Diana Prince
O dia começou a escurecer tão rápido que mal percebia o que estava acontecendo ao meu redor, estava sentada na maca da ambulância que chegou poucos minutos que liguei para o 911. O paramédico que me atendia havia colocado aquele protetor térmico sobre mim.Eles faziam perguntas na qual não conseguia entender, quem dirá poder responder. Um dos policiais quando veio me fazer perguntas foi impedido pelo mulher que estava com uma pequena lanterna no meu rosto conferindo reflexos.— Ela está em choque, não responderá nada, pelo menos não agora. — Mais uma lágrima escorre por meu rosto.Sinto meu corpo tremer com medo e incertezas do que terei que fazer agora, como vou me manter.E se as pessoas que fizeram isso com o meu pai, vierem atrás de mim, serei mais uma morte que será provavelmente noticiada no Opinión News.Já consigo até ver a minha foto sendo noticiada nos telejornais, dizendo que meu pai foi encontrado morto sem as mãos, provavelmente por dever alguém. O olhar de todos em minha direção era de pena e se compadeciam com a minha perda.Uma raiva começou a crescer em meu peito pelos responsáveis do que fizeram com meu pai, mesmo que ele devesse seja quem for. Respiro fundo aquela fumacinha que saia da máscara que eles haviam me entregado.Durante a madrugada após a perícia, o corpo do meu pai foi levado para o necrotério da cidade para autopsia enquanto fui levada para a delegacia para prestar depoimentos. Os policiais queriam entender o que havia ocorrido em nossa casa.Mas não sabia de nada, apenas que meu pai devia alguns homens e o principal era o Glen Powell, entrego a minha liberdade a justiça se não foi ele que fez isso com meu pai.O resto da semana fui liberada do trabalho e pela caridade do médico com que trabalho consegui enterrar o meu pai com dignidade, pelo menos isso pude fazer ao meu pai, já que a sua segurança não estava no meu domínio. O dinheiro que muitos me entregaram para o velório me proporcionou pagar todas as despesas e principalmente limpar a cozinha com uma agência especializada que trabalha em cenas de crimes.Já tem duas semanas que estou aqui olhando para as paredes do consultório e não sai da minha cabeça que meu pai não será mais uma vítima de quem quer que seja. Eles pagarão por tira a única pessoa que se importou comigo e não me abandonou mesmo com uma vida cheia de problemas.— Diana? — Me viro em direção ao meu chefe. — Virá um cliente mais tarde, ele acabou de agendar comigo, então as 15h você pode ir!Olho para o meu chefe sem entender o motivo de me liberar mais cedo, Dr. Ryan não é o tipo de homem cretino que trai a mulher, então não acredito que seja um caso extraconjugal.— Não tenho motivos para sair mais cedo, doutor, farei meu horário normal. — Digo e percebo que ele fica inquieto.— Vá passear no shopping, mas realmente não pode estar aqui. — Seu olhar estava assustado, olho com cautela para ele.— Aconteceu algo? — Insisto.— Sim, estou fazendo isso para lhe manter segura, apenas me obedeça, tudo bem? — Ele pede se abaixando ao meu lado e segurando em minha mão.— Posso não ser seu parente, mas você merece ter uma vida tranquila e não atormentada, se pude daria a você a vingança que deseja. — Uma lágrima escorre por meu rosto, fecho os olhos quando ele seca uma que rolou por minha bochecha.— Tudo bem, em meia hora estarei saindo. — Ele abre um sorriso e se ergue novamente.Recolho minhas coisas e deixo tudo pronto para o tal paciente que iria ser atendido por meu chefe. Quando deu o horário mandei uma mensagem para não atrapalhar o seu último atendimento e sai do consultório.Resolvi fazer o que ele me disse, ir para o shopping, caminhar um pouco para não pensar no que estava acontecendo, a atendente da lanchonete do outro lado da rua acena para mim e me chama com a mão. Olho para os dois lados e atravesso para ir falar com minha colega.Entro na lanchonete de braços dados com a minha colega que me puxa para um abraço e logo sou cercada por todos os atendentes e o próprio gerente.