-Não acredito que você mora aqui- William diz e eu o olho incrédula
-Wi-William, o que você está fazendo aqui?- pergunto me levantando do banco
-Eu me mudei pra cá ontem, falando em ontem... nem pudemos conversar, você saiu correndo tão rápido, não gostou da minha música? e você sabe que eu não gosto de ser chamado de William, é apenas Will- ele diz e dá um sorrisinho
Continuo olhando para ele sem entender como ele veio parar aqui, de todos os condomínios que existem na Florida, ele veio logo para o mesmo que o meu.
-Desculpa Will, eu tinha me esquecido de você não gostava... eu tinha um compromisso, por isso eu tive que sair tão rápido, em relação a musica...- faço uma pausa e me lembro da letra da mesma -É incrível, quem foi a inspiração para ela?- pergunto enquanto olho para a rua esperando o carro aparecer
-Minha inspiração?- ele pergunta e seu rosto expressa que o mesmo fico surpreso com a minha pergunta -Pensei que você perceberia Cristina, é sobre você... até o nome da música- ele responde
E por alguns instantes eu fico nervosa, pego meu celular para ver onde o carro estava e eu vejo que o motorista havia cancelado a corrida.
-Merda!- digo enquanto volto a mexer em meu celular para chamar outro carro
-O que houve?- Will pergunta demonstrando preocupação
-O motorista cancelou a corrida, e eu estou quase atrasada para a faculdade- respondo o mesmo sem olha-lo
-Não tem problema, eu te dou uma carona- ele diz e eu olho para ele -Você ainda lembra da minha moto?- ele pergunta e de repente me vem um flash de memória
O vento soprava meus cabelos, e o cheiro do mar invadia minha narinas, as luzes da cidade começavam a se apagar e restavam apenas as luzes dos postes.
Meus braços estão em volta de sua cintura e nossos corpos estão colados, a adrenalina em mim está alta, era minha primeira vez andando de moto e não poderia estar sendo melhor.
-Eu tinha me esquecido- digo enquanto o olho -Mas não se preocupa, eu chamo outro carro- digo voltando a atenção ao meu celular
-Não me diga que está com medo?- Ele pergunta dando risada -Vamos lá Cristina, vai ser mais rápido que o carro- ele diz sorrindo para mim
E ele tinha razão seria muito mais rápido ir com ele, eu o olho e depois olho para o meu celular para checar a hora.
-Tudo bem, eu vou com você- digo me dando por vencida
Ele joga o capacete em minha direção e com um pouco de dificuldade e consigo pega-lo, ele começa a andar e logo eu o sigo.
Chegamos ao estacionamento e de longe eu posso ver sua moto, difícil era não ver com aquele vermelho chamativo, nos aproximamos da mesma e ele sobe na moto, coloco o capacete e logo depois eu subo na garupa.
Coloco minha bolsa para frente e me seguro em sua cintura, e em questão de segundos já estamos na rua, meus cabelos voam com o vento e eu me sinto livre, eu tinha esquecido do quão incrível era a sensação.
Em questão de segundos eu já estava na porta da universidade, desço da moto e tiro o capacete entregando para Will, e quando ele vai pegar, nossas mãos se tocam e eu sinto um leve choque em minha mão e uma sensação boa, ficamos alguns segundos assim.
Olho nos olhos dele e recuo minha mão, sorrio para ele de um jeito envergonhado e começo a me afastar dele.
-Obrigada pela carona Will, nos vemos por ai- Digo isso e me afasto rapidamente sem dar a chance dele me responder
Entro na faculdade e vou andando rapidamente para a sala, para minha sorte o professor estava atrasado.
O dia passa se arrastando e eu não consigo tirar da cabeça o que aconteceu hoje, mas finalmente o dia chegou ao fim.Eu não via a hora de chegar em meu apartamento e deitar em minha cama.
Quando chego na saída da universidade, vejo o conversível de Maison estacionado perto do portão, me aproximo do carro e não o vejo, decido esperar um pouco para ver se ele apareceria.Após um tempo ele sai de dentro da faculdade acompanhado de uma garota, que parece ser bem próxima dele, ao me ver esperando, ele se afasta da mesma e vem em minha direção.
