Diante do olhar penetrante de Yaman, Amora sentiu-se mais vulnerável do que o normal. Era como se ele pudesse enxergar a sua alma de um modo que nenhuma outra pessoa conseguiria. Amora odiava aquilo, odiava sentir-se frágil em sua presença."Ele não deveria me olhar assim!" pensou Amora, enquanto tentava disfarçar. "Me sinto tão nua em sua presença presunçosa!"Olhando para a sua xícara, um pouco triste, ela murmurou para si mesma: "Por que raios quero ser consolada por ele? Sou uma garota boba mesmo, esse homem jamais irá me amar!"Amora continuava pensando consigo mesma: "Essa beleza, tudo que ele tem, deve atrair várias mulheres além dessas paredes! Porém, não as culpo. Deve ser fácil se apaixonar por esses cabelos negros e bem-sucedido."Amora foi tirada dos seus pensamentos quando a voz grave e rouca de Yaman chamou a sua atenção.— O que você disse? — pergunta, dando atenção a ele.— Lhe chamei para irmos à sala. Deixei alguns cobertores no sofá. Enquanto você se aconchega, po
Ao amanhecer, Yaman abre seus olhos lentamente, lutando contra a dor pulsante em sua cabeça causada pela garrafa de Macallan consumida na noite anterior. Cada movimento parece uma batalha árdua, e ele se sente pesado e cansado. Com dificuldade, ele tenta se mover, seus membros protestando contra o esforço. Aos poucos, ele volta à realidade e olha para o lado, encontrando Amora enroscada em seu corpo grande. Ela parece tão serena, como se estivesse em paz, e isso traz um pequeno lampejo de calma ao seu coração atormentado. A presença dela ao seu lado parece um bálsamo para sua alma ferida, um refúgio seguro em meio ao caos que sua vida se tornou. Ele se move lentamente, cuidadoso para não perturbar o sono tranquilo de Amora. Com delicadeza, ele se senta na beira da cama, suas mãos gentis encontram o rosto dela, como se buscasse conforto em meio às incertezas que o consome por dentro. Sentindo a necessidade de um breve momento de paz, Yaman se levanta com determinação e segue para o
Yaman subiu as escadas rumo ao seu quarto, mas não esperava encontrar Amora apenas de Külot (calcinha), admirando-se diante do enorme espelho fixado na parede."Sen sadece külot giyerken çok güzelsin," sussurrou ele para si mesmo, admirando sua esposa. (Você fica muito bonita só de calcinha).A toalha enrolada em sua cintura começou a ficar desconfortável, sua protuberância aumentou instantaneamente, tornando-se rígido. Distraída, Amora não percebeu Yaman observando-a pela brecha da porta. Ela virou-se e dirigiu-se ao closet dele, procurando algo confortável para vestir, já que havia perdido suas roupas.Yaman teve um pensamento repentino e logo saiu, retornando à sala. Pegou o celular e discou um número familiar.— Preciso dos seus serviços! — ele disse com tom exigente — Venha para o meu apartamento.— Irei organizar minha equipe e estarei chegando até o Sr. no máximo em uma horas.— Enviarei as medidas dela. Quero as melhores peças que você tem: vestidos, bolsas, sapatos. Você sab
No crepúsculo da noite, Yaman aguardava pacientemente na sala por Amora. Vestido em traje formal, ele irradiava elegância e uma aura de poder e sedução.Enquanto bebia o líquido âmbar, Macallan, o toque do seu celular o tirou do seu transe.— O que você quer? — perguntou arrogantemente.— Precisamos falar, irei até você hoje! — a voz disse, determinada ao outro lado da linha. — Não ouse me deixar de lado, desta vez você não tem escapatória.Yaman, olhando através dos vidros de seu apartamento, disse:— Não tente cruzar o meu caminho mais uma vez. — avisa em tom de ameaça, suas palavras eram mais do que um aviso.Ao ouvir os passos de Amora, ele desligou o celular, colocando-o de volta em seu bolso. Em seguida, ele se encaminhou em direção à Amora, e seus olhos brilharam ao ver quão bela Amora estava.— A sua beleza é sem igual, minha doce menina! — a voz sedutora de Yaman exala pelo ambiente.— Sempre sedutor, m
