mizades dilaceradas
Eu era uma menina muito pacata, muito "sonsa", não tinha facilidade nenhuma em fazer amizades, eu não tinha segurança o bastante para fazer amigos, tinha vergonha de mim. Porém, na igreja tinha uma menina com a mesma idade que eu, nos encontrávamos sempre aos domingos de manhã, então acabamos nos tornando colegas, isso mesmo, colegas, pois eu não acreditava em amizades, então eu e essa colega conversávamos sempre, trocávamos confidencias e com frequência uma dormia na casa da outra.
Aos 15 anos minha colega começou a trabalhar em uma casa de família, isso não mudou nosso relacionamento, só mudou porque ela tinha pouco tempo para ficar comigo, só encontrávamos aos Domingos, ainda assim somente na igreja.
Esse relacionamento estava com a data do final já escrita e eu não sabia, seguimos nossas vidas, tudo o que eu fazia ela sabia e assim vice e versa.
Certo dia o patrão dela começou a me perseguir, me seguia de moto todos os dias, e me pedia beijos, eu fugia sempre dele, mas, como era muito ingênua não contei isso para ninguém, pois, acreditava que eu fugindo sempre, uma hora ele iria parar.
Bom, infelizmente nada foi como eu pensei, ele continuou me seguindo e às vezes me puxava contra seu corpo, e agarrava meu rosto no intuito de beijar, eu ficava muito irritada e vermelha de raiva e de vergonha também.
Portanto, o que eu não esperava é que ele fosse me difamar, mas infelizmente foi o que realmente aconteceu.
Versão contada por eles:
Ele chegou na casa do cooperador quase de madrugada, perdendo o fôlego de chorar e pedindo ajuda, dizia que não aguentava mais eu dar em cima dele, se oferecer para ele.
No mesmo dia me chamaram para uma reunião na igreja para me explicar, eu contei tudo que aconteceu, mas, era minha palavra contra a dele, e numa cidade pequena todo mundo fica sabendo de tudo muito rápido e cada pessoa interpreta da forma que quer, então, eu fui crucificada, ninguém acreditou em minha versão dos fatos.
A partir daí minha coleguinha, a única, que trabalhava na casa desse safado, não acreditou em mim, e passou a virar a cara para mim. Foi mais um motivo acumulado em minha vida de tristezas, fracassos e desilusões.
Depois disso, eu já não queria mais sair, não tinha vontade de falar com ninguém, queria simples e unicamente morrer, para dar um fim em todo esse conflito, minha cabeça não assimilava tantos golpes em apenas um ano da minha vida.
Minhas metas eram fazer planos e descobrir algo que me matasse de uma vez, sem causar transtornos e sem dar trabalho para meus pais. Queria simplesmente sumir desse mundo...
Suicídio ou fugaQuando eu tinha 16 anos já estava muito triste não mais por perder o namorado e sim por fracassar na minha tentativa de suicídio, sim, por minha única colega não ter acreditado em mim, sim, por um homem safado ter me difamado, sim, por vários motivos, eu já não pensava mais em meu ex, para mim a página dele virara, porém, fiquei com muitas sequelas desse triste fim.Minha cabeça já não era mais a mesma, eu vivia pelos cantos e na maioria das vezes chorando.Já não via saída em minha vida, não via motivos para viver. (Clichê)Às vezes pessoas me diziam “coisas ruins acontecem o tempo todo com muitas pessoas e nem eles decidem morrer, é a vida que segue”. Era chato ouvir isso, já que eu não queria ouvir nada, muito menos sermões que n
Alternativa ou desistênciaDepois de todos esses acontecimentos, já com dezessete anos, minha mãe já não sabia o que fazer e sem sombras de dúvidas já estava cansada de tanta luta para tentar me ajudar.Eu tinha desmaios frequentes e ânsias, vivia em cima das árvores quase o tempo todo, inclusive tinha um mangueiro que virou minha segunda casa, não me sentia bem em ficar com minha família, nada fazia sentido para mim, inclusive as conversas, eu tentava o máximo ficar distante de todos, da minha mãe por não me compreender, e ficar apoiando meu pai em coisas que eu não aprovava, do meu pai por sentir nojo dele e muita raiva.Minha mãe me obrigava ir para igreja com eles, mas não era o que eu queria, eu só queria que todos me deixassem em paz, mas ela dizia que se fossemos para igreja Deus poderia fazer um milagre em minha vi
