04

ELLE NARRANDO

Quando Henry fez isso, o homem o atacou com um soco, e eu me soltei de Henry. Antes que o soco pudesse acertar Henry, ele segurou a mão do homem no ar e o empurrou para longe.

— Você tem certeza que quer brigar comigo? — Disse, abrindo os botões dos punhos da camisa branca e dobrando as mangas.

— Acha que eu tenho medo de um mauricinho idiota? — Respondeu, prontamente.

O homem atacou Henry, e ele começou a bater nele de volta. Henry, vestindo uma camisa branca, parecendo apenas um homem de negócios comum só que bonito, alto e forte, deu uma surra em um marmanjo vestindo camisa de time. Foi uma surra colossal. Os outros dois amigos do homem que foi espancado entraram no meio da briga, tentando segurar Henry... Mas ele deu conta dos dois, sozinho, os espancando também. Eu estava me segurando no banco, para não cair, mas vi tudo. Agora, os três marmanjos valentões estavam caídos no chão, se contorcendo de dor.

— Será que mais alguém quer levar uma surra aqui, ou eu posso ir embora? — Henry disse. Dois caras que estavam acompanhando os valentões se afastaram, com medo. — Ótimo.

Henry me segurou mais uma vez pela cintura, e começou a me levar para fora do bar. Foi nesse momento que comecei a perder a consciência, e não entender mais o que estava acontecendo.

Eu estava desmaiada, no carro de Henry. E eu não fazia ideia do que aconteceria. Quando acordei, ele estava estacionando em frente a uma mansão imensa. Ele desceu do carro e veio até o banco do passageiro, abrindo a porta.

— Consegue andar? — Questionou, mas eu mal conseguia responder.

— Ahn... — Eu tentei falar, mas não consegui.

Henry se abaixou e pegou meus braços. Ele envolveu o próprio pescoço com meus braços e seus olhos encontraram os meus, com o rosto extremamente próximo. Ele tem os olhos castanhos mais lindos que já vi.

— Se segura. Vou te carregar pra dentro. — Ele avisou. Eu apenas concordei com a cabeça.

Henry me levantou, me segurando no colo, como se carrega uma princesa. Eu encostei meu rosto em seu ombro e apaguei de novo.

Acordei com Henry me colocando em uma cama enorme. Ele tirou minhas sandálias, e depois fez menção de ir embora... Mas eu senti meu estômago revirar.

— Henry... Acho que eu vou... Vomitar... Me ajuda. — Pedi.

Ele veio até mim, com pressa, e me ajudou a levantar. Foi comigo até o banheiro, e eu me ajoelhei em frente a privada. Ele segurou meus cabelos e eu vomitei muito.

— Eles te obrigaram a beber? — Questionou. Eu apenas concordei com a cabeça. — Filhos da puta.

Depois que terminei de vomitar, eu lavei minha boca e senti minhas pernas falharem. Me agarrei nele, mais uma vez, e ele me ajudou a ir até a cama.

Quando já estava deitada, ele fez menção de ir embora de novo, e eu agarrei seu braço.

— Não. — Pedi. Eu estava apavorada, e não queria ficar sozinha. — Fica comigo, por favor. Estou com medo.

— Ninguém te fará mal aqui. — Afirmou.

— Só... Fica comigo. — Pedi, mais uma vez, completamente bêbada. Se eu estivesse sóbria, não pediria isso... Ainda mais para ele.

Ele respirou fundo e se sentou ao meu lado na cama. Concordou com a cabeça, e eu segurei sua mão. Senti meu corpo falhando de novo, e apaguei. Acordei com ele acariciando meu rosto, e ajeitando meus cabelos, mas mais uma vez, apaguei de novo. Podia sentir sua mão em minha pele do rosto, seu polegar acariciando minha bochecha e vez ou outra passando por meu lábio inferior. Eu gosto de seu toque... Parece um sonho bom.

