MayaNo dia seguinte, o meu celular despertou acordando-me para me arrumar e ir para o aeroporto. Penny foi comigo de táxi até lá e esperou que eu embarcasse rumo à Oklahoma. Foram quase duas longas horas de viagem e eu estava de volta em casa, louca de saudades dos meus pais. Ao passar pelo portão de desembarque, avistei tia Jenna que me esperava com um sorriso feliz e de braços abertos. Ela me ajudou a colocar as malas no carro e seguimos direto para o hospital. — Como ela está, tia Jenna? — perguntei referindo-me à minha mãe.— Ela está mais forte. Mais animada. Esse tratamento vai dar a ela uma chance de vida.— Acho que estamos todos animados com isso — disse sorridente. — Fico feliz em saber que ela está melhor. Chegamos ao hospital e subimos para o quarto andar. Bati de leve na porta e entrei em seguida. — Filha! — exclamou o meu pai feliz vindo até mim. — Como foi a viagem? — Foi ótima! — disse, lembrando-me o quanto foi confortável viajar de primeira classe. — Oi, mãe — c
MayaSentei-me na sua cadeira atrás da mesa, e o meu celular soou o alerta de mensagem no bolso de trás da calça jeans. Peguei-o e ao destravar a tela, vi que era uma mensagem do Victor. Notei que Higor observava-me meticulosamente pelo canto dos olhos, mas o ignorei.Oi, querida.Como vai em Tulsa?Estarei de volta em três dias.O meu pau já sente a sua falta!Victor01:12 p.m.Que ousado! O que devo responder? Oi, meu dominador.Por aqui está tudo certo.O meu corpo também já sente a sua falta.Maya01:13 p.m.Tentei responder a sua mensagem à altura, mas me senti estranha em fazer aquilo na frente do Higor, por mais que ele não tivesse a menor noção do que eu fazia no meu celular.Lembre-se!Quem toca o seu corpo, é apenas eu!Victor01:13 p.m.Como se eu pudesse esquecer, ele me lembrava a todo instante. Tão controlador! Ainda não sabia o porquê Victor não colocou um lembrete a cada meia hora no meu celular, para lembrar-me disto. Quanta obsessão! Ou seria insegurança? Difícil de
Maya— Eu sei que você me quer, Maya. Eu posso sentir isso.— Higor... Não — disse baixo, fechando os meus olhos involuntariamente.— Diga que não me quer. Que não sente o mesmo que eu sinto por você. — Roçou os seus lábios nos meus. — Mas diga olhando nos meus olhos. Não apenas me mande ir embora, como fez da última vez. Fale que não me deseja e eu irei para sempre quando sentir que é verdade — sussurrou no meu ouvido.Eu queria mandá-lo ir embora dizer que não sentia nada por ele, que não o desejava. Mas fui fraca e, ao invés disso, passei os meus braços por seu pescoço, puxando a sua boca para a minha e colando os nossos lábios em um beijo ardente. Higor envolveu a minha cintura com os seus braços e puxou-me para cima sentando-me sobre o balcão.Agarrei o seu quadril com as minhas pernas e juntei as nossas intimidades sentindo a sua ereção dentro do jeans. Tirei a sua camiseta e deslizei as minhas mãos por seu peitoral e abdome sarado, e Higor tirou a minha blusa, deixando os meus s
MayaRolei de um lado para o outro na cama, até que amanheceu. Levantei-me depois de uma noite de sono fracassada e desci para a cozinha. Após uma enorme caneca de café, saí para correr. Corri até o centro da cidade e resolvi ir até o trabalho da Grace, eu precisava conversar com alguém naquele momento sobre as minhas burradas da noite anterior. — Oi. O meu nome é Maya. Eu gostaria de falar com a Grace Montgomery — disse à recepcionista do sexto andar.— Só um instante, por favor — pediu ela retirando o telefone do gancho e discando três números antes de colocá-lo na sua orelha. Esperei por ela observando as miniaturas de prédios e shoppings expostos no hall, dentro de enormes caixas de vidro.— Maya? — Uma voz masculina me chamou.— Olá, sr. Montgomery — cumprimentei-o ao virar-me e vê-lo. — Desculpa aparecer sem avisar, mas é que eu estava correndo aqui perto e decidi dar passada rápida para falar com a Grace.— Tudo bem, querida. Não precisa avisar, você é da família — disse sorrid
