MayaA caminho, recebi uma mensagem do Victor com a foto da linda vista que se tinha do restaurante para o lago. A pouca luz elétrica do restaurante e as velas acesas sobre as mesas tornavam o ambiente romântico, aconchegante e encantador. Ao chegar, a recepcionista levou-me até à mesa onde ele estava. Ao me ver aproximar, Victor se levantou e sorriu para mim com o seu ar galanteador.— Você está simplesmente linda — disse beijando-me no canto da minha boca.— Obrigada. Você também está muito bonito. — Ele abriu mais o seu sorriso ao ouvir o elogio.Victor puxou a cadeira à frente da sua, para que me sentasse.— Bela escolha do lugar. É tranquilo.— Exatamente por isso eu gosto tanto daqui. A tranquilidade me atrai.— Espero que não se importe, mas tomei a liberdade de pedir um bom vinho chileno tinto e suave. Acertei? — perguntou servindo duas taças com o vinho posto sobre a mesa.— Sim — respondi com um sorriso tímido.— Ótimo! Um brinde a este jantar e a bela noite que nos acompanh
MayaAssim que o carro parou à frente da emergência, eu paguei pela corrida e saí deixando o troco para trás. Entrei às pressas no hospital tomando o elevador para o quarto andar.Quando as portas de abriram, saí para o corredor avistando o meu pai de longe andando desorientado de um lado para o outro na porta do quarto. O médico e tia Jenna tentavam conversar e acalmá-lo, mas era em vão.— Pai! — chamei-o ao me aproximar e ele jogou-se nos meus braços abraçando-me forte. — O que houve? — perguntei com desespero segurando o meu choro.— Maya, querida... — disse tia Jenna vindo até mim.— Onde está a minha mãe? — perguntei-lhe, sentindo uma lágrima escapar.— Na UTI. Ela passou mal outra vez e os resultados dos últimos exames saíram.— O câncer está se espalhando, filha — disse o meu pai soltando-me do seu abraço.— O quê? Como assim se espalhando? — perguntei nervosa ao médico.— Ela precisa de uma cirurgia, mas infelizmente está muito fraca para arriscarmos — explicou o médico. — Par
MayaPeguei um táxi e fui para casa. Com a cabeça cheia em mil pensamentos, passei a noite em claro virando de um lado para o outro na cama. Quando amanheceu, levantei-me e desci para preparar o café da manhã. Estava tirando a última panqueca no fogo quando a porta da frente foi aberta e o meu pai passou por ela.— Bom dia — desejou sentando-se à mesa da cozinha.— Bom dia, pai. Como a mamãe está? — perguntei temendo que a resposta fosse: “piorando”.— Ela acordou e a levaram para o quarto esta manhã.— Você a viu?— Sim, por meia hora.— Tudo vai ficar bem — disse sentando-me na cadeira à sua frente. — Vou voltar para Houston e tentar um empréstimo.— Acha que consegue? — perguntou encarando-me com um olhar triste.— Sim. Vou fazer o possível — disse com firmeza.Após comer panquecas e ovos com bacon, ele subiu para seu quarto na expectativa de conseguir dormir um pouco. Coloquei as louças sujas na lavadora e fui para o hospital no carro do meu pai. O médico permitiu somente um acomp
MayaO meu pai me levou para o aeroporto e o caminho foi feito em um silêncio confortável. Chegando lá, ele ajudou-me a despachar as malas e me acompanhou até o portão de embarque. Nós nos despedimos com um longo abraço, que, por um segundo, me fez querer desistir e ficar.— Quando você for visitar a mamãe, lembre-se de dizer a ela que precisei ir, mas que volto logo.— Tudo bem, querida. Boa viagem — desejou e deu-me um beijo no rosto.Quando cheguei em Houston, já era quase meio-dia. Penny correu para fora da casa quando viu o táxi estacionar a frente. Ela mal esperou que eu descesse do carro e deu-me um abraço. Pegamos as minhas malas e entramos subindo direto para o quarto.— Então... a que horas é a festa? — perguntei sentando-me na minha cama.— Às dez horas. Você é uma sortuda. O cara que te arrumei é um gato. Advogado, trinta e poucos anos... — disse sorrindo. — Todas que já ficaram com ele, dizem que ele paga muito bem.— Quanto acha que eu consigo esta noite?— Eu não sei, i
