Diana Prince
Cinco anos, oito meses, dezoito dias e cinco horas.É o tempo exato que perdi a minha liberdade por agir da minha forma e não esperar uma solução da polícia. Mas se olhar por esse angulo, até hoje o caso do meu pai ainda não conseguiu uma solução, mesmo que todos saibam que o responsável é Gleen Powell.Minha intenção é conseguir concluir meus estudos, por muita sorte consegui ótimas notas e ainda tenho a possibilidade de terminar algumas matérias que são necessárias estar em uma sala de aula.O estado liberou uma carta de recomendação e tentarei usar para entrar em Harvard e tenho certeza que com todas as cartas de meus antigos professores e principalmente dos mestres que me instruíram enquanto estava encarcerada possa ser o suficiente para me garantir uma vaga.Estava pegando a bolsa com meus pertences quando senti a estática com a proximidade com outra e quando ergo o olhar me deparo com os olhos escuros e desconfiados na minha direção. Olho para a sua mão tentando pegar a alça e espero que ele largue para poder pegar meus pertences.— Podemos ficar aqui o dia todo, por mais que seja uma condenada ainda sou cavalheiro. — Ele diz com certa arrogância.Olho para a agente do outro lado do balcão e a vi babando em cima do idiota ao meu lado, concordo que ele até tem seu charme, mas é velho demais para mim, se olho com cuidado deve ter a idade do meu finado pai.— Boa sorte, Diana. — Ouço a policial falar suspirando.Pete percebe, até porque tenho certeza que ele não é nenhum idiota, noto quando ele pisca para a agente e reviro os olhos caminhando em direção à saída.Sair pela porta principal do presídio é um sentimento tão estranho, da entrada podia ver que havia jornalistas e Ryan estava ali, com um sorriso enorme no rosto com um buquê de rosas vermelhas. Olhar para o céu sem nenhuma barreira me deu uma certa alegria que fez meus olhos marejarem.Tudo parecia tão diferente, o ar mais limpo, a luz tão mais clara, o espaço enorme sem barreira. Tudo isso é uma coisa que normalmente não damos valor.Liberdade tem um gosto totalmente diferente após cinco anos presa. Espero Pete terminar de flertar com a policial e caminho lentamente para que ele me alcance. Faltando menos de dez metros para me aproximar do Ryan já estava com os olhos cheios de lágrimas.Assim que as portas se abrem para a minha saída, saio correndo em direção ao último homem que sempre esteve ao meu lado, que cuidou de mim durante todo o tempo que estive reclusa. Manteve a minha casa cuidada e alugada para gerar uma renda para manter o meu sonho ou até mesmo a mim.Corro na sua direção e sinto os braços dele circulando o meu corpo e sinto o beijo em minha bochecha e o olhar carinhoso de sempre está ali, enquanto secava minhas lágrimas.— Finalmente livre Diana. — Choro ao concordar com meu antigo chefe.Antes que pudesse falar algo, mas sinto a presença enorme de Pete atrás de mim, era como se ele tentasse nos levar em direção algum lugar.— Aqui não é seguro, lembre-se, estão querendo matá-la. — Reviro os olhos e Ryan me olha feio.Algo tão parecido como meu pai e me recordo com carinho de cada uma das vezes que meu pai brigou e me repreendeu por algo que havia feito.Mas ele estava certo, não posso dar margem para que o Gleen encontre uma brecha para me matar. Na verdade, sou eu que preciso encontrar uma forma de incriminá-lo e tenho certeza que conseguirei fazer isso de alguma forma. Falta apenas descobrir como farei para me afastar de Pete.Entro no carro do Ryan e observo o que Pete irá fazer e por algum motivo me senti incomodada por ele não insistir que fosse com ele. Fico olhando ele caminhar até o lado do motorista e nos dizer que acompanhará de perto para saber onde é a casa do meu ex-chefe.