— Henry... É você que está com a mão no meu rosto? — Eu perguntei, sem conseguir abrir os olhos.

— Sim, sou eu. Quer que eu tire? — Questionou.

Eu levei minha mão até a mão dele que acariciava meu rosto, de forma desajeitada. A segurei contra meu rosto, esperando que isso fosse o suficiente para que ele entendesse que eu queria aquele carinho.

— Fica... — Foi o que consegui dizer.

— Estou aqui. — Ele disse.

Eu apaguei, dessa vez, sem conseguir abrir os olhos por um bom tempo.

Quando acordei, não entendi onde estava. Comecei a ter flashs da noite passada, e me lembrei que um homem estava me embebedando. Quando percebi que aquela cama macia não era a minha, e vi um homem desconhecido sentado ao meu lado, eu dei um soco enorme em seu rosto, com toda força que tinha e tentei me levantar, mas ele me impediu.

— Mas que porra! — Ele disse, e começou a tentar me segurar.

Eu me debatia na cama, tentando me desvencilhar do homem que eu ainda não estava entendendo quem era.

— Me deixa ir embora! Seu hooligan filho da puta! — Gritei.

O homem pulou por cima de mim, me pressionando contra a cama, e segurando meus punhos contra a cama e me olhando muito de perto. Seu rosto estava muito perto do meu, e nossos narizes se tocaram.

— Olha pra mim, caralho! — Ele disse, em voz alta. — Abre os olhos, Elle!

Eu reconheci essa voz como uma voz boa e parei de me debater.

Ele soltou minha mão, mas não saiu de cima de mim. Eu tentava abrir os olhos, e sentia a respiração dele muito próxima a minha. Meu corpo relaxou por causa da voz dele. Ele levou a mão até meu rosto, e começou a acaricia-lo, e eu me lembrei daquele carinho. Reconheci o carinho, mas não ele, a princípio.

Sua outra mão foi apoiada em minha cintura. Ele estava tão perto... Aquele cheiro delicioso de perfume caro, eu já o senti. Quem está em cima de mim?

— Quem... — Eu ainda não conseguia falar.

— Não me reconhece? — Ele disse, com a voz calma.

Senti sua mão que estava em minha cintura, descer pela lateral de meu corpo e ele a apoiou em minha coxa. Deus, eu estou completamente excitada.

— Henry. — Sussurrei. Era o único rosto que me vinha à mente, o rosto daquele ricaço filho da puta do restaurante.

Minhas mãos não me obedeciam. Eu as apoiei nos ombros dele, e flexionei minhas pernas, o que fez com que ele se encaixasse no meio delas. Meu vestido subiu, expondo minhas coxas. A mão dele passeava por minha coxa descoberta, e ele sussurrou contra meus lábios.

— Não me provoca. — Sussurrou. Eu sentia seu hálito quente e gostoso contra meus lábios.

Rebolei embaixo dele. Eu estou bêbada, isso deve ser um sonho. Henry por cima de mim? Até parece.

— Eu quero você, Henry... — Sussurrei, contra os lábios dele.

A mão que antes estava em meu rosto, escorregou por meu corpo, passando por cima do meu seio, por minha barriga, e alcançou minha outra coxa. Ele levou o rosto até meu pescoço, passando o nariz ali. Podia sentir sua respiração, e meu corpo inteiro se arrepiava. Meu coração batia acelerado. Não sei quem estava por cima de mim, mas aquilo era muito, muito bom.

— Você tá bêbada.

De repente, ele se levantou.

Comecei a entender onde estou, ao olhar para ele: Era Henry Abel, o cara rico do restaurante. Isso começou a me acalmar. Olhei para mim mesma, e vi que estava vestida, mas meu vestido estava um pouco para cima.

— Ah, eu tô na sua casa. — Afirmei, enquanto o olhava.

Os toques, sua respiração, seu cheiro... Aquilo realmente aconteceu ou foi um sonho? Era ele? Eu não sei, ainda estou confusa por causa da bebida.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo