Após algumas horas do constrangimento que Amora sofreu, ela estava na sala, lendo um caderno de receitas e procurando algo delicioso para fazer ao meio-dia, quando Yaman sai do seu quarto perfeitamente alinhado em seu terno preto. Seu cheiro amadeirado exala na sala, deixando o ar agradável. Ao olhar para Amora, ele pergunta:
— Estou bonito, Amora? – se aproxima, sentando ao lado dela no sofá. — Creio que sim, Sr. Yaman! – ela responde envergonhada. — Tem namorado, Amora? Você é uma moça muito bonita para não ter um pretendente. – a elogia, vendo as bochechas dela ficarem vermelhas. — Penso que não temos tanta intimidade assim para falar sobre isso – ela responde rispidamente. Ela se levanta do sofá, saindo de perto dele. Yaman passa os dedos sobre a almofada do sofá, como se estivesse pensando em algo importante. — Gosto do seu jeito. A verdade é que essa carinha de inocente não tem medo de mim! – ele diz, olhando para o nada. — O Sr. não é um animal para que eu tenha medo. Apenas tenho respeito, afinal você mesmo sem gostar me acolheu em seu lar. – diz, segurando o caderno de receitas. — Não, não sou! – fala, se levantando. Ele começa a se aproximar dela, a encurralando na parede fria, e diz: — Mas se continuar assim, irá ter toda a minha atenção. – expressa, umedecendo os lábios com a língua. Amora não desvia o olhar, sentindo a respiração quente de Yaman. Ela expõe: — Cuidado com o que faz, Sr. Yaman. Não quero mais uma vez ser humilhada! – seu semblante fica sério e rígido — Pois já vi que o Sr. não é do tipo que defende os seus funcionários de ataques sem significados. A expressão de Yaman fica constrangida. — Sobre isso, quero pedir desculpas. – ele diz sem jeito — Realmente falhei no que aconteceu pela manhã. Porém, confesso que fiquei surpreso com seu ato de entrar no meu quarto daquele jeito. — Um erro que cometi, no entanto, não voltará a acontecer novamente – ela diz, passando por baixo dos braços fortes dele que estão encostados na parede. Um toque suave enche o ambiente, deixando Amora confusa com a melodia. Yaman sorri e vai até a porta, abrindo-a. Seu pai entra no ambiente com um sorriso no rosto. — Sentir necessidade de vir até vocês, quero observar de perto se estão mantendo a paz. Conheçendo você é a língua afiada que Amora têm, sei que a qualquer momento, um dos dois podem sufocar o outro. – Ömer diz enquanto abraça Yaman. — Até o momento, não há infortúnios, meu pai. – Yaman responde sorrindo. — E você, minha filha, como está? Alguma reclamação a fazer? – ele a abraça também e os três se dirigem até o sofá, sentando-se no conforto dele. — Tenho sim! – Amora vê Yaman lhe fuzilar com os olhos e sabe exatamente o que ele está pensando — Quando me levará para um passeio? Yaman disse que tenho muito tempo livre. — Quando você quiser, Amora! – Ömer responde com uma voz afetuosa. — Yaman lhe tratou bem, filha? – Ömer pergunta preocupado. — Sei respeitar as pessoas, padrinho, mas também sei colocá-las em seu lugar, e com o Sr. Yaman não será diferente. É sim, até momento não tenho vontade de j**a-lo pela janela. – Amora fala com sinceridade. — Qualquer coisa me chame, mas agora tenho que ir; em poucas horas terei uma reunião! – Ömer se levanta e se despede deles, deixando-os novamente sozinhos. Yaman se encosta na porta e fica observando Amora em pé à sua frente. — O que houve, Sr. Yaman? – ela pergunta. — Apenas meus pensamentos e suas loucuras. – ele responde. — Tenho um evento para ir à noite. Aceita ser minha companhia? Assim você se distrai – sua voz é calma e serena. — Não, você tem namorada, e também não quero problemas. – ela foi sincera — O que as pessoas irão dizer de você andando com a empregada? — Ela não é minha namorada. O que aconteceu com você foi um erro, já admiti isso! – ele diz, abrindo a porta para sair. — Não sou boa em socializar. – Amora admite. — Não tem problemas! Agora tenho que sair, e não precisa esperar por mim. Por agora, volto à noite – ele sai, deixando-a sozinha. Amora olha ao redor e depois se j**a no sofá, pensando no que fará. Amora passa o dia entediada, sem saber o que fazer com o seu tempo livre. Decidida a ocupar o tempo, ela entra no quarto de Yaman para ver se há algo para arrumar. Pega algumas roupas espalhadas e as coloca no cesto, observando que tudo mais está perfeitamente arrumado, inclusive a cama que, mais cedo, recebeu uma visita. Nota o leptop dele sobre a mesa e, mesmo sabendo ser errado, o pega e o leva para a sala. Coloca uma música turca e começa a ensaiar seus passos de dança, deixando-se levar pela melodia envolvente. Amora passa horas ensaiando, sem se cansar. No entanto, ela