Khalil Mustafá Furak
SEGURO AS hastes do meu camelo. Não nasci homem para tolerar pecadores imundos, criminosos que não seguem uma linha reta e desonram a imagem de seu soberano, devem morrer pela ponta da espada mais venenosa e se não for o caso, de uma tortura brutal.
— Rayiys Mustafá, ele violou mais de quinze crianças no deserto, nem uma das meninas tinham pelos nas partes... E ainda brincavam de boneca.
Um flashback de Layla e Lyla mortas, meus olhos mirando com gana aquela cena que tive que presenciar.
— A mãe e a irmã do onagro?
— A mamãe de Omar teve o ventre triturado, a irmã foi estuprada durante três dias e três noites. Qual é a pena final do pecante?
Posso sentir as aves de rapina voando pelo deserto, consigo sentir o pelo macio do meu camelo. Aperto a mandíbula, meu camelo arrasta as patas soltando suas blateras (Som que o animal emite) com furor. Meus malfeitores estão bem armados, o hediondo Omar, continua com os olhos vidrados na areia escaldante.
— Leve-o até os homens das tribos de Jidá, quero que todos eles abusem o rabo desse muquazaz por quinze dias! Sem parar, sem deixá-lo descansar, depois tragam ele a mim, acabada e esfolada, vou matá-lo com a pior tortura do deserto, no final terá uma surpresa. Por agora, apenas açoitem ele até a carne virar líquido viscoso.
HORAS DEPOIS:
A água fervente está na temperatura mais alta, gosto de ver minhas moças nuas andando e regando as flores. Cabelos longos que batem no traseiro, pelos na boceta que me deixa efusivo de fervor. Na água quente, Jamile geme enquanto rebola sua vagina no meu pau, sua xota está inteiramente molhada e ardendo. Seguro seu pescoço por trás, mantendo meu olhar frio na sua feição de desejo e dor, ela até tenta concentrar os seus olhos castanhos nos meus, mas não consegue. Arranha meus bíceps sentindo a dor a cada vez que ela pula, está tremendo se regozijando... E quando tem um orgasmo no meu caralho cai sem fôlego no meu colo.
Ela me olha finalmente depois de alguns minutos sem saber se pode falar ou não, permito apenas com um olhar.
— Meu senhor, não sei se devo lhe dizer...
— Diga.
— Aisha, ela me ameaçou. — Ergo apenas uma sobrancelha.
— Por que ela faria isso?
— A senhorita Aisha tem muito ciúmes, qualquer moça que deite com você mais de duas vezes ela ameaça.
Aliso os mamilos de Jamile olhando-a nos olhos. Não posso acreditar.

Me aproximo do quarto da minha esposa, as cinco amigas dela estão reunidas sorrindo para ela e suas joias no espelho.
— Aisha.
Digo com voz possante só o seu nome. Ela me olha com os lábios vermelhos em um sorriso, faz um sinal para as amigas. As cinco beijam a mão dela e faz uma reverência há mim antes de saírem.
A barriga de Aisha de sete meses está enorme, ela alisa a barriga e se levanta arrumando o véu dourado. Esta toda de dourado, minha cor favorita.
— Amor?
Ela fala com voz doce, se atreve a alisar minha barba.
— Eu, eu fui em uma vidente hoje. Claro que acompanhada do meu baba.
Não digo nada, vidente? Odeio essas mentirosas. Ela volta a tagarelar com medo acariciando minha barba.
— Ela disse que eu tenho chances de estar grávida de um menino, você teve duas filhas mulheres que não estão mais com você infelizmente, mas seu sonho é ter um menino. Eu sei que vou lhe dar um.
Seguro seu braço com toda força que carrego nos punhos e seguro-a pelos cabelos, trincando meus dentes a cada palavra:
— Esqueceu? Eu sou o autocrata dessa porra, você me serve na cama, nos cortejos e cerimônias, nada mais que isso! Volte a ameaçar minhas moças e perca tudo que conquistou comigo! Agora tire a droga dessa roupa e essas joias.
Solto seu braço com um empurrão e viro as costas, arrumo a gola da minha roupa e bato a porta ao sair.

Não escuto a televisão do meu quarto, giro meu copo de jellab (uma mistura de melaço de uva e água de rosas, com coberturas opcionais de pinhões e passas) olhando friamente para o chão enquanto estou sentado na minha poltrona, a porta da varanda está aberta o vento balança as cortinas da forma que eu gosto. Estou apenas com as calças. Minhas filhas eram o sinônimo da minha riqueza. Olho para o meu quarto tentando afastar Layla e Lyla da minha cabeça, odeio ter que pensar nelas. Isso para mim é sinal de fraqueza e fraco eu não sou porra nenhuma!
