-Maison, eu aceito me casar com você- Olho para o mesmo e vejo a expressão dele mudar.
Um sorriso de orelha a orelha se forma no face de Maison, ele se levanta e me abraça, seus braços envolvem minha cintura e o mesmo me puxa para perto, me dando um beijo apaixonado e ali eu esqueço do comentário infeliz que ele fez a alguns instantes.
Assim que seus lábios se separam dos meus, ele segura em minha mão e coloca o anel de noivado no meu dedo, era simplesmente lindo, eu estava hipnotizada com o brilho do diamante, mas ao ouvir minha mãe me chamar, minha atenção muda de foco.
-Mostre seu anel para a gente querida- minha mãe diz enquanto sorri.
Estico meu braço na direção das nossas mães e vejo o sorriso da minha mãe aumentar, a mãe do Maison olha para o mesmo com uma expressão de cumplicidade, provavelmente foi ela quem o ajudou a escolher, o gosto dela é bem parecido com o meu.
-É lindo querida, parabéns- Minha diz e posso ver que algumas lágrimas escorrem pelos olhos da mesma.
-Parabéns ao casal, estou muito feliz por você minha filha- Meu pai diz e logo vem ao meu encontro para me abraçar.
-Finalmente nosso filho vai sossegar- Meu sogro diz em tom de brincadeira e todos riem com ele.
-Podemos começar a planejar, escolher uma data, ver um local- A voz de minha mãe transmite uma certa empolgação ao falar sobre.
-Mãe! eu acabei de ser pedida em casamento, ainda temos tempo para isso- digo olhando para ela.
-Não precisa brigar com ela, pequena- Maison diz tranquilamente e sorri para minha mãe -Ela está animada, sua menininha irá casar e que problema tem escolher uma data? não é como se fossemos casar amanhã- ele afaga meus cabelos.
-Tudo bem, podemos escolher uma data- digo me dando por vencida.
Meus sogros e meus pais começam a falar sobre datas, temas, lugares e eu os observo sem prestar muita atenção, minha mente viaja para o passado novamente, parece que retornei aquela praia, lembro de como a brisa estava fresca e o céu estava um lindo tom de laranja com o por do sol, e de repente, seu corpo aparece em minha memoria, eu podia sentir o cheiro de seu perfume, sinto um arrepio percorrer por minha espinha.
Sinto que Maison estava me observando então tento me concentrar no assunto, eles agora estão falando sobre convidar amigos da família, e sobre o que será servido.
-Você gostaria de casar quando minha querida?- Lygia pergunta enquanto me olha carinhosamente.
-Eu adoraria me casar na primavera, é a melhor época, principalmente se for no campo, que o que eu quero desde pequena- sorrio e olho para o Maison que me olha com carinho.
-Já está na hora de voltar para o trabalho- Maison diz e faz um gesto chamando o garçom -podemos falar sobre no sábado, convidamos vocês para tomarem um chá da tarde em nosso apartamento- Maison completa e logo paga o garçom se levantando -Gostaria de uma carona para casa?- Maison pergunta enquanto me olha.
-Não, pode ir tranquilo, vou encontrar com as meninas da faculdade para conversarmos sobre um trabalho- digo e dou um beijo na bochecha do mesmo -nos vemos em casa, tchau mãe, pai. até sábado- digo enquanto me afasto da mesa.
Saio do restaurante e entro no primeiro táxi que para, a viagem segue tranquila até a Universidade, pago o motorista e vou ao encontro de minhas amigas.
A tarde se arrasta, mas o trabalho finalmente foi concluído o que me deixa tranquila, já que ainda tenho bastante coisa para entregar, decidimos ir a um bar próximo da faculdade para comemorar o nosso "sucesso".
Como o bar é perto, vamos a pé mesmo, o bar estava recém aberto, mas já tinha bastante gente. Eu amo esse local, aqui sempre tem bons eventos e tem música ao vivo, que é o melhor de tudo, pois a música me preenche.
Pedimos algumas cervejas e nos sentamos nos banquinhos próximos ao balcão, é um ótimo lugar para se escutar a música, mas não tem nenhuma visibilidade do palco.
A música começa com uma melodia leve e logo o cantor começa a cantar."Entre tanta gente, yo te vi llegar
Algo en el destino me hizo saludarTe dije mi nombre y no sé dóndeComo con un beso me respondes"Entre tantas pessoas, eu te vi chegar
Algo no destino me fez te cumprimentarTe falei meu nome e não entendi direitoComo você me respondeu com um beijo"Sólo te importó que te tratara bien
Tú de 19 y yo de 23Y empecé mis planesPara vernos otra vez"Você só queria que te tratasse bem
Você tem 19 anos e eu 23E comecei a planejarQuando nos veríamos outra vezEu conheço essa voz, eu já ouvi em algum lugar antes e essa música, parece tão familiar para mim, eu só não consigo lembrar de onde.