-Onde você estava? te procurei por um bom tempo- Ele diz enquanto me olha
-Foi mesmo? ou você estava ocupado com a sua amiga?- pergunto de forma seca
-Quem? a Jess? Não precisa ficar assim, ela é só uma amiga- ele diz e entra no carro
Entro no carro e me sento no banco do passageiro, vejo que ele está mexendo em algo no banco de trás que fazia bastante barulho, logo ele puxa um buquê de flores para frente e me entrega
-Quero me desculpar pelo meu comportamento de ontem, eu perdi o controle, embora você tenha provocado isso, você sabe como eu fico ao te ver interagindo com outros homens- ele diz de forma gentil
-Tudo bem e obrigada pelas flores- digo e dou um sorriso para ele
As flores eram lindas e ele realmente parecia estar arrependido, então eu o perdoei.
No resto do caminho, ele foi me contando como tinha sido a reunião dele e perguntou sobre meu dia, eu preferi evitar contar sobre o acontecido com o Will, a gente havia acabado de se resolver.
Chegamos em nosso condomínio e ele deixa o carro no estacionamento, entramos juntos no nosso prédio e pegamos o elevador, dentro do elevador ele se aproxima e me puxa pela cintura me beijando, suas mãos acariciam minhas costas e me levanta.
Eu entrelaço minhas pernas em volta da cintura do mesmo e ele sai do elevador me carregando para o nosso apartamento.Ao entrar na sala ele me prensa na parede e volta a me beijar, um beijo apaixonado e intenso.
Mas tudo para quando seu celular começa a tocar, ele me coloca de volta no chão e vai para a varanda atender a chamada.Penduro minha bolsa no gancho que tem perto da porta e vou para a cozinha preparar algo para comer.
Após alguns minutos Maison retorna e vem em minha direção.-Não vou poder ficar com você agora, pequena, fui chamado para uma reunião com os investidores da galeria- ele diz isso e da um beijo em minha testa e sai andando
Logo ele some do meu campo de visão, só percebo que ele saiu de casa quando ouço o barulho da porta se fechando.
Solto um suspiro insatisfeita com o que acabou de acontecer e vou para o meu quarto.
Tiro os meus sapatos e o conjunto de roupas que eu estava usando e me jogo na cama.
Volto a pensar no que aconteceu hoje quando eu estava com o Will, eu já havia sentido aquela sensação, foi quando nos conhecemos
O dia estava muito quente, de fazer qualquer um que tem problema de pressão passar mal.
E o que melhor do que a praia num dia desses?Eu estava sentada na cadeira, tentando me bronzear um pouco quando algo entra na frente do sol, algo não, alguém...Quando abro meus olhos vejo quem estava tapando a luz do sol que vinha em minha direção, era Carteer e ele me olhava de uma maneira estranha-Carteer? posso te ajudar de alguma forma?- pergunto quebrando o silêncio constrangedor-Fiquei sabendo que o Maison viajou, que vocês deram um tempo e que ele está aproveitando todas as brasileiras que dão mole para ele- ele me diz enquanto ainda me encaraO que ele diz sobre o Maison no final quebra meu coração em pedacinhos, mas eu me esforço para não expressar isso.-E eu vim dizer que eu estou aqui para você, se você quiser um ombro amigo ou algo a mais- ele diz e se aproxi
Eu não podia voltar a lembrar do Will, eu tinha que esquece-lo, mas como o faria se ele agora era meu vizinho?Como eu faria para esquecer aqueles belos olhos azuis acinzentados? E sua mão macia acariciando a pele do meu rosto?Era impossível esquecer ele, mas eu precisava, pelo bem da minha relação.A semana passou sem nenhum acontecimento extraordinário, o que ajudou para que tudo voltasse a ficar tranquilo.Já era a noite de sexta e Maison e eu estávamos decidindo o que serviríamos para os nossos país.-Sua mãe ama chá de hortelã, poderíamos servir isso- sugiro enquanto tiro um bule de chá do armário.O bule parecia que havia acabado de sair da loja, não usamos ele desde que ganhamos dos país de Maison, mas o momento pedia.-Mas meu pai detesta chá de hortelã- o mesmo responde enquanto pega qua
Meu amorOnlineQuem?Cristina, por que não responde?Seu pai Maison, seu pai estava no motelVisualizado às 6:20Você acha que sua mãe estava assistindo?Visualizado às 6:20Espero que não, seria horrível para ela.Eu preciso sair do celular, estão me chamando para outra reunião.Beijos.━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━Coloco meu celular em cima da mesa de centro e termino de tomar meu café, abro a sacola de papel e encontro um muffin dentro da mesma.Como o pequeno bolo de forma lenta enquanto eu pensava no que havia acabado de acontecer, eu estava torcendo para que minha sogra não tivesse visto o jornal, mas não adiantaria muita coisa, porque muito provavelmente passaria a reprise da notícia.Termino de comer o muffin ainda com a cabeça n