MayaVoltei para casa e sentei-me no jardim dos fundos encarando o celular nas mãos com três mensagens do Victor que eu ainda não tinha visualizado. Tive medo de que umas delas fosse ele dizendo saber o que fiz na noite passada.Após minutos, abri a primeira mensagem. Nela, ele dizia que voltaria na segunda de manhã e que mandaria alguém me buscar na fraternidade para jantarmos. Na segunda, ele avisava que havia mandado a minha passagem de volta para o Houston por e-mail. Na terceira, ele dizia haver me comprado um lindo presente que cairia muito bem sobre minha pele clara. A culpa em mim ficou ainda maior. O restante do dia passou como uma eternidade. O domingo foi o mais longo que já vivi. Evitei sair de casa ou de ir até a oficina para não correr o risco de me encontrar com o Higor. A noite chegou e eu arrumei a minha mala para voltar na manhã seguinte à universidade. Menti para o meu pai dizendo-lhe que voltaria para um curso rápido de verão.Na manhã seguinte, parti lhe prometend
MayaChegamos ao restaurante e Victor fez os nossos pedidos sem me dar a chance de olhar o cardápio. Comemos em silêncio, e a tensão no ar era tão palpável, que se podia cortar com uma faca. Nunca imaginei que ele poderia demonstrar agressividade.Quando chegamos à sua casa, Victor mandou que uma das suas empregadas me levasse até o quarto de hóspedes, que já havia sido preparado para mim. Ao entrar no luxuoso quarto, observei cada detalhe, notando um robe de seda branca sobre a cama e chinelos à beirada da mesma sobre um tapete felpudo.— Vou preparar o seu banho — disse a empregada.— Obrigada — agradeci antes que ela sumisse ao entrar no banheiro.Caminhei até o closet e fiquei impressionada com o tamanho do cômodo. Lá dentro havia dependurado três belos vestidos de gala. Um amarelo, um verde e um preto, todos de diferentes modelos. Além deles havia sapatos e sandálias que combinavam perfeitamente com cada vestido. Tudo exuberantemente caro e belo.A empregada preparou o banho e sai
MayaDeitei a minha cabeça para trás no seu ombro e ele beijou o meu pescoço, enquanto lentamente introduzia dois dos seus dedos na minha entrada pouco lubrificada. Aos poucos, sob seu toque, fui me soltando nos seus braços e entregando-me a ele.— Isso, querida. Se solte — sussurrou no meu ouvido.Virei-me para ele e a sua feição ainda estava séria, mas seus lindos olhos verdes-acinzentados mostravam a sua excitação. Os nossos rostos aproximaram-se e fechei os meus olhos sentindo os seus lábios tocarem os meus em um beijo faminto.As suas mãos passearam por meu corpo nu, apertando os meus seios e beliscando os meus mamilos. Ele apertou a minha bunda e puxou-me para ele pressionando a sua ereção contra mim. Gemi involuntariamente na sua boca ao senti-lo tão duro.Victor pegou-me no seu colo, e eu passei as minhas pernas por sua cintura agarrando-o. Ele nos levou para o seu quarto e deitou-me vagarosamente sobre a sua cama. Olhei para o lado e vi sobre a poltrona próxima ao closet, cord
MayaDescemos para o andar de baixo e do último lance da escada, avistei Victor de pé no hall conversando com Noberto, próximo à porta. Noberto forçou um pigarro e deu um passo para lado, afastando-se. Victor encarou-me sem esboçar nenhum sorriso ou um olhar admirado ao me ver. Será que não estou impecável o suficiente como ele mandou?— Vamos, pai? — chamou Caleb passando por nós e saindo pela porta acompanhado por Noberto.— Gostou? — perguntei com a voz baixa ficando à sua frente.— Gostei. Está muito bonita. — Deu um sorriso forçado.Ele tirou do bolso da sua calça, uma caixinha de couro preto com as iniciais H W timbrados em prata na tampa. Abriu-a e dentro dela, havia um lindo e delicado par de pequenos brincos de diamantes com safira. — São maravilhosos! — admirei-os encantada.— São os seus. Safira e diamantes — disse entregando-me a caixinha. — Coloque-os!Peguei os brincos e os coloquei nas minhas orelhas, tirando antes os que eu usava. Victor tomou das minhas mãos os brinco