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04- Pete Mitchel

Pete Mitchel

Estava quente usando todos os equipamentos, a porra daquele colete começava a me sufocar e ainda por cima tínhamos que aguardar as ordens que o capitão não liberava. Estar em mais um estouro de fábrica de metanfetamina é algo que se tornou corriqueiro aqui em Cambridge.

Ouço pelo comunicador a permissão para invadir e logo em seguida silêncio de rádio, olho para os meus companheiros e entramos no apartamento onde havíamos recebido a informação que Glenn mantinha a sua fabricação de entorpecentes.

Assim que estouramos a porta e entramos no cubículo, sem iluminação direta, fomos recebidos por tiros, me abaixo e dou alguns disparos neutralizando o idiota que estava com uma máscara provavelmente para não inalar o que estava produzindo. Mas o inevitável acontece, um garoto com menos de dez anos, surge na porta e acaba sendo atingido por um disparo.

Após as investigações o disparo que acertou a garoto saiu da arma do meu parceiro e como equipe todos fomos punidos pela corporação.

Não perdemos o emprego da S.W.A.T, mas fomos rebaixados.

Meus parceiros se tornaram agentes de trânsito e como tenho mais idade que eles acabei me tornando um agente da condicional. Nesse mês fui designado para a famosa Diana Prince, a garota que teve coragem de matar Greg e Lewis Powell. A única coisa que me intriga é como ela continua viva, porque tenho certeza que aquele desgraçado deve ter tentado algo contra a garota de vinte três anos.

Antes que seja obrigado a ser a babá da menina maravilha, vou me divertir no Duck’Bar. Um dos caras com quem trabalhei quando servi nos Marines, abriu esse bar onde a maioria dos homens são das forças armadas. Mas o que me traz aqui é a facilidade de ter uma mulher por noite.

Caminho em direção ao bar e já avisto a Cris, uma loira de olhos verdes que tenho certeza que deseja que a escolha como uma parceira fixa, uma namorada ou esposa. Mas sei lá, acho que não tenho coragem de envolver uma mulher na vida que tenho.

Nós das forças armadas temos a mente tão fudida que é capaz de fazer a minha mulher sofrer ao meu lado e não é esse o meu desejo.

— Oi, Pete, quer o de sempre? — Cris diz.

Afirmo com a cabeça e pisco para ela, que já entende e acena com a cabeça para o depósito que fica ao fundo do bar. Assim que passo pela porta vejo David que chuta o meu pé e acabo mostrando o dedo do meio dele.

Assim que passo pela porta seguro em sua cintura e a puxo contra o meu corpo, a imprenso contra a parede enquanto reivindico os lábios macios, seus gemidos baixos mostram que estava gostando da nossa pequena aventura.

Mais uma entre tantas que já compartilhei com ela. Mesmo assim não me sinto a vontade de pedir a sua mão em casamento.

Viro o seu corpo e deixo uma mordida na sua nuca e ganho um palavrão em resposta, como punição aperto a sua garganta contando o seu fluxo de ar. Sei o quanto ela é safada e adora uma rodada de sexo mais bruta e quente e mesmo que agora não estejamos em meu apartamento ou na casa dela, não a deixarei passar vontade.

Com a mão livre, ergo o vestido que ela estava usando e ouço o seu pedido.

— O preservativo Pete… — Sorrio ao ouvi-la.

Mas não a tomaria assim, sem me proteger e principalmente dando a ela mais uma obrigação. Mas não nego que adoraria ser pai. Retiro um preservativo de minha carteira e cubro a minha extensão antes de penetrá-la.

— Segure-se, não serei gentil. — Digo deixando uma chupada na curva do seu pescoço.

A vejo empinando aquele quadril cheio de curvas e seguro seus flancos, pincelo a ponta do meu pau na fenda da sua abertura e percebo o quanto ela estava molhada.

— Sabia que eu vinha aqui? — Pergunto para irritá-la.

— Não, dei para o David um pouco antes. — Deixo a gargalhada sair e entro de uma vez dentro dela.

— Pelo visto, ele não apagou o teu fogo… — Fecho os olhos aproveitando o calor que sinto.

Meus movimentos são rápidos, até porque não podemos ficar aqui por muito tempo, entro e saio dela com agilidade e quando noto que ela estava se aproximando de seu ápice, levo os meus dedos até a sua buceta para massagear o seu clitóris.

Abafo os seus gemidos que começavam a ficar ainda mais altos com a mão, assim que sinto a sua musculatura me apertar, deixo que meus jatos de esperma preencham o preservativo.