— Pensávamos que nem fosse voltar a trabalhar esse mês, Diana, como você está querida? — Via a curiosidade de todos em seus rostos.Por uma semana meu rosto estava estampando os jornais me descrevendo como a infortunada por encontrar o pai com um tiro na cabeça e sem as duas mãos.Acabo sentando em uma das cadeiras que dava a possibilidade de olhar quem entrasse no consultório. Olho para o relógio que estava na parede e já eram 15 h. O tal paciente chegaria a qualquer momento, mantenho uma conversa tranquila com todos e decido ficar ali para um lanche para observar quem entraria.Quando ia dar uma segunda garfada no doce de chocolate que estava na minha frente, vejo Greg, um aluno da minha escola de uma série inferior à minha, acompanhado de um homem um pouco mais alto que ele. Largo a sobremesa que estava comendo e começo a ver a entrada dos dois no consultório.Alguns dias atrás, Ryan e a namorada me deram uma pequena arma para me defender de qualquer coisa que acontecesse comigo, durante a minha volta para casa e seu pedido de ir embora me deixou em alerta.Percebo que estão somente os dois, olho para a colega que estava o meu lado tentando me fazer um pouco mais feliz, mas nesse momento não me importo se serei presa ou não, eles me devem a vida da pessoa que mais amo.Nunca fui uma garota medrosa, muito pelo contrário sou ousada e destemida, apenas fiquei paralisada ao ver meu pai em uma situação que me tira as palavras, nunca irei me esquecer de como o encontrei naquela mesa.— Droga, gente, esqueci as chaves de casa, precisarei voltar lá no consultório. — Digo terminando a minha sobremesa e me despedindo de todos.Saio da lanchonete e atravesso a rua correndo, entro no consultório sem fazer barulho e vejo que eles estavam no consultório. Podia ouvir as vozes alteradas de Ryan.— Ela não está aqui, Diana trabalha apenas meio período e hoje ela saiu mais cedo… — O som de impacto me assusta.Retiro a arma de minha bolsa e tento fazer o mínimo de barulho possível.— Sabemos que ela deveria estar aqui, meu pai tem planos para aquela garota… — Ouço um soco contra a mesa, talvez.— Vocês pegaram a minha mulher, acha mesmo que não entregaria aquela garota? — Jesus, será mais um problema?Teve a sua chance, podem matar. — Me aproximo da porta do consultório e ouço o disparo.Coloco a mão nos lábios e Ryan começa a chorar, provavelmente eles estavam dando a ordem por telefone para alguém, mas ninguém morrerá devido ao meu pai.Entro no consultório com a arma engatilhada, dou um disparo na cabeça de Greg, o grandão assustado não teve tempo de sacar a arma, dei um tiro de raspão em seu pescoço, foi o suficiente para que caísse no chão, me aproximo e me agacho na sua frente.Olho em seus olhos e ali não havia medo, via que ele parecia admirado. Provavelmente deve ser isso, a pequena órfã que acabou de matar os responsáveis pela morte do pai. Não fugirei das consequências que isso me causará, até porque meu pai me ensinou a ter coragem de assumir as consequências de meus atos.Ergo a arma para o grandalhão e coloco a arma próximo ao seu cranio.— Boa sorte com o Glen… — Não deixo que ele termine de falar.O disparo oco inunda o ambiente, olho para o médico que estava em choque com tudo o que ele estava vendo ali na sala do seu consultório.— Você precisa ir embora, tem que fugir daqui Diana. — Ergo meu corpo e caminho até a mesa do médico e deixo a arma ali.