Sinto sua mão segurar em meu braço com uma certa força e eu o olho assustada.
-Eu te fiz uma pergunta- ele aperta mais meu braço ao dizer isso, fazendo com que eu sinta dor.
-Você está me machucando- digo enquanto tento soltar meu braço -Eu só estava sendo educada.
-Educada? você estava se jogando para cima dele, isso sim- ele diz em tom agressivo
Logo as portas do elevador se abrem e ele solta meu braço para que ninguém veja o que estava acontecendo, saímos do elevador e percebe-se que seus passos estão pesados.
entramos em nosso apartamento e logo ele bate a porta e se vira em minha direção, eu não consigo decifrar seu olhar, não sei se é raiva ou desgosto e acho que talvez eu não queira descobrir.
-Eu não me surpreenderia se alguém me disser que você deu em cima do bar inteiro, porque é isso que você faz, você age como uma vadia, se esquecendo que tem um namorado- ele diz enquanto segura um porta retrato e logo atira o mesmo no chão fazendo com que eu me assuste.
Ele anda lentamente em minha direção, mas eu corro do mesmo, eu não o reconhecia e ele estava me assustando, entro na minha sala de pintura e me tranco na mesma.
Minha respiração está pesada e acelerada, meu coração está num ritmo acelerado, eu sei que não sou a pessoa mais atlética do mundo, mas não deveria ficar assim tão facilmente, talvez seja apenas o susto que levei com o acontecido.
Ouço os passos do Maison pelo corredor e por um instante eu prendo minha respiração por um curto instante, até ter certeza de que ele não está mais no corredor, caminho até o pequeno sofá que se encontra na sala e me sento no mesmo, e penso no que acabou de acontecer.
Meu corpo treme levemente, eu estava realmente assustada, olho para o meu braço, onde posso ver a marca da mão do mesmo, ao menos não tinha me machucado tanto.
Deito no pequeno sofá que havia na sala e meus pensamento me levam para longe, seus belos olhos vem a minha mente, eu não podia evitar de pensar no William e nem na noite que passamos juntos, seus braços me envolvendo e o calor de sua pele grudada à minha, seus cabelos bagunçados, aquela semana mágica retornava a minha mente e fazia com que meu corpo se acendesse como nunca.
Me reviro várias vezes, na vaga esperança de conseguir dormir, mas minha mente tinha outros planos para mim e agora parece que minhas memorias ganharam vida, consigo sentir o leve toque de seus dedos deslizando em minha coxa, enquanto o calor de seus lábios encontra meu pescoço, fazendo meu corpo se arrepiar.
Chacoalho minha cabeça levemente afastando as lembranças que me cercam e levanto do sofá lentamente, me aproximo da porta e coloco minha orelha contra a mesma na intenção de ouvir alguma coisa, porém a casa se encontra em total silencio.
Abro a porta lentamente e coloco apenas minha cabeça do lado de fora, olho para os lados e as luzes estão todas desligadas, saio da sala de pintura e ando lenta e silenciosamente até o meu quarto e do Maison, a porta está entreaberta e eu posso ouvir a leve respiração de Maison, o que indica que ele estava dormindo a algum tempo.
Me afasto da porta do quarto e vou para a cozinha, me sento em umas das banquetas da ilha que tem na cozinha e pego uma maçã na fruteira e dou uma mordida na mesma, geralmente quando fico nervosa com algo, eu com, mas o Maison me ajudou a parar com isso, ele disse que se eu continuasse a comer besteiras toda vez que eu ficasse nervosa, eu estaria obesa e ninguém iria gostar de mim e foi ai que eu parei, embora eu já tenha voltado a fazer em algumas situações.
E finalmente, o sono me atinge, minhas pálpebras começam a pesar, vou até o banheiro e escovo meus dentes, e ando lentamente até a sala, pego o cobertor que fica no armário da sala e logo me cubro após deitar-me no sofá e meus olhos vagarosamente se fecham e eu finalmente durmo
Acordo com a claridade do céu adentrando pela enorme janela da sala, o cheiro de café chama minha atenção, me espreguiço para espantar do sono que domina meu corpo e levanto do sofá, vou para a cozinha e vejo que Maison me encara.Eu não sei o que falar com ele, não sei nem se eu quero falar com ele, depois do que aconteceu ontem eu só quero evitar conflitos.