Linya, minha ex-esposa me dera duas filhas gêmeas, que eu acabei amando e perdi. Não fui para o enterro das duas, foi descoberto que o carro onde Layla e Lyla estavam foram sabotados, elas foram assassinadas e eu nunca encontrei o homicida!
Para afastar Layla e Lyla acabo pensando na menina que me deixa enfeitiçado, Anna... Anos que eu não a vejo, mas sei onde ela está e cada passo que ela dá. Meus pensamentos profanos com ela, logo se tornarão pura realidade, não chego ter pena dela por isso.
Visto minha burca branca, arrumo meus cabelos e coloco meus anéis e o relógio. Ligo para Jamal, já é tarde e quero saber se minha reserva com Iasmim já foi autenticada, aliás me tornei sócio da casa de luxo.
— Rayiys, Mustafá o que deseja?
— Yasmim.
— Ela está se preparando.
— Quero-a pronta assim que parar meu carro em frente ao prostibulo!
Desligo, saio de casa e entro no meu jaguar, meu tempo é longo essa noite.
AGORA:
O céu escuro é minha melhor paisagem, paro o carro na frente do prostibulo. Olho a rua tamborilando os dedos no volante, três minutos e nada de Iasmim, saio do carro batendo a porta. O prostibulo em noite de festa, sem mais nem menos entro no lugar sublime.
***
Khalil Mustafá FurakSEGURO AS hastes do meu camelo. Não nasci homem para tolerar pecadores imundos, criminosos que não seguem uma linha reta e desonram a imagem de seu soberano, devem morrer pela ponta da espada mais venenosa e se não for o caso, de uma tortura brutal.— Rayiys Mustafá, ele violou mais de quinze crianças no deserto, nem uma das meninas tinham pelos nas partes... E ainda brincavam de boneca.Um flashback de Layla e Lyla mortas, meus olhos mirando com gana aquela cena que tive que presenciar.— A mãe e a irmã do onagro?— A mamãe de Omar teve o ventre triturado, a irmã foi estuprada durante três dias e três noites. Qual é a pena final do pecante?Posso sentir as aves de rapina voando pelo deserto, consigo sentir o pelo macio do meu camelo. Aperto a mandíbula, meu camelo arrasta as patas soltando suas blateras (Som que o animal emite) com furor. Meus malfeitores estão bem
Anna AndariaÉ DIFÍCIL para mim, como imagino ser difícil para todas as outras faxineiras de Riad. Sinto vontade de chorar, mas não choro. Seguro um nó desafiador em minha garganta ao ponto de me sufocar com ele. A casa mal se abriu e eu nunca vi tantos homens em toda minha vida. Eles ocuparam quase todo pedaço, mesmo assim tem dezenas de mulheres. Jamal mantém os olhos em mim, estou limpando o bar, copo por copo, garrafa por garrafa. Dói ver minha mãe dançando para todos aqueles homens no palco principal, ela não me olha. Seduzia eles.— Rapariguinha. Jamal se aproximou do bar em que estou limpando, e olhou para Dandara, a moça que prepara as bebidas.— Caia fora, Halan!Dandara saiu sem olhar para trás. Jamal tamborila os dedos infestados de anéis no balcão, eu tento esconder meu olhar do seu. Mas ele me observa esperando eu
Anna AndariaMINUTOS DEPOIS:— 300 mil? Mamãe repete o número que Jamal disse valer minha castidade. Para todos, eles valem muito. Minhas lágrimas caem aos montes enquanto ele aperta meu braço, mamãe tinha acabado de cumprir uma hora com um dos frequentadores e está exausta, temo por mim e por ela.— Não quero que venda minha filha! Não irá vender, isso não estava no nosso acordo quando me abriguei aqui! Jamal Youseff gargalha, olho para mamãe com medo do que à por vir.— Rapariga tola! Não é um dos homens palermos que dormem com você, é o Sheik da Arábia Saudita! Tudo que ele quer, ele tem. Por sim ou por não, sua filha vai trepar com ele, mas a escolha é sua vendê-la e ficar com boa parte da grana. Eu até perdoo suas despesas e deixo-a sair pela porta da frente.<
Khalil Mustafá FurakDUAS HORAS ANTES:A minha bebida chega acompanhada de um rostinho bonito e jovem, Anna. Assim que ela passa pelas cortinas, meus olhos queimam o corpo que desejo há anos. Sei que ela sentiu, ela devolve um olhar triste e brilhante, mágoa, dor, tem tanto desalento em seus olhos que até o mais estranho dos animais consegue perceber.Sinto uma ereção potente como há que senti pela primeira vez que à vi, Yasmin sussurra coisas que não consigo escutar, como dá primeira vez eu fico num estado estático de desejo. Sinto cada veia do meu pau vibrar, sinto meus músculos se enrijecerem, não quero porra de mulher nenhuma quero Anna, quero agora!Ela cresceu, mas continua miúda como uma gatinha. Seu corpo ganhou curvas encantadoras, não é uma vareta ambulante. Tem carne na padaria, tem lábios que imagino contornando meu cacete.— Ei, o que você acha, se eu começar te chupando?
