MayaNos três, um forte baque contra a porta do outro lado fez com que eu me assustasse e recuasse. Outro baque veio em seguida e partiu a porta ao meio, dando passagem ao Victor no banheiro. Ele segurava um cinto de couro preto na sua mão e caminhou com passos firmes até mim. O seu rosto estava vermelho de raiva e a sua respiração ofegante, fazendo o seu peito arfar. A sua mão esquerda apertava o cinto com tanta força, que chegava a estar pálida. Ele parou diante de mim e encarou-me com ódio. O seu corpo, naquele instante, parecia estar duas vezes maior do que o normal. Talvez fosse pelos seus músculos rígidos pela ira.— Nunca mais na sua vida, bata uma porta entre nós! — gritou com o seu rosto próximo ao meu. — Eu fui claro? — perguntou baixo entredentes. — Perguntei se fui claro, Maya! — gritou outra vez.— Sim, Senhor — disse com raiva e o encarando de volta, cobrindo os meus seios com os meus braços.— Diga! — ordenou e permaneci em silêncio, confusa. — Dizer o quê? — atrevi-me
MayaNa manhã seguinte, quando acordei, Victor já havia saído para o trabalho. Passei o dia entediada na suíte e saí apenas para almoçar no restaurante italiano no térreo do hotel. Tudo o que eu conseguia pensar era no quanto gostaria de estar em casa naquele instante, já sentia saudade da minha família.Victor havia me ligado na parte da manhã e dito que eu podia ficar tranquila no aguardo de pessoas que viriam ajudar a me aprontar para o tão esperado baile a noite. Eram quase três da tarde e eu estava admirando a vista incansável de Seattle, quando Noberto apareceu dizendo que três pessoas aguardavam por mim no enorme closet do quarto. Quando cheguei até lá, encontrei dois homens e uma mulher.— Olá, querida — disse um homem com o cabelo rosa e brincos longos de cruz. — Você deve ser a Maya.— Oi. Sim, sou eu mesma.— Eu sou Kennedy e este aqui... — disse pousando a sua mão sobre o ombro do homem que estava de costas para nós — é Jorge Baron.Ao ouvir o nome, senti um nervoso e o meu
MayaSobre a mesa redonda de vidro, próxima ao elevador, havia uma caixa média de couro preto com um bilhete sobre ela: “Use-me!”. Coloquei o bilhete de lado sobre a mesa e abri a caixa. Dentro dela havia uma gargantilha luxuosa cravejada de pedras e pérolas. Levei alguns segundos para perceber que era parecido com a coleira que usei outro dia, então, finalmente entendi o que aquela joia milionária era. Peguei-a nas minhas mãos e pensei nunca ter tocado em algo tão valioso como aquilo que segurava. Ela era deslumbrante e extravagante ao mesmo tempo.— Precisa de ajuda? — A sua voz ecoou pela sala escura e silenciosa, causando-me um arrepio em todo o meu corpo.— Quero sim — disse virando-me para olhá-lo.Victor vestia um smoking de veludo preto, que repousava perfeitamente no seu corpo esguio. O seu cheiro inundou as minhas narinas, dando-me vontade de abraçá-lo e beijá-lo, enquanto arrancava toda essa sua roupa engomadinha e cara, mas tinha que me controlar.— Está linda, minha querid
MayaNo primeiro, vi um homem com uma minúscula cueca de couro, amordaçado e deitado de barriga para baixo, em um aparato de madeira que se parecia com um daqueles cavalos de ginástica olímpica, com as mãos amarradas para trás. Uma mulher o castigava com um longo chicote de corda, o açoitando nas costas. Ela usava apenas uma calcinha com cinta liga e salto alto. No segundo quarto, havia uma mulher presa na Cruz de St. Andrew, vendada e o seu dominador batia no seu clitóris com uma palmatória que parecia ser de couro. No terceiro, um homem e uma mulher transavam sobre uma mesa de madeira, enquanto o dominador de smoking e máscara chicoteava as costas e a bunda do homem que fodia com força a mulher sob ele, gemendo em urros.— Tudo o que está acontecendo aqui é o que chamamos de masoquismo e sadomasoquismo. Algumas dessas pessoas chegam a pagar para sentir dor; e outras, pagam para causá-las — explicou Victor, falando baixo no meu ouvido.— Vamos... fazer a nossa cena como essas pessoas?