— Sua casa está linda, Diana, mantive alugada já que passará a morar comigo, quero apresentar você a minha noiva. — Olho para ele e sorrio com a novidade.Sabia que ele estava se relacionando há uns dois anos com a psicóloga que ele conheceu depois de toda a confusão que aconteceu em seu consultório, foi apenas questão de tempo ver que eles combinavam mais do que imaginavam.Ryan foi atencioso e me levou até a frente de minha casa, não iria sair do carro até porque estávamos desconfiando que estamos sendo seguidos por jornalistas. A frente da casa estava cheio de flores e havia duas crianças brincando no pequeno quintal gramado se divertindo entre as suas brincadeiras inocentes.Olhar para a mesma porta que a última vez que abri, encontrei o meu pai de uma forma que odeio lembrar me trouxe uma onda de tristeza que não era o que esperava naquele momento. Era para ser um lugar com boas recordações, Ryan percebe e coloca o carro em movimento e quando mesmo percebo estávamos em frente a casa germinada com pequenas flores na jardineira embaixo da sua janela.Antes mesmo que pudesse abrir a porta para sair do carro, sou surpreendida por um homem enorme abrindo a porta e estendendo a mão para me ajudar a sair. Olho para o Ryan que sorri e dá de ombros antes que ele mesmo saia do carro.Estendo a mão para o homem que estava sendo gentil em minha frente, aceitando a sua cordialidade. O seu olhar parecia tão tranquilo que apenas sorri para ele aceitando.Novamente, quanto toquei na sua mão, aquela eletricidade correu por toda a minha pele, chamando a nossa atenção e foi impossível não olhá-lo em seus olhos negros, notei o quando ele ficou surpreso com essa eletricidade que surgiu entre nos dois nesse momento.Seu dedo massageou o dorso da minha mão com tanta delicadeza que me encantei com o seu jeito carinhoso. Um sorriso sem-vergonha surge no seu rosto e só então percebo que o desgraçado estava flertando comigo.— Sinto muito senhor Mitchel, mas acredito que não faço o seu tipo. — Digo, ao Don Juan na minha frente.— Como pode saber? — Ele pergunta sorrindo.Deixo-o falando sozinho enquanto olho para o Ryan que pega a minha bolsa e caminha em direção à porta da sua casa. Me afasto do idiota do meu agente da condicional, se ele acha que apenas por passar os últimos cinco anos presa, ele me colocara na sua cama, está muito enganado.— Senhorita temos que conversar sobre como será os seus horários e como faremos para prestar conta comigo. — Me viro na sua direção irritada e cruzo os braços na altura do peito.— Ok, vamos nos entender senhor Pete Mitchel, consegui pela graça de Deus a permissão para estudar fora daquele lugar. — Digo mantendo nossos olhares conectados. — Não estou propensa a um relacionamento, nem que seja apenas sexo casual, senhor Mitchel, quero apenas concluir meus planos e projetos.Noto um sorriso no rosto dele e vejo que ele ficou satisfeito com o que eu disse, mas uma mão no meu ombro chama a minha tenção.— Aqui fora estão chamando atenção, que tal entrarem e se matarem lá dentro? — Ryan diz assim que aponta para algumas câmeras que nos fotografavam.Quando Pete olha na direção, constato o quanto ele se irritou, põe uma mão na base da minha coluna e me conduz por onde o Ryan entra. Somos recebidos por uma mulher que conhecia apenas por fotos e percebo a felicidade dela ao me ver.Seus abraços mesmo um pouco mais contidos me deixou confortável e ainda mais vendo o quanto eles estavam felizes juntos.