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Seu rosto se contraiu, pressagiando que a enxaqueca chegaria em breve, ele se preparou para dormir. Ele se virou na cama sentindo a necessidade absorvente de virar o passado na escuridão; recordá-lo naquele dia, mexeu tudo. Um nó se agarrou em sua garganta, feroz. Angeline tinha ido embora por sua culpa, nunca teve a oportunidade de conhecê-la, mas essa pessoinha deixou maltratada sua alma e um buraco sem fundo no coração.

Mariané o assustou com sua chegada esporádica. Ele estava na moldura da porta com uma camisola de cetim branco que o cobria até os joelhos. Pensou que um mesmo anjo havia descido do céu, pousando sutilmente ali. Sorriu admirando a doce despenteada que, como todas as noites, aparecia com a desculpa de não poder conciliar o sono.

- Posso dormir contigo?

—Você não precisa pedir, sempre há espaço suficiente-falou acendendo uma das lâmpadas, instantaneamente desfazendo um pouco a escuridão. No ato, ele apertou as pálpebras, as pontadas passeando ao redor de seus olhos. M
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