Anna Andaria
KHALIL NÃO respondeu ao meu clamor, apenas me olhou com aqueles olhos detentores e voltou a usar meu corpo dolorido por horas. Senti como se meu corpo fosse esmagado por mil muralhas, minhas partes íntimas foram rasgadas sem piedade e cada som do seu prazer me causava medo e mais dor, uma dor indescritível. Quando sentia seu esperma quente e consistente escorrendo pelas minhas coxas, senti-me uma mera concubina, uma mulher do seu harém. Senti que estava morrendo com a tamanha força que ele exerce ao meu corpo.
Quando enfim achei que ele estava saciado do meu corpo, ele me carregou no colo até o banheiro, ligou o chuveiro quente deixando a água queimar minha pele sem distanciar a dor das minhas partes íntimas.
Estava virada de costas para ele, sentindo ele me lavar com uma esponja densa de sabão e segurar meus seios, as lágrimas caem naturalmente, queria ser mais forte, ele não liga para minhas lágrimas. De repente solta a esponja e agarra minha cintura colocando-me contra o box do banheiro. Estremeço evitando olhar em seus olhos, mas ele me olha por um logo minuto passa a barba vultosa pelo meu pescoço enquanto me morde.
— Olhe para mim!
Sua voz é tão rude e devassa que me faz estremecer, olho para o rosto daquele homem. Seus olhos cobaltos carregam um poder imenso, tem amargura, ira, truculência e toda desumanidade que há nos homens. Aposto que ninguém no mundo inteiro conseguiria encará-lo por mais de cinco minutos, tirando eu. Meus olhos tristes se esforçam para continuar prendendo sua intolerância amistosa, mas gotas cálidas escorregam dos cantos dos meus olhos nesse esforço de pusilanimidade.
— Ly khatayba...
Ele sussurra as palavras ásperas, segura minhas coxas e eu começo um choro árduo cerrando os dentes e apertando os olhos quando minha parte feminina lateja ao sentir seu fálus enorme.
A água misturada com sua força causa uma dor maior, seus grunhidos de prazer fazem minhas lágrimas serem mais duras, sua pele quente me faz suar aos tremores e ver sua aliança brilhante traz uma sensação maior de pecado.

DIA SEGUINTE:
Eu não preguei os olhos em nenhum momento e nunca chorei tanto em minha vida, estava ali concentrada nas minhas dores quando uma idosa de cabelos grisalhos entra no quarto segurando minha lehenga vermelha e uma bandeja de frutas e sucos.
— Anna, o senhor Mustafá quer que se alimente, se banhe para pegar a estrada com ele.
— Ah não, ele me levará de volta para o prostibulo?A senhorinha deixa a comida em cima da cabeceira da cama e a roupa em uma poltrona.— Não sei, mas não demore muito para não irritá-lo, ele vai te esperar no carro.
No carro, eu oscilei, olhei poucas vezes para as mãos do Sheik no volante, olhando sua aliança e anéis que brilhavam como lustres e sua barba negra sedosa. Ele não me olhou, e eu evitei ver seu rosto. Apenas vi as ruas movimentadas de Riad pela primeira vez.
Moças de burcas da cabeça aos pés acompanhadas dos seus guardiões, poucas crianças e muitos homens poderosos, lojas ricas em joias e comidas típicas. A música é diferente das do prostibulo, são tranquilas, animadas e divertidas de uma forma.... Humilde.
Lembro do meu livro favorito “Meu nom é Malala” escrito pela própria, um dos livros mais polêmicos do país e existe poucos exemplares por aí, porém mamãe tinha conseguido um com seus amantes, Malala lutou pelas meninas do Paquistão e chegou a levar tiros na cabeça por isso, eu queria ser forte como ela e lutar como ela. Jamal rasgou o livro e queimou quando vasculhou nosso quartinho. Mais lágrimas derrubei, Khalil parece nem perceber.
Assim que chegamos no portão da grande mansão vejo Mera me esperando com um dos guardas, Khalil me deixou com ela e disse que precisava falar com Jamal para o guarda, ele pareceu nem se importar com minha presença, eu sei que vai doer viver aqui sozinha, mas eu não tenho alternativas... Supliquei para o Sheik, mas para ele sou uma concubina sem utilidades ele já me usou e tirou minha pureza, do que sirvo para ele?
Mera não me leva para o meu quartinho nos fundos do bordel como esperava, mas sim para um dos quartos das concubinas, mas não um quarto qualquer... O quarto dela e de Yasmin.
— Aí chegou a grande manceba! — Yasmin agita a saia e dá risada quando entro no quarto.
— Pare de mexer com ela, ela precisa descansar e precisa de algumas massagens também.— Oh! Sim, aposto que com preservativo dói muito mais na primeira vez, nem me fale sou louca para o Sheik Mustafá parar de usar comigo! — Yasmin senta na sua cama e arruma os braceletes roxos, minha respiração fica pesada como me esqueci disso? Khalil não usou preservativo!— Preservativo? — Sussurro, Mera tira as cobertas de uma caminha cujo acredito ser para mim.
— Ah então a rapariguinha de Youssef não sabe o que é um preservativo? —Yasmin debocha dando uma longa gargalhada falsa e cheia de raiva — sua tolinha. Foi o que ele usou para comer esse seu rabo sujo!!!— Ele não usou comigo.
Tanto Yasmin, quanto Mera, arregalam os olhos como se eu acabasse de dizer uma blasfêmia, uma mentira deslavada.
— O quê? Ele não usou?! — Yasmin se levanta parecendo querer arrancar meus olhos das órbitas.
— Não! Não e tenho medo.Entro em choque, em desespero um nó forma em minha garganta querendo que eu chore novamente, contudo estou exausta de lágrimas.
— Escute-me, Sheiks sempre usam camisa-de-vênus para deitar com amantes e concubinas, somente não usam com esposas... Ele te disse mais alguma coisa?
— Hã? Ele me disse sim, me chamou de Ly Khatayba...Ela pisa no chão com força e puxa os cabelos, Jamal surge na porta, vejo-o com um olho inchado e vermelho, mas Mera surpresa me conta o motivo de tanto espanto:
— Minha noiva, li Khatayba significa: minha noiva.
***


Aisha HussainAS AMAS abrem as cortinas me despertando de um sonho lindo que tive com meu marido, sempre reclamo da luz do sol cegando-me todas as manhãs, mas o aroma das frutas e dos sucos, o sol escaldante que passa pela cortina deixa-me rarefeita nesta manhã.Seguro minha barriga de sete meses e sento na cama encostando bem as costas na cabeceira macia. Hoje é segunda-feira o único dia da semana que tenho permissão de Mustafá para sair, mesmo que só possa andar acompanhada do meu baba. Quero comprar tecidos novos, joias ou rir com minhas amigas falsas que desejam trepar com meu marido. Desde que volte às seis da tarde eu posso fazer bastante coisas para me distrair.— Senhora Hussain, preparamos o chá de rosas cidreiras e o seu bolo favorito. — Ergo uma sobrancelha quando Regina coloca a bandeja em meu colo.— Realmente estou com muita fome. Meu marido está? Sei que tenho que esperar ele vir aqui par
Anna AndariaNOIVA DE Khalil? Meu coração nunca acelerou tanto, eu não costumo pensar em casamentos, jamais sonhei em me casar...— Meu Alah... — Ah sua rapariguinha, você abriu sua boca, safada?!Jamal adentra o quarto com os punhos fechados para mim, me puxa pelo braço e me mostra os punhos cerrados. Começo a chorar, Mera intervém se colocando na minha frente.— Pelo visto o Sheik cuidou do seu rosto Youssef, imagina o que ele faz se tocar nela de novo?! —Ele bufa empurrando-me para longe.— Tem razão, ela já não é mais uma rapariguinha, não é mesmo? Ele fez dela mulher, essa VADIA convenceu Mustafá com as pernas, mas o mundo da voltas. Essa Vadia ainda cairá nas minhas mãos! Vai cair.Seco o rosto com as mãos , Yasmin me olha chorando também.— Se arrume Vadia, o Sheik levará você pela noite e nunca mais há trará de novo, mas você ainda vai ser minha por Ala! —
Khalil Mustafá FurakVEJO O medo nos olhos de Anna, e como é maravilhosa a sensação de sentir seu medo, seu grito mais profundo. Eu quero roubar isso junto com toda sua força vital.Saio sem olhar para trás e fecho a porta, aviso a professora sexual das minhas meninas para preparar Anna para dançar para mim. Ainda é uma garota assustada sem inteligência alguma nos atos sexuais. Sei que Anna sabe dançar, mas não da forma que eu quero que ela dance. Se ela acha sensual e libidinoso a forma em que as concubinas do Bordel dançam, é porque ela não viu como minhas vadias dançam para mim.MINUTOS SEGUINTES:Espreitando a porta do quarto, vejo Âmbar fazer a maquiagem em Anna, Anna está chorando e atrapalhando o trabalho da maquiadora, a professora pergunta:— Sabe dançar Anna? — Sim, sei dançar muito bem. — Já dançou para um homem? — N-não. — Então você não sabe
