MayaLevantei-me e saí em direção ao meu quarto, levando comigo meu celular. Mandei uma mensagem ao Victor, enquanto subia a escada.Preciso do seu colo.Maya04:37 p.m.Está carente, querida?Victor04:38 p.m.Sim, estou.Maya04:38 p.m.Então do que você precisa é de uma boa surra e ser fodida com força!Victor04:39 p.m.Já estou te esperando.Maya04:40 p.m.Vou levar um presentinho gostoso para você, amor.Victor04:40 p.m.Mordi meu lábio inferior, sentindo uma pequena excitação percorrer meu corpo. Fomos para o hospital e resolvi passar a noite por lá, para evitar meu pai em casa. A noite passou se rastejando. Troquei mensagens com a Penny contando a ela todos os acontecimentos dos últimos dias e ela ficou tão chocada com o que aconteceu no comportamento da Grace quanto eu.Vi a cidade amanhecer, sentada em uma poltrona diante da janela do quarto do hospital, observando a vista. Depois que minha tia Jenna chegou, eu fui para casa e passei o dia fugindo do meu pai, estava farta
MayaSaímos andando pela festa, que começava a ficar mais cheia a cada minuto, colocando um pouco da conversa em dia. Paramos para falar com minha avó, que dava bronca em dois garotos que brigavam por uma bandeirinha, quando braços firmes me puxaram pela cintura, fazendo-me assustar e virar rápido para trás em um pulo. Senti um enorme alívio ao ver um par de olhos verdes.— Assustada? — perguntou Victor sorrindo.— Sim, você me assustou — disse recuperando o fôlego, com a mão direita espalmada no peito.— É apenas eu, amor. — Riu, aproximando nossos lábios.Beijei seus lábios passando meus braços por seu pescoço e ficando na ponta dos pés. Victor abraçou-me firme pela cintura, puxando meu corpo para junto do seu. Nosso beijo era contínuo e senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo da cabeça aos pés, deixando-me toda arrepiada. Eu queria mais e mais do nosso contato físico. Minha avó pigarreou atrás de mim, claramente chamando nossa atenção. Victor desgrudou seus lábios dos meus,
MayaConfusa, sem saber o que estava havendo, abaixei-me ao seu lado, chamando por ele que não respondia.— Victor. Fala comigo. Fala comigo, por favor! — pedi desesperada, esfregando minha mão em seu peito, sentindo meus olhos ficarem marejados, deixando minha visão turva. — Amor... me responde! — gritei, ao vê-lo fechar seus olhos.Passei minha mão em seu rosto, dando leves t***s para acordá-lo e só então, vi que minha mão estava deixando marcas de sangue em sua face. Comecei a gritar por ajuda, ao mesmo tempo que procurava de onde vinha o sangue em seu corpo. Abri sua camisa com força, estourando seus botões, e vi que todo o sangue em minhas mãos vinha de um furo de bala um pouco abaixo do seu ombro.— Chamem uma ambulância! — berrei aos prantos, tentando estancar o sangue, fazendo pressão com minhas mãos.Um vizinho que saía de sua casa ao lado, nos viu sobre a calçada e correu de encontro a nós gritando por ajuda. Nesse momento as pessoas começaram a se dar conta do que estava aco
MayaSaíram com Victor por outra porta e eu não pude vê-lo. Uma enfermeira nos tirou da emergência e nos levou até a sala de espera, no andar da cirurgia. Ela indicou-me um banheiro, onde eu podia tentar limpar o sangue que estava em minhas mãos, antebraço direito e um pouco em meu vestido, em cima do seio direito. Minha avó me levou até lá e ajudou-me a me limpar o que foi possível. Quando saímos do banheiro, encontramos tia Jenna com uma bolsa nas mãos.— Disseram que vocês estavam aqui — disse ela ao aproximar de nós. — Trouxe umas roupas. Sei que vai precisar. — Estendeu-me a bolsa.— Vem — chamou minha avó pegando a bolsa da mão da tia Jenna. — Vou lhe ajudar a tirar esse vestido sujo de sangue.Voltamos ao banheiro e ela ajudou-me a trocar de roupa. Vesti uma calça e uma camiseta, calcei as mesmas botas de cano baixo e voltamos para a sala de espera, nos sentando e ficando no aguardo por mais notícias do Victor. Passaram-se longas horas era uma cirurgia simples, mas tinha consciê