Abro a geladeira e pego a jarra de suco e a margarina, fecho a mesma e observo o Maison dos pés a cabeça, eles estava bem arrumado, provavelmente teria uma reunião importante, sinto que o mesmo me olha de volta, então eu desvio o olhar, pego meu copo e duas torradas, despejo o suco no copo e passo a margarina nas torradas, levo uma a minha boca e dou uma mordida na mesma.
O restante do café da manhã se passa lentamente e com o silencio dominando o ambiente, nesses trinta minutos, não trocamos sequer uma palavra, logo ele pegou sua pasta e saiu pela porta, sem ao menos se despedir.
Vou para o meu quarto e pego o primeiro conjunto de roupas que encontro no armário e levo o mesmo para o banheiro, tomo meu banho com tranquilidade e logo depois escovo meus dentes, visto a minha roupa e ajeito meu cabelo.
Retorno para meu quarto e coloco sapatos que combinem com a roupa que eu escolhi, pego minha bolsa e meus livros e vou para a sala, peço um carro por aplicativo enquanto vou andando para fora do meu apartamento e me direciono para o elevador.
Coloco o par de fones em meus ouvidos enquanto espero o elevador chegar ao meu andar, seleciono uma música e logo estou desligada do mundo, entro no elevador e noto que alguém entrou logo após de mim, mas não estou curiosa o suficiente para descobrir quem é.
Em alguns instantes estou no térreo, vou para o lado de fora do apartamento, olho em meu celular e ainda falta um pouco para que o carro chegue, me sento em um dos banquinhos que haviam do lado de fora do prédio.
Enquanto mexia em meu celular pude sentir que alguém se aproximava de mim, olho para frente e me deparo com as pernas de um homem, tiro os fones de meu ouvido e olho para cima, não posso acreditar no que estou vendo.
-Não acredito que você mora aqui- William diz e eu o olho incrédula-Wi-William, o que você está fazendo aqui?- pergunto me levantando do banco-Eu me mudei pra cá ontem, falando em ontem... nem pudemos conversar, você saiu correndo tão rápido, não gostou da minha música? e você sabe que eu não gosto de ser chamado de William, é apenas Will- ele diz e dá um sorrisinhoContinuo olhando para ele sem entender como ele veio parar aqui, de todos os condomínios que existem na Florida, ele veio logo para o mesmo que o meu.-Desculpa Will, eu tinha me esquecido de você não gostava... eu tinha um compromisso, por isso eu tiv
Quando abro meus olhos vejo quem estava tapando a luz do sol que vinha em minha direção, era Carteer e ele me olhava de uma maneira estranha-Carteer? posso te ajudar de alguma forma?- pergunto quebrando o silêncio constrangedor-Fiquei sabendo que o Maison viajou, que vocês deram um tempo e que ele está aproveitando todas as brasileiras que dão mole para ele- ele me diz enquanto ainda me encaraO que ele diz sobre o Maison no final quebra meu coração em pedacinhos, mas eu me esforço para não expressar isso.-E eu vim dizer que eu estou aqui para você, se você quiser um ombro amigo ou algo a mais- ele diz e se aproxi
Eu não podia voltar a lembrar do Will, eu tinha que esquece-lo, mas como o faria se ele agora era meu vizinho?Como eu faria para esquecer aqueles belos olhos azuis acinzentados? E sua mão macia acariciando a pele do meu rosto?Era impossível esquecer ele, mas eu precisava, pelo bem da minha relação.A semana passou sem nenhum acontecimento extraordinário, o que ajudou para que tudo voltasse a ficar tranquilo.Já era a noite de sexta e Maison e eu estávamos decidindo o que serviríamos para os nossos país.-Sua mãe ama chá de hortelã, poderíamos servir isso- sugiro enquanto tiro um bule de chá do armário.O bule parecia que havia acabado de sair da loja, não usamos ele desde que ganhamos dos país de Maison, mas o momento pedia.-Mas meu pai detesta chá de hortelã- o mesmo responde enquanto pega qua
