Eu conhecia aquele olhar e eu sabia que em algum momento eu ouviria muitas reclamações.
Provavelmente eu fiz uma cara de medo porque logo minha sogra já dizia algo para me tranquilizar.-Fica tranquila minha querida, não tem problema algum. Tem mais no armário não? Você se machucou?- ela pergunta e se aproxima de mim.
Havia um pequeno cortezinho perto de onde se encontrava a marca da mão do Maison e eu percebo que a minha sogra viu, mas não falou nada sobre.
-Vai lá lavar enquanto eu varro esses cacos- Lygia diz e eu a obedeço.
Caminho com calma até o banheiro e observo o pequeno corte para ver se não tinha algum pedacinho de cerâmica em minha pele, lavo a pequena ferida e coloco um curativo no mesmo.
Ao sair do banheiro eu volto para a varanda onde já está tudo posto à mesa.
Me sento entre meu pai e Maison e apoio minha cabeça no ombro de meu pai.-Como foi o dia de todos?- Dona Rosa pergunta com um leve sorriso.
Eu ainda estava tensa com o que ocorreu mais cedo com meu sogro num motel e com a situação de agora, mas coloquei no rosto o sorriso mais verdadeiro que consegui e respondi a mesma.
-Bem- digo sem muita animação.
Os outros também respondem que o dia correu bem enquanto começavam a comer.
-Podemos ir ao assunto que interessa? O casamento- Lygia diz enquanto puxa várias revistas de sua bolsa.
Fico impressionada com o tamanho desse bolo de revistas, algumas eram de moda, outras de decoração e essas outras baboseiras de casamento.
Minha sogra entrega uma revista para cada um, para que possamos ter algumas ideias.
-Eu sempre sonhei em me casar ao ar livre, num campo por exemplo- digo e vejo minha sogra sorri.
-Acho que seria melhor na praia querida, no campo tem muitos insetos, os convidados não gostariam- Maison fala enquanto me olha e segura em minha mão a apertando um pouco.
-Sim, deve ser melhor mesmo- digo dando um falso sorriso.
Eu faria o possível para evitar mais motivos para brigar, começo a olhar a revista que minha sogra havia me entregado.
Estico minha mão para pegar um cupcake, mas de relance posso ver um olhar desaprovador de Maison, então pego minha xícara de chá e a bebo lentamente.Ficamos discutindo ideias por algumas horas, até a noite chegar e os nossos pais decidirem ir embora.
Me despeço de todos e vou para a cozinha beber água, eu me sentia enjoada, eu não sei se era por medo do que poderia acontecer ou se era fome, mas isso não importava num momento.Vejo que Maison se aproxima da cozinha, mas ele segue reto no corredor, o que me deixa muito confusa.
Após alguns minutos o mesmo volta com outra roupa.-Onde você vai?- Pergunto o olhando
-Vou beber com uns amigos, não me espere acordada- o mesmo diz e logo some.
Solto um longo suspiro e vou para o quarto e deito em minha cama, eu não acredito que ele preferiu ir beber do que passar um tempo comigo.
Após meia hora eu ouço a porta de entrada se abrindo.
-Maison?- Chamo pelo mesmo em um alto tom de voz
-Vim mais cedo, percebi que deveria passar um tempo com você, minha querida- ouço ele falar enquanto se aproxima da porta.
Me levanto da cama e acendo um abajur para conseguir vê-lo, o mesmo se encontra encostado no batente da porta me olhando de cima a baixo.
Ele lentamente se aproxima e segura em minha cintura me puxando para perto dele, dando inicio a um beijo um tanto quanto desesperado, eu podia sentir o gosto de cerveja que vinha de sua boca, o que indica que ele bebeu bastante.Ele parecia estar cheio de desejo e luxuria, suas mãos percorrem pela extensão de minhas costas, fazendo com que meu corpo se arrepie.Sua boca se aproxima do meu pescoço e ali ele depositou alguns beijos, seus lábios estão molhados, sinto o ar quente, que sai de suas narinas, entrar em contato com a minha pele.━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━
Eu tinha terminado com Maison , isso foi oficializado com uma troca de mensagens, e eu não sabia como me sentia em relação a isto, era complicado, justamente por eu amar o Maison.