-Você já pode abrir os olhos, já está tudo bem- essa voz conhecida me acalma e logo eu abro os olho me deparando com o meu pai.Me jogo em cima do mesmo o abraçando enquanto algumas lágrimas escorriam por meu rosto, sinto os lábios dele tocarem minha testa em um beijo carinhoso.Me separo do abraço e olho para o lado em que Carteer estava, vejo o mesmo se levantando do chão com um olho roxo.-Senhor Garcia, não era nada do que você estava pensando- Carteer diz sem jeito.-Eu sei muito bem o que eu vi, rapaz- meu pai diz enquanto olha para Carteer com desgosto -E eu acho melhor você ir embora para que eu não seja obrigado a fazer algo pior- ele diz e da um passo para frente como se ameaçasse o Carteer.Carteer se vira e começa a andar, mas antes que ele suma de nossas vistas, meu pai avisa.-Espero que esteja ciente que o concelho vai receber u
Eu conhecia aquele olhar e eu sabia que em algum momento eu ouviria muitas reclamações.Provavelmente eu fiz uma cara de medo porque logo minha sogra já dizia algo para me tranquilizar.-Fica tranquila minha querida, não tem problema algum. Tem mais no armário não? Você se machucou?- ela pergunta e se aproxima de mim.Havia um pequeno cortezinho perto de onde se encontrava a marca da mão do Maison e eu percebo que a minha sogra viu, mas não falou nada sobre.-Vai lá lavar enquanto eu varro esses cacos- Lygia diz e eu a obedeço.Caminho com calma até o banheiro e observo o pequeno corte para ver se não tinha algum pedacinho de cerâmica em minha pele, lavo a pequena ferida e coloco um curativo no mesmo.Ao sair do banheiro eu volto para a varanda onde já está tudo posto à mesa.Me sento entre meu pai e Maison e apoio minha ca
Me aproximo do mesmo e o beijo,as únicas certezas que tenho é que estava sobrea e que eu queria muito fazer isso, ele me puxa para seu colo e nossos corpos ficam colados um ao outro.Suas mãos percorrem por minhas costas e logo ele tira a jaqueta que eu estava usando, nos separamos do beijo por falta de ar e nos encaramos por alguns instantes.Sinto a temperatura do meu corpo subir e minha respiração já estava acelerada, ele me olha com compaixão e logo fala.-Você quer continuar com isso Cristina?- ele pergunta docemente.Ele era tão diferente dos outros caras que eu conheci, mesmo que eu tenha avançado, ele quis confirmar que era o que eu queria.balanço minha cabeça de forma afirmativa e o mesmo se levanta enquanto me segura em seu colo, ele caminha lentamente enquanto deixa alguns beijos em meu pescoço
No dia seguinte eu acordo cansada e insatisfeita da noite anterior, mas não adiantaria falar com Maison, ele já havia saído de casa.Eu não entendo como até no domingo ele tem reunião, já fazem semanas que todos os dias ele tem reuniões, e eu fico sozinha em casa.Domingo passou e eu fiquei sozinha o dia inteiro, só recebi uma mensagem de Maison dizendo que teve que viajar de última hora.As semanas passam voando e logo chega Segunda-Feira, dia 06 de julho.Já faziam 2 semanas que eu não estava me sentindo bem, estava com náuseas, dor de cabeça e cansaço.Como sempre faço após acordar, vou ao banheiro para banhar-me, por mais que minha vontade fosse ficar na cama, o curso de artes já estava chegando ao final, por isso não podia perder nenhuma aula.Após me vestir com uma roupa confortável, pego minha
-Para mim está ótimo, eu só tenho que pegar algumas coisas em casa, preciso levar algo para a festa?- pergunto enquanto pego meu celular.-Só levar uma bebida- Lexy fala -Então nos vemos mais tarde, beijos- ele diz enquanto se afasta com Sophie.Passo pela porta da saída, chegando ao pátio da faculdade, caminho em direção ao enorme portão para finalmente ir embora.Assim que atravesso o portão, vejo a chamativa moto vermelha de Will se aproximar, logo ele para em minha frente e me entrega um capacete.-Will, o que você está fazendo aqui?- pergunto um pouco surpresa.-Eu pensei que provavelmente você precisaria de uma carona para casa, então decidi vir- ele diz enquanto sorri -Sobe ai- ele fala e ajeita seu capacete.Coloco o capacete e enquanto subo na moto, posso ver que uma multidão se aproxima de nós dois, esse é um