-Você já pode abrir os olhos, já está tudo bem- essa voz conhecida me acalma e logo eu abro os olho me deparando com o meu pai.
Me jogo em cima do mesmo o abraçando enquanto algumas lágrimas escorriam por meu rosto, sinto os lábios dele tocarem minha testa em um beijo carinhoso.
Me separo do abraço e olho para o lado em que Carteer estava, vejo o mesmo se levantando do chão com um olho roxo.-Senhor Garcia, não era nada do que você estava pensando- Carteer diz sem jeito.
-Eu sei muito bem o que eu vi, rapaz- meu pai diz enquanto olha para Carteer com desgosto -E eu acho melhor você ir embora para que eu não seja obrigado a fazer algo pior- ele diz e da um passo para frente como se ameaçasse o Carteer.
Carteer se vira e começa a andar, mas antes que ele suma de nossas vistas, meu pai avisa.
-Espero que esteja ciente que o concelho vai receber uma ligação minha e eu vou garantir que você nunca exerça medicina- Meu pai fala em um tom alto e me abraça novamente.
-É Senhor Alexandre... o que seria de mim se você não estivesse aqui pai?- pergunto e o mesmo da um sorriso de lado para mim.
-Você teve sorte de que eu estava aqui filha, mas eu não vou poder sempre estar aqui para você, acho que você precisa de umas aulas de auto defesa- Meu pai diz enquanto acaricia meus cabelos.
-Acho que eu preciso mesmo- sorrio de lado para ele e vejo um pequeno pacote no chão -Olha, ele deixou o orégano- dou uma risada enquanto pego o pacote no chão.
-Todas as terças, na nossa casa, às 18- meu pai diz já se afastando de mim.
-Te vejo mais tarde?- pergunto e vejo o mesmo fazer um sinal de positivo com o polegar.
Logo meu pai já está fora do alcance da minha vista.
Volto a fazer minhas compras tranquilamente.Vou até o caixa e já peço um carro por aplicativo enquanto estou na fila, chegando na minha vez, eu pago por tudo e coloco dentro da sacola os produtos que peguei.Saio do mercado e espero por alguns instantes o motorista chegar.Logo um Cobalt prata se aproxima, olho para o meu celular e confirmo a placa do carro.Entro no veículo e a viagem é rápida, em poucos minutos eu estou em frente ao meu apartamento.Entro no meu prédio igual a um foguete e logo pego o elevador, saio do mesmo com mais pressa do que entrei e abro a porta de casa.
Maison ainda não havia chegado, então eu tinha um tempo para fazer o que faltava.Começo a fazer as torradas e peço meu almoço num restaurante que eu amo, só para não ter o trabalho de cozinhar mais coisa.
Após uns trinta minutos, meu almoço chega.Como com calma enquanto navego pelo meu facebook, mais uma colega minha engravidou.Nunca vi tanta gente engravidar em um ano quanto estão engravidando nesse.Pondero um pouco sobre o que o Maison deve pensar sobre filhos, nunca falamos sobre, mas ele parece se dar tão bem com seu primos.Termino de comer e me dirijo até a pia para lavar as coisas que eu sujei, e tenho que me apressar, pois daqui a pouco todos já estarão aqui.
Lavo a louça com uma certa pressa e termino em uns quinze minutos.Eu passei a semana inteira pesquisando coisas relacionadas a casamento para poder conversar com minha mãe e minha sogra, mas acho que num momento é um assusto que vai ser evitado, devido ao acontecimento de hoje.
Caminho até meu quarto e pego um vestido florido que bate na altura de meus joelhos.
Pego minha toalha e um conjunto de lingerie e vou para o banheiro.Graças ao calor que estava fazendo, eu me dei ao luxo de tomar um banho gelado bem demorado.Saio do box e me seco em frente a porta do box.Me visto com calma e penteio meus cabelos.Saio do banheiro e vou até a sala, mal chego no cômodo e já ouço a campainha tocar.
-Já vai- aviso enquanto caminho em direção a porta.
Para a minha surpresa, eu encontro a Senhora Lygia e o Senhor Johnson quando eu abro a porta.
-Cristina minha querida, espero que não tenhamos chegado muito cedo.- Minha sogra fala enquanto me abraça.
