Dylan e Melissa deitaram-se num sofá preto Luís XV no canto do salão do Círculo Dourado. Os lábios de Dylan estavam quentes e sedentos pelos de Melissa. Os braços do homem lhe envolviam como se não houvesse amanhã e as carícias que ele fazia em seu pescoço levavam-na às alturas. De repente, Melissa quis bebericar algo alcoólico. - Volto já – ela disse e ele segurou-a pelo pulso. - Onde vai? – perguntou, carinhoso. – Não vai pegar um drink, vai? Como ele adivinhara, Melissa não soube. Mas não era a primeira vez que Dylan a impedia de beber naquela noite. Sem responder Dylan, Melissa caminhou até um dos bares que estavam espalhados pelo salão e serviu-se de uísque. “Quem ele pensa que é? Eu vou beber o que eu quiser!” – pensou a loira, indignada. Durante este pensamento, não percebeu, mas sua indignação acabou colocando mais de uma dose de uísque em seu copo. Melissa voltou ao encontro de Dylan, mas, quando olhou para o sofá, ele não estava mais lá. Melissa engoliu em seco. Olhou ao
Melissa trabalhava na recepção super empolgada. Fazia tudo com perfeição e dedicação. De vez em quando, ajeitava o anel dourado em seu polegar direito. Alguns dias se passaram, mas a animação do final de semana ainda não havia saído dos sentimentos da loira. Quando foi embora do salão do Círculo, após mais uma transa incrível com Dylan na Jacuzzi, ganhara as ruas de Nova York em um domingo ensolarado. Do lado de fora da mansão, o jardim estava mais verde, as nuvens mais brancas, o ar mais fresco e mais puro... o mundo parecia perfeito! Havia energia renovada percorrendo todo o corpo de Melissa e parecia que ela tinha tirado férias de um ano em algum lugar incrível e paradisíaco! Pensar que aquilo poderia acontecer em todos os finais de semana era simplesmente maravilhoso! Foi quando Kernel chegou ao trabalho e entregou um envelope para Melissa. - Bom dia, senhorita Sanders – ele disse, galante, puxando uma cadeira da recepção e sentando-se diante da escrivaninha de Melissa. – Como v
Alguns dias se passaram e, após realizar o teste para entrar na Universidade de Nova York, as férias de Melissa acabaram. A loira estava se preparando para ir ao trabalho após uma sequência de acontecimentos desagradáveis: Kate incomodando-a sobre ser uma preferência para Kernel, a internação do pai, que já estava recuperando-se muito bem, e uma conversa muito tensa com sua mãe acerca do futuro de Melissa. A conversa com sua mãe foi eleita pela mente de Melissa como o acontecimento mais desagradável dentre todos, no qual ela não conseguia parar de pensar durante um minuto sequer. Ainda não entendia como sua mãe pudera ser tão vil, sabotando um possível futuro de sucesso para a filha com palavras tão nocivas. A voz dela ainda ecoava na mente de Mel, falando que ela era burra e que não seria aprovada no teste da NYU, acusando-a, ainda, por estar relacionando-se com um homem casado. Aquilo era verdade: de fato, Kernel e Melissa estavam envolvidos, mas a realidade estava longe de ser a me
Os dias passaram e tornaram-se semanas, as semanas passaram e tornaram-se um mês. Durante o primeiro mês participando do Círculo Dourado, o cargo novo como estagiária do arquivo da Kernel Publicidade e após a entrada na Universidade de Nova York, Melissa logo percebeu que as coisas ficariam muito mais puxadas do que de costume. Muita adaptação para seu corpo e sua mente. O estresse só não tomara conta de Melissa completamente porque ia semanalmente aos encontros do Círculo, que estavam ficando cada vez mais interessantes. No Círculo Dourado, ao contrário do que Melissa imaginou quando teve notícia do grupo, as pessoas não se encontravam apenas para realizar desejos sexuais secretos. Havia muita conversa e muita interação entre os membros do grupo. Rapidamente, Melissa conhecera os membros que ainda não havia conhecido e trocara ideias com todos eles. Havia muito mais do que só tensão sexual dentro daquele grupo. Tinha momentos que o sexo em si parecia até irrelevante para o encontro
