Quando abro meus olhos vejo quem estava tapando a luz do sol que vinha em minha direção, era Carteer e ele me olhava de uma maneira estranha
-Carteer? posso te ajudar de alguma forma?- pergunto quebrando o silêncio constrangedor
-Fiquei sabendo que o Maison viajou, que vocês deram um tempo e que ele está aproveitando todas as brasileiras que dão mole para ele- ele me diz enquanto ainda me encara
O que ele diz sobre o Maison no final quebra meu coração em pedacinhos, mas eu me esforço para não expressar isso.
-E eu vim dizer que eu estou aqui para você, se você quiser um ombro amigo ou algo a mais- ele diz e se aproxima de mim
O olhar dele estava diferente, seus olhos estavam mais escuros do que o normal e eu já sabia do que se tratava, era luxúria e desejo misturados, quando ele chega perto de mim ele se senta em minha cadeira e acaricia minha coxa e logo da um apertão na mesma e eu entendo qual é a intenção dele.
Me levanto da cadeira e antes que ele me segure eu me afasto dele andando de costas, e ele acelera os seus passos e eu começo a andar mais rápido também, mas de repente, minhas costas se chocam contra alguém, olho para trás e vejo Joshua sorrindo, mas não era para mim e sim para o Carteer.
Ele segura em meu pulso e eu entro em pânico, meu corpo parece congelar e eu fico sem saber o que fazer, após pensar um pouco eu dou uma joelhada em sua genitália fazendo com que ele me solte.
Mas isso não impede que eles continuem a me seguir, começo a andar rápido pela praia em busca de alguém que possa me ajudar, e torço para que eles não me alcancem.
Após andar por alguns segundos eu vejo um grupo de pessoas e me aproximo dos mesmos interrompendo eles.
-Eu preciso de ajuda, me ajudem por favor- digo de forma ofegante
-O que aconteceu?- o rapaz que estava cantando me pergunta
-Não importa Will, ela atrapalhou nosso som- a menina que segurava um violão diz com um tom de voz grosseiro
Vejo que Joshua e Carteer se aproximam e eu fico mais nervosa, olho para o rapaz que agora eu sei que se chama Will.
-Por favor, me ajuda, eu estou fugindo deles- lanço um olhar para a direção dos amigos de Maison -Eles querem...- não consigo terminar a frase pois Joshua chega me interrompendo
-Desculpem minha irmã, ela é meio louca- ele diz e quando ele ia se aproximar de mim Will entra na frente do mesmo
-Sua irmã? qual é o cantor favorito dela?- Will pergunta e eu posso ver os rostos de Carteer e Joshua se retorcerem formando uma carranca
-Não se mete no que não lhe interessa- Carteer diz e se aproxima de Will
Logo os amigos de Will se levantam e ficam ao lado do mesmo, para apoiar ele caso isso tudo acabasse em briga.
E o que eu não esperava aconteceu, Joshua e Carteer começaram a se afastar, mas não foram embora antes de me provocarem.-Isso não vai ficar barato Cristina, você ainda vai pagar caro por isso- Carteer diz e logo depois vai embora com Joshua.
E ali eu desabo sem conseguir conter minhas lágrimas, eu não acredito que eles realmente iriam tentar me abusar.
-Me desculpa, eu não queria envolver vocês nisso, mas eu estava tão desesperada e...- digo entre soluços tentando conter o choro
-Tudo bem, me desculpa pela forma como eu falei com você antes, eu me chamo Suzie- a moça que segurava o violão diz enquanto estende a mão para me cumprimentar
-Não precisa se desculpar, a gente entende, gostaria de ficar com a gente para não ficar sozinha?- Will sugere e sorri para mim
-Eu tenho que pegar minhas coisas, ficaram perto da minha casa- digo um pouco atordoada -Obrigada pelo convite, mas eu preciso ir- digo já me afastando
Após andar um pouco, eu consigo escutar alguns passos atrás de mim e meu corpo já entra em alerta.