não percebe que o tempo passou voando e que o sol já se escondeu. Fica alheia, que não nota Yaman a observando enquanto ele fica encostado na porta. Yaman passa por Amora e desliga o som do seu laptop, chamando sua atenção. — Nossa, acabei me desligando e nem vi o tempo passar. – ela diz, enquanto senta no sofá, um pouco ofegante. — Deu para perceber, pois já faz alguns minutos que a observo e você nem me notou. – ele responde, com o leptop em mão. — Espero que não fique chateado comigo por ter pego o seu aparelho. – ela fala, preocupada. — Estou de bom humor hoje, no entanto, é melhor não ficar mexendo no que é meu, pois o uso para o trabalho. Melhor comprar um para você. – Yaman pega um de seus cartões e entrega a Amora. — Na caixa tem a roupa que usará para sairmos, então não demore a se arrumar. – ele sai em direção ao seu quarto. Antes de entrar no quarto, ele escuta ela dizer: — Seus desejos são uma ordem, Senhorzinho! – Amora usa um tom debochado. Yaman sorri de canto e entra no quarto, fechando a porta. Yaman sai do seu quarto com seu visual perfeito de elegância e masculinidade. Ele optou por um terno sob medida em um tom escuro de carvão, que realça sua postura e presença. Nos pés, Yaman usa um par de sapatos de couro preto. Além disso, ele complementa seu traje com acessórios discretos, mas refinados: um relógio de pulso elegante e abotoaduras de prata, trazendo um toque de sofisticação sem chamar muita atenção.Sentado no confortável sofá, tomando Glenfiddich, Yaman espera pacientemente por Amora. Ele vê que estão alguns minutos atrasados, porém seu semblante continua sereno como a noite.Logo a sua espera acaba ao ouvir a porta ser aberta e Amora adentrar a sala deslumbrante com seu longo e elegante vestido vermelho. O decote sutil em V realça sua feminilidade, enquanto o tecido fluido cai suavemente em suas curvas, criando uma silhueta elegante e sedutora. O vestido possui detalhes delicados de renda preta, que adicionam um toque de sofisticação e mistério. Nos pés, ela usa um par de sapatos de salto alto pretos, com tiras delicadas que envolvem o tornozelo, adicionando um toque sensual ao seu visual. Os sapatos possuem detalhes em pequenos diamantes que brilham delicadamente a cada passo que ela dá em direção a Yaman.Ele sorri para ela sem dizer uma única palavra, enquanto termina de tomar seu Glenfiddich.Para completar o visual, Amora usa joias discretas, mas elegantes: um par de brinc
Amora, sem querer, deixa a taça deslizar de sua mão, assustando tanto Zeynep quanto Yaman e revelando que ouviu a conversa deles.— Essa menina é muito intrometida, Yaman. Ela estava ouvindo a nossa conversa. – Zeynep diz amargurada, querendo atacar Amora, no entanto e segurada por Yaman.Amora tenta ir embora, mas é parada por Yaman quando ele a puxa pelo braço, machucando-a.— Você não tem jeito mesmo, né, menina? É a segunda vez que faz o que não deve, penso que terei que lhe dar um castigo. – ele diz bravo.— Não precisa, Sr. Yaman. Estarei me retirando da mansão o mais rápido possível para não o incomodar mais! – murmura, tentando tirar a mão dele que segura seu braço.Yaman a olha com mais fúria, machucando-a até ver as lágrimas escorrerem pelo rosto dela.— Por favor, me solte, Sr., ou terei que gritar – ela implora. — Está doendo muito.Ele a solta, vendo-a ir em direção à sua ala privativa.— Nem pense
Após uma noite exaustiva sem conseguir dormir, Amora levanta-se, arrastando-se até o banheiro para fazer sua higiene matinal. Após terminar o banho, ela se arruma e prende seus cabelos em um coque frouxo. Saindo do quarto, vai direto tomar água e um comprimido para dor de cabeça, suas olheiras enormes denunciando a falta de sono, ela sente-se cansada e fraca!Sentindo-se mal, ela caminha até o sofá e se deita, encolhendo-se em posição fetal. Yaman sai do seu quarto e observa Amora deitada de olhos fechados. Ele se aproxima dela.— Amora? – chama, porém ela não responde.Sentando-se ao lado dela, ele põe a mão em seus cabelos, sua expressão mudando ao sentir algo diferente.— Amora, acorda. – Yaman a chama novamente suavemente, para não assustá-la — Você está com febre!Como ela não responde, ele pega o termômetro e mede sua temperatura. Ao ver que está com 40°C, a pega no colo, levando-a para o seu próprio quarto.Yaman a deixa em sua cama e vai encher a banheira, deixando a água em t
