Madison Reese estava a algum tempo fora quando foi trazida de volta a casa. Nas mãos cerradas em uma grande tensão, ela sentiu a dor das marcas criadas pelo próprio pai que ela desejou algum dia conhecer. Ela não poderia adivinhar, e talvez jamais saberia que seu verdadeiro pai estava a definhar em uma cama de tanta tristeza a muito tempo, deixando a mulher que fizera de tudo para estar ao seu lado completamente sozinha. Mas ela sentia tanto rancor. Ela tinha ódio por saber que a sua melhor amiga deixou o mundo com uma erva que ela havia preparado, mas que havia deixado a herança na terra: a filha que deveria ser dela. Carmem já não podia mais suportar estar longe da garota, a observando em cada passo a distância. Ela precisava de vingar. Precisava ao menos mostrar que tinha algum poder sobre a vida da garota inocente. Ela tinha que marca-la, assim como o seu coração ferido sangrava todos os dias, até que o Tom se foi, dois anos depois do incidente. Madison Reese vestiu-se adequad
Cesare Santorini sentia o peito fincado em uma dor que nunca passava. Ele sentia tanta paixão por uma mulher que sentia o corpo arder. Mas ela não era para ele. Como um homem poderia casar-se com a viúva próprio irmão? Mesmo que tenha uma permissão para que ele prossiga com o próprio sentimento, ainda havia um respeito que ele não podia ignorar. Um respeito que ele não sabia que seria quebrado da pior forma em algum momento. Ele decidiu fugir da mansão. Fugir da mulher que a todo custo tentava seduzi-lo, buscando pelo calor dos seus braços durante as madrugadas frias em que ele tateava pelo escuro do quarto, acordado de desespero. As ruas da cidade eram tão frias quanto as da mansão Santorini que ele agora controlava como o único herdeiro homem da família. Haviam responsabilidades que ele precisava assumir, mas o homem ainda insistia em fugir de cada uma delas, apenas para estar longe da Sara Reese. O mundo parecia girar, mas os pés do Cesare ainda estavam estagnados no chão lad
Quando Madison Reese foi forçada a se casar com um homem que não a amava, ela sabia perfeitamente que ele não a trataria bem. Ele nunca foi uma boa pessoa para ela. Na verdade, Cesare Santorini era o tipo de homem que não foi feito para qualquer mulher. Ela ainda estava vestida de noiva quando se sentiu sozinha naquela festa tediosa. Então, arrastando os seus pés doloridos em um salto muito alto, ela entrou na mansão bem iluminada. Estava completamente vazia ali dentro. Todos os convidados do casamento se divertiam do lado de fora, exceto ela. Não havia motivos para felicidade. Não importava o quanto ela gostasse dele e o quanto se casou por amor, aquilo não parecia certo. Ter alguém que não a quer não era o ideal, e não era o aceitável. Mas quando seu pai conservador soube que ela se entregou a ele depois que o Cesare Santorini invadiu o colégio, pulando os muros para encontra-la, como um adolescente que ele estava muito longe de ser, quis que se casassem. Ele deveria assumir a resp
Ela sempre teve aquele tipo de comportamento passivo, onde deixava que pessoas comandassem a sua vida. E ela achou que tudo que acontecia realmente era para o seu bem. Mas agora, diante de tudo isso, percebeu o grave erro que havia cometido. O homem colocou o roupão na sua cunhada, em uma tentativa de esconder aquela nudez, como uma proteção. E aquilo pareceu tão cavalheiro. Ele nunca foi assim com ela. Na verdade, a tratava sempre de forma tão rude, e ela não conseguia deixar de comparar. Ele esboçou um leve sorriso de satisfação quando percebeu o quanto sua esposa evitava reagir a qualquer conflito. E aquilo o agradou profundamente, embora ele não estivesse feliz com o casamento. E agindo de maneira tão cínica e natural, ele vestiu a calça do seu terno de casamento e logo depois a sua camisa. – Bom, agora que nós já temos tudo esclarecido... esposa, essa aqui é a minha amante. – Ele disse aquilo de forma tão cínica por que pensou que nada aconteceria, que quando um jarro quase o a
