Capítulo 36

— Não sei... — Augusto responde, vendo a sombra passar pelos olhos de Glória.

— Seria capaz de deixar tudo, essa vida que conhece desde menino, sua família, amigos, por causa de um único amor?

Seu silêncio era a resposta de que Glória precisava. Desvencilha-se dele e corre porta afora, deixando-o estático no meio do corredor, enquanto ouvia o som do gramofone tocando na sala de visitas, possivelmente por Ângelo. Ela toma a direção da picada que desemboca nas águas capazes de lavar seu pranto. Se tudo terminasse naquele instante a dor iria embora para sempre. Joga-se nas águas escuras e busca as correntezas. Nunca aprendera a nadar, mesmo enquanto ainda vivia com os pais. Naquela profundeza a água encontrava-se fria ao atingir seu peito. Sente as ondas balançarem seu corpo, jogando-a para frente e para trás. Ergue os olhos para o céu l

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