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07- Diana Prince

Diana Prince

Não sei em que momento pude pensar ser o certo em ficar na casa do meu agente da condicional, mas apenas o jeito como a mulher do Ryan me tratou me fez ficar com um pé atrás em realmente aceitar em ficar com eles.

Mas entre ficar sozinha em um campus e machucar pessoas inocentes, a ficar com o Pete, fiz a escolha que me pareceu mais adequada, pelo menos naquele momento.

No carro ao lado do meu agente o perfume dele me deixou enebriada, era impossível não sentir aquela tensão que criou entre nos dois desde a hora que nos conhecemos no presídio. E o desgraçado sabia o quanto estava sendo afetada com a sua presença.

Não posso negar que Pete Mitchel é um homem muito charmoso e sexy de uma forma que nunca imaginei me sentir atraída, até porque imagino que ele deva ter a idade do meu pai. Olhando bem para ele vendo seus cabelos grisalhos balançando com o vento que batia em nossos rostos.

Um sorriso de canto apareceu no seu rosto, provavelmente por ele perceber que estava olhando para o seu rosto, mas não planejo desviar, eu sustento a minha curiosidade assim como sustento as consequências sobre minhas escolhas.

O olhar dele encontra o meu e por algum motivo olhei para os seus lábios e desejei sentir o gosto de saber como é ser tocada por um homem maduro como ele.

Minha primeira experiência não foi nada tão magico e gratificante, era jovem e meu namorado na época era totalmente sem experiência, então acabei apenas sentindo dor. Depois daquela tentativa nunca mais estive como mais ninguém e estar presa não ajudou muito para que aumentasse o meu conhecimento sexual.

— O que está pensando Diana? — Sua pergunta me deixa envergonhada.

Não admitirei que acabei de pensar na possibilidade de que ele possa ser um candidato para me dar um pouco de prazer. Ele é um homem bonito…

— Na verdade, estou pensando nas possibilidades de ficar no Campus, posso usar a oportunidade de conhecer outras pessoas! — Noto quando ele aperta o volante com um pouco mais de força.

— Caso queira deixo você lá agora. — Sorrio ao perceber o quanto ele ficou incomodado com o que disse.

— Hoje não, quero conhecer melhor o meu agente da condicional, vai saber as possibilidades. — Dou de ombros e volto a olhar a paisagem que passava pelo carro.

Percebo que durante os cinco anos que passei presa algumas coisas mudaram pela cidade, outras continuam da mesma forma.

— Você sempre trabalhou com isso Pete? — Pergunto depois de um tempo em silêncio.

— Não, já fui líder de um esquadrão de elite… — Olho na sua direção e o vejo descansando a cabeça na janela enquanto dirige apenas com uma mão.

— Não precisa contar caso não queira. — Digo preocupada com a história possa ser difícil.

— Na verdade, não tem nada de mais, apenas tem um fato parecido com a sua. — Viro meu corpo ainda mais em sua direção e sinto quando o carro faz uma curva um pouco mais fechada. — Conto em casa, chegamos.

Paramos em frente a uma guarita e Pete me apresenta para o vigia e entrego o meu documento para que ele me cadastre como uma moradora, fico um pouco sem jeito e sorrio para o Pete e por algum motivo gostei da forma como ele me olhou outra vez.

Ele põe o carro em movimento outra vez e paramos em frente a uma casa de dois pisos, com sua fachada em vidro com cortinas do teto ao chão, a casa não tinha cercas e nem muros para demarcar a propriedade, pelo menos não na frente. Quando ia abrir a porta sinto uma mão em minha coxa e aquela estática corre novamente no meu corpo.

— Adoraria que me deixasse ser cavalheiro, sou um homem que gosta de cuidar e mesmo que não haja nada entre a gente, adoro abrir as portas e pagar as contas. — Olho para o homem na minha frente e seguro uma risada.

— Tudo bem senhor Mitchel! — Digo com um sorriso de canto e fico olhando enquanto ele sai do carro e caminha em direção a minha porta.

Espero que ele faça o que precisa e por algum motivo deixo que ele segure em minha mão e me ajude a sair do carro. Minha respiração se acelera quando nossos olhares se encontram, um desejo de que ele me pressione contra a lataria da sua SUV me faz apertar as pernas com a tensão que acabou de surgir entre nos dois.

O brilho em seu olhar mostra que ele parece tão afetado como estou nesse momento, sustento o seu olhar e sinto a sua aproximação do meu corpo, seu calor começa a me deixar excitada e não consigo negar a mim e pelo jeito como ele me olha sabe muito bem o quanto a sua aproximação me afetou nesse momento.

