Os últimos dias estamos tentando conseguir dinheiro para conseguir pagar a dívida de jogo do meu pai, sei que não deveria tentar ajudá-lo a resolver essa situação, mas meu pai é a única pessoa que realmente me ama e que se importa comigo, o único problema é que ele tem o maldito vício em jogos e resolveu dever para o maior cretino da cidade.
Quando tinha poucos anos, minha mãe nos abandonou sem se importar se a criança de seis anos entenderia que estava ficando sozinha apenas com o pai. Sofremos muito durante os primeiros anos.Meu pai acabou se afundando na bebida e dia após dia o via chegando pior em casa. Mesmo com pouca idade não deixava de tentar ajudar o máximo que podia o meu pai com os deveres domésticos ou seriamos separados.Esse ano concluo o colegial, se não fosse pela falta de grana, iria para Harvard, minha carta de admissão chegou no início da semana, tente de todas as formas esconder para que meu pai não ficasse frustrado mais do que eu já estava.Estava arrumando o meu lanche para ir para o trabalho, acabei conseguindo um pequeno emprego de meio período em uma clínica estética e com isso estou conseguindo manter as despesas de casa, já que tudo o que meu pai ganha, ele usa para pagar as dívidas que tem.— Diana me ajude aqui, por favor. — Ouço meu pai me chamar. Largo o que estava fazendo na cozinha e subo até o quarto do meu pai, ele estava de frente para o espelho e tentava dar um nó na única gravata que ele tinha.— Será que o gerente liberará o empréstimo pai? — Pergunto sem muita esperança.Devido à situação, meu pai não tem mais linha de crédito nos bancos da cidade, hoje ele tentará novamente para poder ter uma pequena reserva para me enviar para faculdade.— Sinto muito por ter que envolver você na minha confusão filha, prometo que dessa vez procurarei ajuda. — Suspiro e dou um leve sorriso para o meu pai.Ouço essa história desde que sou pequena, o sofrimento dele fez com que o jogo se tornasse sua mulher e amante, deixando as necessidades de casa para segundo plano.Agora sobre a minha mãe, infelizmente faz algum tempo que não temos notícia alguma sobre ela, apenas soubemos que ela havia se casado com um policial e pelo que falavam, ele estava na folha de pagamento de Glen Powell.Estava namorando a um pouco mais de dois meses com um dos atacantes da equipe de futebol americano da escola. Por mais que meu amigos achem que ele está comigo apenas por minha aparência, sinto que realmente estamos indo bem.Meus cabelos em tom de chocolate e os olhos verdes dão um ar de mistério, pelo menos é o que sempre me falam, além de minha altura chamar um pouco mais de atenção. Por isso quero ser advogada, minha presença impõe uma certa autoridade.— Estou pronto filha, pode ir trabalhar que quando você chegar terei uma ótima novidade para você. — Passo a mão por cima do terno do meu pai.— Não importa o que acontecer, papai, sempre irei lhe amar, acima de qualquer coisa, pai. — Digo com ternura.— Eu também te amo, minha pequena maravilha. — Ele diz usando o apelido que me deu desde pequena.Sorrio com gentileza para ele, arrumo o nó da gravata e toco em seu rosto lhe dando apoio.Olhar para o meu pai bem-vestido faz com que eu tenha boas lembranças dele de quando ele não vivia sendo ameaçado, quando ainda era criança ou quando ele chegava diariamente após um dia de trabalho, com um saquinho de papel trazendo docinhos.Era o melhor do meu dia e sempre terei essas lembranças na minha cabeça, diferente do que eu estava vendo agora, meu pai com uma fisionomia mais cansado e com um olhar desesperado. Dever meia cidade e ainda por cima desejar dar o melhor a sua única filha não era o que ele havia sonhado para a sua vida.Deixo meu pai em seu próprio quarto e vou em direção ao meu, preciso terminar de me arrumar para meu expediente de trabalho, provavelmente hoje o dia está com a agenda completa no consultório do D. Ryan.Ao chegar no consultório, começo a organizar meu dia de trabalho, o primeiro cliente do Dr. Ryan chega e libero o primeiro paciente para que ele possa iniciar suas consultas. Mesmo estando com meu dia bastante atarefado, não consigo tirar o problema do meu pai de minha cabeça e quando meu dia está chegando ao fim sinto um aperto no peito que chega a me dar falta de ar.