MayaEle entrou logo em seguida fechando a porta atrás de si e, sem perder mais tempo, ele laçou firme a minha cintura com os seus dois braços juntando-me o seu corpo. James tomou a minha boca em um beijo faminto e imprensou-me contra a parede.A sua mão direita desceu por meu quadril, alcançando a barra do meu vestido e a puxou para cima até a minha cintura. Levei um pequeno susto quando senti a sua mão invadir a minha calcinha. James desencostou-me da parede e me virou de costas para ele, prensando a sua ereção contra a minha bunda, enquanto insistia em massagear o meu clitóris.Ele tirou o meu cabelo para o lado, deixando as minhas costas nuas e exposta para seus beijos quentes e úmidos. Senti as minhas pernas tremerem de nervoso. Eu não sabia o que fazer para ele e não conseguia me excitar com nada do que James insistia em fazer.Ele virou-me de frente para ele outra vez e me pegou no seu colo, passando as minhas pernas por sua cintura e levando-me até uma mesa mais adiante à sua
MayaAo entrar em casa, o relógio marcava pouco mais das duas da manhã. Sentei-me na cama, tirei os acessórios que usava e as minhas sandálias. Fui ao banheiro e arranquei o vestido por cima da cabeça, caminhando paro o chuveiro.Entrei debaixo da água, ainda com maquiagem no rosto e tomei um banho longo e quente. Deitei na minha cama com os cabelos molhados e peguei o meu celular para mandar uma mensagem a Penny, avisando-lhe que eu já estava em casa. Para minha surpresa, havia uma mensagem do Victor. Ele devia estar me odiando neste momento por ainda não o ter procurado para me desculpar.Estou curioso para saber o que você fazia naquele lugar esta noite. Mais curioso ainda, para saber o porquê desapareceu e deixou-me no restaurante.Victor00:23 a.m.— Com certeza, ele me odeia — disse para mim mesma fechando os meus olhos.Como ele sabia que eu estava naquela festa esta noite? Será que ele também estava lá? Ou Evan foi quem o contou? Eles se conheciam, mas não se suportavam, i
MayaPermaneci de cabeça baixa e fechei os meus olhos pensando no que lhe responder. Havia lhe dito que não era como Penny, mas eu estava em uma casa de prostituição. Como me explicar?— Victor... — Tentei começar, mas fui interrompida por um beijo no meu pescoço que me fez arrepiar.— Não tem que ser como ela — disse baixo com os seus lábios roçando na minha pele.Ele subiu a sua mão esquerda lentamente por minha perna esquerda, acariciando-a por cima do jeans até chegar no alto da minha coxa, entrando com os seus dedos entre as minhas pernas.— Me peça o que quiser, Maya. Qualquer coisa. Diga-me do que você precisa? Só pedirei algo em troca.— O quê? — perguntei baixo encarando os seus dedos que acariciavam a minha intimidade, deixando-me ainda mais nervosa e provocando uma umidade na minha calcinha.— Permita que eu domine você e irá ter tudo o que desejar.Olhei para ele um tanto assustada.Eu já havia lido história sobre dominadores e assisti diversos filmes que abordavam o assun
MayaEra tudo meio absurdo. Era como se o meu pai estivesse me impondo limites, quando eu tinha treze anos e queria agarrar o mundo com os meus dois braços.— Sim — concordei sentindo-me um tanto relutante por dentro, mas estava disposta a ver até onde isso poderia me levar e se poderia ir até a solução do meu problema: o dinheiro. Quem disse que para consegui-lo seria fácil?— Você me acompanhará em alguns dos eventos que frequento, mas saiba, desde já, que sou uma figura pública e tenho um alvo de críticas nas costas. Então, gosto de discrição em muitas coisas na minha vida e uma delas é no que eu faço entre quatro paredes com uma mulher. O que faremos é muito prazeroso, mas assusta muita gente de mente retraída. Então peço sigilo.— Tudo bem — concordei imaginando como seria essa “nova” forma de prazer que me esperava.— Maya... Nunca, em nenhuma circunstância, me desobedeça. Estarei sempre de olho em você. Não importa onde eu esteja no mundo, saiba que você estará no meu campo de