Abstinência
Eu achava que estava bem e que nunca mais precisaria do remédio, eu conseguia dormir, mesmo que depois das duas da manhã, tinha disposição para lavar a louça e cozinhar, já que eram minhas principais funções, minha filha estava sendo bem cuidada.
Passou-se exatamente duas semanas sem o remédio, comecei a ter pesadelos horríveis, acordava em menos de duas horas de sono já chorando e gritando, meu marido com seu sono leve, sempre acordava e dizia “calma amor, foi só um sonho”, mas uma ou duas horas depois estava eu lá, agarrando ele e gritando novamente.
Certa noite eu estava dormindo, quando minha filha começou a tossir e chorar no quarto, resolvi ver o que era, porém, quando abri meus olhos, me deparo com uma sombra de uma senhora de idade, acariciando o rostinho de um bebê, virei para o meu
ViagemTínhamos uma viagem, fomos convidados a ser padrinhos de casamento, ficamos muito felizes pela consideração, e, é claro, teríamos que estar apresentável, então decidi fazer meu próprio vestido de crochê, já que estava animada com os crochês, terminei de fazer em duas semanas, na minha opinião ficou perfeito, eu amei.Chegou o grande dia da minha sobrinha, ela iria se casar, para ela já estava passando da hora, mesmo que tinha somente 18 anos, nós, a mãe dela e eu, a aconselhávamos para que ela não fizesse nada de cabeça quente, casamento não era brincadeira, ela poderia sofrer caso não pensasse muito bem antes.Mas, ela estava decidida, era realmente o que ela queria, todas nós estávamos cientes que a pressa dela era de sair de casa e ser independente, nós tamb&eacut
O retornoAssim que retornamos para São Paulo, eu precisava voltar ao psiquiatra, para uma avaliação e se necessário renovar a receita, agendei a consulta para dali a duas semanas, enquanto isso fiquei tranquila por não estar tomando o remédio, pois ele me faria engordar mais do que eu já estava.A essa altura eu já tinha engordado dez quilos acima de meu peso normal, eu já estava começando a me preocupar, minhas roupas já não serviam, eu sentia um calor excessivo, e um incômodo nos joelhos.No dia da minha consulta com o psiquiatra, ele me pediu que mantivesse a medicação e ele passaria um remédio a mais, para ajudar a não ganhar mais peso do que estava, eu não gostei muito dessa sugestão, eu queria mesmo era mudar de remédio, pois eu estava virando uma bomba relógio, só engorda
GatilhoEra uma tarde, eu estava sentada em frente ao computador, fazendo alguns backups do celular, enquanto minha filha brincava no quintal silenciosamente, eu esperava pelo menos 15 minutos para ver o que ela estava fazendo.Ela entrou no quarto eufórica e ansiosa para me mostrar algo, quando olhei para minha filha não pude conter o espanto, foi um choque, não sabia o que fazer, então comecei a chorar desesperadamente.Minha filha tinha cortado todo seu cabelo, e de um lado, quase na raiz, além de cortar, o que eu jamais permitiria, ela estava com uma tesoura de 30cm na mão, corria um grave risco de se machucar grandemente, eu a abraçava e chorava amargamente repetindo “porquê? ” “Porque? ”.Eu liguei imediatamente para meu marido, pois precisava desabafar e contar a alguém o que tinha acontecido, eu não sabia o que fazer ou com
Recuperando a vidaAssim que voltei a tomar os remédios, minha disposição voltou, comecei a acordar cedo, e limpava toda a casa, todos os dias, porém eu não tinha nada para fazer em meu tempo livre, e nada que me trouxesse conforto e valorização.Quando comecei a me sentir a “empregada”, procurei algo para fazer, algo que realmente me valorizasse, algo que eu pudesse sentir orgulho depois e me lembrei que eu tinha um talento, tirando lá do fundo do baú, encontrei o meu talento.Comecei a fazer crochê, e comecei a todo vapor, fiz uma página de divulgação no facebook e trabalhava arduamente para divulgar os trabalhos e pegar encomendas, enquanto isso resolvi fazer alguns vestidos no meu número, que se caso não vendesse, ficaria para meu uso.Eu terminava um vestido a cada duas semanas, consegui fa