Will e eu estávamos a caminho de minha casa de praia, havíamos acabado de sair do bar que há perto da faculdade onde estudo.
O cheiro do mar invadia minhas narinas, o som das ondas era música para os meus ouvidos, juntamente com a brisa que balançava meus cabelos e as folhas das palmeiras .
Eu me sentia completa, eu havia cantado esta noite, e foi como se eu estivesse voando, cantar era tudo para mim e eu não tinha muito tempo para isso, mas hoje, hoje tudo mudou.
Will começa a desacelerar a moto o que indica que já estávamos próximos a minha casa, em questão de segundos a moto para e eu saio da mesma.
-Gostaria de entrar?- pergunto enquanto tiro meu capacete.
-Se não for te atrapalhar- diz ele enquanto sai da moto.
Abro a porta da casa e dou um espaço para que o mesmo entre.
Will entra segurando o capacete que tinha tirado de sua cabeça a pouco tempo.
Entro depois do mesmo e deixo meu capacete apoiado em alguma cadeira, Will coloca seu capacete na mesa e se senta no sofá da sala.Vou até a cozinha e pego uma garrafa de vinho e duas taças.
Ando para a sala e me sento ao lado de Will deixando as taças em cima da mesinha de centro.Abro a garrafa de vinho com um pouco de dificuldade, mas assim que está aberta eu despejo o liquido vermelho escuro nas taças, deixando-as metade cheias.
-E você Will, como anda sua vida amorosa?- pergunto enquanto levo a taça até minha boca
-Eu desisti do amor- ele diz e dá uma golada em seu vinho e depois volta a falar -Minha noiva me traiu, algumas muitas vezes, desde então eu não acredito mais, pelo menos eu não acreditava- Will fala enquanto se vira para me olhar.
Eu não sabia o que dizer, mas algo eu precisava fazer, pois meu corpo estava elétrico e eu já sabia o que deveria fazer, só estava apreensiva.
Eu não tinha certeza que faria aquilo até ter feito.Me aproximo do mesmo e o beijo,as únicas certezas que tenho é que estava sobrea e que eu queria muito fazer isso, ele me puxa para seu colo e nossos corpos ficam colados um ao outro.Suas mãos percorrem por minhas costas e logo ele tira a jaqueta que eu estava usando, nos separamos do beijo por falta de ar e nos encaramos por alguns instantes.Sinto a temperatura do meu corpo subir e minha respiração já estava acelerada, ele me olha com compaixão e logo fala.-Você quer continuar com isso Cristina?- ele pergunta docemente.Ele era tão diferente dos outros caras que eu conheci, mesmo que eu tenha avançado, ele quis confirmar que era o que eu queria.balanço minha cabeça de forma afirmativa e o mesmo se levanta enquanto me segura em seu colo, ele caminha lentamente enquanto deixa alguns beijos em meu pescoço
No dia seguinte eu acordo cansada e insatisfeita da noite anterior, mas não adiantaria falar com Maison, ele já havia saído de casa.Eu não entendo como até no domingo ele tem reunião, já fazem semanas que todos os dias ele tem reuniões, e eu fico sozinha em casa.Domingo passou e eu fiquei sozinha o dia inteiro, só recebi uma mensagem de Maison dizendo que teve que viajar de última hora.As semanas passam voando e logo chega Segunda-Feira, dia 06 de julho.Já faziam 2 semanas que eu não estava me sentindo bem, estava com náuseas, dor de cabeça e cansaço.Como sempre faço após acordar, vou ao banheiro para banhar-me, por mais que minha vontade fosse ficar na cama, o curso de artes já estava chegando ao final, por isso não podia perder nenhuma aula.Após me vestir com uma roupa confortável, pego minha
-Para mim está ótimo, eu só tenho que pegar algumas coisas em casa, preciso levar algo para a festa?- pergunto enquanto pego meu celular.-Só levar uma bebida- Lexy fala -Então nos vemos mais tarde, beijos- ele diz enquanto se afasta com Sophie.Passo pela porta da saída, chegando ao pátio da faculdade, caminho em direção ao enorme portão para finalmente ir embora.Assim que atravesso o portão, vejo a chamativa moto vermelha de Will se aproximar, logo ele para em minha frente e me entrega um capacete.-Will, o que você está fazendo aqui?- pergunto um pouco surpresa.-Eu pensei que provavelmente você precisaria de uma carona para casa, então decidi vir- ele diz enquanto sorri -Sobe ai- ele fala e ajeita seu capacete.Coloco o capacete e enquanto subo na moto, posso ver que uma multidão se aproxima de nós dois, esse é um
-Deve ser impressão sua- digo enquanto termino de me vestir -Droga- digo quando me lembro que esqueci algo-O que foi?- Sophie pergunta enquanto me olha-Esqueci de pegar uma bebida para levar- falo para a mesmaPego meu celular e vou na lista de contatos, encontro o antigo número do Will e espero que ele continue a usar esse número.Aperto para ligar para o mesmo e o celular começa a chamar, após algumas chamadas cai na caixa postal.Entro em meu twitter e procuro o perfil dele, e em questão de segundos eu o acho.Seu número de seguidores não para de crescer, eu espero que seja fácil mandar uma mensagem para ele.