— Não, assumirei o que fiz, ligue para a polícia. — Digo com um sorriso tranquilo.Ele parecia consternado e via em seu olhar que não achava o certo a minha decisão, então tomei a atitude.911: Boa tarde, qual a ocorrência?Diana: Matei os responsáveis pelo assassinato do meu pai.Deixo o telefone com a atendente na linha e vou para o lado de fora e me sento uma última vez na cadeira que trabalhei pelo último ano na esperança de conseguir dinheiro suficiente para poder ingressar em Harvard.Pena que pessoas esquecidas, como eu, não tem a oportunidade de sentir as bençãos que Deus prepara a cada um.Diana PrinceDo tempo que liguei para o 911, as viaturas não demoraram mais que cinco minutos para chegar ao consultório, Ryan, mesmo em choque, se agachou na minha frente e implorava para fugir e não iria fazer isso.Mesmo agindo de forma errada como conduzi, darei orgulho ao meu pai assumindo as minhas responsabilidades. Sei que quando as notícias chegarem até o Gleen ele encomendará a minha morte onde quer que esteja.Ou seja, é questão de tempo para estar morta.Toquei no rosto do médico que foi o único que me deu uma oportunidade de ter meu próprio dinheiro, estava grata a tudo o que ele fez por mim durante os últimos anos, mesmo não sendo responsabilidade dele. Acho que a única coisa que poderia pesar contra ele é o fato da arma estar em seu nome.Quando os policiais saíram do consultório e constataram a morte dos dois homens, olharam para mim com pena. Mas meu pai sempre disse.“Não importa como eles te olhem, erga a cabeça e sinta orgulho de quem é”Nesse momento sou a garota
Pete MitchelEstava quente usando todos os equipamentos, a porra daquele colete começava a me sufocar e ainda por cima tínhamos que aguardar as ordens que o capitão não liberava. Estar em mais um estouro de fábrica de metanfetamina é algo que se tornou corriqueiro aqui em Cambridge.Ouço pelo comunicador a permissão para invadir e logo em seguida silêncio de rádio, olho para os meus companheiros e entramos no apartamento onde havíamos recebido a informação que Glenn mantinha a sua fabricação de entorpecentes.Assim que estouramos a porta e entramos no cubículo, sem iluminação direta, fomos recebidos por tiros, me abaixo e dou alguns disparos neutralizando o idiota que estava com uma máscara provavelmente para não inalar o que estava produzindo. Mas o inevitável acontece, um garoto com menos de dez anos, surge na porta e acaba sendo atingido por um disparo.Após as investigações o disparo que acertou a garoto saiu da arma do meu parceiro e como equipe todos fomos punidos pela corporaç
Diana PrinceCinco anos, oito meses, dezoito dias e cinco horas.É o tempo exato que perdi a minha liberdade por agir da minha forma e não esperar uma solução da polícia. Mas se olhar por esse angulo, até hoje o caso do meu pai ainda não conseguiu uma solução, mesmo que todos saibam que o responsável é Gleen Powell.Minha intenção é conseguir concluir meus estudos, por muita sorte consegui ótimas notas e ainda tenho a possibilidade de terminar algumas matérias que são necessárias estar em uma sala de aula.O estado liberou uma carta de recomendação e tentarei usar para entrar em Harvard e tenho certeza que com todas as cartas de meus antigos professores e principalmente dos mestres que me instruíram enquanto estava encarcerada possa ser o suficiente para me garantir uma vaga.Estava pegando a bolsa com meus pertences quando senti a estática com a proximidade com outra e quando ergo o olhar me deparo com os olhos escuros e desconfiados na minha direção. Olho para a sua mão tentando peg
Pete MitchelRealmente Diana Prince é linda. Uma pena que estamos em lugares opostos da lei, mesmo que ela tenha feito a sua escolha por conta de sua raiva que estava tão latente dentro dela. O que não justifica perder a fé na justiça, mesmo quando ela caminha a passos de tartaruga.Sigo com o meu carro logo atrás do tal homem chamado Ryan, por algum motivo senti um pouco mais de tranquilidade quando vi que o homem tem a idade para ser o pai dela e não alguma conquista. O que não faz sentido.Estaciono o carro atrás do dele e vejo que paramos em frente a casa onde ela morava, enquanto ela não desce do carro fico olhando pelos espelhos na procura de ter alguém nos seguindo, porque tenho certeza que Glenn fará algo para chegar perto dela.E isso não permitirei, ele não tocará na minha missão, ele já fudeu uma, não aceito que ele interfira em outra minha e tenho certeza que os homens prejudicados pelo que ele causou não se importam de fazer um serviço extra para fuder a vida dele.Não fi
