Capítulo 5

Sentado no confortável sofá, tomando Glenfiddich, Yaman espera pacientemente por Amora. Ele vê que estão alguns minutos atrasados, porém seu semblante continua sereno como a noite.

Logo a sua espera acaba ao ouvir a porta ser aberta e Amora adentrar a sala deslumbrante com seu longo e elegante vestido vermelho. O decote sutil em V realça sua feminilidade, enquanto o tecido fluido cai suavemente em suas curvas, criando uma silhueta elegante e sedutora. O vestido possui detalhes delicados de renda preta, que adicionam um toque de sofisticação e mistério. Nos pés, ela usa um par de sapatos de salto alto pretos, com tiras delicadas que envolvem o tornozelo, adicionando um toque sensual ao seu visual. Os sapatos possuem detalhes em pequenos diamantes que brilham delicadamente a cada passo que ela dá em direção a Yaman.

Ele sorri para ela sem dizer uma única palavra, enquanto termina de tomar seu Glenfiddich.

Para completar o visual, Amora usa joias discretas, mas elegantes: um par de brincos de pérola e um colar de prata com um pingente delicado. Seu cabelo está elegantemente penteado em um coque baixo e despojado, com algumas mechas soltas que emolduram o seu rosto, enquanto a maquiagem é suave e natural.

Yaman levanta-se, olhando minuciosamente para ela, e diz:

— Está muito deslumbrante, Amora. Tenho certeza de que todos os olhos irão se voltar para você hoje.

— Obrigada, mas confesso que estou nervosa, pois nunca me vesti tão elegantemente antes. – responde, um pouco apreensiva.

— Não precisa ter medo, estarei lá com você! – sua fala é gentil.

— Espero não fazer a gente passar vergonha. Já estou achando que é uma má ideia! – sua mão está gelada e suando.

— Não seja negativa, até parece que não confia em mim! – Yaman diz sorridente.

— Acertou, não confio. Nos conhecemos agora, nem deveria sair com você, principalmente por carregar um rei na barriga! – foi sincera.

— Agora precisamos ir – afirmou.

Ele oferece o seu braço para que Amora se apoie, então ela aceita, depositando sua mão suavemente no braço dele. Eles caminham por alguns corredores, fazendo o trajeto para a casa principal. Logo, Amora ouve uma melodia suave.

— Vocês estão dando uma festa? – ela pergunta curiosa. – Se quisesse, eu poderia ter vindo ajudar com os preparativos.

— Já lhe disse que trabalha apenas para mim. Meus pais têm vários empregados para ajudá-los. – adverte.

Amora para por um momento e, ele a olha sem entender.

— Eu posso mesmo entrar lá? Sua mãe não gostou da minha chegada aqui! – Amora acaba lembrando a tensão daquele momento.

— Não preciso de permissão para trazê-la comigo. – proferiu, fazendo com que ela continue caminhando.

Eles adentram a enorme sala, que está perfeitamente arrumada, demonstrando a extravagância que o luxo tem. Amora fica um pouco tímida com os olhares em cima dela e de Yaman. Ele nota e consequentemente coloca a mão em sua cintura, como se marcasse um território que não lhe pertence! Yaman conversa com alguns amigos íntimos da família e pode ver o modo como algumas mulheres se comportam com Amora.

Yaman os leva até seus pais, porém sua mãe não disfarça sua desaprovação por Amora estar ali com ele.

— Yaman, vocês parecem um casal! – seu pai expressou, abraçando-o.

A expressão no rosto de Nadi é puro desgosto com o comentário de Ömer.

Ela vai até o filho, o beijando nas bochechas.

— Veja como Amora está linda, Nadi. – Sr, Ömer comenta alegre.

— Olá, Amora. Realmente está muito bonita. No entanto, pensei que sua companhia fosse Zeynep, meu filho! – Nadi diz num tom provocativo.

Amora fica sem jeito e Yaman fecha a sua expressão para sua mãe.

— Falando em Zeynep, olha ela vindo ali. Está tão linda como sempre. – Nadi alfineta, indo ao encontro de Zeynep.

As duas abraçasse e trocam sorrisos amigáveis, Zeynep cumprimenta a família Bozkurt.

— Olá, Sr. Ömer. Como está? – ela cumprimenta-o com um aperto de mão.

— Zeynep, estou muito bem. E vejo pelo seu semblante que também está ótima, espero que aproveite a festa.

— Obrigada, Sr. Ömer. Aproveitarei muito bem a recepção. – fala, enquanto olha para Yaman.

Ela se aproxima de Yaman, abraçando-o, contudo, ignora Amora, o que a deixa desconfortável.

— Sempre elegante, Yaman. Que tal me tirar para uma dança? – ela sai, puxando-o para se juntar aos outros casais.

Em meio à dança, Zeynep diz:

— Por que veio com essa empregadinha ao invés de mim? – o desprezo pode ser sentido em sua voz.

— Não lhe devo explicações, Zeynep. Já tivemos esta conversa. – seu semblante e desprovido de emoções.

— Você sabe que ainda te amo e que você não me esqueceu assim tão rápido – articula convencida.

— Não comece com esse sentimentalismo barato. Não tenho tempo nem paciência para isso – a irritação o deixa inquieto.

Ela pode notar a impaciência dele, no entanto não se importa.

Eles dançam lentamente como um verdadeiro casal, as pessoas cochicham sobre eles. Enquanto isso, Amora fica sentada em uma mesa, sentindo a solidão. O garçom lhe serve algumas taças do Kalecik Karasi, e por não ter costume com a bebida, ela se sente um pouco tonta a cada taça consumida. No entanto, continua no mesmo lugar, saboreando o vinho tinto, sentindo o sabor de frutas vermelhas maduras, enquanto observa o casal da festa.

Amora não consegue entender porque seu coração arde em desespero desde o momento que colocou seus olhos sobre ele, ela apenas balança a sua cabeça em desaprovação.

Nadi deixa seu marido conversando com os convidados e senta-se ao lado de Amora.

— Desde que chegou aqui, observei o seu deslumbre por Yaman. – Nadi menciona, enquanto observa o casal iniciar mais uma dança. – Ele não é para você, Amora. Se está lhe tratando bem, foi porque o Sr. Ömer pediu a ele.

— Não sei do que está falando, Sra. Nadi. – Amora diz, sem expressar qualquer emoção que lhe denuncie.

— Meu filho tem muitos atributos, e vocês não pertencem ao mesmo lugar. Yaman faz um belo casal com Zeynep, e assim deve continuar! – Nadi avisa, levantando-se e saindo, deixando Amora novamente sozinha.

A dança termina, e Zeynep arrasta Yaman para longe da festa. Amora, percebendo para onde foram, decide segui-los para informar que está saindo da festa, pois quer descansar. No entanto, ao se aproximar deles, ela escuta Zeynep dizer:

— Yaman, você deve mandar essa empregadinha embora, pois não a quero perto de você. – expressa aborrecida, sentindo ciúmes de Amora com ele.

— Deixe de escândalos. Não a quero para mim, como você acabou de mencionar. Ela é apenas uma de minhas funcionárias, uma pobre coitada que meu pai está ajudando, senão ela estaria na rua a essa hora. – Ele responde, sem emoção, não pensou em medir as suas palavras.

O coração de Amora se parte ao meio com as palavras proferidas por Yaman. Amora nunca pensou que sua presença fosse tão incomoda para ele, e agora pode sentir isso através das palavras soltas por ele.

Sigue leyendo en Buenovela
Escanea el código para descargar la APP

Capítulos relacionados

Último capítulo

Escanea el código para leer en la APP