Quando Madison Reese foi forçada a se casar com um homem que não a amava, ela sabia perfeitamente que ele não a trataria bem. Ele nunca foi uma boa pessoa para ela. Na verdade, Cesare Santorini era o tipo de homem que não foi feito para qualquer mulher. Ela ainda estava vestida de noiva quando se sentiu sozinha naquela festa tediosa. Então, arrastando os seus pés doloridos em um salto muito alto, ela entrou na mansão bem iluminada. Estava completamente vazia ali dentro. Todos os convidados do casamento se divertiam do lado de fora, exceto ela. Não havia motivos para felicidade. Não importava o quanto ela gostasse dele e o quanto se casou por amor, aquilo não parecia certo. Ter alguém que não a quer não era o ideal, e não era o aceitável. Mas quando seu pai conservador soube que ela se entregou a ele depois que o Cesare Santorini invadiu o colégio, pulando os muros para encontra-la, como um adolescente que ele estava muito longe de ser, quis que se casassem. Ele deveria assumir a resp
Ela sempre teve aquele tipo de comportamento passivo, onde deixava que pessoas comandassem a sua vida. E ela achou que tudo que acontecia realmente era para o seu bem. Mas agora, diante de tudo isso, percebeu o grave erro que havia cometido. O homem colocou o roupão na sua cunhada, em uma tentativa de esconder aquela nudez, como uma proteção. E aquilo pareceu tão cavalheiro. Ele nunca foi assim com ela. Na verdade, a tratava sempre de forma tão rude, e ela não conseguia deixar de comparar. Ele esboçou um leve sorriso de satisfação quando percebeu o quanto sua esposa evitava reagir a qualquer conflito. E aquilo o agradou profundamente, embora ele não estivesse feliz com o casamento. E agindo de maneira tão cínica e natural, ele vestiu a calça do seu terno de casamento e logo depois a sua camisa. – Bom, agora que nós já temos tudo esclarecido... esposa, essa aqui é a minha amante. – Ele disse aquilo de forma tão cínica por que pensou que nada aconteceria, que quando um jarro quase o a
Ele revira os olhos por causa daquele tipo de declaração infantil. Ele sempre odiou esse tipo de comportamento. – Porque não fazemos as pazes? Eu não durmo mais com ela, e você fica. Ou nós podemos voltar para a cama, os três. – E a forma natural com que ele disse aquilo era um indicativo de que não foi a primeira vez que propôs, e tampouco que a aceitaram. Mas a Madison Reese jamais faria algo assim. Dividir o marido era demais para ela. E pareceu tão bizarro a forma como o Cesare Santorini chorou sob o caixão do próprio irmão, mas agora estava dormindo com a esposa dele. A viúva que deveria estar de luto. E ela também compreendeu o motivo certo para o vestido preto que ela usou durante a cerimônia. Aquilo jamais representou o luto pelo marido dela. – A quanto tempo vocês estão juntos? – Desde que o meu marido morreu. – Ela coloca a mão na cintura de forma tão autoritária que quase inibiu a Madison, mas não hoje. Ela jamais recuaria. – E olha, foi maravilhoso, enquanto você gastav
– Não! – Ela se rebelou pela primeira vez, o que deixou alguns convidados de boca aberta. Mas muitos deles ainda estava adorando toda aquela cena absurda. – Eu os peguei juntos. O Cesare e... – Não faça besteira, Madison. – Seu marido disse de forma reprovadora. – Dizer o que? Do que você tem medo Cesare Santorini? – Ela respira fundo varias vezes, de forma tão rápida e sem ritmo que em um momento de distração, imitando ela, seu pai fica sem ar por alguns segundos. – O que acha que as pessoas vão pensar quando souberem que você dorme com a sua cunhada? O seu irmão sequer foi enterrado direto. Tem o que? Um mês que ele morreu? Por deus, ela é a minha irmã. – Filha, nós vamos resolver isso depois do casamento. Ela ri alto, jogando a cabeça para cima. – Que casamento, papai? Todos nós sabemos que isso é uma fraude. Você nos forçou a casar. Eu não vou ficar com esse homem. – Vamos entrar. A festa acabou! – Ele grita para os convidados, mas nenhum deles está interessado em perder aque
