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ELLE NARRANDO

Faz uma semana que tudo aconteceu. As coisas vagarosamente estão voltando ao normal, mas vejo que minha avó está realmente triste com a morte de Parlo.

Ela pediu que eu a levasse no cemitério para deixar algumas flores. Eu a levei, é claro, e então, e a vi chorando ao ajeitar as flores em sua lápide.

— Você parecia bem apegada ao Parlo, vovó. — Ela concordou com a cabeça.

— É, filha... Eu tive só um filho de sangue, o seu pai, mas ele nunca me deu amor. Não soube o que era amor de filho até você chegar em minha vida, aos dezesseis anos, perdida e sem saber o que fazer. — Ela disse e suspirou. — Eu precisei cuidar muito de você e depois, você retribuiu cuidando de mim... E aí eu conheci o Parlo. — Ela sorriu. — Eu queria ter sido mãe de verdade daquele garoto, mas eu pari o traste do seu pai. — Ela disse. — Parlo era um menino maravilhoso, mas sozinho... Eu vou sentir falta do meu filho do coração. Uma vez ele me chamou de mãe sem querer, sabia? — Ela disse, sorrindo em m
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