-Espera- a voz de Will chama minha atenção e eu paro virando para trás
-aconteceu alguma coisa Will?-olho para ele e o mesmo sorri
-Você lembrou meu nome... na verdade meu apelido, me chamo William, mas prefiro Will- ele divaga enquanto eu espero a resposta para a minha pergunta - Eu vim te acompanhar até sua casa, para que não aconteça nada com você- ele diz enquanto se aproxima de mim
-Obrigada, É muito gentil, mas não precisa se incomodar- falo para o mesmo e volto a andar em direção a minha casa
-Não é incomodo, eu não me sentiria bem sabendo que deixei você ir embora sozinha e algo poderia ter acontecido- ele fala já caminhando ao meu lado -Então... você é daqui de Miami mesmo?- ele pergunta enquanto olha para frente
-Não, eu nasci na Argentina, mas me mudei para cá quando eu tinha 5 anos- respondo a pergunta do mesmo e o olho de relance -E você?- pergunto
-Eu nasci na Espanha, ainda moro lá, mas vim visitar minha mãe- ele responde enquanto me olha -De onde você conhece aqueles caras?- ele pergunta ainda me olhando
-Eles são amigos do meu namorado, ou ex namorado, eu não sei bem o que somos agora- digo e o vejo me olhar com ternura -Enfim, chegamos- digo quando estamos perto da cadeira onde todas as minhas coisas estão -Minha casa é logo ali- aponto na direção onde minha casa está e começo a pegar minhas coisas
-Eu te ajudo- ele diz e começa a pegar algumas coisas também
Logo só tem uma coisa para pegar e nós dois a seguramos e eu sinto um choque em minha mão e uma sensação boa invadir meu corpo, eu o olho nos olhos e ele esboça um sorriso.
-Eu posso levar- ele diz e logo eu solto o tal objeto e deixo que o mesmo carregue
A caminhada em direção a minha casa é silenciosa, acho que ambos estamos tentando evitar falar sobre o que aconteceu.
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Eu me viro na cama tentando tirar as lembranças da minha cabeça e dessa vez é uma tentativa bem sucedida
Eu não podia voltar a lembrar do Will, eu tinha que esquece-lo, mas como o faria se ele agora era meu vizinho?Como eu faria para esquecer aqueles belos olhos azuis acinzentados? E sua mão macia acariciando a pele do meu rosto?Era impossível esquecer ele, mas eu precisava, pelo bem da minha relação.A semana passou sem nenhum acontecimento extraordinário, o que ajudou para que tudo voltasse a ficar tranquilo.Já era a noite de sexta e Maison e eu estávamos decidindo o que serviríamos para os nossos país.-Sua mãe ama chá de hortelã, poderíamos servir isso- sugiro enquanto tiro um bule de chá do armário.O bule parecia que havia acabado de sair da loja, não usamos ele desde que ganhamos dos país de Maison, mas o momento pedia.-Mas meu pai detesta chá de hortelã- o mesmo responde enquanto pega qua
Meu amorOnlineQuem?Cristina, por que não responde?Seu pai Maison, seu pai estava no motelVisualizado às 6:20Você acha que sua mãe estava assistindo?Visualizado às 6:20Espero que não, seria horrível para ela.Eu preciso sair do celular, estão me chamando para outra reunião.Beijos.━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━Coloco meu celular em cima da mesa de centro e termino de tomar meu café, abro a sacola de papel e encontro um muffin dentro da mesma.Como o pequeno bolo de forma lenta enquanto eu pensava no que havia acabado de acontecer, eu estava torcendo para que minha sogra não tivesse visto o jornal, mas não adiantaria muita coisa, porque muito provavelmente passaria a reprise da notícia.Termino de comer o muffin ainda com a cabeça n
-Você já pode abrir os olhos, já está tudo bem- essa voz conhecida me acalma e logo eu abro os olho me deparando com o meu pai.Me jogo em cima do mesmo o abraçando enquanto algumas lágrimas escorriam por meu rosto, sinto os lábios dele tocarem minha testa em um beijo carinhoso.Me separo do abraço e olho para o lado em que Carteer estava, vejo o mesmo se levantando do chão com um olho roxo.-Senhor Garcia, não era nada do que você estava pensando- Carteer diz sem jeito.-Eu sei muito bem o que eu vi, rapaz- meu pai diz enquanto olha para Carteer com desgosto -E eu acho melhor você ir embora para que eu não seja obrigado a fazer algo pior- ele diz e da um passo para frente como se ameaçasse o Carteer.Carteer se vira e começa a andar, mas antes que ele suma de nossas vistas, meu pai avisa.-Espero que esteja ciente que o concelho vai receber u
