Esta foi uma daquelas noites que durou uma eternidade, mas isto não foi o pior. O pior é cada momento vivido, pois cada acontecimento naquele sonho me deixava confuso, se realmente era tudo apenas um sonho ou se estava vivendo uma realidade paralela. Eu tinha mais certeza e prazer pela vida nos meus sonhos, do que da minha “vida real”, se assim posso chamá-la. E como se não bastasse, em meus sonhos, todos os meus órgãos de sentido confirmavam que tudo ali era mais real do que a chegada do homem à Lua. Todas as noites os sonhos começavam em um mesmo lugar, até parece que era uma parada já combinada, a forma artística como pintava os seus lábios com o batom, o cheiro do perfume era tão vivo que até a marca dele eu conseguia identificar, [ Escada ] era o perfume que emanava minha mente quando nos encontros noturnos, com aquela mulher, que o nome sequer me foi dito, mas nos sentíamos tão pertencentes um do outro. Não tínhamos as vidas que sonhávamos, nem tão pouco as vidas que vivíamos em sonhos, mas por um fenômeno cujo o nome viera a ser de“Sonhos Compartilhados ou Simultâneos”, Kizua & Kuzola (Rosa Baila) viverão uma linda e confusa história de amor, mas que pela peculiaridade de suas vidas o“Viveram felizes para sempre” não é uma garantia para o final desta obra.
Ler maisCapítulo IX Deitado na cama, olhando e admirando o escultural corpo nu de Kuzola permanecia o jovem rapaz encantado. Curvas acentuadas e uma pele macia e suculenta despertavam novamente o desejo de amar em Kizua. Suas mãos suavemente acariciavam o corpo da tão sonhada Rosa Baila e o perfume exalando de seu corpo acendia ainda mais a chama que o queimava por completo. Para não acordar de seu delicioso sono, Kizua levanta-se e vai para o banheiro tomar um banho e acalmar as batidas do coração. Enquanto a água quente do chuveiro acalmava seus hormônios, observava de longe ela dormindo profundamente e minutos depois sair enrolado em uma toalha branc
Capítulo VIII Enquanto isso Kizua em seu quarto se preparava para mais um dia, e como de costume dar um “bom dia” para a manhã que acabara de eclodir trazendo o Sol ao Leste, desta vez, perdido em detalhes para o seu aperalto, porque finalmente neste dia conheceria em seus olhos nus a realização daquilo que vivia em seus sonhos, uma vez que suas coordenadas cognitivas já lhe revelara a identidade daquela linda mulher. Lançando seus pés para o abandono de sua residência, gotas caídas céu a baixo fizeram-lhe apressadamente optar pelo recuo, o sol com seu olhar envergonhado era invadido por um céu nublado que gerava aguaceiros ao longo da r
Capítulo VIICaminhando pelas ruas, os jovens seguem de mãos dadas sem imaginar que logo isso acabaria e voltariam à solidão de vossos quartos. Lentamente vão sumindo ao longe e ali parado na esquina observando o casal enamorado estáNzambi. Ele olha sorrindo singelamente e estala os dedos fazendo com que ambos acordem. Cada um em seu solitário aposento. Kuzola por sua vez ao abrir os olhos se emociona e acorda chorando sentida ao ver sobre seu travesseiro um ramalhete de tulipas, as flores que o jovemlhe deudurante seu derradeiro sonho. Apanha o ramalhete e dá-lhe um afago e um cheiro sentindo o mesmo perfume queoutrora&nb
Capítulo VI Naquele mesmo ponto, já desesperado e com os braços dormentes, pois até um ramalhete de flores, segurados por trinta minutos pareciam “manguitos”. Neste instante já desanimado e com a sensação de mais uma noite perdida, lembrou-se de tudo que lhe dissera aquele senhor de idade que dizia chamar-se Nzambe e tudo o que ele havia dito, mas que neste instante parecia ser mais um charlatão. Lançou os olhos para o anel que trazia e novamente foi consumido por uma paz interior, que lhe dava forças, complacente em esperar pela sua amada que hoje seu coração lhe dera a certeza que viria. Dez passos do
Capítulo V Kuzola passa o dia todo no abrigo com suas tarefas diárias e nem percebe o dia passar.Mal sabe ela que receberá uma visita especial em seus sonhos. Aproxima-se a hora de seu deleite e neste instante um sorriso atravessa o rosto de Kizua e ele se questiona se quer de fato ter controle sobre seus sonhos, mas neste mesmo instante fita os olhos para o anel que recebeu do velho e sente uma pazimensurável, dando-lhe a certeza que estava no caminho certo e que tudo estava propiciando o alcance das respostas a que muito buscava. Já arrumado e desta vez com a sábia escolha do perfume Montblanc, p
Capítulo IV Após a violenta colisão dada entre Kuzola e Kizua, ele descuidado como de costume não conseguiu evitar a queda da caixa de madeira que trazia em suas mãos. Era uma caixa de madeira envelhecida com uma tampa presa por duas dobradiças enferrujadas de um lado, e um cadeado de segredo do outro, parecia transportar algo de valor estimáveldentro dela. Notava-se pelo desespero de Kizuapara não deixar que a caixa se despedaçasseao chão. O desespero foi tamanho que ele se atirou ao chão, impactando seus cotovelos violentamente na calçada de concreto sem pensar no ferimento que poderia lhe causar e que de fato ocorreu. O
Capítulo III Kizua, cansado de uma vida da qual se sentia possuidor de muito pouco, não queria apoucar ainda mais a sua existência, decidiu então correr atrás de respostas do único momento da sua vida que lhe fazia sentido... Seussonhos! Em uma determinada manhã, enquanto seu aparelho de som da marca Casio tocava repetidas vezes o clássico “Con te partiro”de Andrea Bocelli e sua mente vagava nos pensamentos dos romancis
Capítulo II Nzambi - Eraum velho que sempre estava no mesmo lugar, olhando atentamente quandoKuzolapassava para o trabalho e também na volta para a casa. Sempre com um singelo sorriso nos lábios e um olhar penetrante, ele trazia consigo certa calmaria, porém ela nunca havia parado para conversar com o tal senhor de cabelos brancos. Kuzola, “Rosa Baila”, após esse fatídico dia de voluntariado juntos aos idosos sentiu em seu coração um grande e sombrio vazio. A conversa com dona Eleonora deixou seu interior completamente destruído e fez com que seus pensamentos girassem, imaginando como seria seu futuro, a sua velhice. Com a
Capítulo I Ele (Kizua) - O mês era Abril e como sempre marcado por chuvas miúdas, estas dispostas a estragarem qualquer compromisso. E eu era um daqueles sujeitos que percebia bem a mensagem das chuvas de Abril, e por isso, tinha sempre encontros marcados com a minha cama, mas só um único motivo me fazia sair para ir naquele ponto emespecífico, onde em um mesmo horário passava aquela mulher que a silhueta do seu corpo ficou desdeaprimeira vista tatuada em minha mente. Rosa Baila, nome este dado pelas ruas, pois sempre que passava seu andar gigante despertava a atenção de quem a visse passar, e eu, sempre naquele ponto, como uma constante de uma equação matemática,