Finalmente consigo lembrar, era StacyHastings, uma das melhores amigas de Jessica Montgomery, mais conhecida como Jess, e ao lado de Stacy estava Carina Yang, outra amiga.As três sempre andavam juntas, afinal já era de se esperar pois eram as líderes de torcida da faculdade.-Se você não gostou, era só ter ido embora- Lexy diz ficando entre mim e Stacy -E Outra, eu não me lembro de ter te chamado- Lexy olha para a jovem a sua frente.-Não por isso, eu me retiro, não estava gostando dessa festinha mesmo- Stacy diz e saí andando.-Eu gostei bastante da sua música... se der, você me apresenta para o Will?- Carina pergunta com um sorriso.-CARINA-
Olho para o teste e vejo que o mesmo indica que estou grávida de três semanas, fico paralisada, esse não é o melhor momento para eu estar grávida. Isso pode ser um fardo agora. Não que eu não queira filhos, mas essa não é a hora certa.Mas pode ser que o teste esteja errado não é? Existem falsos positivos e também há a chance de que a Lexy tenha pego um defeituoso. Eu vou marcar uma consulta para amanhã depois da apresentação do meu TCC.Saio do banheiro e Lexy se encontra dormindo, talvez eu devesse fazer o mesmo...Caminho até a cama vazia das três que haviam no quarto e me deito, cubro meu corpo e me viro para a parede.Minha mente volta para a festa, o momento em que eu cantei, o sentimento de liberdade que me invadiu, a felicidade ao ver que as pessoas gostaram da minha música e o sono toma conta de mim, me levando para d
ALERTA GATILHOO CAPITULO A SEGUIR CONTÉM EXTREMA VIOLÊNCIA, AOS QUE FOREM SENSIVEIS É RECOMENDADO QUE NÃO LEIA.FAREI UMA RECAPITULAGEM NO PRÓXIMO CAPITULOO espaço entre nós é quebrado de uma forma que eu não esperava. Sua mão, que estava fechada em um punho, vem rapidamente em direção a minha face, e logo eu sinto o impacto do soco em meu olho. Perco o equilíbrio e acabo vacilando para trás, rolando até o andar abaixo.Por incrível que pareça, ainda estou consciente, e com um pouco de esforço eu me viro, me sentando de frente para o corrimão, onde eu me apoiaria para levantarOuço os passos de Maison se aproximando e tento olhar para o mesmo, e com uma certa dificuldade, eu consigo ver o rosto do mesmo. Seu rosto estava retorcido em uma cara fechada e s
RECAPITULANDO PARA QUEM DECIDIU PULAR O DEZESSETE:A nossa queridíssima Cristina foi ferida brutalmente por Maison, que após deixa-la desacorda, descobriu que a mesma esperava um filho seu.Sentindo-se culpado por talvez ter matado seu próprio filho, Maison decide levar Cristina ao hospital, mas talvez seja tarde demais para a nossa heroína.VOLTANDO AO CAPITULO DEZOITO-...Ou se ela acordará...- o médico olha para seu tablet enquanto fala -As próximas 48 horas serão essenciais para sabermos as opções de vocês- ele coloca o tablet no balcão da recepção e nos olha com uma expressão