Capitulo oito

Meu amor

Online

Quem?

Cristina, por que não responde?

Seu pai Maison, seu pai estava no motel

Visualizado  às 6:20

Você acha que sua mãe estava assistindo?

Visualizado às 6:20

Espero que não, seria horrível para ela.

Eu preciso sair do celular, estão me chamando para outra reunião.

Beijos.

━━━━━━━ •♬• ━━━━━━

Coloco meu celular em cima da mesa de centro e termino de tomar meu café, abro a sacola de papel e encontro um muffin dentro da mesma.

Como o pequeno bolo de forma lenta enquanto eu pensava no que havia acabado de acontecer, eu estava torcendo para que minha sogra não tivesse visto o jornal, mas não adiantaria muita coisa, porque muito provavelmente passaria a reprise da notícia.

Termino de comer o muffin ainda com a cabeça nas nuvens, mas ao lembrar que tenho muitas coisas para fazer, eu volto a realidade.

Levanto do sofá e caminho para a cozinha sem pressa, pego as sacolas e começo a guardar as coisas em seus devidos lugares.

Eu ainda estava decidindo se começaria a fazer tudo agora ou se eu esperaria chegar mais perto do horário, assim tudo estaria fresco.

Decido enrolar mais um pouco e só fazer as coisas depois de às 10 horas. Vou em passos lentos até a minha sala de pintura e ali me tranco, eu já estava trabalhando nesse quadro à semanas e finalmente estava chegando ao fim, ao mesmo tempo que minha mente se enchia de inspiração para essa pintura, me vinham a mente ideias para letras de música.

Maison também é um ótimo pintor, ele havia feito um retrato meu, enorme e ficava na minha sala de pintura para me inspirar.

Ele nunca gostou muito da ideia de eu escrever canções e muito menos cantar, por isso eu mantinha minhas músicas em segredo, mas sempre com a esperança de que um dia ele mude de ideia.

Assim que termino a pintura, eu olho para a mesma sentindo orgulho do que fiz, estava incrível, não via a hora de mostrar para Maison e minha sogra.

Deixo a tinta de lado e pego uma caneta e meu pequeno caderno de letras.

Deixo minha inspiração me guiar e logo na folha do pequeno caderno já tem uma estrofe da música.

"Askin' myself when will i ever learn

Touchin' the flame, thinkin' i won't get burned

After all we've been through, i thought i earned you "

Me perguntando quando irei aprender Tocando a chama, pensando que não vou me queimar

Depois de tudo o que passamos, pensei que ganhei você.

Olho para o pequeno relógio digital em cima da mesa e o mesmo mostra que já são 10:15, eu precisava correr para fazer as coisas.

Saio do meu quarto de pintura e corro para a cozinha, tiro todos os ingredientes que eu preciso da geladeira e do armário e começo a fazer os cupcakes seguindo a receita a risca.

Após uma hora eles já estavam prontos e eu preparava o glacê para decora-los.

Para não ter apenas doces, decidi fazer algumas torradinhas, mas eu precisava de orégano.

Guardo os cupcakes na geladeira e pego minha carteira, meu celular e as chaves.

Saio do meu apartamento e entro no elevador, e como sempre faço, chamo um carro por aplicativo, para ir mais rápido.

Saio do elevador e vou para o lado de fora do prédio, o dia está ensolarado e a leve brisa do verão sopra meus cabelos e acaricia minha pele, eu amava essa estação do ano.

Após alguns instantes esperando, o motorista por aplicativos finalmente chega, entro no carro e o mesmo segue o trajeto que o gps indica até o mercado.

Ao parar em um sinal, olho pela janela e posso observar a praia, as calmas ondas se desfazendo na areia e as crianças correndo e brincando, minha mente viaja e eu permaneço olhando para o lado de fora sem prestar atenção.

Logo um barulho atrapalha meus devaneios, algum idiota tinha passado a mil em uma moto e logo atrás vinha um carro cantando pneu.

Eu detesto esse tipo de motorista, parece que faz isso de propósito, apenas para chamar a atenção.

O resto do caminho é tranquilo, chego ao mercado em 3 minutos.

Saio do carro e pago o motorista, pego um carrinho de supermercado e entro no mesmo.

Se tem uma coisa que eu detesto, é fazer compras, não tem nada mais estressante do que isso.

Ando pelo mercado passando pelas seções em busca do orégano. Depois de muito olhar, eu finalmente encontro e quando estava prestes a pegar, uma outra pessoa pega o último pacote de orégano.

Me viro para a mesma e vejo que se trata de um homem e eu o reconhecia, era Carteer, amigo de Maison.

-Parece que alguém foi muito devagar- Carteer fala enquanto me olha

-Ou alguém foi muito sem noção, você viu que eu ia pegar- argumento e o mesmo da uma risadinha

-Sempre com uma resposta pronta, não é, Cristina- o mesmo pergunta com um sorrisinho cínico.

-Deixe de ser infantil, eu preciso disso- digo já perdendo minha paciência

-Eu posso te dar o que você quer, mas para isso tem que ser uma troca justa- ele diz em um tom malicioso e eu o encaro um pouco assustada.

-Não, obrigada, eu vou procurar em outro lugar- digo e logo me viro para ir embora.

Sinto o mesmo segurar em meu braço  e eu já fico tensa, eu não consigo acreditar que depois de um ano ele vai voltar a insistir no erro.

Carteer me puxa para perto colando nossos corpos e por um instante eu prendo a respiração, com medo do que ele possa fazer comigo.

Solto o ar lentamente sem saber o que fazer, fecho meus olhos por um instante e logo sinto a mão do mesmo se soltar do meu braço com uma certa força, como se tivesse sido empurrado.

Eu ainda não tinha coragem para abrir os olhos, e eu não sabia o que tinha acontecido.

-Você já pode abrir os olhos, já está tudo bem- essa voz conhecida me acalma e logo eu abro os olho me deparando com o...

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