— Pronto senhorita Prince está liberada, pode deixar que fecho o consultório hoje, minha namorada está vindo e sairemos logo em seguida. — Agradeço mentalmente ao meu chefe, vou direto para casa com aquele sentimento de aperto no peito.No ônibus tento ligar diversas vezes para o meu pai, mas todas vão para a caixa postal, o que não é do feitio do meu pai fazer, ele sempre me atende.Ao chegar em casa a porta não estava trancada, o que me chamou atenção já que meu pai nunca a deixa aberta.Nosso bairro já foi mais seguro, atualmente existem algumas gangues de criminosos circulando as vizinhanças por onde moramos.Entro em casa e caminho devagar, sou recepcionada pelo silêncio e pelo frio, começo a sentir o medo e o receio de que alguém ainda possa estar aqui dentro, que tenham vindo a procura do meu pai.Passo pela sala e ela estava intocada, da mesma forma que deixei quando sai, sigo para a cozinha e quando passo pelas portas que dão acesso a pior cena estava lá.Meu pai sem vida, havia sangue por todo ambiente, manchando nossas paredes e a mesa de jantar, meu pai estava sem as duas mãos, seu corpo sobre a mesa com um tiro na cabeça.Fique em choque ao que estava vendo, deixei que a bolsa que segurava como um salva-vidas caísse no chão, causando um barulho oco.Não conseguia gritar, só fiz andar para trás encontrando a parede atrás de mim, deixei meu corpo escorregar até chegar no chão. Meu choro saiu com o desespero de ver meu pai ali sem vida, como os olhos abertos e sem aquele brilho tão parecidos com os meus.Acabei de perder o único homem que eu tinha certeza que me ama, que estava disposto a fazer qualquer coisa para que eu pudesse concluir o sonho de entrar na faculdade e me tornar uma advogada de sucesso.Que não olhasse mais para o passado e sofresse com o abandono da mulher que deveria estar ao meu lado. Meu choro saia alto e com tanta dor, não fazia ideia do que fazer agora, engatinhei até onde havia deixado cair a minha bolsa e vasculhei para encontrar o meu aparelho celular.Com os dedos trêmulos consegui ligar para o 911, precisava de ajuda e talvez eles pudessem me ajudar.911: Boa tarde, qual a ocorrência?Diana: Meu pai… 911: Pode repetir, senhorita, o que aconteceu com o seu pai.Não consigo falar com a atendente do outro lado da linha, confirmar que meu pai estava sem vida e, havia sido torturado até a morte, não é nada fácil de falar em voz alta.Fecho os olho para a cena que estava a minha frente e deixo a mente vagar para a lembrança de mais cedo que refazia o nó da gravata no pescoço do meu pai.Quando disse que o amava e que estaria sempre ao seu lado.911: Senhorita, continua aí?Diana: Preciso de ajuda, meu pai foi assassinado em nossa casa.Diana PrinceO dia começou a escurecer tão rápido que mal percebia o que estava acontecendo ao meu redor, estava sentada na maca da ambulância que chegou poucos minutos que liguei para o 911. O paramédico que me atendia havia colocado aquele protetor térmico sobre mim.Eles faziam perguntas na qual não conseguia entender, quem dirá poder responder. Um dos policiais quando veio me fazer perguntas foi impedido pelo mulher que estava com uma pequena lanterna no meu rosto conferindo reflexos.— Ela está em choque, não responderá nada, pelo menos não agora. — Mais uma lágrima escorre por meu rosto.Sinto meu corpo tremer com medo e incertezas do que terei que fazer agora, como vou me manter.E se as pessoas que fizeram isso com o meu pai, vierem atrás de mim, serei mais uma morte que será provavelmente noticiada no Opinión News.Já consigo até ver a minha foto sendo noticiada nos telejornais, dizendo que meu pai foi encontrado morto sem as mãos, provavelmente por dever alguém. O olhar de
Diana PrinceDo tempo que liguei para o 911, as viaturas não demoraram mais que cinco minutos para chegar ao consultório, Ryan, mesmo em choque, se agachou na minha frente e implorava para fugir e não iria fazer isso.Mesmo agindo de forma errada como conduzi, darei orgulho ao meu pai assumindo as minhas responsabilidades. Sei que quando as notícias chegarem até o Gleen ele encomendará a minha morte onde quer que esteja.Ou seja, é questão de tempo para estar morta.Toquei no rosto do médico que foi o único que me deu uma oportunidade de ter meu próprio dinheiro, estava grata a tudo o que ele fez por mim durante os últimos anos, mesmo não sendo responsabilidade dele. Acho que a única coisa que poderia pesar contra ele é o fato da arma estar em seu nome.Quando os policiais saíram do consultório e constataram a morte dos dois homens, olharam para mim com pena. Mas meu pai sempre disse.“Não importa como eles te olhem, erga a cabeça e sinta orgulho de quem é”Nesse momento sou a garota
Pete MitchelEstava quente usando todos os equipamentos, a porra daquele colete começava a me sufocar e ainda por cima tínhamos que aguardar as ordens que o capitão não liberava. Estar em mais um estouro de fábrica de metanfetamina é algo que se tornou corriqueiro aqui em Cambridge.Ouço pelo comunicador a permissão para invadir e logo em seguida silêncio de rádio, olho para os meus companheiros e entramos no apartamento onde havíamos recebido a informação que Glenn mantinha a sua fabricação de entorpecentes.Assim que estouramos a porta e entramos no cubículo, sem iluminação direta, fomos recebidos por tiros, me abaixo e dou alguns disparos neutralizando o idiota que estava com uma máscara provavelmente para não inalar o que estava produzindo. Mas o inevitável acontece, um garoto com menos de dez anos, surge na porta e acaba sendo atingido por um disparo.Após as investigações o disparo que acertou a garoto saiu da arma do meu parceiro e como equipe todos fomos punidos pela corporaç