Meu amorOnlineQuem?Cristina, por que não responde?Seu pai Maison, seu pai estava no motelVisualizado às 6:20Você acha que sua mãe estava assistindo?Visualizado às 6:20Espero que não, seria horrível para ela.Eu preciso sair do celular, estão me chamando para outra reunião.Beijos.━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━Coloco meu celular em cima da mesa de centro e termino de tomar meu café, abro a sacola de papel e encontro um muffin dentro da mesma.Como o pequeno bolo de forma lenta enquanto eu pensava no que havia acabado de acontecer, eu estava torcendo para que minha sogra não tivesse visto o jornal, mas não adiantaria muita coisa, porque muito provavelmente passaria a reprise da notícia.Termino de comer o muffin ainda com a cabeça n
-Você já pode abrir os olhos, já está tudo bem- essa voz conhecida me acalma e logo eu abro os olho me deparando com o meu pai.Me jogo em cima do mesmo o abraçando enquanto algumas lágrimas escorriam por meu rosto, sinto os lábios dele tocarem minha testa em um beijo carinhoso.Me separo do abraço e olho para o lado em que Carteer estava, vejo o mesmo se levantando do chão com um olho roxo.-Senhor Garcia, não era nada do que você estava pensando- Carteer diz sem jeito.-Eu sei muito bem o que eu vi, rapaz- meu pai diz enquanto olha para Carteer com desgosto -E eu acho melhor você ir embora para que eu não seja obrigado a fazer algo pior- ele diz e da um passo para frente como se ameaçasse o Carteer.Carteer se vira e começa a andar, mas antes que ele suma de nossas vistas, meu pai avisa.-Espero que esteja ciente que o concelho vai receber u
Eu conhecia aquele olhar e eu sabia que em algum momento eu ouviria muitas reclamações.Provavelmente eu fiz uma cara de medo porque logo minha sogra já dizia algo para me tranquilizar.-Fica tranquila minha querida, não tem problema algum. Tem mais no armário não? Você se machucou?- ela pergunta e se aproxima de mim.Havia um pequeno cortezinho perto de onde se encontrava a marca da mão do Maison e eu percebo que a minha sogra viu, mas não falou nada sobre.-Vai lá lavar enquanto eu varro esses cacos- Lygia diz e eu a obedeço.Caminho com calma até o banheiro e observo o pequeno corte para ver se não tinha algum pedacinho de cerâmica em minha pele, lavo a pequena ferida e coloco um curativo no mesmo.Ao sair do banheiro eu volto para a varanda onde já está tudo posto à mesa.Me sento entre meu pai e Maison e apoio minha ca
Me aproximo do mesmo e o beijo,as únicas certezas que tenho é que estava sobrea e que eu queria muito fazer isso, ele me puxa para seu colo e nossos corpos ficam colados um ao outro.Suas mãos percorrem por minhas costas e logo ele tira a jaqueta que eu estava usando, nos separamos do beijo por falta de ar e nos encaramos por alguns instantes.Sinto a temperatura do meu corpo subir e minha respiração já estava acelerada, ele me olha com compaixão e logo fala.-Você quer continuar com isso Cristina?- ele pergunta docemente.Ele era tão diferente dos outros caras que eu conheci, mesmo que eu tenha avançado, ele quis confirmar que era o que eu queria.balanço minha cabeça de forma afirmativa e o mesmo se levanta enquanto me segura em seu colo, ele caminha lentamente enquanto deixa alguns beijos em meu pescoço
No dia seguinte eu acordo cansada e insatisfeita da noite anterior, mas não adiantaria falar com Maison, ele já havia saído de casa.Eu não entendo como até no domingo ele tem reunião, já fazem semanas que todos os dias ele tem reuniões, e eu fico sozinha em casa.Domingo passou e eu fiquei sozinha o dia inteiro, só recebi uma mensagem de Maison dizendo que teve que viajar de última hora.As semanas passam voando e logo chega Segunda-Feira, dia 06 de julho.Já faziam 2 semanas que eu não estava me sentindo bem, estava com náuseas, dor de cabeça e cansaço.Como sempre faço após acordar, vou ao banheiro para banhar-me, por mais que minha vontade fosse ficar na cama, o curso de artes já estava chegando ao final, por isso não podia perder nenhuma aula.Após me vestir com uma roupa confortável, pego minha