MayaAssenti e então veio outra chicotada forte em meu clitóris. Tentei fechar minhas pernas em busca de alívio, mas foi impossível.— Gostou disso, não é, sua safada? — perguntou acertando mais duas chicotadas seguidas, arrancando um grito contido pela mordaça. Eu já estava à beira de um orgasmo, quando senti ele penetrar-me duro e forte com seu pau, apertando suas mãos em meu quadril. Gemi cerrando meus punhos e senti o arrepio familiar chegar em mim e aquela tensão gostosa tomar meu corpo para si. Os gemidos contidos do Victor deixaram-me ainda mais com tesão. Suas mãos me apertaram e acertaram t***s estalados em meu quadril marcando minha pele. Meu corpo estremeceu e enfim gozei, sentindo seu quadril se chocar forte e bruto contra minha bunda, batendo suas bolas em meu clitóris.Ele puxou o plug do meu ânus, o jogando no chão e tirou seu pau da minha boceta molhada que ainda se contraía em um orgasmo, penetrando-me na bunda. Ele deu estocadas fundas e rápidas até que gozou dentro
Maya— Está cansada? — perguntou debruçando-se sobre mim.— Estou — respondi baixo.— Descanse! — ordenou e levantou-se desprendendo o gancho que unia as algemas de couro em meus punhos e desamarrou as cordas em meus tornozelos, deixando um beijo carinhoso em cada um. — Estão um pouco marcados, mas em casa eu cuido disso. — Em casa? — perguntei sem saber de onde ele estava se referindo.— Sim. Vamos passar o quatro de julho em Houston, mas à noite voamos para Tulsa.— Okay.Ele subiu sobre mim novamente e beijou-me lento. Eu o abracei envolvendo seu quadril com minhas pernas e seu pescoço com meus braços. Ele quebrou nosso beijo e encarou meu rosto, acariciando minha bochecha. — Você é linda, Maya. Perfeita para mim. Sinto muito, mas nunca vou deixar você ir. Meu coração precisa de você. — Suas palavras soaram verdadeiras e me provocaram emoção. — Não quero que me deixe ir. — Sorri, sentindo meus olhos ficarem marejados.Descansei por alguns minutos em silêncio e deitada em seus bra
MayaAcordei pela manhã e o outro lado da cama estava vazio, como acontecia na maioria das vezes em que dormia com Victor. Arrumei-me e desci à procura do dele e encontrei Rose na cozinha. Ela desejou-me um bom-dia com um sorriso simpático no rosto e me serviu o café da manhã ali mesmo.— Onde o Victor está? — perguntei servindo-me uma xícara de café.— No escritório — respondeu séria.— Ele está ocupado?Ela lançou-me um olhar tenso.— Sim. Muito ocupado — respondeu de cabeça baixa, colocando as frutas sobre a mesa.— Devo esperá-lo para o café? — perguntei a ela.— Ele não comeu nada ainda, então... acho que sim — disse apressada, saindo da cozinha.Terminei minha xícara de café e o esperei por alguns minutos, mas ele não apareceu. Levantei-me e fui em direção ao longo corredor à procura de seu escritório. Ao aproximar-me mais da última porta entreaberta, pude ouvir a voz do Victor que não me parecia nada contente e depois de uma mulher. Aproximei-me mais e parei a dois passos de dis
MayaDepois de tomarmos o café da manhã, Victor deitou-se comigo no sofá de bambu à beira da piscina, sob a sombra dos coqueiros. Ficamos ali abraçados e em silêncio curtindo o feriado juntos. Ele acariciou meus cabelos, enquanto eu alisava seu peito por cima da sua camiseta preta. Ele estava vestido tão informal, mas ainda assim, esbanjava tanta sensualidade quanto se estivesse em um dos seus ternos caros de três peças. — Quando vamos contar aos seus pais? — perguntou quebrando nosso silêncio.— Eu não sei. Podemos... só esperar mais um pouco? — perguntei sentando-me ao seu lado. — Acho que meu pai não vai aceitar muito bem, eu vou tentar prepará-lo para a notícia.— Não há maneiras de você prepará-lo para uma notícia dessas.— Eu sei, mas... por favor? — pedi e ele concordou assentindo.Quando a noite chegou, embarcamos para Tulsa. Durante toda a viagem, Victor ficou trancado no minúsculo escritório, no fim da aeronave. Sentada sozinha durante todo o voo, eu me perguntava se era uma