Yaman arruma-se casualmente após receber uma ligação e sai, deixando Amora sozinha. Sem ânimo, ela começa a pensar em sua trajetória enquanto ferve um pouco de leite com mel. Ao adentrar a sala, ela olha o seu reflexo no enorme espelho estampado na parede, vestida em uma camisa branca de Yaman que lhe serve de vestido, meias listradas nos pés e seu cabelo em um coque alto bagunçado ela diz:— O que está fazendo da sua vida, Amora? – pergunta, tocando o espelho.— Você não dará conta de seguir com essa loucura, lhe conheço o suficiente para saber que dará errado! – afirma enquanto conversa sozinha.— Será uma oportunidade única, assim não ficarei desamparada e sem lar! – a feição sedutora agora se torna indecisa.— Não vale a pena se sujeitar a isso, Amora. Ele só está pensando no seu futuro herdeiro, você sairá com o coração partido quando essa história acabar! – sua consciência grita, fazendo a sua cabeça latejar. Enquanto Amora fica sozinha em casa, perdida em seus pensamentos e i
No entanto, Amora interrompeu bruscamente o clima entre eles, tentando tirar Yaman de cima dela. Ele cai para o lado da cama, frustrado, colocando o braço sobre a cabeça. Ela o olha um pouco nervosa, e Yaman, sentindo o olhar dela, pergunta:— Fiz algo de errado? — sua voz sai frustrada, porém calma.— Não, não! — ela está um pouco trêmula, porém tenta disfarçar. — Então você não gostou, e isso? — ele pergunta, agora olhando para ela.Antes de responder, Amora vira a cabeça para o lado, sem querer olhar nos olhos dele. — Tudo está indo rápido demais, eu... Eu não quero que seja assim. — ela tenta explicar, mas sua voz falha.— Assim como? Preciso que me diga exatamente o que pensa, o que deseja. — sua voz é suave.— Eu sei que temos um não relacionamento, mas quero que pelo menos minha primeira vez seja romântica, entende? — ela diz envergonhada.— Deixe o nosso "não relacionamento" de lado neste momento. Jamais seria bruto com você em sua primeira vez, não sou insensível a esse pon
Ao amanhecer, Yaman entra abruptamente no quarto de Amora. Ele vai até ela puxando o lençol.— Acorda, Amora, você precisa se arrumar, temos visita! — ele fala, puxando-a da cama.— Vá embora, não quero falar com você. — responde, magoada. Sua voz rouca entrega que adormeceu enquanto chorava.— Não seja birrenta e vá logo se arrumar. — ele expressa, com seu jeito mandão, porém num tom brincalhão. — Onde vamos? — Amora pergunta, levantando-se da cama, ainda sonolenta. — O juiz está aqui, iremos nos casar agora mesmo! — ele sorri ao ver a expressão dela, aproximasse e beija às bochechas rosadas que Amora têm. No entanto, Yaman sente-se estranho com o desejo e necessidade que o angústia para tocar a pele delicada que Amora possui.— Não quero, te odeio! — pronuncia, bufando de raiva, o empurrando para longe. — Você que sim, princesinha. E se arrume logo, não podemos perder tempo. O vestido está na caixa! — diz, saindo e
Em uma cafeteria no centro de Ancara, Zeynep está sentada impaciente enquanto espera por alguém, olhando a hora ela coloca o seu celular novamente em sua bolsa ao verificar as suas mensagens. — Zeynep querida. — Nadi chama a sua atenção — Desculpe por deixa-la esperando.— Tia! — Zeynep levanta-se para abraça-la — Já fiz os pedidos! — ela diz enquanto Nadi se acomodam— Agora me conta, tia... — ela fala, eufórica. — Aquela empregadinha sairá da Mansão?— Ontem conversei com Yaman... — ela pausa por um momento com seu semblante insatisfeito — Ele está decidido a mantê-la em sua vida. Agora, o que não entendo é o porquê disso tudo!— A única explicação para isso é que eles já se conheciam, ou até mesmo eram amantes. Não tem lógica ele fazer isso se a conheceu agora. — Zeynep reflete indignada. — Eles não se conheceram agora, lembre-se que ela é afilhada de Ömer! Além do mais, Yaman a viu apenas uma vez. — Nadi diz, saboreando sua torta de frutas.— Eu tenho razão, eles são amantes. Ya
Em meio ao choro e desespero de Zeynep, Yaman diz:— Eu sabia que você era complicada, Zeynep, mas não ter orgulho próprio é repugnante.— Eu te amo, Yaman. Você é minha vida, e na guerra e no amor vale tudo, até mesmo a morte! Irei provar que falei a verdade, e que esse filho é seu.— Amor? Não me faça rir, Zeynep. Você não entende nada sobre o que é amor. Para você, é apenas mais uma forma de conseguir o que quer. Eu mereço alguém que me admire, não alguém tão desesperado quanto você. E, não acredito que essa criança exista, no mínimo você deve ter pego esse teste com alguma louca como você! — Aquela mulherzinha que você colocou em sua casa, vocês eram amantes antes? Só assim explica você colocar alguém debaixo de sua proteção sem mal conhecê-la. Além do mas, ela enfeitiçou você a ponto de não enxergar que falo a verdade!— Você está enganada, Zeynep. Não precisa entender os motivos das minhas ações, afinal, você nunca entendeu nada sobre mim. Dê-se por satisfeita por ainda estar n