Capítulo 90
Se naquele momento houvesse um buraco no chão, eu teria me jogado nele sem heisitar.

Mas não havia. E eu sabia que, quanto mais eu evitasse falar sobre o assunto, mais George poderia interpretar mal.

Além disso, parecia que, com ele, as coisas sempre iam direto ao ponto. Quando ele achava que tinha de falar algo, falava sem rodeios, como se tivéssemos uma intimidade que não existia.

Respirei fundo e levantei a cabeça, tentando agir com naturalidade.

— É mesmo? Mas palavras não provam nada.

— É. — Ele respondeu, tomando um gole de água. — Posso...

Assim que ele começou a frase, minhas antenas ficaram em alerta.

— George, cala a boca!

Eu sabia que ele ia dizer algo que me deixaria ainda mais envergonhada.

— O que eu ia dizer. — Ele continuou, como se não tivesse me ouvido. — É que, se você quiser, posso fazer exames para comprovar.

Embora não fosse uma frase ofensiva, ela me fez pensar em várias coisas ao mesmo tempo. Por que, afinal, eu precisaria de uma prova dessas? Eu não sou ninguém
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