À medida que a noite avança, Yaman e Amora decidem explorar um ambiente mais descontraído. Chegando à boate Luar, localizada em uma área exclusiva de entretenimento de Ancara, no moderno bairro de Kavaklidere, conhecido por suas lojas de grife e vida noturna vibrante, eles adentram o local de mãos dadas. A batida eletrônica é envolvente e cativante, enquanto a pista de dança está lotada de pessoas envolvidas em seu próprio mundo enquanto dançam.Yaman guia Amora pelo meio das pessoas até a área VIP. Assim que entram, o garçom se aproxima, deixando as bebidas na mesinha antes de sair, deixando-os à vontade.— Nossa, este lugar é muito legal! Essas pessoas todas, nem parecem que têm alguma preocupação. — comenta Amora, observando ao redor.— É para isso que servem as festas! — responde Yaman. — Muita animação e bebidas, o restante fica lá fora.— Você sempre vai a festas? — ela pergunta, pensativa. — E que pelo seu jeito... hum, carrancudo, nem pare
Após alguns minutos sozinha na sala, refletindo, Amora entra no quarto e escuta a água do chuveiro caindo. Ela vai até o closet, pega uma mala, coloca-a em cima da cama e começa a arrumar cuidadosamente os pertences de Yaman. Ele sai do banho, enrolado em uma toalha, as gotículas de água escorrendo pelo seu corpo, fazendo com que Amora se distraia de seu objetivo.— O que está fazendo? — ele pergunta, aproximando-se dela e verificando o que há na mala.— Lhe ajudando a arrumar os seus pertences, a menos que tenha desistido de viajar. — ela continua arrumando, tentando dissipar seus pensamentos férteis.— Olha, você não precisa ficar na defensiva, é apenas uma viagem. Irei resolver algumas coisas com meu pai e logo estarei de volta. Ele está todo enrolado com problemas da empresa e precisará passar mais tempo fora daqui. — tenta explicar, mas dessa vez sua voz não é tão tranquila.Enquanto Yaman veste-se casualmente, ele reflete sobre o silêncio de Amora, e uma ideia vem à sua mente, f
Os dias arrastavam-se lentamente tornado-se poucos meses que Yaman partira. Amora mergulhou em um oceano de emoções tumultuadas, onde a raiva, a mágoa e a tristeza se misturaram em um turbilhão interno. Cada vez que seu cep telefonu (telefone de bolso) tocava, e ela via o nome dele piscando na tela, seu coração apertava-se ainda mais. Recusava todas as tentativas de contato, determinada a manter uma distância segura, mesmo que soubesse que, mais cedo ou mais tarde, ele voltaria para Ancara.Enquanto isso, o vazio em seu apartamento ecoava com o silêncio, um reflexo da tempestade emocional que se desenrolava dentro dela. Amora se pegava muitas vezes encarando o telefonu, lutando contra o impulso de atender suas chamadas ou ler suas mensagens. A solidão tornava-se uma companheira constante, mas ainda assim, ela preferia enfrentá-la a ceder à vulnerabilidade de abrir-se novamente para Yaman.Amora cuidadosamente escolhe seu traje para o passeio da tarde pelas movimentadas avenidas de An
Na cobertura de Yaman, Amora adentra a enorme sala que está na penumbra, indo em direção à escadaria.— Exigir que voltasse horas atrás, no entanto, você não me ouviu! — ele fala, aproximando-se dela.— Você não exige nada, meu marido. — responde, recompondo-se do susto que levou por causa dele.— Venha aqui, eu estava com saudades! — tenta puxá-la para ele, contudo encontra resistência da parte dela, e isso faz com que suas feições se tornem duras.— Achou mesmo que iria chegar e me encontrar pronta para você? — ela o analisa de cima a baixo, fazendo com que ele solte o braço dela.— Ainda está chateada com aquilo? Você sempre terá tudo o que quiser de mim, não precisa agir desta forma. — ele articula com as mãos, afastando-se dela.— Faça um favor para mim, apenas me deixe em paz. Não estou afim de discutir neste momento! — ela sai sem esperar por uma resposta.Amora entra no quarto apressadamente e tranca a porta. Ao tentar abri-la e constatar que Amora a trancou por dentro, Yaman