Anna AndariaKHALIL NÃO respondeu ao meu clamor, apenas me olhou com aqueles olhos detentores e voltou a usar meu corpo dolorido por horas. Senti como se meu corpo fosse esmagado por mil muralhas, minhas partes íntimas foram rasgadas sem piedade e cada som do seu prazer me causava medo e mais dor, uma dor indescritível. Quando sentia seu esperma quente e consistente escorrendo pelas minhas coxas, senti-me uma mera concubina, uma mulher do seu harém. Senti que estava morrendo com a tamanha força que ele exerce ao meu corpo.Quando enfim achei que ele estava saciado do meu corpo, ele me carregou no colo até o banheiro, ligou o chuveiro quente deixando a água queimar minha pele sem distanciar a dor das minhas partes íntimas.Estava virada de costas para ele, sentindo ele me lavar com uma esponja densa de sabão e segurar meus seios, as lágrimas caem naturalmente, queria ser mais forte, ele não liga para minhas lágrimas. De
Aisha HussainAS AMAS abrem as cortinas me despertando de um sonho lindo que tive com meu marido, sempre reclamo da luz do sol cegando-me todas as manhãs, mas o aroma das frutas e dos sucos, o sol escaldante que passa pela cortina deixa-me rarefeita nesta manhã.Seguro minha barriga de sete meses e sento na cama encostando bem as costas na cabeceira macia. Hoje é segunda-feira o único dia da semana que tenho permissão de Mustafá para sair, mesmo que só possa andar acompanhada do meu baba. Quero comprar tecidos novos, joias ou rir com minhas amigas falsas que desejam trepar com meu marido. Desde que volte às seis da tarde eu posso fazer bastante coisas para me distrair.— Senhora Hussain, preparamos o chá de rosas cidreiras e o seu bolo favorito. — Ergo uma sobrancelha quando Regina coloca a bandeja em meu colo.— Realmente estou com muita fome. Meu marido está? Sei que tenho que esperar ele vir aqui par
Anna AndariaNOIVA DE Khalil? Meu coração nunca acelerou tanto, eu não costumo pensar em casamentos, jamais sonhei em me casar...— Meu Alah... — Ah sua rapariguinha, você abriu sua boca, safada?!Jamal adentra o quarto com os punhos fechados para mim, me puxa pelo braço e me mostra os punhos cerrados. Começo a chorar, Mera intervém se colocando na minha frente.— Pelo visto o Sheik cuidou do seu rosto Youssef, imagina o que ele faz se tocar nela de novo?! —Ele bufa empurrando-me para longe.— Tem razão, ela já não é mais uma rapariguinha, não é mesmo? Ele fez dela mulher, essa VADIA convenceu Mustafá com as pernas, mas o mundo da voltas. Essa Vadia ainda cairá nas minhas mãos! Vai cair.Seco o rosto com as mãos , Yasmin me olha chorando também.— Se arrume Vadia, o Sheik levará você pela noite e nunca mais há trará de novo, mas você ainda vai ser minha por Ala! —
Khalil Mustafá FurakVEJO O medo nos olhos de Anna, e como é maravilhosa a sensação de sentir seu medo, seu grito mais profundo. Eu quero roubar isso junto com toda sua força vital.Saio sem olhar para trás e fecho a porta, aviso a professora sexual das minhas meninas para preparar Anna para dançar para mim. Ainda é uma garota assustada sem inteligência alguma nos atos sexuais. Sei que Anna sabe dançar, mas não da forma que eu quero que ela dance. Se ela acha sensual e libidinoso a forma em que as concubinas do Bordel dançam, é porque ela não viu como minhas vadias dançam para mim.MINUTOS SEGUINTES:Espreitando a porta do quarto, vejo Âmbar fazer a maquiagem em Anna, Anna está chorando e atrapalhando o trabalho da maquiadora, a professora pergunta:— Sabe dançar Anna? — Sim, sei dançar muito bem. — Já dançou para um homem? — N-não. — Então você não sabe