Tento controlar a minha respiração para acalmar minha pulsação. Seguro a Cris em sua cintura e a viro de frente para mim, quero beijá-la, não é porque gosto de trepar com ela que não sou carinhoso.

— Ainda me fará me apaixonar por você Pete! — Sua risada quase me ofende.

— Essa doeu! — Me livro do preservativo e me arrumo novamente.

— Vamos nos sentar no bar, pela sua cara e por vir cedo demais algo aconteceu! — Ela afirma.

Cris é a pessoa que melhor me conhece, acredito que por nos conhecermos há muitos anos e sempre a procurar para uma rodada de sexo selvagem. A vejo arrumar o seu vestido e me aponta a grade de corona para levar até o bar, sorrio para a tentativa de despistar o que havíamos acabado de fazer.

Mas mesmo assim faço o que ela me pede, deixo o engradado ao lado da geladeira para que ela abastecesse e dou a volta no balcão e me sento para poder conversar com ela e com o David que logo surgiria ao meu lado.

— Fale de uma vez, o que houve? — David pergunta ao sentar ao meu lado.

— Fui convocado para ficar com a menina maravilha! — Digo de uma vez e percebo quando a Cris para o que está fazendo e me olha diretamente, sua fisionomia parece preocupada.

Cuidar daquela garota era sinônimo de cuidar de um cadáver, será questão de tempo de ter o Glenn na cola dela e principalmente é capaz de ser morto com ela se não prestar atenção por onde estiver passando.

— Não tem como passar ela para outro cara? — O olhar preocupado da mulher que acabei de transar parece preocupado.

— Sabe que não é assim que funciona! — Tomo um gole da minha cerveja.

— Se precisar de qualquer coisa estamos aqui amigo. — Brindo no copo de uísque de David e sorrio agradecendo.

Sei que meu esquadrão não se importará em me ajudar a manter a garota viva e se for preciso usá-la de isca para nos vingar do Gleen faremos isso.

Passo a noite por lá e chamo a Cris para dormir em minha casa, mas a safada tem a coragem de me dá um chute e dizer que precisa encontrar um novo pau amigo.

Uma safada…

Pela manhã, já no presídio de segurança máxima, fico conversando com a diretora que ostentava uma barriga enorme de gestante enquanto aguardávamos pela chegada da senhorita Prince.

Assim que ela entra e me apresento percebo que os anos que ela ficou aqui ela amadureceu muito, seu rosto continua jovial e algo nela deixava claro a sua presença, é como se ela precisasse ser o centro das atenções, ou simplesmente era o sol e todos precisam orbitar ao seu redor.

— Boa tarde, senhorita sou Pete Mitchel, serei o seu agente pelo próximo ano. — Me apresento e estendo a mão para a garota a minha frente.

Ao tocar em sua mão sinta a maciez de sua pele e estranho, sua mão assim como o seu rosto não haviam nenhuma cicatriz, nada que revelasse alguma agressão e olho para a diretora para questionar. Mas sou surpreendido quando a própria garota maravilha me responde.

— Impressionado por não ver cicatrizes em mim? — A diretora sorri e volta a se sentar.

Olho diretamente para Diana e seu olhar surge um brilho que não sei identificar.

— Conheci pessoas maravilhosas aqui, sem contar nas diversas que estão me esperando do lado de fora. — Ela responde com carinho, olhando para a direto.

— Que bom, porque assim que o Gleen souber que você está solta, meu trabalho com você vai dobrar de tamanho. — Digo.

— Tenho a intenção de me formar senhor Mitchel, adoraria poder fazer isso. — Ela diz com séria.

— Tentaremos senhorita Prince.

Até sendo uma pessoa fechada, ela tem um charme que me deixou intrigado e sem contar em como ela é linda, com esses olhos acinzentados e o cabelo em tom de chocolate ao leite, suas bochechas um pouco pálidas pelo tempo que estava presa entre essas paredes, mas isso é algo que logo mudará.

— Tem para onde ir? — A vejo afirmar com a cabeça.

— Para casa do Ryan, vamos morar juntos agora que estou saindo daqui. — Franzo a sobrancelha curioso para quem seja esse tal de Ryan.

Será que ela tinha um namorado antes de vir para cá e mantiveram o contato pelos últimos cinco anos?

Ou ela conheceu alguém aqui dentro…

O que isso importa, tenho quarenta e cinco anos, ela vinte e três e sem contar que não me envolvo com meus trabalhos.

Agora é esperar, ela sair para poder descobrir quem é esse tal de Ryan.

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