A música segue e logo todos estão se movimentando com ela, e eu continuo presa em meus pensamentos, até que no último refrão minha atenção retorna a música."Y aunque yo esté en otra parte
Soy más feliz porque yo pude encontrarteY aunque no tenga la certeza de volverte a verEs tuya esta canciónRecuérdame"E embora eu esteja em outro lugar
Sou mais feliz por ter te encontradoE mesmo não sabendo se voltarei a te verEsta canção é suaLembre-se de mimE de repente todas as memorias vem à tona, eu não posso continuar aqui, eu tenho que ir embora, pago a minha parte da conta e me despeço das meninas, corro para fora do bar e quase caio enquanto subo as escadas que me levam a calçada do bar, espero alguns instantes e logo aparece um táxi, entro no mesmo e assim que o motorista da a partida, ouço alguém chamar pelo meu nome.
-Cristina?- era a voz dele, eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar.
Mas eu não tinha como voltar atrás e apenas sigo o meu caminho para casa, o caminho é silencioso e isso é um estimulo para minhas memorias aflorarem, e me levam novamente para as férias de um tempo atrás.
‐Espero que goste da melodia, eu levei um bom tempo para cria-la- William diz e logo começa a tocar
A melodia da música era suave e contagiante, mas ainda não tinha letra, Will tinha tudo para se tornar um grande musico, e eu não me surpreenderia se eu ouvisse sua música tocando em várias rádios no top 1.
O talento dele era invejável, apenas com a melodia ele conseguia expressar sentimentos
Eu não ouvi mais nada da música, no dia seguinte eu havia ido embora, de volta para o meu apartamento.
O motorista do táxi logo estaciona o carro em frente ao meu condomínio, olho em direção ao meu apartamento e as luzes ainda estão apagadas, sinal de que Maison ainda não havia chegado, pago o motorista e saio do carro, caminho tranquilamente até meu prédio e logo entro no mesmo, aceno gentilmente para o porteiro e entro no elevador.
-Segura o elevador- A voz de Maison soa em um tom um pouco alto
impeço que a porta se feche e logo o mesmo se junta a mim no elevador.
-Onde você estava para chegar essa hora?- Maison pergunta em um tom sério.
-Eu e as meninas fomos ao barzinho que tem perto da universidade, comemorar a conclusão do trabalho- digo animada e olho para ele.
-Eu já te disse que não gosto que você vá naquele lugar... e o que foi aquilo que você fez para o porteiro, está dando mole para ele?- ele diz em um tom ríspido e eu não respondo.
Sinto sua mão segurar em meu braço com uma certa força e eu o olho assustada.
-Eu te fiz uma pergunta- ele aperta mais meu braço ao dizer isso, fazendo com que eu sinta dor.
Sinto sua mão segurar em meu braço com uma certa força e eu o olho assustada.-Eu te fiz uma pergunta- ele aperta mais meu braço ao dizer isso, fazendo com que eu sinta dor.-Você está me machucando- digo enquanto tento soltar meu braço -Eu só estava sendo educada.-Educada? você estava se jogando para cima dele, isso sim- ele diz em tom agressivoLogo as portas do elevador se abrem e ele solta meu braço para que ninguém veja o que estava acontecendo, saímos do elevador e percebe-se que seus passos estão pesados.entramos em nosso apartamento e logo ele bate a porta e se vira em minha direç
-Não acredito que você mora aqui- William diz e eu o olho incrédula-Wi-William, o que você está fazendo aqui?- pergunto me levantando do banco-Eu me mudei pra cá ontem, falando em ontem... nem pudemos conversar, você saiu correndo tão rápido, não gostou da minha música? e você sabe que eu não gosto de ser chamado de William, é apenas Will- ele diz e dá um sorrisinhoContinuo olhando para ele sem entender como ele veio parar aqui, de todos os condomínios que existem na Florida, ele veio logo para o mesmo que o meu.-Desculpa Will, eu tinha me esquecido de você não gostava... eu tinha um compromisso, por isso eu tiv
Quando abro meus olhos vejo quem estava tapando a luz do sol que vinha em minha direção, era Carteer e ele me olhava de uma maneira estranha-Carteer? posso te ajudar de alguma forma?- pergunto quebrando o silêncio constrangedor-Fiquei sabendo que o Maison viajou, que vocês deram um tempo e que ele está aproveitando todas as brasileiras que dão mole para ele- ele me diz enquanto ainda me encaraO que ele diz sobre o Maison no final quebra meu coração em pedacinhos, mas eu me esforço para não expressar isso.-E eu vim dizer que eu estou aqui para você, se você quiser um ombro amigo ou algo a mais- ele diz e se aproxi