Diana PrinceNão sei em que momento pude pensar ser o certo em ficar na casa do meu agente da condicional, mas apenas o jeito como a mulher do Ryan me tratou me fez ficar com um pé atrás em realmente aceitar em ficar com eles.Mas entre ficar sozinha em um campus e machucar pessoas inocentes, a ficar com o Pete, fiz a escolha que me pareceu mais adequada, pelo menos naquele momento.No carro ao lado do meu agente o perfume dele me deixou enebriada, era impossível não sentir aquela tensão que criou entre nos dois desde a hora que nos conhecemos no presídio. E o desgraçado sabia o quanto estava sendo afetada com a sua presença.Não posso negar que Pete Mitchel é um homem muito charmoso e sexy de uma forma que nunca imaginei me sentir atraída, até porque imagino que ele deva ter a idade do meu pai. Olhando bem para ele vendo seus cabelos grisalhos balançando com o vento que batia em nossos rostos.Um sorriso de canto apareceu no seu rosto, provavelmente por ele perceber que estava olhand
Pete MitchelQuando a minha vizinha atrapalhou a minha conversa com a Diana, por um momento senti a raiva subir e por algum milagre não mandei a mulher para o mais longe possível. Segurar na mão da Diana e a puxar de encontro o meu corpo foi algo que me deixou excitado, isso é algo que não consigo entender o motivo e principalmente porque estou tão atraído por essa mulher.Queria muito me aproximar dela e tentar beijar como iria fazer antes que a minha vizinha surgisse e atrapalhasse a minha aproximação. Mas quando chegamos no andar de cima e passamos pelo quarto que era da minha irmã senti um desconforto enorme e apenas me afastei.Sai do quarto para que Diana pudesse tomar um banho e relaxar um pouco antes que nosso jantar ficasse pronto. Desço as escadas e passo pelos porta-retratos e olho para as fotografias que tinha espalhada pela casa.Minha irmã e meu cunhado estavam em várias fotos ao meu lado em algumas espalhadas pela sala. Minha irmã faleceu alguns meses após casada, ela e
Diana PrinceNão era a minha intenção estar agora nos braços do meu agente da condicional, mas quando ele entrou no quarto e me viu chorosa apenas por estar grata por poder ter um chuveiro apenas para mim e com produtos de higiene de boa qualidade, fez o homem em baixo de mim tentar me consolar.Não tenho porque negar que também não desejava que ele me tomasse como fez, estar presa nos últimos quase cinco anos me fez amadurecer de uma forma que duvido muito que seria assim se estivesse em liberdade. Vi coisas lá dentro que me assombram sempre que vejo algo semelhante.Enquanto a minha mente divaga entre as inúmeras possibilidades que poderiam ter acontecido comigo se não tivesse feito o que fiz. Porém, a minha realidade é outra, estou aqui, presa ao homem que estava fazendo carinho em minhas costas, sorrio sentindo o cheiro másculo que ele exalava, era como se um sentimento protetivo houvesse acabado de nascer naquele momento.Mas não posso me envolver sentimentalmente com ele, até po
Pete MitchelSem chance depois que transamos que não iria dormir com ela em meus braços, não posso negar que a fama da garota que matou a única família do homem que parece causar temor na polícia local, aguçou a minha curiosidade e principalmente a vontade de conhecê-la melhor.Não imaginava que em nossa primeira noite junto iria acontecer algo como aconteceu e ainda mais que ela se entregaria a mim da forma como ocorreu. Longe de mim dizer que não gostei em saber que havia deixado a minha marca nela, era o que sempre quis fazer em uma mulher minha.Nunca tive coragem de transar sem preservativo com qualquer mulher, sempre usei preservativo, mas quando a senti me aquecendo e apertando o meu pau, céus como adorei aquela sensação.Acordo primeiro que a morena que estava em meus braços e por algum milagre ela parecia relaxada, não sentia as minhas mãos apertando o seu seio, não nego que adoraria me afundar nela novamente, mas tenho que estar na corporação cedo.Saio da cama lentamente e