Aisha HussainMEU CORAÇÃO fica mais duro que uma pedra, uma dose paralisa toda minha expressão como se eu tivesse ingerido uma droga extremamente potente, daquelas que só meu marido tem contato para transportar. Prostituta marafona, perdida fútil!Seus gemidos me ensurdecem, enlouquecem meus tímpanos, provocam uma agonia horrenda aos meus ouvidos e me dão raiva, fúria. Mustafá chupa a menina como se tivesse esfomeado, louco, apaixonado.Uma praga de corpo pequeno! Uma rameira dos infernos. Seguro minha barriga ao sentir pontadas, lágrimas escorregam dos meus olhos no mesmo momento que ele segura as pernas da menina e começa a usá-la, ele geme o nome dela com rugidos de prazer... "Anna" a peste feminina geme o primeiro nome dele, o primeiro nome! "Khalil" vejo os músculos do meu marido ficarem mais rígidos, fortes como ficavam comigo quando ele estava prestes a gozar, ele segura os seios dela e xinga de nomes promíscuos. Os dois estão em
Khalil Mustafá FurakLINYA APLAUDE o fim do espetáculo que a pequena tribo do deserto (as tribos não devastadas pelo meu sub-mundo) fez especialmente a ela, sentada ao meu lado nos tambores ornamentados que representam os deuses hindus e a religião que cobre o suor dos anciões. Além de mim, estão outros homens cruciais para o contrabando no deserto, para o dinheiro que dimana em petróleo pelo país que é liderado especialmente por mim. Mohamed está com sua esposa ao lado dos meus camelos.Moças dançam sensualmente e alegremente, mexendo seus traseiros e tecidos, minhas filhas estão no chão sentadas em um tapete esboçado, brincando com a areia.— Baba! Mama!Layla chama nossa atenção para o coração que fez na areia fina. Vejo o sorriso de Lyla, minha esposa elogia nossas filhas.— Mustafá, posso ficar um pouquinho com nossas pequenas?Mordo o beiço segurando sua cintura com fir
Anna AndariaHoras antes:Depois do banho de calda de chocolate que levei, as amas de Aisha me ajudaram, me levaram para o "meu quarto" e prepararam um banho quente com sais para mim. Não sou tola, percebi que ela não me suportou, que não gostou de mim. Simplesmente me detestou, a princípio eu senti que poderíamos nos dar bem, talvez ela pudesse me entender e ajudar com a dor que sinto, não tenho ninguém comigo, ninguém que eu possa conversar e tirar essa angústia do meu peito, mas agora eu sei que não. Estou sozinha, completamente sozinha em um lugar que não conheço, sob a supremacia do homem mais cruel da Arábia e dos continentes à fora, noiva de um Sheik.— Mama...Choro encolhida na banheira, olhando para um tipo de lavabo que jamais poderia entrar se não fosse por Khalil. Sinto tanta falta da minha mamacita, pelo menos eu dividia a dor com ela, agora não, agora estou so
Aisha HussainMANHÃ DEPOIS:Meus músculos estão exaustos, eu odeio ter que fazer um pingo de força possível, ainda mais estando grávida.— Messalina...Minhas vestes estão ensopadas fazendo-me sentir frio, minhas unhas estão acabadas e mal feitas, meu rosto está inchado e bem ferido. Agachada ao chão, escutando o ruído idiota das pontas da escova roendo a sujeira dos pisos da cozinha que ecoam na minha cabeça, minhas lágrimas escorrem do meu rosto e eu só sinto o gosto salgado enquanto arranho os dentes uns nos outros e esfrego o maldito chão.Durante todos os anos da minha sublime existência, jamais senti tanta zanga, tanta fúria misturada com a sensação de indolência, ignava suprema. Primeiro, acima de qualquer coisa: odeio o fato daquela pécora rascoeira ter se safado da morte, sem ter tido seu corpinho insosso corroído por dentro pelo veneno apodrecendo seus órgãos; e segundo: ela es
Anna AndariaCinco dias depois:A última vez que vi o sheik, foi naquela madrugada em que ele me fez arquejar de lassidão, depois que ele me consumiu da forma que queria. Depois que se saturou do meu corpo mais uma vez, ele se vestiu e deu à ordem que eu fizesse o mesmo, sem nenhuma palavra e com o semblante totalmente frio e imponderável ele me levou até seu jatinho.Eu tinha congelado, nunca entrei em nenhum em toda minha vida e fiquei nervosa e aflita quando o jatinho levantou voo. Com certeza não é como aqueles que eu via em revistas, mas sim, bem mais luxuoso.Ele ficou comigo nas primeiras horas que fiquei aflita. Ele ficou me martirizado com sua língua e suas mãos, não entendo bem ou quase nada sobre sexo. Mesmo crescendo em um prostibulo minha mãe me mantinha longe de assuntos como esses e eu não limpava na noite, só no meu aniversário, quando Jamal me obrigou. Khalil não usou seu fálus em minha