-Não Senhora, o Maison que se atrasou um pouco- digo dando espaço para que meus sogros entrem.
Assim que eles entram eu fecho a porta e os levo até a varanda, onde já tinha a mesa posta.
-Aqui tem uma vista muito bonita, uma pena que o apartamento seja muito pequeno para uma criança- meu sogro diz enquanto olha para a cidade.
-C-Criança?- pergunto enquanto me engasgo com minha saliva.
Mas antes que ele possa responder eu ouço o barulho da porta se abrindo.
-Se me derem licença- digo e logo entro na sala.
Vejo que Maison havia acabado de entrar, juntamente com meus pais.
-Você demorou para chegar meu amor- digo enquanto me aproximo de Maison e o abraço, me afasto dele e vou até a geladeira pegar os cupcakes.
-A reunião demorou mais do que eu esperava- ele diz enquanto coloca água para ferver.
Minha mãe se aproxima de mim e me abraça levemente enquanto me cumprimenta.
-Você está bem minha filha?- minha mãe pergunta com um leve sorriso no rosto.
-Estou sim Dona Rosa, e a Senhora?- pergunto enquanto tiro os cupcakes da geladeira
Ela faz um sinal de afirmação com a cabeça e vai andando até a varanda.
Vou atrás dos meus pais e deixo os cupcakes em cima da mesa que tem na varanda.Retorno a cozinha para buscar a xícaras enquanto Maison leva os bules, um contendo chá e o outro café.Quando eu estava próxima da porta da varanda, eu tropeço em um relevo que se formou no tapete e deixo duas xícaras caírem, as mesmas quebram na hora.Maison me lança um olhar mortal, como se eu tivesse matado alguém.Eu conhecia aquele olhar e eu sabia que em algum momento eu ouviria muitas reclamações.Provavelmente eu fiz uma cara de medo porque logo minha sogra já dizia algo para me tranquilizar.-Fica tranquila minha querida, não tem problema algum. Tem mais no armário não? Você se machucou?- ela pergunta e se aproxima de mim.Havia um pequeno cortezinho perto de onde se encontrava a marca da mão do Maison e eu percebo que a minha sogra viu, mas não falou nada sobre.-Vai lá lavar enquanto eu varro esses cacos- Lygia diz e eu a obedeço.Caminho com calma até o banheiro e observo o pequeno corte para ver se não tinha algum pedacinho de cerâmica em minha pele, lavo a pequena ferida e coloco um curativo no mesmo.Ao sair do banheiro eu volto para a varanda onde já está tudo posto à mesa.Me sento entre meu pai e Maison e apoio minha ca
Me aproximo do mesmo e o beijo,as únicas certezas que tenho é que estava sobrea e que eu queria muito fazer isso, ele me puxa para seu colo e nossos corpos ficam colados um ao outro.Suas mãos percorrem por minhas costas e logo ele tira a jaqueta que eu estava usando, nos separamos do beijo por falta de ar e nos encaramos por alguns instantes.Sinto a temperatura do meu corpo subir e minha respiração já estava acelerada, ele me olha com compaixão e logo fala.-Você quer continuar com isso Cristina?- ele pergunta docemente.Ele era tão diferente dos outros caras que eu conheci, mesmo que eu tenha avançado, ele quis confirmar que era o que eu queria.balanço minha cabeça de forma afirmativa e o mesmo se levanta enquanto me segura em seu colo, ele caminha lentamente enquanto deixa alguns beijos em meu pescoço
No dia seguinte eu acordo cansada e insatisfeita da noite anterior, mas não adiantaria falar com Maison, ele já havia saído de casa.Eu não entendo como até no domingo ele tem reunião, já fazem semanas que todos os dias ele tem reuniões, e eu fico sozinha em casa.Domingo passou e eu fiquei sozinha o dia inteiro, só recebi uma mensagem de Maison dizendo que teve que viajar de última hora.As semanas passam voando e logo chega Segunda-Feira, dia 06 de julho.Já faziam 2 semanas que eu não estava me sentindo bem, estava com náuseas, dor de cabeça e cansaço.Como sempre faço após acordar, vou ao banheiro para banhar-me, por mais que minha vontade fosse ficar na cama, o curso de artes já estava chegando ao final, por isso não podia perder nenhuma aula.Após me vestir com uma roupa confortável, pego minha