Eu conhecia aquele olhar e eu sabia que em algum momento eu ouviria muitas reclamações.Provavelmente eu fiz uma cara de medo porque logo minha sogra já dizia algo para me tranquilizar.-Fica tranquila minha querida, não tem problema algum. Tem mais no armário não? Você se machucou?- ela pergunta e se aproxima de mim.Havia um pequeno cortezinho perto de onde se encontrava a marca da mão do Maison e eu percebo que a minha sogra viu, mas não falou nada sobre.-Vai lá lavar enquanto eu varro esses cacos- Lygia diz e eu a obedeço.Caminho com calma até o banheiro e observo o pequeno corte para ver se não tinha algum pedacinho de cerâmica em minha pele, lavo a pequena ferida e coloco um curativo no mesmo.Ao sair do banheiro eu volto para a varanda onde já está tudo posto à mesa.Me sento entre meu pai e Maison e apoio minha ca
Me aproximo do mesmo e o beijo,as únicas certezas que tenho é que estava sobrea e que eu queria muito fazer isso, ele me puxa para seu colo e nossos corpos ficam colados um ao outro.Suas mãos percorrem por minhas costas e logo ele tira a jaqueta que eu estava usando, nos separamos do beijo por falta de ar e nos encaramos por alguns instantes.Sinto a temperatura do meu corpo subir e minha respiração já estava acelerada, ele me olha com compaixão e logo fala.-Você quer continuar com isso Cristina?- ele pergunta docemente.Ele era tão diferente dos outros caras que eu conheci, mesmo que eu tenha avançado, ele quis confirmar que era o que eu queria.balanço minha cabeça de forma afirmativa e o mesmo se levanta enquanto me segura em seu colo, ele caminha lentamente enquanto deixa alguns beijos em meu pescoço
No dia seguinte eu acordo cansada e insatisfeita da noite anterior, mas não adiantaria falar com Maison, ele já havia saído de casa.Eu não entendo como até no domingo ele tem reunião, já fazem semanas que todos os dias ele tem reuniões, e eu fico sozinha em casa.Domingo passou e eu fiquei sozinha o dia inteiro, só recebi uma mensagem de Maison dizendo que teve que viajar de última hora.As semanas passam voando e logo chega Segunda-Feira, dia 06 de julho.Já faziam 2 semanas que eu não estava me sentindo bem, estava com náuseas, dor de cabeça e cansaço.Como sempre faço após acordar, vou ao banheiro para banhar-me, por mais que minha vontade fosse ficar na cama, o curso de artes já estava chegando ao final, por isso não podia perder nenhuma aula.Após me vestir com uma roupa confortável, pego minha
-Para mim está ótimo, eu só tenho que pegar algumas coisas em casa, preciso levar algo para a festa?- pergunto enquanto pego meu celular.-Só levar uma bebida- Lexy fala -Então nos vemos mais tarde, beijos- ele diz enquanto se afasta com Sophie.Passo pela porta da saída, chegando ao pátio da faculdade, caminho em direção ao enorme portão para finalmente ir embora.Assim que atravesso o portão, vejo a chamativa moto vermelha de Will se aproximar, logo ele para em minha frente e me entrega um capacete.-Will, o que você está fazendo aqui?- pergunto um pouco surpresa.-Eu pensei que provavelmente você precisaria de uma carona para casa, então decidi vir- ele diz enquanto sorri -Sobe ai- ele fala e ajeita seu capacete.Coloco o capacete e enquanto subo na moto, posso ver que uma multidão se aproxima de nós dois, esse é um
-Deve ser impressão sua- digo enquanto termino de me vestir -Droga- digo quando me lembro que esqueci algo-O que foi?- Sophie pergunta enquanto me olha-Esqueci de pegar uma bebida para levar- falo para a mesmaPego meu celular e vou na lista de contatos, encontro o antigo número do Will e espero que ele continue a usar esse número.Aperto para ligar para o mesmo e o celular começa a chamar, após algumas chamadas cai na caixa postal.Entro em meu twitter e procuro o perfil dele, e em questão de segundos eu o acho.Seu número de seguidores não para de crescer, eu espero que seja fácil mandar uma mensagem para ele.
Último capítulo