Eu não podia voltar a lembrar do Will, eu tinha que esquece-lo, mas como o faria se ele agora era meu vizinho?Como eu faria para esquecer aqueles belos olhos azuis acinzentados? E sua mão macia acariciando a pele do meu rosto?Era impossível esquecer ele, mas eu precisava, pelo bem da minha relação.A semana passou sem nenhum acontecimento extraordinário, o que ajudou para que tudo voltasse a ficar tranquilo.Já era a noite de sexta e Maison e eu estávamos decidindo o que serviríamos para os nossos país.-Sua mãe ama chá de hortelã, poderíamos servir isso- sugiro enquanto tiro um bule de chá do armário.O bule parecia que havia acabado de sair da loja, não usamos ele desde que ganhamos dos país de Maison, mas o momento pedia.-Mas meu pai detesta chá de hortelã- o mesmo responde enquanto pega qua
Meu amorOnlineQuem?Cristina, por que não responde?Seu pai Maison, seu pai estava no motelVisualizado às 6:20Você acha que sua mãe estava assistindo?Visualizado às 6:20Espero que não, seria horrível para ela.Eu preciso sair do celular, estão me chamando para outra reunião.Beijos.━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━Coloco meu celular em cima da mesa de centro e termino de tomar meu café, abro a sacola de papel e encontro um muffin dentro da mesma.Como o pequeno bolo de forma lenta enquanto eu pensava no que havia acabado de acontecer, eu estava torcendo para que minha sogra não tivesse visto o jornal, mas não adiantaria muita coisa, porque muito provavelmente passaria a reprise da notícia.Termino de comer o muffin ainda com a cabeça n
-Você já pode abrir os olhos, já está tudo bem- essa voz conhecida me acalma e logo eu abro os olho me deparando com o meu pai.Me jogo em cima do mesmo o abraçando enquanto algumas lágrimas escorriam por meu rosto, sinto os lábios dele tocarem minha testa em um beijo carinhoso.Me separo do abraço e olho para o lado em que Carteer estava, vejo o mesmo se levantando do chão com um olho roxo.-Senhor Garcia, não era nada do que você estava pensando- Carteer diz sem jeito.-Eu sei muito bem o que eu vi, rapaz- meu pai diz enquanto olha para Carteer com desgosto -E eu acho melhor você ir embora para que eu não seja obrigado a fazer algo pior- ele diz e da um passo para frente como se ameaçasse o Carteer.Carteer se vira e começa a andar, mas antes que ele suma de nossas vistas, meu pai avisa.-Espero que esteja ciente que o concelho vai receber u
Eu conhecia aquele olhar e eu sabia que em algum momento eu ouviria muitas reclamações.Provavelmente eu fiz uma cara de medo porque logo minha sogra já dizia algo para me tranquilizar.-Fica tranquila minha querida, não tem problema algum. Tem mais no armário não? Você se machucou?- ela pergunta e se aproxima de mim.Havia um pequeno cortezinho perto de onde se encontrava a marca da mão do Maison e eu percebo que a minha sogra viu, mas não falou nada sobre.-Vai lá lavar enquanto eu varro esses cacos- Lygia diz e eu a obedeço.Caminho com calma até o banheiro e observo o pequeno corte para ver se não tinha algum pedacinho de cerâmica em minha pele, lavo a pequena ferida e coloco um curativo no mesmo.Ao sair do banheiro eu volto para a varanda onde já está tudo posto à mesa.Me sento entre meu pai e Maison e apoio minha ca
Me aproximo do mesmo e o beijo,as únicas certezas que tenho é que estava sobrea e que eu queria muito fazer isso, ele me puxa para seu colo e nossos corpos ficam colados um ao outro.Suas mãos percorrem por minhas costas e logo ele tira a jaqueta que eu estava usando, nos separamos do beijo por falta de ar e nos encaramos por alguns instantes.Sinto a temperatura do meu corpo subir e minha respiração já estava acelerada, ele me olha com compaixão e logo fala.-Você quer continuar com isso Cristina?- ele pergunta docemente.Ele era tão diferente dos outros caras que eu conheci, mesmo que eu tenha avançado, ele quis confirmar que era o que eu queria.balanço minha cabeça de forma afirmativa e o mesmo se levanta enquanto me segura em seu colo, ele caminha lentamente enquanto deixa alguns beijos em meu pescoço