Quando Cesare Santorini abriu a sua linda e gloriosa boca para falar algo ofensivo a sua esposa, a porta da mansão se abriu com agressividade. Ambos olharam em direção a entrada, esperando pelo pior. Mas apenas um deles realmente sentiu medo. Madison Reese sentiu suas pernas tremerem e quase falhou em ficar de pé quando viu seu pai entrar pela porta abraçado a sua irmã, que agora estava enrolada em seu paletó caro. A mulher tremia de frio enquanto se fazia de vítima, olhando para todos. Amiro Reese olhou para o homem no canto da parede, onde ainda pressionava sua filha, mas aquilo não o abalou. Na verdade, nada o abalava com facilidade, a não ser que alguém fizesse algo contra sua filha favorita. E esta, claramente não se trata da Madison Reese. Na verdade, por alguma razão, ele nutria um sentimento de ódio por ela desde muito nova. – O que raios está acontecendo aqui? – O homem disse tocando em sua cintura onde havia uma pequena pistola legalizada. O Cesare enfiou as mãos nos bol
O homem ri alto, deixando sua gargalhada invadir a sala extensa. Tanto que a Madison Reese praticamente pulou de medo. Ela odiava a forma como seu pai fazia aquilo. Sempre lhe pareceu muito sinistro, e instantaneamente, ela se lembrou de como ele costumava surra-la com o cinto depois de risos como aqueles. – Não pode estar falando sério. Eu não faria isso com a Sara. Ela é um diamante, e merece muito mais que ser a amante de um homem como você. – Eu a tratarei como a minha esposa. – O homem afirmou aquilo, dando mais uma tragada em seu charuto. Mentalmente, a Madison Reese clamou para que seu pai não aceitasse aquele termo absurdo. Porque ela deveria se sujeitar a viver daquela maneira? Seria um absurdo ter que viver assim. E sob hipótese alguma, ela voltaria a se deitar com ele. – Pai, por favor... – sua voz doce chamou a atenção de sua irmã, que franziu a testa como se aquilo lhe fosse uma afronta. A mulher ainda tremia de frio, enquanto estava parada ali, usando o terno de seu
“Você não manda mais em mim. Eu tenho dezoito anos agora!”“Ah é?” O seu pai se aproxima dela, ficando com o rosto tão próximo que pareceu querer beija-la. Mas nunca houve nenhum tipo de intimidade desse tipo com ele. “E para onde você vai? Acha que tem alguma escolha? Quem você acha que daria algum abrigo a você?”“Eu posso trabalhar. Vou me sustentar sozinha!”O homem ri alto, deixando toda sua ironia em evidência. “Você não vai conseguir nada nessa cidade. Acha que alguém dará emprego a alguém como você? Sabe muito bem que essa região é conservadora, Madison. Pare de tolice e aceite o seu destino.”Ela apenas limpa uma lágrima que ainda insistia em escorrer por seu lindo rosto de porcelana, como o de uma delicada e bem feita boneca. “Eu vou embora daqui.”“E como vai fazer isso? Não lhe darei um centavo.” E a Madison sabia bem que seu pai estava falando serio. Lembrou-se que nunca teve dinheiro algum, porque ele não lhe dava para gastar. Havia uma distinção muito clara na forma co
– Espere! – O homem impenetrável gritou naquele momento. E mesmo quando a Madison Reese continuou a caminhar, sentiu o olhar dele queimando sua pele, enquanto a encarava por trás. – Eu tenho uma proposta! Ela se virou em direção a ele com um olhar cético. Como ele ainda tinha coragem de propor qualquer coisa a ela depois de tudo? E ela se sentiu ainda mais humilhada. – Já não basta, Cesare... O que mais você quer fazer comigo? – Eu darei a sua liberdade. – Ele observou a forma como os seus lábios tremiam de uma maneira tão linda que quase sentiu vontade de beija-la, mas ele sabia que depois do que ela viu, aquilo seria algo impossível. A mulher delicada como a pluma branca de um ganso, percorreu seu olhar por aquele homem como se sentisse tanto nojo dele que pudesse vomitar. – Você é inacreditável. Eu sou livre. – Você não é, e sabe disso! – Ele apagou seu charuto ao lado do sofá, onde havia um cinzeiro que ele costumava usar no fim da tarde, quando relaxava depois de uma longa j