— Acha que agora podemos conversar? — Ouço Pete falando baixinho ao meu lado.Acho que não conseguirei fugir dele, é melhor saber o que ele tem para me dizer antes que ele me enlouqueça.Pete MitchelRealmente Diana Prince é linda. Uma pena que estamos em lugares opostos da lei, mesmo que ela tenha feito a sua escolha por conta de sua raiva que estava tão latente dentro dela. O que não justifica perder a fé na justiça, mesmo quando ela caminha a passos de tartaruga.Sigo com o meu carro logo atrás do tal homem chamado Ryan, por algum motivo senti um pouco mais de tranquilidade quando vi que o homem tem a idade para ser o pai dela e não alguma conquista. O que não faz sentido.Estaciono o carro atrás do dele e vejo que paramos em frente a casa onde ela morava, enquanto ela não desce do carro fico olhando pelos espelhos na procura de ter alguém nos seguindo, porque tenho certeza que Glenn fará algo para chegar perto dela.E isso não permitirei, ele não tocará na minha missão, ele já fudeu uma, não aceito que ele interfira em outra minha e tenho certeza que os homens prejudicados pelo que ele causou não se importam de fazer um serviço extra para fuder a vida dele.Não fi
Diana PrinceNão sei em que momento pude pensar ser o certo em ficar na casa do meu agente da condicional, mas apenas o jeito como a mulher do Ryan me tratou me fez ficar com um pé atrás em realmente aceitar em ficar com eles.Mas entre ficar sozinha em um campus e machucar pessoas inocentes, a ficar com o Pete, fiz a escolha que me pareceu mais adequada, pelo menos naquele momento.No carro ao lado do meu agente o perfume dele me deixou enebriada, era impossível não sentir aquela tensão que criou entre nos dois desde a hora que nos conhecemos no presídio. E o desgraçado sabia o quanto estava sendo afetada com a sua presença.Não posso negar que Pete Mitchel é um homem muito charmoso e sexy de uma forma que nunca imaginei me sentir atraída, até porque imagino que ele deva ter a idade do meu pai. Olhando bem para ele vendo seus cabelos grisalhos balançando com o vento que batia em nossos rostos.Um sorriso de canto apareceu no seu rosto, provavelmente por ele perceber que estava olhand
Pete MitchelQuando a minha vizinha atrapalhou a minha conversa com a Diana, por um momento senti a raiva subir e por algum milagre não mandei a mulher para o mais longe possível. Segurar na mão da Diana e a puxar de encontro o meu corpo foi algo que me deixou excitado, isso é algo que não consigo entender o motivo e principalmente porque estou tão atraído por essa mulher.Queria muito me aproximar dela e tentar beijar como iria fazer antes que a minha vizinha surgisse e atrapalhasse a minha aproximação. Mas quando chegamos no andar de cima e passamos pelo quarto que era da minha irmã senti um desconforto enorme e apenas me afastei.Sai do quarto para que Diana pudesse tomar um banho e relaxar um pouco antes que nosso jantar ficasse pronto. Desço as escadas e passo pelos porta-retratos e olho para as fotografias que tinha espalhada pela casa.Minha irmã e meu cunhado estavam em várias fotos ao meu lado em algumas espalhadas pela sala. Minha irmã faleceu alguns meses após casada, ela e
Diana PrinceNão era a minha intenção estar agora nos braços do meu agente da condicional, mas quando ele entrou no quarto e me viu chorosa apenas por estar grata por poder ter um chuveiro apenas para mim e com produtos de higiene de boa qualidade, fez o homem em baixo de mim tentar me consolar.Não tenho porque negar que também não desejava que ele me tomasse como fez, estar presa nos últimos quase cinco anos me fez amadurecer de uma forma que duvido muito que seria assim se estivesse em liberdade. Vi coisas lá dentro que me assombram sempre que vejo algo semelhante.Enquanto a minha mente divaga entre as inúmeras possibilidades que poderiam ter acontecido comigo se não tivesse feito o que fiz. Porém, a minha realidade é outra, estou aqui, presa ao homem que estava fazendo carinho em minhas costas, sorrio sentindo o cheiro másculo que ele exalava, era como se um sentimento protetivo houvesse acabado de nascer naquele momento.Mas não posso me envolver sentimentalmente com ele, até po