Melissa olhou para um Murray calado e que começou a ficar com o rosto levemente corado. Ela percebeu que ele estava um pouco envergonhado, engolindo em seco e até aliviou um pouco o nó da gravata em seu traje preto social completo. - Não... – disse Melissa, apavorada, fazendo o cálculo mental de onde aquela conversa iria chegar. – Não... – disse novamente, dessa vez, além do pavor, um certo desespero e incredulidade na voz. – Eu não...! – continuou balbuciando, porém dessa vez, com certa urgência na voz. Melissa não iria fazer aquilo: jamais posaria nua numa revista masculina por dinheiro! O primeiro reflexo que Melissa teve foi uma vontade imensa de dar um tapa na cara de Murray. Porém, refreou seus impulsos porque realmente precisava muito de dinheiro. Um calor intenso irrompeu pelo seu corpo inteiro. O corpo da loira arrepiou-se de cima a baixo, de baixo a cima e de cabeça para baixo. Não teve tempo de fazer nada, pois rapidamente Murray deu seguimento ao assunto: - O pessoal da
Melissa olhava para o nada. Sentada num Café em Manhattan, puxava a cordinha do saquinho de chá submerso em água quente. O movimento rítmico e vagaroso da mão da loira era vago e não significava nada. Não pensava, também, em nada. Olhando o nada, movimentando nada e pensando em nada. O Café estava vazio devido à chuva que caía lá fora levemente, pintando uma Nova York triste e alagada num fim de tarde. Poético. Ela não sabia ao certo se tinha sido demitida ou se pedira demissão da Kernel Publicidade. A realidade é que Melissa estava desempregada há algumas semanas e não voltara mais na agência. Entretanto, a beleza distinta e o corpo escultural garantiram à loira o pagamento de todas as dívidas que tinha e ainda sobrara alguma grana para viver por vários meses. Recebera várias propostas de emprego – a maior parte como secretária de diversos CEOs pervertidos de empresas importantes – e convites para eventos que lhe garantiram mais uma boa grana, além de ficar conhecendo algumas celebri
Melissa e Kate pegaram suas coisas rapidamente, pagaram a conta e saíram do Café, esbaforidas. Estavam preocupadas com Kernel e não queriam arriscar: se aquilo fosse um pedido de ajuda de verdade por parte de Eveline, elas não queriam se arrepender por terem ignorado a mensagem da morena. Entraram no Uber rapidamente, mas o caminho parecia não terminar nunca. As duas releram a mensagem de Kate várias vezes, examinando os fatos. Melissa ligou para Murray. - Mel? – disse uma voz masculina, jovial e afável do outro lado da linha. - Mattew, você recebeu uma mensagem da Eveline? – disse Melissa, em tom de urgência. - Não, eu não recebi nada. O que houve? – perguntou, preocupado. - Ah, não... não houve nada – mentiu Melissa. - Senhorita Sanders...! – disse Murray, desconfiando. - Te ligo depois – disse a loira, desligando na cara do ruivo. - O que houve? – perguntou Kate, curiosa sobre a ligação. - O Murray não sabe de nada. O que é bem estranho. E porque recebemos a mesma mensagem?
Depois de ir ao hospital visitar Kernel, Melissa, que estudava à noite, não conseguiu ir para as aulas na NYU. Foi direto para casa. Estava assustada e desequilibrada, roeu suas unhas e, tomada pelo cansaço, jogou-se na cama e desatou a chorar. Ela não aguentava mais chorar por causa de Kernel, mas, ainda assim, com a nova situação de Adam estar doente no hospital, ela ainda tinha lágrimas o suficiente para derramar por ele. Exausta, Melissa dormiu chorando, inconsolavelmente. No dia seguinte, o despertador de Melissa tocou nas primeiras horas da manhã. Mesmo não tendo mais que ir trabalhar cedo, ela não desativou o alarme. Não fazia muito tempo que o maior medo de Melissa era perder seu emprego na Kernel Publicidade e, agora que ela não trabalhava mais lá, estava com a vida um pouco vazia – apesar dos bolsos bem cheios de grana. Com calma, a loira levantou de sua cama e resolveu fazer um ritual de beleza para dar um up em seu ânimo. Tomou um belo banho, maquiou-se, vestiu-se com seu