Yago e o padrinho de Ella cuidavam dos trâmites legais para o velório e enterro, Alex fazia o possível para ajudar sua namorada a lidar com a situação. E como se já não fosse difícil o bastante lidar com a culpa, a morte do avô e as novas descobertas a respeito do seu passado, ainda tinham as provocações de Gero. — Qual deles é o seu macho guarázinha? Como você sabe quem está pegando se os dois são tão parecidos? — provocou cercando Ella na cozinha — Não tenha medo, priminha, eu só quero terminar o que a gente começou no celeiro, ou você acreditou que eu iria deixar barato aquele tiro? — Vá se foder Gero, sai da minha frente ou eu juro… — E vai fazer o quê? Chamar os seus cães para te proteger? — Gero se aproximou forçando toda a sua altura sobre ela até estar a um centímetro de seu rosto, então tomou o copo de suco da mão dela e tomou até a última gota e saiu rindo debochado. Ella se deixou cair sobre os seus joelhos, ela tremia enquanto um nó se formava em sua garganta.
Nelson, o velho advogado e padrinho de Daniella, ficou surpreso ao ver os dois amigos da afilhada em sua sala. — Eu preciso da assinatura do Yago, mas veio os dois e agora como eu vou saber quem é quem? — perguntou rindo com seu jeito matreiro. — O senhor nos chamou, e dois de nós é meio difícil de lidar, eu entendo. — Alex brincou de volta — mas me diga, por que mandou chamar a nós dois? — Na verdade, eu não chamei nenhum dos dois, eu disse para avisar a vocês que eu estava indo levar o recibo e o documento de compra do jazigo para o Yago assinar, mas eu não pedi para viessem aqui, eu já ia de qualquer jeito para ver se Daniella estava bem. — Filho da puta! — gritou Yago já correndo para a porta, com Alex em seu encalço indo em direção ao carro de Daniella parado na porta. — Venham comigo, esse carro não é rápido o suficiente — gritou o homem de dentro de uma 4×4 — eu vou matar aquele desgraçado se ele se atrever a tocar na minha menina novamente. Alex quis gritar para o velho i
A volta para casa foi marcada por intensa discussão entre Alex e Daniella, durante todo o trajeto ele tentou convencê-la a ir com eles para a Espanha, afinal era a segurança dela que estava em jogo. Yago era jogado de um lado para outro como bola de ping-pong, Alex sabia que o irmão concordava que não podiam deixá-la sozinha, principalmente agora que seu tio e seu primo tinham jurado vingança contra ela. No entanto, ele tinha planos de transar naquela noite, e discutir com a sua namorada não era uma boa maneira de conseguir isso. — Yago diga alguma coisa, — Daniella exigiu — você não pode estar de acordo com esse absurdo! — ela estava vermelha e seus olhos feridos, com hematomas causados pelo ataque de seu primo, eram a maior arma de Alex para justificar sua insistência em levá-la com eles. — Amor, podemos discutir esse assunto depois? Eu penso que já tivemos emoções demais por agora. — Yago soou diplomático — o Alex só está preocupado com você e não pode negar que seja justificada
Daniella se aproximou devagar, observando, estudando as reações de Alex. Experimentando a pequenos golpes em sua mão o efeito das tiras em sua palma. A expressão dele não era de medo, era de expectativa, de desejo. — Diga o que quer fazer comigo, querida, sou seu, estou a sua mercê — diga Ella, o que quer fazer com meu corpo, você quer marcá-lo como seu? Como eu fiz em sua bunda branquinha e sedosa em nossa primeira vez? Quanto mais ele falava, mais quente ela ficava, então as cenas de um homem sendo golpeado na barriga, nas coxas e até em seu pênis veio a memória dela, e ela experimentou o primeiro golpe em sua barriga. — Você foi um menino muito mau hoje, Alex! — ela estalou as tiras sobre o abdome rígido dele — você não me deu o direito de opinar sobre o meu próprio destino. — ela bateu de novo e desta vez se abaixou fazendo com a língua, o caminho de um fino vergão vermelho em sua pele bronzeada. Alex gemeu quando ela usou as unhas para traçar as linhas dos gomos bem definidos
Alex e Yago estavam de volta a casa deles, mas não para a normalidade, que para fins de registro, era algo que eles aboliram de suas vidas. Os irmãos Sanz D'Alba jamais seriam os mesmos. A maior responsável por toda esta benéfica mudança estava dormindo no quarto ao lado, sim, ela era temperamental às vezes, e quando um deles a tiravam do sério, os dois pagavam o preço. Eles amavam provocá-la e fazer as pazes depois, sempre tinham uma forma criativa de resolver tudo entre eles. Ella teve alguma dificuldade de habituar a nova vida, mas nada tão dramático quanto ao estardalhaço criado pela gatinha de estimação de Daniella, e que era parte da vida deles também. Primeiro foi o stress da viagem — ela precisou ser dopada — depois se recusava a usar a caixa de areia, precisou ir ao veterinário para fazer uma lavagem intestinal. E como se não bastasse a pequena fera se recusou a deixar a cama de Daniella, os gêmeos recebiam sibilos e garras afiadas sempre que se aproximavam do quarto. Fora Y
Alex entrou no consultório médico e franziu a testa ao ver a expressão no rosto do Doutor Richards. A viagem a Londres era a oportunidade perfeita para fazer um check-up sem preocupar a sua família. Alex sabia que não estava bem, e estava piorando nas últimas semanas. Dores intensas na cabeça, náuseas, perda de peso, e não dava mais para atribuir os sintomas ao stress, até por que ele não estava estressado, sua vida profissional nunca esteve tão bem, estava feliz com a sua nova vida e total e irremediavelmente apaixonado por Daniella Guido. O que mais poderia querer? No entanto, as dores o acompanhavam 24 horas por dia, e em alguns momentos eram tão intensas que ele vomitava tudo de seu estômago. E esconder do seu o irmão e de sua Ella, estava se tornando um problema. O jeito era acatar o pedido da sua família e ir ao médico, Alex havia prometido ao irmão que iria ver o Doutor Richards em sua viagem a Londres, e ali estava ele. — Você tem um tumor — o médico disse com cuidado — é um
Alex não podia evitar o pânico que sentia, embora não pudesse deixar sair por sua pele. Na última vez que vira seu irmão tão fora de controle, ele sofreu um acidente e Alex quase o perdeu. Mais uma vez o seu pai estava interferindo na escolha deles, na primeira vez ele colocou Anne em sua cama e eles a perderam.Como se não fosse suficiente a dor que o pai havia causado neles no passado, ele agora ameaçou, ofendeu e pior ainda agrediu a mulher que eles amavam. Se já não havia chance de conciliação antes, agora era impossível, pois ele estava perdendo definitivamente os dois filhos. Yago jamais o perdoaria, e a sequência dos fatos garantiria isso.Alex não tinha muito que dizer a respeito, ele não estaria mais entre eles para que o pai tivesse alguma chance.— M****a! M****a, M****a! — Alex gritou esmurrando o volante até que seus dedos começaram a sangrar — essa porra toda não é justa. Não-é-justo! — ele gritou enquanto dirigia a toda velocidade para a casa do pai em Madri.***Yago ag