-Para mim está ótimo, eu só tenho que pegar algumas coisas em casa, preciso levar algo para a festa?- pergunto enquanto pego meu celular.-Só levar uma bebida- Lexy fala -Então nos vemos mais tarde, beijos- ele diz enquanto se afasta com Sophie.Passo pela porta da saída, chegando ao pátio da faculdade, caminho em direção ao enorme portão para finalmente ir embora.Assim que atravesso o portão, vejo a chamativa moto vermelha de Will se aproximar, logo ele para em minha frente e me entrega um capacete.-Will, o que você está fazendo aqui?- pergunto um pouco surpresa.-Eu pensei que provavelmente você precisaria de uma carona para casa, então decidi vir- ele diz enquanto sorri -Sobe ai- ele fala e ajeita seu capacete.Coloco o capacete e enquanto subo na moto, posso ver que uma multidão se aproxima de nós dois, esse é um
-Deve ser impressão sua- digo enquanto termino de me vestir -Droga- digo quando me lembro que esqueci algo-O que foi?- Sophie pergunta enquanto me olha-Esqueci de pegar uma bebida para levar- falo para a mesmaPego meu celular e vou na lista de contatos, encontro o antigo número do Will e espero que ele continue a usar esse número.Aperto para ligar para o mesmo e o celular começa a chamar, após algumas chamadas cai na caixa postal.Entro em meu twitter e procuro o perfil dele, e em questão de segundos eu o acho.Seu número de seguidores não para de crescer, eu espero que seja fácil mandar uma mensagem para ele.
Finalmente consigo lembrar, era StacyHastings, uma das melhores amigas de Jessica Montgomery, mais conhecida como Jess, e ao lado de Stacy estava Carina Yang, outra amiga.As três sempre andavam juntas, afinal já era de se esperar pois eram as líderes de torcida da faculdade.-Se você não gostou, era só ter ido embora- Lexy diz ficando entre mim e Stacy -E Outra, eu não me lembro de ter te chamado- Lexy olha para a jovem a sua frente.-Não por isso, eu me retiro, não estava gostando dessa festinha mesmo- Stacy diz e saí andando.-Eu gostei bastante da sua música... se der, você me apresenta para o Will?- Carina pergunta com um sorriso.-CARINA-
Olho para o teste e vejo que o mesmo indica que estou grávida de três semanas, fico paralisada, esse não é o melhor momento para eu estar grávida. Isso pode ser um fardo agora. Não que eu não queira filhos, mas essa não é a hora certa.Mas pode ser que o teste esteja errado não é? Existem falsos positivos e também há a chance de que a Lexy tenha pego um defeituoso. Eu vou marcar uma consulta para amanhã depois da apresentação do meu TCC.Saio do banheiro e Lexy se encontra dormindo, talvez eu devesse fazer o mesmo...Caminho até a cama vazia das três que haviam no quarto e me deito, cubro meu corpo e me viro para a parede.Minha mente volta para a festa, o momento em que eu cantei, o sentimento de liberdade que me invadiu, a felicidade ao ver que as pessoas gostaram da minha música e o sono toma conta de mim, me levando para d
ALERTA GATILHOO CAPITULO A SEGUIR CONTÉM EXTREMA VIOLÊNCIA, AOS QUE FOREM SENSIVEIS É RECOMENDADO QUE NÃO LEIA.FAREI UMA RECAPITULAGEM NO PRÓXIMO CAPITULOO espaço entre nós é quebrado de uma forma que eu não esperava. Sua mão, que estava fechada em um punho, vem rapidamente em direção a minha face, e logo eu sinto o impacto do soco em meu olho. Perco o equilíbrio e acabo vacilando para trás, rolando até o andar abaixo.Por incrível que pareça, ainda estou consciente, e com um pouco de esforço eu me viro, me sentando de frente para o corrimão, onde eu me apoiaria para levantarOuço os passos de Maison se aproximando e tento olhar para o mesmo, e com uma certa dificuldade, eu consigo ver o rosto do mesmo. Seu rosto estava retorcido em uma cara fechada e s