Maya— Bom dia — disse o médico ao entrar no quarto. — Como passou a noite? — perguntou ao Victor pegando seu prontuário sobre a pequena mesa nos pés da cama.— Dormi a noite toda — respondeu Victor.— Ótimo. Sente dor?— Não.— Vou levá-lo para repetir os exames e se tudo estiver bem, vou liberá-lo amanhã para casa. E você, mocinha? — perguntou virando-se para mim. — Está mais calma?— Estou — respondi chegando mais perto da cama e pegando a mão do Victor.— Sua filha esteve bastante preocupada com você — disse o médico sorrindo para mim e depois olhou para Victor, que fechou seu semblante enrugando a testa.— Ela não é minha filha — disse Victor rude, entrelaçando nossos dedos.O médico arregalou os olhos surpreso e nos encarou sem graça. Seu olhar desceu para nossas mãos unidas e só então ele entendeu.— Desculpem-me, eu...— Tudo bem — interrompi-o. — Vou esperá-lo aqui — disse ao Victor curvando-me até seus lábios e os selando com um beijo delicado e demorado.Levaram-no e eu apro
Maya— Pensando em quê? — perguntou Victor ao sair do banheiro, tirando-me dos pensamentos.Olhei para ele e sorri ao vê-lo sem camiseta. Como pode um homem com sua idade ser tão bonito e ter um corpo tão invejável? Que delícia de homem.— Sente aqui comigo — chamei-o batendo a palma da mão, sutilmente sobre o assento no sofá, à minha esquerda.Victor caminhou até mim e sentou-se vagarosamente ao meu lado.— Acho que você precisa descansar, querida — disse segurando minha mão.— Vou descansar quando formos embora daqui. — Sorri para ele, entrelaçando nossos dedos.— Para Houston? — perguntou com um sorriso no rosto.Abaixei minha cabeça e encarei nossas mãos juntas, pensando em como começaria esta conversa.— Sobre Houston, eu...— Tudo bem se não quiser ir morar comigo agora, Maya — interrompeu-me. — Só a quero por perto todos os dias, independente de estarmos morando na mesma casa ou não. — Aproximei mais, juntando nossos corpos e nossos rostos.— Nós nos veremos todos os dias, se po
MayaQuando cheguei no final do corredor, encontrei-me de frente com Noberto. Ele sorriu para mim, mas logo o desfez ao notar meus olhos molhados pelo choro e a bolsa em minha mão.— O que houve, Maya? — perguntou entregando sua preocupação na voz.— Ele está com a esposa dele — respondi engolindo o choro que subia embolado por minha garganta.— Espere — pediu apoiando sua mão em meu ombro esquerdo. — Logo ele irá colocá-la para fora.— Vou ter que viver sempre com isso? Ela aparece, eu tenho que sair de cena e esperar que ele a coloque para fora?Noberto deu-me um olhar de consolo e curvou seus lábios em um sorriso mínimo de compaixão.— Eu vou para casa.— Eu a levo — disse pegando a bolsa da minha mão e caminhando ao meu lado.— Maya! — A voz fina e intolerável da Eliza, ecoou pelo corredor ao chamar por mim.Parei e virei-me para trás a vendo se aproximar a passos largos, batendo seus saltos finos no chão liso do hospital. Um tapa ardeu em meu rosto, fazendo-me virar a cabeça para
Maya— Eu escutei vocês falarem sobre uma Hanna, no escritório aquele dia. Quem é ela? Eliza me disse naquele jantar de negócios, que você agrediu uma garota e a mandou para o hospital. Não que eu acredite que isso seja verdade, porque eu não acredito.— Eu não a agredi! — afirmou furioso. — Ela foi minha submissa por alguns meses, cerca de um ano atrás. Eliza descobriu sobre ela e ficou enfurecida, foi atrás da garota com ameaças. Foi ela quem pagou um homem para agredir a Hanna. A menina foi parar no hospital e depois na delegacia, ameaçando prestar queixa contra mim por agressão física. Ela sabia que quem havia feito aquilo era a Eliza, mas mesmo assim usou o acontecido contra mim. Para a Hanna fechar a boca e ir embora, dei a ela a quantia em dinheiro que me exigiu e, desde então, ela sumiu no mundo e nunca mais a vi. No fim, Hanna não passava de uma vadia interesseira — disse com amargura na voz.— Eu sinto muito por tudo o que passou com seu primeiro casamento. Você não merece ta