O início da mudançaQuando completei meus 18 anos fiquei feliz, pois já era de maior, porém triste por ninguém ter lembrado, mas aconteceu algo que mudaria minha vida para sempre.Minha irmã mais velha foi convidada para uma festa de debutante e não queria ir sozinha, então, ela me convidou, e eu convidei a Gilda, assim fomos todas penetras, rs.A festa rolava tudo tranquilo, eu lá no meu canto, descabelada como sempre, com meu sobrinho no colo, e todos se divertindo. Logo começou passar alguns slides no telão e todo mundo se juntou para assistir, foi aí que eu vi ele, nossos olhares se encontraram e eu perdi a concentração dos ‘slides’ e mantive o foco nele, aquelas avançadas de olhares me deixou inquieta, chamei uma amiga e fomos ao banheiro retocar a maquiagem e arrumar o cabelo, afinal eu não tinha me arrumado, pois n&
SurpresasNós firmamos o nosso relacionamento, afinal já estávamos noivos, agora era contagem regressiva para o grande dia.Eu... como sempre, nada sentia, não estava ansiosa, não me empolgava com nada. Minha irmã sempre eufórica, você tem que planejar a festa, arrumar o vestido de noiva, ela estava muito mais empolgada do que eu.Eu seguia uma vida normal, como se nada tivesse acontecendo, ia para a escola e as garotas sempre empolgadas, diziam. E aí, muito ansiosa? Eu dizia, não muito.Me tornei uma garota fria, sem sentimento, sem emoção, vivia por viver, era como se já estivesse morta, só esperando a hora de ser enterrada, não sentia remorso de nada, nem saudade eu sentia, porém, como eu conseguira um namorado eu gostava de ligar para ele ocasionalmente para ocupar meu tempo, e dar satisfação, para ele nã
O grande diaO dia que toda garota sonhaDepois de um ano e nove meses de namoro nos casamos, a festa foi toda organizada por amigos dele, eu só fui escolher o vestido e a cor da decoração, não participei de nada, não porque não podia, mas, porque eu não dava tanta importância, eu não acreditava em nada, na minha cabeça tudo aquilo era um sonho que acabaria logo.A amiga dele que doou a decoração foi decorar e eu nem vi nada, não participei, acho que eu fui a noiva mais sonsa do mundo, e eu sempre acreditei nisso, acreditava que eu não merecia nada daquilo, pois, era uma fracassada e não merecia nada.Marquei o salão de cabeleireiro, enfim algo que só eu poderia fazer, porém, na minha despedida uma moça da igreja se prontificou a fazer meu cabelo de graça, eu nos meus pensamentos curtos
Tormenta 1 Quando ele voltou a trabalhar eu ficava sozinha em casa e imaginando com quantas mulheres ele teria contato, quantas meninas lindas ele veria em seu trajeto, e se ele encontraria as antigas amigas dele que eu fiquei sabendo que era apaixonada por ele, minha cabeça ficava perturbada, eu sofria como alguém sofre no final de um relacionamento, ele chegava e me chamava de linda, e me beijava, mas, eu com meus pensamentos já ficava "ARISCA" às vezes nem beijo eu queria, pois, criava na minha mente uma imagem dele conversando com outras mulheres, ou, olhando para algumas delas com pouca roupa, e isso virava realidade na minha cabeça.Sempre fomos a igreja, mas, eu não prestava atenção no culto, só olhava para ele, pensava que ele poderia estar olhando para outra mulher, aquelas mulheres com trajes colados, algumas com saias curtas que mostrava as quão torneadas
Tormenta 2Certa vez era aniversário dele, fomos até a mãe dele para ela o parabenizar, chegando lá a vizinha o abordou na entrada e deu um abraço nele, eu já fiquei super nervosa, meu rosto sangrava, não senti mais minhas emoções, eu estava estarrecida, não admitia que outra mulher o tocasse, nem encostasse nele, nem entrei na minha sogra, sai andando. Fui para casa de a pé, não me importando com a distância, porém eu não queria ficar em casa, pois, iria fazer besteira a qual poderia me arrepender futuramente, então, decidi, fui direto para igreja, quando acabou o culto ele estava lá, na porta me esperando, eu não queria entrar no carro, ele me puxou e para não dar vexame eu entrei, se tinha uma coisa que eu não gostava era dar vexame, me preocupava muito com o que os outros falassem de mim.Talvez
Pedido de socorroEu já estava numa situação que não tinha vontade de ver ninguém, de conversar com ninguém, eu queria somente o isolamento total.Meu marido já estava tão exaurido que dormia do meu lado, mas não compartilhávamos a mesma cama, nem amigos éramos.Meu ciúme começou a passar dos limites, eu esperava ele sair para visualizar o histórico do computador para saber se ele estava acessando sites pornográficos ou se trocava mensagens com outra mulher.Nessa altura da vida, eu comecei a ter pesadelos, nesses ele estava com outra e me humilhava dizendo que eu não era boa o suficiente para ele, além de má dona de casa eu era péssima na cama, eram realmente desoladores, mas isso tudo era criação da minha imaginação.Hoje eu entendo perfeitamente o que est