Três anos depois Hoje, eu não sei dizer se alcancei o grande futuro, mas estou me sentindo tão feliz que não poderia reclamar nem dizer que não era isso que eu queria. Continuei escrevendo pois, reconheci que na escrita eu poderia desabafar, ajudar pessoas que passam pelo mesmo problema que eu e acreditam não ter nenhuma saída. Desde que iniciei na escrita, muitas pessoas me procuram para dar entrevistas e esclarecer dúvidas sobre a depressão. Eu sempre digo que não sou expert, mas encontrei uma forma de lidar com meu problema sem ter vontade de me matar o tempo todo e sem prejudicar a vida dos meus familiares e amigos, principalmente das pessoas que me amam e estão à minha volta todo o tempo. Tive uma segunda filha que tem uma história incrível também. Ela nos trouxe tanta alegria que hoje só de ver ela debruçada na cama assistindo peppa pig no celular, mesmo eu sabendo que não é bom para crianças, eu sorrio feito uma boba.
Meu nome é Janaína Bianconi, tenho 29 anos, sou morena de cabelos longos e encaracolados, preto. Tenho olhos grandes, redondos e castanhos. Casada desde 2006 com Michael Klein, que tem se mostrado um grande e fiel companheiro e foi a chave de mudança da minha vida. Ele tem 34 anos. Trabalhador, porte elegante, alto, alguns quilinhos a mais, nada que me fizesse gostar menos dele, afinal gordura não dita caráter. Ele tem cabelos castanhos claros, olhos pequenos cor de mel, usa óculos desde criança. É simpático, lindo e carinhoso. Fruto do nosso casamento temos uma filha linda chamada Raquel Bianconi Klein de 4 anos. Ela é morena clara, cabelos curtos ondulados e castanhos, olhos redondos e expressivos. Desde que Raquel nasceu nossa vida se transformou, ela deu um novo rumo à nossa vida.Quero contar a vocês minha história de superação. Não qualquer superaç&atild
Os AbusosPor mais que eu não soubesse o que significava depressão eu já carregava essa doença, só depois de adulta aprendendo mais sobre isso, pesquisando, assistindo os noticiários, percebi que eu sofrera abuso, e que, precisava de ajuda para superar esse trauma, e após ser diagnosticada com Depressão Maior, que é a mais severa, eu passei a entender tudo mais profundamente.Eu tinha sintomas que hoje sei que era típico da depressão, mas, não tinha apoio, ninguém em minha casa sabia lidar com isso, e muitas vezes que desmaiava eu era criticada por minhas irmãs, dizendo que estava com frescura.Eu sempre fui uma menina doce, silenciosa, tímida enfim muito quieta, observava meu pai, surrando minhas irmãs com pedaço de pau, pedaços de borracha, eu me mantinha num canto, tremia de medo, não queria sofr
Desilusão amorosaQuando completei treze anos fiquei mais mulher e mais atraente, e assim aumentaram a perseguições dos garotos.Minha irmã alguns anos mais velha do que eu, acabara de terminar um relacionamento, como ela disse, só queria fazer um teste, terminando para ver se ele corria atrás dela, porém ela sempre o traia, então quando ela terminou, ele não se importou e seguiu, mas, ela não esquecera, porém, ele já tinha "desencanado".Ele era muito amigo do meu primo que morava com a gente, então através do meu primo ele me enviou um bilhete pedindo em namoro, fiquei tão feliz, pois era a primeira pessoa em toda minha vida que demonstrou interesse em minha pessoa, mas, eu era muito ingênua e deficiente intelectualmente então aceitei na mesma hora, sem pensar nas consequências, mas, minha irmã n&ati