Diana PrinceCinco anos, oito meses, dezoito dias e cinco horas.É o tempo exato que perdi a minha liberdade por agir da minha forma e não esperar uma solução da polícia. Mas se olhar por esse angulo, até hoje o caso do meu pai ainda não conseguiu uma solução, mesmo que todos saibam que o responsável é Gleen Powell.Minha intenção é conseguir concluir meus estudos, por muita sorte consegui ótimas notas e ainda tenho a possibilidade de terminar algumas matérias que são necessárias estar em uma sala de aula.O estado liberou uma carta de recomendação e tentarei usar para entrar em Harvard e tenho certeza que com todas as cartas de meus antigos professores e principalmente dos mestres que me instruíram enquanto estava encarcerada possa ser o suficiente para me garantir uma vaga.Estava pegando a bolsa com meus pertences quando senti a estática com a proximidade com outra e quando ergo o olhar me deparo com os olhos escuros e desconfiados na minha direção. Olho para a sua mão tentando peg
Pete MitchelRealmente Diana Prince é linda. Uma pena que estamos em lugares opostos da lei, mesmo que ela tenha feito a sua escolha por conta de sua raiva que estava tão latente dentro dela. O que não justifica perder a fé na justiça, mesmo quando ela caminha a passos de tartaruga.Sigo com o meu carro logo atrás do tal homem chamado Ryan, por algum motivo senti um pouco mais de tranquilidade quando vi que o homem tem a idade para ser o pai dela e não alguma conquista. O que não faz sentido.Estaciono o carro atrás do dele e vejo que paramos em frente a casa onde ela morava, enquanto ela não desce do carro fico olhando pelos espelhos na procura de ter alguém nos seguindo, porque tenho certeza que Glenn fará algo para chegar perto dela.E isso não permitirei, ele não tocará na minha missão, ele já fudeu uma, não aceito que ele interfira em outra minha e tenho certeza que os homens prejudicados pelo que ele causou não se importam de fazer um serviço extra para fuder a vida dele.Não fi
Diana PrinceNão sei em que momento pude pensar ser o certo em ficar na casa do meu agente da condicional, mas apenas o jeito como a mulher do Ryan me tratou me fez ficar com um pé atrás em realmente aceitar em ficar com eles.Mas entre ficar sozinha em um campus e machucar pessoas inocentes, a ficar com o Pete, fiz a escolha que me pareceu mais adequada, pelo menos naquele momento.No carro ao lado do meu agente o perfume dele me deixou enebriada, era impossível não sentir aquela tensão que criou entre nos dois desde a hora que nos conhecemos no presídio. E o desgraçado sabia o quanto estava sendo afetada com a sua presença.Não posso negar que Pete Mitchel é um homem muito charmoso e sexy de uma forma que nunca imaginei me sentir atraída, até porque imagino que ele deva ter a idade do meu pai. Olhando bem para ele vendo seus cabelos grisalhos balançando com o vento que batia em nossos rostos.Um sorriso de canto apareceu no seu rosto, provavelmente por ele perceber que estava olhand
Pete MitchelQuando a minha vizinha atrapalhou a minha conversa com a Diana, por um momento senti a raiva subir e por algum milagre não mandei a mulher para o mais longe possível. Segurar na mão da Diana e a puxar de encontro o meu corpo foi algo que me deixou excitado, isso é algo que não consigo entender o motivo e principalmente porque estou tão atraído por essa mulher.Queria muito me aproximar dela e tentar beijar como iria fazer antes que a minha vizinha surgisse e atrapalhasse a minha aproximação. Mas quando chegamos no andar de cima e passamos pelo quarto que era da minha irmã senti um desconforto enorme e apenas me afastei.Sai do quarto para que Diana pudesse tomar um banho e relaxar um pouco antes que nosso jantar ficasse pronto. Desço as escadas e passo pelos porta-retratos e olho para as fotografias que tinha espalhada pela casa.Minha irmã e meu cunhado estavam em várias fotos ao meu lado em algumas espalhadas pela sala. Minha irmã faleceu alguns meses após casada, ela e
Diana PrinceNão era a minha intenção estar agora nos braços do meu agente da condicional, mas quando ele entrou no quarto e me viu chorosa apenas por estar grata por poder ter um chuveiro apenas para mim e com produtos de higiene de boa qualidade, fez o homem em baixo de mim tentar me consolar.Não tenho porque negar que também não desejava que ele me tomasse como fez, estar presa nos últimos quase cinco anos me fez amadurecer de uma forma que duvido muito que seria assim se estivesse em liberdade. Vi coisas lá dentro que me assombram sempre que vejo algo semelhante.Enquanto a minha mente divaga entre as inúmeras possibilidades que poderiam ter acontecido comigo se não tivesse feito o que fiz. Porém, a minha realidade é outra, estou aqui, presa ao homem que estava fazendo carinho em minhas costas, sorrio sentindo o cheiro másculo que ele exalava, era como se um sentimento protetivo houvesse acabado de nascer naquele momento.Mas não posso me envolver sentimentalmente com ele, até po