Pete MitchelSem chance depois que transamos que não iria dormir com ela em meus braços, não posso negar que a fama da garota que matou a única família do homem que parece causar temor na polícia local, aguçou a minha curiosidade e principalmente a vontade de conhecê-la melhor.Não imaginava que em nossa primeira noite junto iria acontecer algo como aconteceu e ainda mais que ela se entregaria a mim da forma como ocorreu. Longe de mim dizer que não gostei em saber que havia deixado a minha marca nela, era o que sempre quis fazer em uma mulher minha.Nunca tive coragem de transar sem preservativo com qualquer mulher, sempre usei preservativo, mas quando a senti me aquecendo e apertando o meu pau, céus como adorei aquela sensação.Acordo primeiro que a morena que estava em meus braços e por algum milagre ela parecia relaxada, não sentia as minhas mãos apertando o seu seio, não nego que adoraria me afundar nela novamente, mas tenho que estar na corporação cedo.Saio da cama lentamente e
Diana PrinceRecebo o beijo do Pete e saímos da sua casa, diferente dele saio escoltada pelo seu amigo David que não parece ser falador, ao contrário do Pete que me deixou cheia de recomendações.Ao sair da casa de Pete vejo o SUV também preto e fico olhando para os dois homens, seguro a risada pensando que eles devem ter comprado os carros em alguma liquidação. Pete deixa um beijo no canto da minha boca e abre a porta para que entre no carro com o seu amigo.Assim que entro David liga o carro e vejo ele apontar para os comandos do rádio, me deixando à vontade para mexer e escolher a estação.— Obrigado por ficar responsável pela minha segurança. — Digo de cabeça baixa.— Fique tranquila, faço tudo por um amigo, sei que ele faria o mesmo por mim. — Ouço a sua voz grossa.— Você e o Pete são amigos a quanto tempo? — Minha curiosidade se aguça.— Já somos amigos há muito tempo. — Ele diz sucinto.— Estou bastante ansiosa pelo meu primeiro dia de aula na faculdade. — Digo ao ver que esta
Pete MitchelNão podia acreditar no que o nosso capitão estava dizendo. Mesmo que sempre soubesse que eles usariam a oportunidade de conseguir capturar o Glenn, depois que deixei o meu desejo falar mais alto me deixa incomodado por aceitar que eles a usem.Já fiz parte de várias emboscadas e usar uma isca nem sempre dava certo, a maioria das vezes elas acabam mortas e nesse momento não estou querendo deixar que a minha garota maravilha seja morta nos planos que todas as agências estão colocando em prática.Ao sair da corporação, todos os meus companheiros de esquadrão ficam ao meu lado e caminhamos em silêncio, cada um em seus próprios pensamentos, com as idéias se ajustando em planos para tentar conseguir.Olho para o Leonard deixando claro o que precisamos, trabalho com o meu esquadrão a pelo menos há oito anos, todos eles conhecem até mesmo o som dos passos de cada, avisto quando Leo puxa o seu celular e começa a ligar para algumas pessoas.— Procurarei tudo o que precisamos, te ve
Diana PrinceMesmo bastante irritada como estava com o Pete em me deixar ao lado da sua amante, não nego que sinto uma atração enorme ao seu lado. Quando ele me pega no colo e reivindica meus beijos, não consigo manter a minha irritação, me rendo ao seu toque.Agora estava com ele entre as minhas pernas, com meus seios grudados nas suas costas e ele empunha uma pistola em suas mãos, desço devagar e pego a camisola enquanto ele caminha até próximo ao forno, o mais longe possível da entrada.— Pete? — Ouvimos uma voz e percebo quando ele relaxa na minha frente.— Me espera na sala Léo. — Ele deixa a pistola na bancada e retira a camisa.— Não quero ninguém babando em você. — Ele diz assim que me ajuda a vestir a camisa dele. — Mais tarde continuamos esse assunto.Bufo irritada e concordo com a cabeça, mas preciso vestir algo decente, estou com fome e agora que temos visita preciso pelo menos preparar algo para quem quer que esteja na sala.Caminho ao lado do Pete e noto o quanto ele não