— O que… que… — Não consigo completar a frase, meus olhos estão presos nos seus lábios e me sinto intimidada com a sua presença.

Mas mesmo assim desejo que ele se aproxime ainda mais de mim, sua mão vai até o meu queixo e ergue o meu olhar para encontrar os dele, para a minha surpresa ele me prende na lataria do seu carro, minha respiração se descompassa só de pensar que ele está fazendo o que ainda pouco desejava.

— Quietinha, sei que está sentindo o mesmo! — Ele fala e sua aproximação se torna cada vez mais lenta.

Antes que ele pudesse tocar em meus lábios, percebemos uma aproximação atrás do carro que faz com que o Pete se afaste e o clima sexual que havia surgido se disperse entre nós. Viro o corpo em direção à pessoa que se aproxima para falar com o homem na minha frente e fico constrangida e um tanto irritada quando uma mulher aparecer com uma travessa nas mãos.

— Boa noite, preparei uma torta para você, espero que goste Pete! — Dou alguns passos para trás deixando ele tratar com a sua vizinha.

Quando a mulher olha para mim, vejo a careta que ela faz ao se aproximar do meu agente da condicional. Ele mesmo não aprece muito empolgado com a intromissão que ela acabou de causar.

Ele suspira irritado e caminha até onde a mulher inconveniente estava, me viro e abro a porta de trás do carro para pegar a bolsa onde está alguns pertences, o que me faz pensar que preciso comprar roupas e produtos de higiene. O que tinha no presídio era o básico do básico, já que o Ryan construiu uma renda para mim, amanhã aproveitarei para ir às compras.

Pego a minha bolsa e tento não escuta a vizinha que está na cara que quer transar com o Pete, ela oferece a ele a torta, mesmo ele tentando recusar não consegue se livrar da mulher que se aproxima dele. Acho até divertido, mas estou cansada e quero muito um banho e conhecer a casa do meu agente.

— Tenho que ir, tenho certeza que Diana está cansada e quero mostrar a casa a minha convidada! — Me viro na direção do casal e me surpreendo quando ele pisca e sorri para mim.

— Desculpe, não quero incomodar os seus planos… — Pete se afasta da mulher e segura a minha mão, me puxando em direção ao seu corpo.

Não consigo evitar e olho com sarcasmo para a mulher que estava gritando para o meu agente comer ela. Mal sabe ela que se não tivesse interrompido provavelmente estaria nesse momento sendo beijada pelo homem que estava segurando a minha mão com força.

— Então boa noite, vamos querida? — O safado ainda faz questão de constranger a mulher mostrando o quanto ela é inconveniente.

— Claro estou cansada e adoraria um banho! — Digo olhando para os olhos escuros do homem que me puxou para mais perto.

O olhar irritado da mulher em minha direção quase me tira uma gargalhada, mas não me abalo com a sua postura. Finalmente conseguimos nos livrar e Pete me leva para a sua casa.

Entramos pela porta 1019 pintada de azul-escuro, a bandeira da América estava hasteada em símbolo a sua pátria, ao entrar na sala noto que a decoração é quase toda monocromática, não havia cores ali, apenas cinza e branco por toda a sala.

Pete caminha até a escada e me chama para segui-lo, um pouco envergonhada caminho logo atrás dele e um silêncio tranquilo e confortável surge entre a gente, é como se ele soubesse que ainda existe muita coisa para lidar em minha cabeça e compreender o que realmente está acontecendo ao meu redor.

— São quatro quartos, o meu é o do fim do corredor, acho que gostará desse aqui! — Ele para em frente a uma porta e abre lentamente para que eu possa entrar.

Entro no quarto e me surpreendo em saber que aquele quarto em específico tinha mais cores que pelo menos a sala que era muito escura. A cama de casal tinha uma colcha florida e algumas coisas em uma penteadeira, fico um pouco ansiosa de quem pertence aquelas coisas.

— De quem é esse quarto? — Pergunto olhando para o homem que passa a mão por sua barba.

— Já foi de alguém, hoje é apenas mais um quarto em minha casa, espero que se sinta a vontade, estarei lá embaixo preparando algo para comer. — Ele diz e pelo seu olhar irritado acho que toquei em algo que o deixou um pouco nervoso.

Mas agora quero apenas tomar um banho e vestir algo confortável e descobrir se ele é um bom cozinheiro.

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