Ele revira os olhos por causa daquele tipo de declaração infantil. Ele sempre odiou esse tipo de comportamento. – Porque não fazemos as pazes? Eu não durmo mais com ela, e você fica. Ou nós podemos voltar para a cama, os três. – E a forma natural com que ele disse aquilo era um indicativo de que não foi a primeira vez que propôs, e tampouco que a aceitaram. Mas a Madison Reese jamais faria algo assim. Dividir o marido era demais para ela. E pareceu tão bizarro a forma como o Cesare Santorini chorou sob o caixão do próprio irmão, mas agora estava dormindo com a esposa dele. A viúva que deveria estar de luto. E ela também compreendeu o motivo certo para o vestido preto que ela usou durante a cerimônia. Aquilo jamais representou o luto pelo marido dela. – A quanto tempo vocês estão juntos? – Desde que o meu marido morreu. – Ela coloca a mão na cintura de forma tão autoritária que quase inibiu a Madison, mas não hoje. Ela jamais recuaria. – E olha, foi maravilhoso, enquanto você gastav
– Não! – Ela se rebelou pela primeira vez, o que deixou alguns convidados de boca aberta. Mas muitos deles ainda estava adorando toda aquela cena absurda. – Eu os peguei juntos. O Cesare e... – Não faça besteira, Madison. – Seu marido disse de forma reprovadora. – Dizer o que? Do que você tem medo Cesare Santorini? – Ela respira fundo varias vezes, de forma tão rápida e sem ritmo que em um momento de distração, imitando ela, seu pai fica sem ar por alguns segundos. – O que acha que as pessoas vão pensar quando souberem que você dorme com a sua cunhada? O seu irmão sequer foi enterrado direto. Tem o que? Um mês que ele morreu? Por deus, ela é a minha irmã. – Filha, nós vamos resolver isso depois do casamento. Ela ri alto, jogando a cabeça para cima. – Que casamento, papai? Todos nós sabemos que isso é uma fraude. Você nos forçou a casar. Eu não vou ficar com esse homem. – Vamos entrar. A festa acabou! – Ele grita para os convidados, mas nenhum deles está interessado em perder aque
Quando Cesare Santorini abriu a sua linda e gloriosa boca para falar algo ofensivo a sua esposa, a porta da mansão se abriu com agressividade. Ambos olharam em direção a entrada, esperando pelo pior. Mas apenas um deles realmente sentiu medo. Madison Reese sentiu suas pernas tremerem e quase falhou em ficar de pé quando viu seu pai entrar pela porta abraçado a sua irmã, que agora estava enrolada em seu paletó caro. A mulher tremia de frio enquanto se fazia de vítima, olhando para todos. Amiro Reese olhou para o homem no canto da parede, onde ainda pressionava sua filha, mas aquilo não o abalou. Na verdade, nada o abalava com facilidade, a não ser que alguém fizesse algo contra sua filha favorita. E esta, claramente não se trata da Madison Reese. Na verdade, por alguma razão, ele nutria um sentimento de ódio por ela desde muito nova. – O que raios está acontecendo aqui? – O homem disse tocando em sua cintura onde havia uma pequena pistola legalizada. O Cesare enfiou as mãos nos bol
O homem ri alto, deixando sua gargalhada invadir a sala extensa. Tanto que a Madison Reese praticamente pulou de medo. Ela odiava a forma como seu pai fazia aquilo. Sempre lhe pareceu muito sinistro, e instantaneamente, ela se lembrou de como ele costumava surra-la com o cinto depois de risos como aqueles. – Não pode estar falando sério. Eu não faria isso com a Sara. Ela é um diamante, e merece muito mais que ser a amante de um homem como você. – Eu a tratarei como a minha esposa. – O homem afirmou aquilo, dando mais uma tragada em seu charuto. Mentalmente, a Madison Reese clamou para que seu pai não aceitasse aquele termo absurdo. Porque ela deveria se sujeitar a viver daquela maneira? Seria um absurdo ter que viver assim. E sob hipótese alguma, ela voltaria a se deitar com ele. – Pai, por favor... – sua voz doce chamou a atenção de sua irmã, que franziu a testa como se aquilo lhe fosse uma afronta. A mulher ainda tremia de frio, enquanto estava parada ali, usando o terno de seu